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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMCA E BIOLOGIA MOLECULAR BQI 100 – BIOQUÍMICA FUNDAMENTAL Enzimas Variações de energia livre durante uma reação química! Diferenças de G entre S e P. S P Produtos Produtos ReaçãoReação Substratos Reação Endergônica: G > o - Reação não é espontânea Reação Exergônica: G < o - Reação é espontânea Substratos Barreiras energéticas no curso da reação P Reação S Reação Exergônica: G < o - Reação é espontânea Barreiras energéticas: “montanha a ser vencida”: - alinhamento dos grupos. - formação de cargas instáveis transitórias. -rearranjos de ligações. Tem que alcançar o topo da montanha para ocorrer o decaimento para produto ou reagente ocorrer! Acançar o ESTADO DE TRANSIÇÃO – momento do deslocamento molecular , tais como quebras e rearranjos de ligações. S para P ou P para S, são igualmente prováveis Energia de Ativação: requerida para transpor a barreira energética! P Reação S Reação Exergônica: G < o - Reação é espontânea Diferença de energia entre o estado basal e o estado de transição: Energia de Ativação GATIV - Reflete na velocidade da reação: GATIV baixa velocidade GATIV alta velocidade G’o GATIV Velocidade pode ser aumentada por elevação da temperatura: vibração das moléculas e ligações química ou por meio do uso de CATALISADORES! E n e rg ia L iv re , G Coordenada da reação Não catalisada C A T Á L I S E E N Z I M Á T I C A G‡ - energia de ativação GB – energia de ligação Barreira energética (Energia de Ativação) é vencida pela energia de ligação e da catálise! Com Enzima Enzimas são catalisadores biológicos que reduzem a energia de ativação e deste modo afetam a velocidade da reação e não o seu equilíbrio! E + S ES EP E + P C A T Á L I S E E N Z I M Á T I C A E: Enzima S: Substrato ES: complexo enzima-substrato P: produto Enzimas Como Catalisadores Biológicos Que Reduzem a Energia de Ativação! MECANISMO DA INTERAÇÃO E-S??? C A T Á L I S E E N Z I M Á T I C A Substrato Estado de transição Produtos Sem enzima Enzima complementar ao substrato Enzima complementar ao estado de transição E n e rg ia L iv re , G E n e rg ia L iv re , G E n e rg ia L iv re , G Coordenada da reação (bastão de metal) (bastonase) Enzimas: ambiente específico para que a reação ocorra rapidamente – Sítio Ativo: bolsão que sequestra o substrato da solução! E + S ES EP E + P C A T Á L I S E E N Z I M Á T I C A Sítio Ativo Encaixe ou Ajuste Induzido: Complementaridade ao Estado de Transição Substrato sofre alterações conformacionais! Proteína sofre modificações conformacionais: posicionamento dos grupos funcionais! vídeo Acoplamento de reações e aditividade de variação de energia livre • As variações de energia livre padrão são aditivas; • Uma reação com ΔG positivo é possível acoplando-se outra reação com ΔG negativo. Ativação do Glutamato é catalizado por uma enzima (a) Reação escrita em um passo (b) Reação real em dois passos Glutamil-fosfato ligado à enzima Glutamato Glutamina Fornece energia não por simples hidrólise, mas por transferência de grupos (geralmente). Glutamina Sintase Enzimas são, principalmente, proteínas com atividade catalítica (sequências organizadas); Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas; Aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto (sacarose CO2 + H2O). especificidade para o substrato. Papel central no metabolismo. Importâncias práticas diversas: doenças e biotecnologia. Conceitos Gerais Co-fator – um ou mais íons orgânicos Coenzima – complexo orgânico ou molécula metalorgânica Grupo prostético – coenzima ou íon metálico ligado fortemente a proteína. Parte protéica – apoenzima ou apoproteína Holoenzima – Cataliticamente ativa Sítio ativo – local onde ocorrem as reações Conceitos Gerais Cofatores Enzimáticos Citocromo oxidase Citocromo oxidase; catalase; peroxidase Piruvato quinase Hexoquinase; Glicose-6-fosfatase; Piruvato quinase Arginase; Ribonuclease redutase Dinitrogenase Urease Glutationa peroxidase Anidrase carbônica; Álcool desidrogenase Algumas enzimas que contêm ou necessitam de elementos inorgânicos como cofatores Cofatores Enzimáticos Coenzima Exemplos de grupos transferidos Precursor dietético em mamíferos Tiamina pirofosfato Aldeídos Tiamina (vitamina B1) Flavina adenina dinucleotídeo Elétrons Riboflavina (vitamina B2) Nicotinamida adenina dinucleotídeo Íon hidreto (:H-) Ácido nicotínico (niacina) Coenzima A Grupo acila Ácido pantotênico mais outras moléculas Pirodoxal fosfato Grupos amino Piridixina (vitamina B6) 5’-desoxiadenosil- cobalamina (coenzima B12) Átomos de H e grupos alquila Vitamina B12 Biocitina CO2 Biotina Tetraidrofolato Unidades de 1C Folato Ácido lipóico Elétrons e grupos acila Não é necessário estar presente na dieta Algumas coenzimas que funcionam como transportadoras transientes de grupos funcionais ou de átomos específicos Nomenclatura Enzimática Glicose Glicose-6-fosfato Hexoquinase Classificação das enzimas Nº Classe Tipo de reação catalisada 1 Oxidoredutase Transferência de elétrons (íons hidretos ou átomos de H) 2 Transferase Reações de transferência de grupos 3 Hidrolases Reações de hidrólises (transferência de grupos funcionais para a água) 4 Liases Adição de grupos às duplas ligações ou formação de duplas ligações por meio de remoção de grupos 5 Isomerases Transferência de grupos dentro da mesma molécula para formar isômeros 6 Ligases Formação de ligações do tipo C─C, C─S, C─O e C─N por meio de reações de condensação acopladas à quebra do ATP Classificação internacional das enzimas (www.chem.qmul.ac.uk/iubmb/enzyme) pH ótimo de algumas enzimas Enzima pH ótimo Pepsina 1,5 Fosfatase ácida 4,5 Urease 6,5 Tripsina 7,8 Arginase 9,7 Fatores que afetam a atividade enzimátia Grupos Catalíticos nas Enzimas Resíduos de aminoácidos Forma ácida geral (doadora de prótons) Forma básica geral (receptora de prótons) C A T Á L I S E E N Z I M Á T I C A Grupos Catalíticos nas Enzimas 2-fosfoglicerato, ligado a enolase Intermediário enólico Fosfoenolpiruvato C A T Á L I S E E N Z I M Á T I C A Cinética Enzimática Estudo do mecanismo enzimático: -Estudo da estrutura tridimensional e dos resíduos envolvidos -Estudar a velocidade da reação e como é afetada pela variação nas condições experimentais: CINÉTICA ENZIMÁTICA Interação Substrato-Enzima é um passo chave para a catálise! Estudar o efeito da [S] na velocidade das reações enzimáticas DUAS ETAPAS ou constantes afetando a reação global: 1-ligação Enzima-Substrato: 2-Liberação da Enzima-Produto: Proporção Enzima-Substrato [ES] afeta a velocidade global! ENZIMA 100 umoles ENZIMA 100 umoles ENZIMA100 umoles ENZIMA 100 umoles ENZIMA 100 umoles ENZIMA 100 umoles Substratos 1,0 umoles Substratos 10,0 umoles Substratos 50 umoles Substratos 100 umoles Substratos 500 umoles Substratos 1000 umoles Produtos Qtida / min 10 min 10 min 10 min 10 min 10 min 10 min Produtos Qtida / min Produtos Qtida / min Produtos Qtida / min Produtos Qtida / min Produtos Qtida / min Cinética Enzimática: medir a velocidade da Reação ou surgimento do produto Cinética Enzimática: Graficamente EFEITO DA [S] NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS - Sítios ativos não ocupados pelo substrato: aumento linear de Vo. Enzima saturada com S V = Δ[P] ou Δ[S] por unidade tempo Km = constante de Michaelis-Menten Vmax = velocidade máxima Km = [S] quando Vo = ½ Vmax Relação Algébrica entre Vo e [S]: EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEN Valor de Km para algumas enzimas Enzima Substrato Km (mM) Catalase H2O2 25 Hexoquinase (cérebro) ATP 0,4 D-glicose 0,05 D-frutose 1,5 Muitas enzimas apresentam comportamento hiperbólico de Vo e seguem a cinética de Michaelis-Menten Pouca informação sobre os mecanismos. Para comparação entre as eficiências catalíticas da enzimas Significados e importâncias de Km e Vmax - Quando K2 <<< K1 Km = K-1/K1 Medida da afinidade do substrato pela enzima (Kd, constante de dissociação E-S) - Km: Constante global da reação! -Km → aumenta. - Vmáx → não altera, quando [S] aumenta! Inibição competitiva Inibições Reversíveis I N I B I Ç Ã O Como Verificar? Vmáx → diminui Km → mesmo Inibição Não-competitiva: liga-se a complexo ES em um sítio distinto I N I B I Ç Ã O Inibições Reversíveis Vídeo regulação alostérica 01 Inibição Competitiva Efeito Sobre Km e Vmax Com Inibidor Sem Inibidor Sem Inibidor Com Inibidor Inibição Não-Competitiva Video Inibidor vírus da AIDS Inibições Irreversíveis: ligam-se por ligações covalentes ou destroem o grupo funcional (exemplo serina) Peptidoglicano Glicopeptídeo Transpeptidase ATIVA Glicopeptídeo Transpeptidase: INATIVADA Penicilina SER I N I B I Ç Ã O Inibição Irreversivel da COX: Inibe a síntese de prostaglandinas, envolvidas em processos que envolvam dor. Enzimas Reguladoras: Controlar a velocidade geral de uma via metabólica; Localizada de modo estratégico ao longo da via. Pode ser por: 1-Regulação alostérica (moléculas pequenas) 2-Modificações covalentes reversíveis 3-Ligação a outras proteínas 4-Clivagem de segmentos: irreversível L- treonina L- isoleucina Treonina desidratase Substrato Modulador Positivo Enzima inativa Enzima ativa Complexo enzima substrato ativo Enzimas Alostéricas Mudança conformacional na presença do modulador. Sítio ativo específico para o modulador. Sitio catalítico é normalmente diferente do sítio regulador. Enzimas Alostéricas Alteram sua atividade enzimática em resposta a sinais metabólicos; Em geral catalisam reações irreversíveis; São controladas alostericamente: • pelo produto da reação; • por compostos provenientes de outras vias; • pelo produto final da própria via (feed-back ou retrocontrole); São normalmente proteínas oligoméricas, possuindo duas ou mais subunidades protéicas; Apresentam sítio catalítico e sítio(s) alostérico(s); Enzimas Alostéricas: Não MICHAELIS-MENTEN Enzima Alostérica Enzima Normal Enzimas Alostéricas L- treonina L- isoleucina Treonina desidratase Com Inibidor Com Indutor Enzimas Alostéricas Enzima:Aspartato Carbomoiltransferase (ATCase) Efeito signficativo na velocidade da reação em concentrações fisiológicas de Aspartato! Aspartato Carbomoiltransferase (ATCase): inibida pelo CTP (produto da via de biossíntese de pirimidinas) Regulação da Fosforilase do Glicogênio por modificação covalente Fosforilase quinase Fosforilase a ATIVA Fosforilase fosfatase Modificações covalentes: Mais comum é a fosforilação; Remoção por uma enzima específica: reversível Algumas são irreversíveis: Toxinas Fosforilação: -Quinases -Modificações estruturais (cargas e volume do grupo R. Fosforilase a INATIVA - Zimogênio: é o precursor inativo da enzima. Após remoção de peptídeos, torna-se ativa. -Exemplo: enzimas digestivas (proteases) -Irreversível -Necessidade de um inibidor Tripsinogênio (inativo) Tripsina (ativa) Enteropeptidase Regulação por Clivagem Proteolítica Tripsinogênio (inativo) Tripsina (ativa) Enteropeptidase Regulação por Clivagem Proteolítica Inibidor Específico da Tripsina : catalisa somente uma reação (menos comum) Especificidade Absoluta Especificidade de Grupo: agem somente em moléculas que apresentam certo grupos funcionais (grupos fosfatos, amino e etc) Especificidade de Ligação: agem em um tipo particular de ligação química. Especificidade Estereoquímica: age somente em um tipo particular de isômero ótico Especificidade Specificity of Ser-Protease Family COO- C Asp Active Site Trypsin Chymotrypsin Elastase cut at Lys, Arg cut at Trp, Phe, Tyr cut at Ala, Gly Non-polar pocket D e e p a n d n e g a ti v e ly c h a rg e d p o c k e t Shallow and non-polar pocket O O –C–N–C–C–N– C C C C NH3 + O O –C–N–C–C–N– C O O –C–N–C–C–N– CH3 J u a n g R H ( 2 0 0 4 ) B C b a s ic s Especificidade Ex.: Hexoquinase: phosphorylates D-fructose, 5-keto-D- fructose, D-glucose, 2-deoxy-D-glucose, D-mannose and D-glucosamine. Glicose Glicose-6-fosfato Hexoquinase
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