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Ciência como vocação. WEBER

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Ciências como vocação é um texto de um já maduro Weber, de uma linguagem menos coloquial e mais fácil, talvez, por ter sido na verdade uma palestra e não uma espécie de artigo ou livro feito. Aqui, o autor já habituado ao seu método, não se furta de pô-lo em pratica. As comparações entre Estados Unidos e Alemanha começam logo no início quando se aborda as formas das carreiras cientificas, e se prolonga, nas maneiras de lecionar, pesquisa, fazer política. 
Weber transpõe para os jovens estudantes, e futuros cientistas de sua época a questões que a ciência levanta dentro de sua existência. Weber pergunta qual o papel da ciência no mundo moderno, das mudanças que estão ocorrendo nela, da sua utilização. Sendo assim, Weber configura que só a especialização conseguirá permitir algo que permaneça já que está ganhou um aspecto utilitário. Ou seja, o autor requer uma paixão, devoção dos cientistas diante a ciência que se coloca a fazer, o que vai chamar de personalidade.
A ciência para Weber, e esta no seu máximo sentido, exige devoção, paixão, e essas características seriam essenciais para compreender a vocação cientifica. 
O autor acredita, e diz aos jovens a quem se dirigi que quando ingressa na ciência este deve possuir também as vocações de professor. E a partir disto o autor descreve uma espécie de ética-política de ser professor. Fala sobre um professor neutro, que deixe suas escolhas políticas, ideais, posições fora de sala de aula, pois diz ele: “o professor tem a palavra, mas o estudantes estão condenados ao silêncio.” Ou seja, a sala de aula é ainda uma forma vertical de transmissão de conhecimentos, e Weber ver nisso uma desvantagem para os estudantes, que os professores, professem suas ideologias, já que os alunos estão ainda impedidos de se colocar. Weber diz ainda, que os jovens entram na universidade com a ideia errada sobre seus professores, buscam nestes, líderes sem perceber que tais, nunca tiveram a aspiração disto. E incube no professor essa característica que não o é nem ao menos necessária, enquanto professor. Para Max Weber a principal tarefa de um professor é atingir a clareza, que seus alunos consigam entender e a partir dai se posicionar, não pelas posições do professor, mas por todas as opções lançadas por ele.

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