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Holocausto, uma palavra tão pequena, mas que carrega tantas dores nela. Dores de pessoas que simplesmente tiveram todos os seus direitos violados, seus bens matérias tomados, viram suas famílias serem destruídas, viram suas vidas entrar em ruínas sem ao menos terem chances de defender-se. Conhecemos a história do holocausto (nazista) desde o ensino fundamental, porém nunca nos aprofundamos em nossa própria história. Particularmente fiquei horrorizada quando descobri que tivemos nosso próprio holocausto, tive que entrar na faculdade para realmente conhecer a história do meu país. Impossível ler as matérias referentes ao holocausto brasileiro e não ficar comovida, pois assim como os judeus e as minorias exterminadas pelos nazistas, o nosso holocausto visava apena o pobre visava apenas àqueles que eram considerados “lixo” pela sociedade. Pessoas em plenas faculdades mentais foram submetidas às maiores atrocidades, eletroconvulsoterapia (vulgarmente conhecido por eletrochoque), a leucotomia também conhecida por lobotomia, o banho escocês agressões psicológicas que ferem tanto quanto as físicas entre outras formas de tortura.
Diante tudo isso, o que é mais chocante é que tais atrocidades ocorriam em um hospital, lugar onde deveriam zelar pela saúde e integridade de seus pacientes. Tais episódios ocorriam com o aval do poder público da época e da igreja, novamente podemos ver o quanto arrogantes e parecidos com os nazistas somos. Os nazistas assim como nós, considerávamos aquelas pessoas sem dignidade, sem o direito de conviver em sociedade, mas quem nos deu tal poder? E se nós os “normais e aceitos” que somos os errados? Não podemos julgar as pessoas de acordo com o que achamos certo ou errado, cada um tem sua opinião e direito, não quero que interviram no meu, deveria ser tácito o pensando que se não quero isso também não farei aquilo (tirar o direito do outro).
Mas voltando ao nazismo uma das formas de crueldade e de execução dos judeus era a câmara de gás, onde os prisioneiros inalavam o gás Kyklon-B até que o mesmo os levasse a morte. No Brasil não era algo tão avançado, mas era tão cruel quanto, pois os pacientes do Hospital Colônia (CHPB) eram submetidos ao banho escocês, prática que consistia em deixar o paciente sem roupas e usar um jato de água de alta pressão, pois sabiam que muitos ali já estavam debilitados e não aguentaria tal situação, muitos acabavam morrendo, pois além de molhados ficavam expostos ao frio, eram deixados nus, dormiam no chão as autoridades do hospital para ganhar espaço removeram as camas e colocaram palha para que os pacientes pudessem dormir, quando fazia sol a “cama” era colocada para secar quando não fazia, dormiam da mesma forma nestes locais. Existia também o eletrochoque, creio que era uma regra fazer isso com os pacientes, pois qualquer infração da menor que fosse eram submetidos a tal situação. Conforme relato de algumas enfermeiras, quando o paciente chegava ao Hospital Colônia já era submetido ao tal procedimento, muitas vezes para “acalmar”, pois quem chegava lá absolutamente capaz recusava-se a continuar naquela situação, o desespero em sair fazia com que muitos tivessem condutas inadequadas o que os levavam a tais atrocidades por parte do hospital.
Os alemães acreditavam ser uma raça pura, e considerava sub-raça todas as demais etnias, mataram e torturaram mais de 6 milhões de pessoas para poder livrar-se cavavam valas onde os corpos eram deixados para apodrecer isso, quando os corpos não tinham mais utilidade, caso tivesse seriam feitas experiências e caso as pessoas sobrevivessem eram mortas para o estudo de seus corpos, não obstante, o holocausto brasileiro matou e torturou cerca de 60 mil pessoas, mas como bem sabemos, o brasileiro acha “lucro” em tudo, foi ai que para livrar-se dos corpos estes começaram a serem vendidos para as universidades de medicina. Os familiares destas pessoas, sequer importavam-se, pois já havia colocado no CHPB para que não as incomodassem mais, os motivos eram os mais variados, briga por herança, por perder os documentos, por ser tímido, e por tantos outro que se possa imaginar.
Assim como no nazismo muitos tentam negar tal acontecimento o que acorre até hoje, pois tal acontecimento não é contato pelas escolas brasileiras, neste caso, a Alemanha “paga” até hoje os descentes do ocorrido, mas insistem em negar. Já no Brasil, os sobreviventes que realmente possuem alguma doença mental foram realocados em casas terapêuticas com a finalidade de receber o devido tratamento, mas isso não apaga a dor sofrida por todas aquelas pessoas quem sobreviveu ainda conseguiu ter um pouco de dignidade, já outros nunca sequer a conheceram. Os sobreviventes do holocausto brasileiro recebem também uma “ajuda de custo” do governo como forma de “desculpa”. Não importa quantos anos ou quanto dinheiro seja gasto para “indenizar” os sobreviventes de ambos os casos, a humanidade terá uma dívida eterna com essas pessoas, devemos olhar para o passado e ver que muitas atitudes do futuro está sendo repetida, muda apenas os motivos, mas a crueldade é a mesma, a falta de humanidade com o próximo é a mesma.

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