Buscar

REVISÃO DE MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO AV1 2017.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

REVISÃO DE MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO AV1 2017.1
Epistemologia
CONHECIMENTO FILOSÓFICO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
(CLÁSSICO) (MODERNO)
P Ser P Realidade
 Realidade
Método: - Intuição/contemplação Método: - Teoria matemática
- Discurso (teoria) - Experimental
- Controle (precisão)
Objeto: - Realidade (essência) Objeto: - Realidade (essência)
	 						 
Definições
OBSERVAÇÃO
Verificação ou constatação de um fato quer se trate de uma verificação espontânea ou ocasional, quer se trate de uma verificação metódica ou planejada. A Observação foi algumas vezes restringida ao primeiro significado; neste caso, contrapõe-se a experiência ou experimentação como verificação deliberada ou metódica (cf. C. BERNARD, Introduction a l’étude de Ia medicine expérimentale, 1865, I, cap. 1). Outras vezes foi restringida ao segundo significado, caso em que se contrapõe a experiência ingênua, primitiva, comum ou ocasional (nesse sentido, este termo é empregado habitualmente na linguagem científica contemporânea). 
Em vista disso, é possível estudar ambos os significados, distinguindo:
1- Observação natural: em que as condições da Observação não são planejadas ou planejáveis; 
2- Observação experimental (ou experimentação): que é a Observação planejada, caracterizada pela aferição das variáveis. Neste segundo tipo de Observação, pode-se agir sobre a variável independente e estudar o comportamento correspondente da variável dependente, ou seja, da função vinculada. 
Qualquer Observação, seja natural ou experimental, apresenta a divisão entre sistema observante e sistema observado. A validade desta divisão foi posta à prova (e reconfirmada) pela física quântica, a propósito das relações de indeterminação (v.), ou seja, da ação que o sistema observante exerce sobre o sistema observado. 
Filosofia Antiga
INTUIÇÃO
Recapitulando as características comuns e as diferenciais da Intuição ao longo da história da filosofia, podemos dizer sobre as primeiras que a Intuição é uma relação com o objeto, caracterizada:
1- pela imediação e 
2- pela presença efetiva do objeto. 
Constantemente, com base nessas características, a Intuição é considerada uma forma de conhecimento privilegiado. 
Por outro lado, suas características diferenciais podem ser assim distintas: 
1- a Intuição pode ser exclusiva de Deus e considerada o conhecimento que o criador tem das coisas criadas; 
2- podemos ser atribuídas ao homem e consideradas a experiência como conhecimento de um objeto presente, sendo, nesse sentido, percepção (v.);
3- pode ser atribuída ao homem e considerada conhecimento originário e criativo no sentido romântico. 
As três alternativas deixaram, em grande parte, de despertar o interesse da filosofia contemporânea. A primeira de fato pertence à esfera das especulações teológicas. A segunda tende a ser substituída pelo conceito de experiência como método ou como conjunto de métodos (v. EXPERIÊNCIA). A terceira está estritamente ligada à metafísica do Romantismo (velho e novo): ascende e declina com ele. 
Ciência moderna
A ciência supõe que o mundo funciona de modo ordenado, baseado em leis físicas.
A investigação científica tem quatro objetivos básicos, que correspondem a descrever o que acontece, quando isso acontece, o que causa esse acontecimento e por que isso acontece. 
Objetivos da ciência: 
Descrição
Predição
Controle causal
Explicação 
Descrição: são feitas observações de modo sistemático. 
Ex.: Um cientista interessado na intoxicação alcoólica poderia observar os clientes dos restaurantes para ver se eles consomem álcool.
Predição: pergunta quando o comportamento ocorre. Por meio da observação, podemos descobrir que dois eventos tendem a acontecer juntos, o que significa que um pode ser usado para predizer a ocorrência do outro. 
Ex.: Um pesquisador poderia descobrir que as pessoas que bebem álcool tendem a tropeçar, a apresentar uma linguagem prejudicada e mau julgamento social. Assim, o pesquisador poderia predizer que beber álcool está associado a esses comportamentos.
Controle causal: envolve variar sistematicamente a situação para produzir uma mudança de comportamento ou estado mental. Os cientistas buscam relações de causa-efeito entre as variáveis.
Ex.: O pesquisador interessado em estudar a intoxicação poderia dar às pessoas álcool ou água tônica para ver se produzem efeitos diferentes.
Explicação: o objetivo final da ciência é a explicação, compreender por que uma coisa acontece.
Ex.: As pessoas agem como agem devido aos efeitos fisiológicos do álcool ou devido às suas crenças sobre os efeitos do álcool?Compreender verdadeiramente um fenômeno requer que o examinemos em muitos níveis de análise diferentes, o que constitui a essência da investigação científica. 
Perguntas científicas podem ser respondidas objetivamente
A investigação científica é o estudo de perguntas empíricas – perguntas que podem ser respondidas se observarmos e mensurarmos o mundo ao nosso redor.
Será que o álcool prejudica a capacidade de dirigir? Essa é uma pergunta que pode ser respondida pela mensuração. 
O ponto-chave é: as perguntas científicas são aquelas que podem ser testadas e confirmadas ou refutadas como falsas. A resposta a uma pergunta científica não depende do que o respondente ou cientista pensa sobre a pergunta. 
Ex.: É irrelevante o pesquisador acreditar que consumir álcool é algo bom ou ruim. 
Replicação: Os estudos adequadamente planejados e realizados podem ser repetidos e produzem os mesmos resultados. 
	
O processo empírico depende de teorias, hipóteses e pesquisas
Formalmente falando, o processo empírico reflete uma interação dinâmica entre três elementos essenciais:
Teoria: Uma idéia ou modelo de como algo no mundo funciona. 
Hipótese: Uma predição específica do que deve ser observado no mundo se a teoria em consideração estiver correta. Dessa maneira, a hipótese serve como um teste direto da teoria. Se a teoria for razoavelmente exata, a predição estruturada na hipótese está correta.
Pesquisa: Processo científico que envolve a coleta sistemática e cuidadosa de dados para examinar ou testar se a hipótese – e, essencialmente, a teoria correspondente – é na verdade sustentável. 
Dados: Observações ou mensurações objetivas.
Uma vez de posse dos achados do estudo, o pesquisador retorna à teoria original para avaliar as implicações dos dados obtidos. Ou os achados apóiam a teoria ou requerem que ela seja modificada para levá-los em conta. Como mostra a figura, uma boa pesquisa reflete uma interação dinâmica, cíclica, entre esses três elementos. 
As teorias devem gerar hipóteses
Como podemos distinguir entre uma “boa” teoria e outra “não tão boa”? Primeiro, uma boa teoria é aquela que produz uma ampla variedade de hipóteses testáveis.
Ex.: No início do século XX, o grande psicólogo do desenvolvimento Jean Piaget propôs uma teoria do desenvolvimento do bebê e da criança sugerindo que o desenvolvimento cognitivo ocorria em uma série fixa de “estágios”, do nascimento à adolescência. Uma boa teoria científica é o modelo de Piaget, que levou a inúmeras hipóteses sobre os comportamentos específicos que deveriam ser observados em cada estágio de desenvolvimento.
Boas teorias também tendem à simplicidade. Essa idéia tem raízes históricas nos escritos de Sir William de Occam, que, no século XIV, propôs o que é atualmente conhecido como a navalha de Occam: quando existem duas teorias concorrentes para explicar o mesmo fenômeno, geralmente se prefere a mais simples das duas.
Isso também é conhecido como a lei da parcimônia. 
O valor dos achados inesperadosPesquisa psicológica
Quais são os tipos de estudo na pesquisa psicológica?
Depois que o pesquisador definiu a hipótese, a próxima questão a ser tratada é o tipo de planejamento de estudo que deve ser utilizado. Existem, essencialmente, três tipos principais de planejamento: 
Experimental: Um método de pesquisa para testar hipóteses causais, em que as vaiáveis são medidas e manipuladas.
Correlacional: Um método de pesquisa que examina como as variáveis estão naturalmente relacionadas no mundo real, sem qualquer tentativa, por parte dos pesquisadores, de alterá-las ou modificá-las. 
Descritivo: Um método de pesquisa que envolve observar e registrar o comportamento das pessoas e animais, para poder analisar o comportamento de forma sistemática e objetiva.
Esses planejamentos diferem na extensão em que o pesquisador tem controle sobre as variáveis do estudo e, portanto, na extensão em que a pesquisa pode tirar conclusões sobre a causação.
Variáveis - São tudo aquilo que pode ser medido e que pode variar.
Ex.: Algumas das variáveis no estudo do álcool e da direção incluiriam a quantidade de álcool ingerida, o nível de intoxicação, a coordenação motora, o equilíbrio e assim por diante. 
Observe que o termo variável pode referir-se a algo que é medido ou manipulado pelo experimentador.
Os pesquisadores precisam definir as variáveis de maneira precisa que reflita os métodos utilizados para avaliá-las. Eles fazem isso empregando definições operacionais, que quantificam as variáveis de modo a medi-las.
Ex.: Como quantificar a “coordenação” para poder julgar se ela foi afetada pelo álcool? Uma opção seria medir quão facilmente as pessoas conseguem tocar o nariz com o dedo de olhos fechados. A definição operacional poderia ser o número de centímetros pelo qual as pessoas erram. Essa definição concreta ajudaria outros pesquisadores a saber precisamente o que está sendo medido, o que então lhes permitiria replicar a pesquisa. 
Todo experimento envolve manipular condições
A idéia básica é manipular uma variável para examinar como ela afeta uma segunda variável. As condições do experimento se referem ao grupo experimental para o qual um participante é designado pelo pesquisador. Nesse contexto, o que é manipulado é chamado de variável independente e o que é medido é chamado de variável dependente.
Ex: Podemos manipular o estado de intoxicação dos participantes e depois medir seu desempenho como motoristas.
O desempenho ao dirigir é a variável dependente, pois depende do nível da variável independente.
O benefício dos experimentos é que eles permitem ao pesquisador estudar a relação causal entre duas variáveis.
Ao tomar a decisão de realizar ou não um experimento, a questão crucial é se é desejável mostrar uma relação causal entre duas variáveis. 
Estabelecendo causalidade 
Um experimento adequadamente executado depende de um rigoroso controle. O controle se refere às medidas que são tomadas para minimizar a possibilidade de qualquer outra coisa, exceto a variável independente, estar afetando os resultados do estudo. 
Os elementos confundidores se referem a tudo que afeta uma variável dependente, que pode involuntariamente mudar entre as diferentes condições experimentais de um estudo. Um experimento adequadamente realizado requer que asseguremos que a única coisa que vai mudar é a variável independente. O controle, então, é a base da abordagem experimental, no sentido de que permite ao pesquisador excluir explicações alternativas para os dados observados.
Estabelecendo causalidade
Quanto mais conseguimos eliminar elementos confundidores e, portanto, explicações alternativas, mais certos poderemos ficar de que a variável independente, de fato, foi responsável por produzir a mudança (ou o efeito) na variável dependente. 
Ex: No hipotético estudo do álcool e desempenho ao dirigir: o que aconteceria se um carro com transmissão automática fosse utilizado para avaliar o desempenho quando os participantes estivessem sóbrios, e no que resultaria se um carro com transmissão manual fosse utilizado quando os sujeitos estivessem intoxicados? Dado que a transmissão manual requer maior destreza motora do que a transmissão automática, qualquer efeito aparente da intoxicação sobre o desempenho do motorista poderia, na verdade, ser devido à mudança no tipo de carro. 
Designação aleatória é utilizada para estabelecer grupos equivalentes
Um possível elemento confundidor importante nos estudos é qualquer diferença existente entre os grupos expostos a diferente condições. 
Ex.: Suponha que você quis estudar o efeito do choque elétrico sobre a memória. Por se preocupar com a ética do estudo, você perguntou às pessoas quanto elas temiam os choques, e depois designou os participantes que os temiam muito para a condição sem choques e os que não os temiam muito, para a condição de choque. Infelizmente, qualquer diferença na reação observada pode ser devida não ao choque, mas a diferenças em como os participantes foram designados para as condições, o que é conhecido como viés de seleção. 
O viés de seleção também ocorre quando os participantes diferem entre as condições de maneira inesperada.
Ex.: Vamos considerar novamente o estudo da intoxicação e direção. Suponha que você tem duas condições experimentais, uma em que as pessoas bebem uma pequena quantidade e outra em que elas bebem uma grande quantidade. O que acontece se as pessoas designadas para a condição “grande quantidade” casualmente forem bebedores pesados e, consequentemente, menos afetados pelo álcool? Como você pode saber se as pessoas nas diferentes condições do estudo são equivalentes? Você poderia medir os hábitos de beber e assim por diante, mas nunca poderia ter certeza de ter avaliado todos os possíveis fatores que podem diferir entre os grupos.
A única maneira de garantir a equivalência de grupos é adotar a designação aleatória, em que cada participante potencial da pesquisa tem uma chance igual de ser designado para qualquer nível da variável independente.
Evidentemente, sempre existirão diferenças individuais entre os participantes, e é possível que haja algumas diferenças entre alguns fatores das condições. Mas essas diferenças tenderão a se distribuir igualmente se utilizarmos a designação aleatória, de modo que os grupos serão equivalentes em média. A designação aleatória ajuda a equilibrar tanto os fatores conhecidos como os desconhecidos. 
O Planejamento correlacional examina como as variáveis se relacionam
Muitas vezes não é possível manipular as variáveis que nos interessam, e precisamos lidar com elas conforme ocorrem naturalmente. Um estudo correlacional não demonstra causação; ele examina como as variáveis se relacionam naturalmente no mundo real, sem qualquer tentativa, por parte do pesquisador, de alterá-las ou modificá-las. 
Ex.: Estudar registros policiais de acidentes relacionados ao álcool. Nesse cenário, o objetivo seria comparar os níveis de intoxicação dos motoristas embriagados com alguma medida de seu desempenho na direção, tal como a gravidade do acidente. 
Nesse caso, você teria dados que lhe permitiriam comparar como a intoxicação poderia afetar ter afetado o desempenho do motorista, mas diferentemente do cenário da experimentação, você não terá realmente demonstrado que o álcool afeta o desempenho ao dirigir.
Nos estudos correlacionais, sempre é possível que algum fator externo seja responsável pela aparente relação entre suas variáveis. Esse problema da terceira variável ocorre quando você não pode manipular diretamente a variável independente e, portanto, não pode ter certeza de que ela foi a verdadeira causa das diferenças na variável dependente.
Ex.: Talvez fosse mais provável que as pessoas mais estressadas em sua vida cotidiana bebessem regularmente e dirigissem mais distraídas. Assim, a causa tanto da bebida como da má direção é a terceira variável, o estresse.
Outro problema nos estudos correlacionais é saber a direção da relação causa-efeito entre as variáveis. 
Ex.: Suponha quealguns pesquisadores fizeram um levantamento e descobriram que as pessoas que relatam uma vida sexual mais ativa também relatam um nível mais baixo de estresse. Será que o menor estresse leva a encontros sexuais mais frequentes ou será que os encontros sexuais mais frequentes reduzem o nível de estresse das pessoas? Nesse caso, ambos os cenários parecem igualmente plausíveis; uma ambiguidade conhecida como o problema da direcionalidade. 
Sem manipular a frequência do sexo ou o grau de estresse como uma variável independente, e sem mediar a outra como uma variável dependente, nós jamais concluiremos com certeza científica que uma variável causou a mudança na outra. A direção da relação causal, se houver, continua ambígua.
Os estudos correlacionais são amplamente utilizados na ciência psicológica porque proporcionam informações importantes sobre como as variáveis relacionam-se naturalmente. Algumas perguntas não podem ser estudadas por experimentos porque a manipulação da variável independente seria impossível, não-ética ou ambas. Nesse caso, você precisa realizar uma pesquisa correlacional. Conhecer a relação entre variáveis nos permite fazer predições.
Ex.: A pesquisa correlacional identificou uma forte relação entre a depressão e o suicídio, de modo que muitos psicólogos clínicos frequentemente avaliam os sintomas da depressão para determinar o risco de suicídio. 
Na verdade, a maior parte das pesquisas sobre psicopatologia emprega o método correlacional, pois não seria ético tentar provocar transtornos mentais nas pessoas para estudar ser efeitos.
Tipicamente, os pesquisadores que empregam o método correlacional usam procedimentos estatísticos para tentar excluir possíveis terceiras variáveis. Ao mostrar que uma relação entre duas variáveis mantém-se mesmo quando terceiras variáveis são controladas, os pesquisadores podem ter maior certeza de que a relação é significativa.
No mundo real, eventos realmente acontecem juntos, e, assim, compreender a relação entre eles nos permite predizer um a partir do outro.
Os estudos descritivos observam e classificam o comportamento
Os estudos descritivos, às vezes chamados de estudos observacionais, devido à maneira de coletar dados, envolvem observar e registrar comportamentos, para poder analisá-los de modo sistemático e objetivo.
Ex.: Um observador poderia ficar atento aos tipos de alimento que as pessoas comem nas lanchonetes, medir o tempo que as pessoas gastam conversando em uma conversa comum, ou avaliar o comportamento de acasalamento de um grupo de animais.
Alguns estudos podem basear-se na observação dos comportamentos a intervalos regulares de tempo, variando de segundos a anos. Dessa maneira o pesquisador pode acompanhar o que o sujeito está fazendo em cada ponto do tempo, e podem ser estudos os comportamentos que levam anos para acontecer, como a história profissional de um grupo de universitários formados. 
Existem dois tipos básicos de estudos descritivos:
Observação naturalista: o observador está separado da situação e não faz nenhuma tentativa de alterá-la ou modificá-la. No século XIX, vários cientistas começaram a escrever biografias do bebê, diários em que registravam observações de seus próprios filhos.	 Ex: Darwin (1877), Jean Piaget (1952, 1954).
Observação participante: o pesquisador se envolve na situação. Ex.: Trabalho realizado por psicólogos sociais que ingressaram em um culto do Juízo Final para ver como os membros do culto responderiam quando o mundo não acabasse (o que eles corretamente supuseram que não aconteceria)
Há problemas na observação participante, especialmente relacionados ao observador perder a objetividade e aos participantes mudarem seu comportamento se souberem que estão sendo observados. Assim, os observadores participantes precisam tentar manter a objetividade e fazer o possível para minimizar seu impacto sobre a situação. 
As técnicas descritivas são especialmente valiosas nos primeiros estágios da pesquisa, quando os pesquisadores estão simplesmente tentando ver se um determinado fenômeno realmente existe. Com base em suas observações iniciais, os pesquisadores podem planejar maneiras de estudar o comportamento de forma mais sistemática. O poder e o valor das mais simples observações não devem ser subestimados.
Ex.: Ao estudas o comportamento dos tentilhões nas ilhas Galápagos, Charles Darwin percebeu que os pássaros tinham tipos de bicos diferente e, além disso, que a maneira de se alimentar dependia do tipo de bico. Os pássaros com bico curto e largo comiam principalmente sementes grande em espaços abertos, enquanto os pássaros com bico fino e longo tendiam a procurar alimento em fendas e fissuras das rochas da beira da praia. 
A teoria da evolução teve como base simples observações.

Outros materiais