Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MAMA FEMININA Epitélio + estroma 6-10 sistemas de ductos principais Epitélio escamoso queratinizado da pele < dupla camada de epitélio cuboidal, revestindo os ductos < ramificação de ductos maiores < unidade ductal lobular terminal < conglomerado de pequenos ácinos (cacho de uva) < lóbulo Cada sistema ductal ocupa mais de um quadrante Ductos podem se estender para o subcutâneo da parede torácica e axila Ductos e lóbulos: revestidos por células mioepiteliais contráteis com miofilamentos que estão sobre a membrana basal, fazem a ejeção de leite e dão suporte estrutural aos lóbulos + células epiteliais luminais, que revestem as células mioepiteliais Estromas mamários: interlobular, formado de tecido conjuntivo fibroso + tecido adiposo; intralobular, que envolve os ácinos e é formado por células parecidas aos fibroblastos, tem resposta hormonal e possui linfócitos dispersos. Mama pré-puberal: poucos lóbulos, radiodensas Mama na fase reprodutiva: lóbulos inativos da 1ª ½ metade do ciclo, depois da ovulação, com E + P, aumenta a proliferação celular e o número de ácinos. Estroma intralobular fica edemaciado. Na menstruação há regressão dos lóbulos e desaparecimento do edema Na gravidez lóbulos aumentam de tamanho e em número Com a idade, lóbulos reduzem em número e tamanho, estroma interlobular é substituído por gordura, mamografias mais radioluscentes. Leite materno: nutrição, IgA, vitaminas, enzimas Término da lactação: células epiteliais em apoptose, lóbulos atrofiam Com 30 anos os lóbulos começam a involuir Mamilo e aréola Músculo liso Ductos maiores e seio lactífero Ectasia ductal, abscesso subareolar recorrente, papiloma ductal único, d. de Paget Estroma lobular Fibroadenoma, tumor filoide Ducto terminal, unidade lobular Cisto, adenose esclerosante, pequeno papiloma ductal, hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma Estroma interlobular Esteatonecrose, lipoma, tumor fibroso, fibromatose, sarcoma Músculo peitora Parede torácica e costelas Céls Mioepiteliais Basal, núcleo escuro, compacto, pouco citoplasma Céls luminais Núcleo aberto grande, nucléolo pequeno, bastante citoplasma Distúrbios de desenvolvimento Remanescentes mamários: mamilo ou mamas supranuméricas pelo espessamento permanecente de epiderme na linha média, da axila ao períneo Tecido mamário axilar acessório: sistema ductal normal de estende para o tecido subcutâneo da parede torácica ou para a fossa axilar Mamilo invertido congênito: corrigido espontaneamente na gravidez ou por tração. Se adquirido, suspeitar de câncer invasivo, doença inflamatória, abscesso subareolar, ectasia ductal Quadro clínico das doenças mamárias: Dor + massa palpável + encaroçamento + descarga papilar Dor: mastalgia, mastodinia < cíclico ou não cíclico Dor difusa acíclica localizada => cisto roto, injúria física, infecções Apenas 10% dos canceres de mama são dolorosos Massa palpável: carcinoma invasor, fibroadenoma, cisto < no mínimo 2cm, mais comuns na pré-menopausa 50% dos ca são no QSE, 10% em cada um dos outros quadrantes e 20% na região central/subareolar Descarga papilar é preocupante se espontânea e unilateral Descargas lácteas = galactorreia: prolactina < adenoma pituitário, hipotireoidismo Descargas sanguinolentas ou serosas são mais comumente benignas < papiloma solitário de ductos maiores, cistos, gravidez A sensibilidade da MMG aumenta com a idade Principais sinais mamográficos de ca: Densidades < ca invasivo, fibroadenoma, cisto Calcificações: secreções, debris necróticos ou estroma hialinizado < benignos: cistos apócrinos, fibroadenomas hialinizados, adenose esclerosante < malignos: pequenos, irregulares, numerosos, agrupados, CDIS 10% não são vistos pela MMG < radiodensos, sem calcificações, pequeno, infiltrativo difuso, perto da parede torácico, periferia da mama US: cisto X sólidos, bordas de lesões sólidas RNM: vascularização aumentada e fluxo sanguíneo do tumor Distúrbios inflamatórios: Incomuns, <1%, mama eritematosa, túrgida e dolorosa, semelhante ao ca inflamatório, obstrução da vascularização dérmica com embolia tumoral MASTITE AGUDA: Comum no 1° mês de amamentação, pelas rachaduras e fissuras S. aureus e estreptococos Mama eritematosa, dolorosa, febre Acomete primeiro 1 só sistema ductal, mas pode se espalhar, formando abscessos Há infecção difusa extensa com infiltrado de neutrófilos e pode ser necrótico É resolvido com ATB MASTITE PERIDUCTAL: Abscesso subareolar recorrente, metaplasia escamosa de ductos galactíferos, doença de Zuska Massa subareolar eritematosa e dolorosa Sem relação com a lactação Mais comum em fumantes, deficiência de vitamina A e mamilo invertido Metaplasia escamosa queratinizada dos ductos mamilares < dilatação do ducto < risco de ruptura do ducto < resposta inflamatória crônica e granulomatosa < infecções bacterianas secundárias Tto: remoção cirúrgica em bloco ECTASIA DUCTAL MAMÁRIA: 50-60 anos, multíparas Massa periareolar mal definida + secreção papilar espessa, branca + retração da pele Dilatação de ductos + espessamento das secreções mamárias + reação inflamatória granulomatosa crônica periductal e intersticial Ductos dilatados < debris granulares com macrófagos e lipídeos < infiltrado denso de linfócitos e plasmócitos Depósito de colesterol Fibrose pode produzir retração de pele NECROSE GORDUROSA: Massa indolor a palpação + espessamento/retração de pele + densidade mamográfica + calcificações História de trauma ou cirurgia Lesões hemorrágicas com áreas centrais de necrose gordurosa liquefeita < nódulos mal definidos, firmes, brancos Região central das células gordurosas necróticas com infiltrado neutrófilo + macrófagos < fibroblastos fazem a neovascularização < células gigantes, calcificação, hemossiderina < tecido cicatricial ou tecido fibroso MASTOPATIA LINFOCÍTICA (LOBULITE LINFOCÍTICA ESCLEROSANTE): Única ou múltiplas massas endurecidas palpáveis bilaterais ou não Densidades mamográficas Estroma colagenado circundando os ductos atróficos e lóbulos Membrana basal do epitélio está espessada Infiltrado linfocítico circunda o epitélio Relação com DM1 e doenças tireoidianas < relação autoimune MASTITE GRANULOMATOSA: 1% Provocada por doenças granulomatosas sistêmicas < granulomatose de Wegener, sarcoidose Infecções por fungos, micobactérias Mais comum em imunocomprometidos, corpos estranhos (silicone, piercing) Mastite lobular granulomatosa: relação com paridade, reação de hipersensibilidade aos antígenos manifestados pelo epitélio lobular durante a lactação Lesões epiteliais benignas: Alterações não proliferativas não aumentam risco de ca de mama Doenças proliferativas aumentam um pouco o risco de ca Doença proliferativa com atipia tem aumento moderado do risco Redução do risco: mastectomia profilática, tamoxifeno (antagonista de E) ALTERAÇÕES MAMÁRIAS NÃO PROLIFERATICAS/FIBROCÍSTICAS Mamas nodulosas irregulares a palpação Mama densa com cistos Achados histológicos benignos Cistos: pequenos, são pela dilatação e desenvolvimento dos lóbulos < coalescem < cistos maiores Cistos íntegros, fluído turvo, semitranslúcido, cor azul-marrom Recobertos por epitélio atrófico plano ou células apócrinas metaplásicas (citoplasma granular, eosinofilia, núcleo redondo) Calcificações Risco de solitários, firmes na palpação Diagnóstico é confirmado após PAAF Fibrose: Cistos se rompem < liberação de secreção para o estroma < inflamação crônica < fibrose < endurecimento palpável Adenose: Aumento de ácino no lóbulo Fisiológica na gestação Focal em não grávidas Ácino aumentado, mas não distorcido Calcificações Recobertos por células colunares, parecem benignas ou serem atipia epitelial plana Precursor de neoplasia epitelial Adenomas da lactação: Massas palpáveis em grávidas ou lactentes Resposta focal exagerada aos hormônios DOENÇAS MAMÁRIAS PROLIFERATIVAS SEM ATIPIA Densidades mamográficas e calcificações Geralmente várias lesões + alterações mamárias não proliferativas Proliferação de epitélio ductal e/ou estroma Hiperplasia epitelial: mais de 2 camadas celulares Camadas adicionais são luminais e mioepiteliais < preenchem e distendem lóbulo Lúmen irregular Achado acidental Adenose esclerosante: > 2x mais ácinos/ducto Ácino comprimido e distorcido no centro, mas dilatado na periferia Ácido em padrão serpiginoso Borda exterior circunscrita Estroma denso Mais células mioepiteliais Fibrose estromal pode comprimir lumens < cordões sólidos ou em fileiras duplas sobre estroma denso Semelhante a ca invasivo Massa palpável, densidade, calcificação Lesão esclerosante complexa: adenose esclerosante + papilomas + hiperplasia epitelial Lesão esclerosante radial: única massa irregular que é benigna, semelhante a ca invasor. Não é dura, tem projeções Nicho central de glândulas emaranhadas em estroma hialinizado com longas projeções radiais para o estroma Papilomas: Múltiplos eixos ramificados fibrovasculares centrais, cada um com um eixo de tecido conjuntivo revestido por células luminares e mioepiteliais Crescimento dentro de ducto dilatado Hiperplasia epitelial + metaplasia apócrina Se grandes, tendem a ser solitários Se pequenos, são múltiplos e profundos ao sistema ductal 80% tem descarga papilar Pode enfartar, por torção de pedículo, com descarga sanguinolenta Massas palpáveis, calcificações, densidades DOENÇAS MAMÁRIAS PROLIFERATIVAS COM ATIPIA: proliferação celular semelhante ao in situ Hiperplasia ductal atípica Em 5-17% Calcificações Semelhante a CDIS Proliferação monomórfica com células espaçadas, com espaços cribiformes É limitada, preenche parcialmente os ductos Hiperplasia lobular atípica 5% Proliferação de células idênticas às do CLIS < 50% de distensão e preenchimento do lóbulo Pode envolver ductos contíguos Células lobulares atípicas entre a membrana ductal basal e células ductais epiteliais CÂNCER DE MAMA É a neoplasia não cutânea mais comum entre as mulheres. Entre as que mais mata, só perde para ca de pulmão 90 a = 1/8 chance de ca de mama Alterações fibrocísticas/não proliferativas (ectasia ductal, cisto, metaplasia apócrina, hiperplasia moderada, adenose, fibroadenoma) 3% Proliferativas SEM atipia (hiperplasia florida, adenose esclerosante, papiloma, cicatriz radial, fibroadenoma complexo) 5-7% Proliferativas COM atipias (hiperplasia ductal atípica, hiperplasia lobular atípica) 13-17% In situ (lobular e ductal) 25-30% Maioria são adenocarcinomas Subgrupos biológicos: diferentes características, histologia, resposta terapêutica e sobrevida RE + HER2 - 50-65% HER2+ 10-20% RE – HER2 - 10-20% Raro em < 25 a incidência aumenta depois dos 30 a RE +: aumento de incidência após os 40, com predomínio entre 70-80 a RE- e HER +: mais comum depois dos 40 RE + aumentam sua incidência com o aumento da idade, RE – e HER2 + são constantes Maior detecção de RE + pela MMG e TRH RE – e HER2 + são ½ dos casos de ca em mulheres jovens, e 20% dos ca em mulheres velhas In situ: MMG, dificilmente é palpável Taxa atual de rastreamento é de 65-75% MMG foi instituída em 1980, aumentando o n° de ca em estádio I, in situ e ca invasor detectados em idosas. N° de ca grandes com linfonodo + ou ca em estádio II-IV reduziu Ca invasivo é o menos comum em idosas não brancas. Taxa de ca de mama é maior em brancas, mas taxa de mortalidade é maior em negras < fatores socioeconômicos, RE – de alto grau em negras Diagnóstico ocorre mais cedo em negras em relação as brancas (35% x 20%) RE - e HER2 + é igual em todos os grupos, mas RE + é mais comum em negras Fatores de risco: Estilo de vida ocidental Gravidez tardia e em menor número, reduzindo amamentação Sexo feminino (99%) Hereditariedade: 5-10% tem mutação em genes supressores de tumor < risco de 90% Exposição ao E durante a vida Fatores ambientais HF em 15-20% dos casos, sem mutação genética. Risco não aumenta se o único parente afetado for a mãe após a menopausa Mutações BRCA 1 e 2 são mais comuns em judeus Idade é fator de risco, especialmente entre 70-80 a, depois cai o risco Menarca antes dos 11 a aumenta em 20% o risco Menopausa tardia Gravidez em < 20 a reduz risco frente a nulíparas e > 35 a no 1° parto Hiperplasia atípica Proliferações TRH, especialmente se E + P por anos => ca pequenos RE+ (* ACO não aumenta risco) (*tto: ooferectomia, tamoxifeno, inibidores de aromatase) Mamas densas tem 4-6x > chance de ca RE + e RE – Exposição a radiação torácica, especialmente < 20 a Ca de mama contralateral e endométrio, que se desenvolvem pela exposição prolongada ao E Consumo de álcool Obesidade na pós-menopausa (antes a obesidade protege, pelos ciclos anovulatórios) Exercícios físicos são protetores Quanto maior o tempo de amamentação, menor o risco Exposição a pesticidas organoclorados, que tem efeito de E Etiologia e Patogenia: Proliferação clonal de células com mutações, adquiridas de exposição hormonal ou genes herdados suscetíveis Pode ser hereditário (mutação de genes de supressão tumoral, ação de fatores ambientais) ou esporádico (ambientais + genéticos) Todos ca tem origem em acúmulo de mutações de DNA + epigenética + alteração no estroma (permitir invasão) Ca de mama Hereditário: 12% dos casos, 1 ou mais genes suscetíveis Maior risco se parente de 1° grau, idade precoce, cânceres múltiplos, outros cânceres Traço autossômico dominante, por cópia anormal de gene supressor tumoral. 1 mutação esporádica é o suficiente BRCA1, BRCA2, TP53, CHEK2 => genes supressores tumorais que reparam DNA e mantem genoma Mutações de BRCA 1 E 2: 80-90% dos ca de mama hereditários, 3% de todos ca de mama. Fator de risco para ca de próstata, pâncreas. Mais comum em judeus. Profilaxia é a mastectomia bilateral, salpingo-ooferectomia BRCA1 tem relação com ca de ovário, interage na regulação da estrutura da cromatina BRCA2 tem maior relação com ca de mama masculino Ca por mutação de BRCA1 são pouco diferenciados, características medulares, crescimento sincicial, resposta linfocitária, parecidos com RE – e HER2 – Ca por mutação em BRCA2 são pouco diferenciados, mas mais RE + Depois de ocorrer mutação no DNA, ela é detectada pelo gene ATM < p53 e CHEK2 param o ciclo celular < CHEK2 + BRCA 1 e 2 reparem cadeia dupla de DNA BRCA1 Em 52% ca de mama hereditário. Relação com ca ovário, próstata, pâncreas, trompas Supressão tumoral, regulação transcrição, reparo no DNA BRCA2 Em 30-90% ca mama hereditário. Relação com ovário, próstata, pâncreas, ca mama masculino, estomago, melanoma, biliar, faringe Supressão tumoral, regulação transcrição, reparo no DNA TP53 Em > 90% ca de mama hereditário. Mutação em 20% ca mama esporádico. Relação com triplo -. É o gene mais mutado nos ca esporádicos. Maioria é HER +. Relação com sarcoma, leucemia, SNC, adrenal Supressão tumoral, controle ciclo celular, replicação, reparo DNA, apoptose CHEK2 Em 10-20% ca de mama hereditário. Aumenta risco ca de mama por exposição a radiação. Relação com ca próstata, tireoide, rim, cólon Verifica quinase no ciclo celular, reconhece e reparadanos DNA, ativação BRCA1 e p53 Ca de mama esporádico Principal fator de risco é a exposição hormonal, idade, gênero, menarca, menopausa, gestações, amamentação, E exógeno E estimula ca de mama < crescimento da mama na puberdade, CM, gravidez < proliferação epitélio mamários < acúmulo de lesões no DNA, que tem intervalo no final do CM = reparos de DNA < se células pré-malignas presentes, E passa a estimular crescimento + células estromais Células tronco remanescentes no tecido mamário são as células que originam o ca 1. RE + HER2 - => 50-65%, herança de linhagem germinativa BRCA2. Mutação ativa PIK3CA. Lesões precursoras são atipia epitelial plana e hiperplasia ductal atípica. Chamados de luminais 2. HER2 + => 20% dos ca de mama, RE + ou RE -. Ca mais comum em mutação de TP53. A lesão precursora é a adenose apócrina atípica. Comandada por genes de proliferação, regulados por sinalização distais dos HER2 3. RE – HER2 - => 15% dos tumores, os mais comuns em mutação de BRCA1, comum em negras, esporádicos acompanham mutação de TP53, expressão genes mioepiteliais no RNAm Genes supressores tumorais: TP53, BRAC1, BTCA2 Proto-oncogenes: PIK3CA, HER2, MYC, CCND1 Heterogeneidade genética Células epiteliais neoplásicas só se desenvolvem com interação com estroma Origem em áreas de maior densidade, de mais estroma fibroso < ambiente para crescimento do tumor (tem vasos, células inflamatórias) Ca in situ: angiogênese + inflamação Invasão do in situ ocorre semelhante a gravidez: novas ramificações ductais e lóbulos + desaparecimento da membrana basal + proliferação + escape da inibição do crescimento + angiogênese + invasão do estroma < remodelação da mama CLASSIFICAÇÃO DOS CARCINOMAS DE MAMA 95% são adenocarcinomas, com origem em ca in situ de ducto/sistema lobular 70% dos diagnósticos são feito quando já há infiltração de membrana basal e estroma Ca in situ, ductal e lobular, tem origem em ducto lobular terminal => CDIS e CLIS CDIS: Proliferação clonal de células epiteliais malignas, limitadas aos ductos e lóbulos pela membrana basal Ácido do lóbulo fica pequeno, células epiteliais estão em menos n° nos lóbulos e ductos Pode gerar lesões por toda mama Detectado na MMG => 15-30% => mortalidade pequena (1-3% morre por metástase, por focos ocultos ou ca em mama contralateral/ipsilateral) Calcificações com necrose, secreções Fibrose periductal pode formar densidades ou massas palpáveis Tipos papilíferos geram descarga Maioria tem padrão misto de crescimento Necrose a grau nuclear indicam recorrência e progressão de invasão Bilateral em 10-20% dos casos Tto: irradiação seguida de mastectomia => cura de 95%. Há 50% de chance de recorrência, principalmente se de alto grau, necrose, grande, margens comprometidas RT pós-operatório e tamoxifeno reduzem recorrência Sem tto, 1% se tornam invasivos em 1 a se pequenos e baixo grau. Quanto maior e maior o grau, maior a chance de invasão Classificação arquitetural: Comedocarcinoma: pode produzir nódulo, detectado em MMG, calcificações agrupadas lineares e ramificações de dentro do ducto. 1. Células neoplásicas com núcleo pleomórficos de alto grau 2. Áreas de necrose central Não Comedocarcinoma: sem núcleo de alto grau, sem necrose central 1. Cribiforme: espaços arredondados entre os ductos ou padrão sólido, com secreções e calcificações 2. Micropapilífero: projeções papilares sem eixos fibrovasculares, complexos padrões intraductais 3. Papilas verdadeiras: núcleo fibrovascular sem células mioepiteliais 4. Calcificações com necrose focal e secreções intraluminais Doença de Paget: 1-4% dos a de mama, erupção eritematosa unilateral com crosta escamosa, prurido, confusão com eczema, células neoplásicas pelos ductos e para a pele do mamilo. Não infiltram membrana basal. Rompem a barreira epitelial, exteriorizando o fluido extracelular => crosta escamosa na superfície da pele + células de Paget na epiderme. Células detectadas por biópsia ou citologia de exsudato. Massa palpável em 50-60% dos casos, ca invasivo depois pouco diferenciados. RE + e superexpressão de HER2. Prognóstico pelo ca subjacente CLIS: Proliferação clonal de células de dentro do ducto e lóbulos que crescem de forma não coesa devido a perda de proteína transmembrana de adesão tumoral E-caderina Célula se dissemina, mas não altera o espaço, preservando a arquitetura Achado incidental de biópsia Sem calcificações, alterações de estroma ou densidades Bilateral em 20-40% das vezes Células de hiperplasia lobular atípica, CLIS e ca lobular invasivo são iguais E-caderina: supressora tumoral, para de se expressar na proliferação neoplásica => mutação de CDH1, desregulação de cateninas Células uniformes, monomórficas, núcleo oval ou redondo, nucléolos pequenos, células pequenas, pouco coesas Células envolvem os ductos e lóbulos, produzem muco < expansão do ácino < disseminação pagetoide Aspecto anel de sinete Não formam espaços cribiformes ou papilares Não envolve pele do mamilo Pode ter disseminação pagetoide, células neoplásicas entre a membrana basal e células luminais Não tem necrose ou secreções Geralmente tem REe RP Risco de se tornar invasor em 1 a é de 1%. 25-30% se tornam invasor Risco na mama contralateral, caso não haja tratamento, é quase tão alto quanto a ipsilateral Depois de CLIS, risco 3x maior de ter ca invasor lobular Tto: mastectomia profilática bilateral + tamoxifeno + rastreamento MMG Alguns podem ter núcleos de alto grau e necrose central Algumas podem ser RE -, algumas podem superexpressar HER2 CARCINOMA INVASIVO/INFILTRANTE Padrão aleatório de invasão estromática, originando massas com margens regulares Microscopia: resposta estromática desmoplásica Alguns podem crescer como massas circunscritas ou lobuladas, na microscopia são massas celulares expansivas com margens abauladas e resposta estromática com fibrose na margem do tumor Ca bem diferenciado Túbulos, padrão cribiforme, células com núcleo pequeno e monomórfico Ca moderadamente diferenciado Menos túbulos, ninhos sólidos, núcleos pleomórficos Ca pouco diferenciado Infiltração em camadas desorganizadas de células pleomórficas, figuras de mitose, áreas centrais de necrose 1/3 são especiais, o resto é ductal/sem especificação Triplo negativo: RE -, HER2- => instabilidade genômica, proliferação, alteração cromossômica, expansão de proteínas de células epiteliais, como queratinas basais Proliferações são contadas por mitoses e pela expressão de Ki-67 Se MMG com calcificações, mas sem densidade, é < 1cm Diagnóstico geralmente com 2-3cm Se reação estromática desmoplásica, tem massa radiodensa irregular e firme Tem foco branco no centro, com traços de estroma e focos de calcificação Menos comum é a apresentação como nódulos regulares e sem reação estromática Podem ser imperceptíveis, com glândulas neoplásicas dispersas, células neoplásicas isoladas que se infiltram no tecido fibrogorduroso Se grande, invade o peitoral, se fixa na parede torácica, causa ulcerações Se for no centro da mama, causa retração mamilar São graduados pela classificação histológica de Nottingham: avaliam diferenciação tubular, grau nuclear. Índice mitótico => I: bem diferenciado => crescimento tubular, pequenos núcleos redondos, pouca proliferação; II: moderadamente diferenciados => tubulares, grupamentos sólidos, células infiltrantes isoladas, pleomorfismo nuclear, figuras de mitose; III: pouco diferenciados => invadem em ninhos desorganizados, lâminas sólidas, núcleo grande e irregular, muita proliferação, áreas de necrose tumoral 1. RE + HER2 -: luminal, 50-65% dos ca, forma mais comumde ca invasivo Vários padrões morfológicos, bem diferenciado a pouco diferenciado. Padrão mucinoso, papilar, cribiforme, lobular a. RE + HER2 – baixa proliferação: 40-55% dos ca, médio a bastantes diferenciados (lóbulos, túbulos, mucinosos), o mais frequente em mulheres e homens idosos, o mais comum de ser detectado em MMG, TRH, detecção no início, expressão de genes que são regulados pelo E, pouca recorrência, tto com cirurgia. Recorrência é tarde. Sobrevida > 10 anos. 70% das metástases vão para osso, 25% vísceras, 10% cérebro, < 10% respondem a QT, boa resposta ao tto hormonal. Metástases ocorrem após 6 a b. RE + HER2 – alta proliferação: 10% dos ca, é lobular e pouco diferenciado, RE é baixo, P é baixo, relação com mutação de BRCA2, maior expressão de genes de proliferação, mais alterações em cromossomos, 10% respondem bem a QT, tendo melhor prognóstico dos que não respondem a QT. Metástases 80% vão para ossos, 30% para vísceras e 10% para SNC 2. HER2 +: 20% ca, 2° mais comum, ½ é RE +, mas a expressão é baixa, tipos histológicos apócrinos. Não tem RP. Mais comuns em jovens e negras. RE + em 35% dos ca hereditários com mutação de TP53, expressão de genes de proliferação, translocação de cromossomos. Pode haver metástase desde o início, ainda que pequenos. Tto com anticorpo monoclonal, tendo bom prognóstico (transtuzumab/Herceptin), mas nem todos respondem ao tto (resistência). Metástase para osso, víscera, cérebro. Sobrevida sem metástases é < 10 a, com é difícil de resistir. RE – tem melhor resposta para QT. Pouco diferenciada, sem padrão, 50% dos ca apócrinos, 40% microproliferativos, ca in situ é grande 3. RE – HER2 -: semelhante ao triplo negativo, 15% ca, 3° principal grupo, comum em jovens, antes da menopausa, negras e hispânicas. Relação com mutação BRCA1. Tem alta proliferação, massa palpável, semelhança com ca seroso de ovário, relação com hereditariedade. Metástases mesmo ainda no início, para osso, vísceras, cérebro. 30% respondem bem a QT. Recorrências em 5 a, locais são comuns mesmo após mastectomia. Sobrevida baixa, Pouco diferenciados, vários padrões, margens abauladas e circunscritas, centro fibrótico/necrótico, infiltrado linfocitário (característica medular), células fusiformes, escamosas, produção de matriz, pode não ter in situ TIPOS HISTOLÓGICOS ESPECIAIS DE CARCINOMA INVASIVO Classificação conforme HER2 e RE Maioria é RE + Carcinoma lobular: Relação com fenótipo e genótipo => perda bialélica de CDH1, que codifica a E-caderina Não é coeso Pouca resposta desmoplásica Metástase em peritônio, retroperitônio, leptomeninges, TGI, ovários, útero Massa irregular ou infiltrativo difuso Carcinoma primário oculto Células tumorais infiltrativas não coesas => anel de sinete Gotículas de mucina dentro do citoplasma Não forma túbulos Variante alveolar sólida, por agrupamento de células Carcinoma medular: Relação com BRCA1 (hipermetilação, mutação) < redução de sua expressão Bom prognóstico por boa resposta imune aos antígenos tumorais Infiltrado de linfócitos Boa resposta a QT RE – HER2 – Macio por ter pouca desmoplasia Nódulo bem delimitado Ninho sólido, sincicial Células grandes Núcleo pleomórficos Nucléolo proeminente Figuras de mitose Infiltrado linfoplasmocitário ao redor e dentro do tumor Borda não abaulada Raramente tem ca ductal in situ Carcinoma Micropapilífero: Crescimento sem ancoragem Expressão E-caderinas, se aderindo umas às outras, mas não aderem ao estroma Superexpressão de HER2 Bolas ocas com células que flutuam dentro de fluido intercelular, simulando papilas Carcinoma mucinoso/coloide: Macio, elástico Consistência de gelatina, pálida, azul-cinza Bordas abauladas ou circunscritas Células neoplásicas em ninho, ilhas, com lago de mucina Carcinomas tubulares: Túbulos bem formados Semelhante a lesão esclerosante benigna Pode ser cribiforme Focos apócrinos Calcificações luminais Associação a atipia epitelial plana, hiperplasia lobular atípica, ca ductal in situ, ca lobular in situ Carcinoma papilífero: Papilas reais Eixo de tecido fibrovascular com células tumorais por cima Carcinoma apócrino Superexpressão de HER2 Semelhante a glândulas que revestem a glândula sudorípara Núcleo redondo grande Nucléolo proeminente Citoplasma eosinófilo que pode ser granular Carcinoma secretor: RE – HER2 – Semelhante a mama durante a lactação Espaços dilatados cheios de eosinofilia Carcinoma Inflamatório: Grande invasão e proliferação nos canais linfáticos Edema Alto grau CÂNCER DE MAMA MASCULINO 1% Fatores de risco: idade, HF 1° grau, exposição a E, radiação, infertilidade, obesidade, doença mamária benigna, hábitos ocidentais 3-8% tem relação com Sd Klinefelter e redução da função testicular Entre 60-70 a Relação com mutação de BRCA2 81% são RE + Ca limitado a ductos, perto da pele e da parede torácica, risco de invasão e ulceração Nódulos subareolares, palpáveis, com descarga ½ tem invasão de linfonodos axilares Metástases a distância para pulmão, cérebro, osso, fígado Tto com mastectomia e linfadenectomia FATORES PROGNÓSTICOS E PREDITIVOS: Depende da histologia, molecular, extensão, estágio Pior prognóstico se metástase a distância e ca inflamatório Ca in situ Bom prognóstico, pouco morte por invasão Metástase a distância Cura improvável, tto paliativo melhor em RE + Metástase linfonodal Fator prognóstico mais importante, biópsia, depende do n° de lfn envolvidos, lfn sentinela. Metástase em 10- 20% pode ser hematogênica ou por lfn da cadeia mamária interna Tamanho do tumor Risco de metástase aumenta com tamanho do tumor, importa menos para HER2 + e RE – (tem metástase mesmo pequenos) Doença local avançada Invasão de músculo e pele tem pior resolução cirúrgica Carcinoma inflamatório Eritema, espessamento de pele, provável metástase a distância, pele em casca de laranja, êmbolos de metástase em lfn, baixa sobrevida, infiltração difusa, não forma nódulo palpável, confusão com infecção, diagnóstico tardio, maioria é RE - e superexpressão HER2 Invasão linfática e vascular Maioria tem céls neoplásicas na luz de vaso, indica metástase ganglionar, prognóstico ruim, obstrução Tipos histológicos especiais Sobrevida maior (metaplásico, micropapilífero, adenoide cístico, adenoescamoso de baixo grau, secretor) Subtipo molecular RE, HER2, proliferação Grau histológico Nottingham => núcleo, formação tubular, índice mitoses Ídice proliferação Contagem mitótica, expressão ciclinas, Ki67, importante para RE + HER2 – (menor taxa de proliferação). Se alta, pior prognóstico mas melhor resposta a QT RE e RP 80% são +, com resposta ao tto hormonal. RE + tem pior resposta ao QT HER2 Superexpressão tem baixa sobrevida Na ausência de cirurgias apropriadas, a maioria das pessoas morre de ca de mama por disseminação local da doença e ulceração de pele Controle local da doença garante sobrevida em ca in situ e ca invasivos pequenos Melhor estática na mastectomia se mamilo e pele preservados T: tumor primário N: linfonodos M: metástase 0 CDIS ou CLIS - - I Invasivo < ou = 2cm - ou micrometástase - II Invasivo > 2cm 1-3 lfn + - II Invasivo > 2cm e < ou = 5cm 0-3 lfn + - III Ca invasivo > 5cm - ou + - III Ca invasivo qualquer tamanho 4 ou > lfn + - III Ca invasivo envolve pele, tórax, ca inflamatório - ou + - IV Ca invasivo qualquer tamanho - ou + - Sobrevida é maior em tipos biológicos favoráveis => RE +, HER2 -, boa diferenciação, pouca proliferação TUMORES ESTROMÁTICOS: Estromaintralobular < fatores de crescimento para céls epiteliais <proliferação epitelial não neopláscia => tumor bifásico, fibroadenoma, tumor filoide Estroma interlobular => lipoma, angiossarcoma, hiperplasia estromática pseudoangiomatosa, miofibroblastoma, tumor fibroso Fibroadenoma: Tumor benigno mais comum da mama 20-30 a Maioria múltiplos e bilaterais, de 1cm a grandes Jovens tem massas palpáveis, em idosas gera densidade Massa circunscrita, nódulo elástico, branco, delimitado no tecido adiposos, proliferação de estroma intralobular, distorcendo o epitélio ductal, abaulamento tecido, espaços em fenda, margens individualizadas, estroma delicado e mixoide Epitélio responde a hormônios Aumenta de tamanho na lactação, podendo infartar e inflamar Padrão pericanalicular, com o estroma envolvendo o epitélio Padrão intracanalicular: epitélio distorcido e comprimido pelo estroma Em idosas, estroma denso hialinizado e epitélio atrófico Hiperplasia policlonal do estroma lobular Proliferativo sem atipia Tumor Filoide: Origem em estroma intralobular > 60 a Tumor palpável Alterações cromossômicas clonais adquiridas Comportamento agressivo De vários tamanhos As maiores são protrusões bulbosas, com nódulos de estroma proliferativo recoberto por epitélio Maior celularidade e mitoses que fibroadenoma, pleomorfismo nuclear, crescimento excessivo do estroma, limites infiltrativos Lesões de baixo grau (maioria) tem mais mitoses e células, alto grau tem diferenciação mesenquimatosa (risco metástase a distância) Disseminação linfática e metástases são raras Lesões do estroma interlobular: Células estromáticas sem componentes epiteliais Benignos ou malignos Miofibroblastoma: proliferação de miofibroblastos Lipoma: palpáveis Fibromatose: proliferação clonal de fibroblastos e miofibroblastos, massa irregular, infiltrativa, na pele e músculo, localmente agressiva, sem metástases, trauma/cirurgia prévia, Polipose adenomatosa familiar, Sd desmoide hereditária, Sd Gardner Tumores Malignos do Estroma Interlobular: Angiossarcoma, rabdomiossarcoma, lipossarcoma, leiomiossarcoma, condrossarcoma, osteossarcoma Esporádicos ou por complicação de tto Em parênquima de jovens, 35 a, após radiação Prognóstico ruim, alto grau * metástases para a mama são raras (melanoma, ovário)
Compartilhar