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Arquitetura com Container

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3. CONTAINER
 	O container foi criado para suprir uma necessidade existente durante séculos do comércio marítimo, os precursores da navegação internacional (chineses, árabes e europeus), não haviam conseguido criar uma forma de evitar as grandes perdas no transporte com as quebras, deteriorações e desvios de mercadorias, como também, reduzir o custo das operações de transporte das mesmas. Foi em 1937 que o jovem americano Malcom Mc Lean motorista e dono de uma pequena empresa de caminhões, observando o lento embarque de fardos de algodão no porto de Nova Iorque, teve a ideia de armazenar e transportar seus produtos em grandes caixas de aço que pudessem ser embarcadas nos navios, agilizando assim a logística e manuseio. Após prática e com passar do tempo esse método foi aprimorado por Mc Lean, ocasionando a expansão de sua companhia Sea-Land que depois se tornou Maersk-Sealand, uma das pioneiras do sistema intermodal, empresa essa que integrava transporte marítimo, fluvial, ferroviário, além de terminais portuários. (MAGALHÃES, 2010) 
Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939/1945), não foi possível transporte internacional, esse transporte somente retornou em 1966, quando o Mc Lean enviou o primeiro navio com containers para o porto de Roterdã, na Europa, em 5 de maio de 1966 chegava o cargueiro adaptado "SS Fairland" da Sea Land com 50 unidades de containers e que devido a novidade até para o maior porto do mundo, o desembarque foi feito com o próprio guindaste do navio, outra invenção de Mc Lean, já que não havia equipamento apropriado até então no local. (MAGALHÃES, 2010)
Segundo MAGALHÃES (2010, p. 22), o primeiro porto dedicado exclusivamente à operação com contêineres foi o Port Newark (integrante da Port Authority of New York and New Jersey) nos Estados Unidos da América.
Dessa época até os dias atuais, nota-se um crescimento do uso dessas estruturas em detrimento do transporte do grupo de carga geral solta, tal processo é chamado de “conteinerização”.
Os containers tiveram grande aceitação para o transporte de mercadorias devido sua integração com outros meios de transporte, ou seja, a flexibilidade multimodal desse equipamento permite que o produto seja transportado de navio e/ou avião e logo depois para o caminhão ou trem, sem maiores transtornos. Essa facilidade de logística permite redução de custos, como também, maior rapidez na entrega das mercadorias ao seu destino final. E é nesse contexto que pode ser vista a importância dos contêineres. Estes equipamentos aumentam a segurança e a rapidez durante a prestação de serviço de transporte, possibilitando a movimentação de um ponto original até um ponto final sem ser aberto e com redução dos riscos de danos às mercadorias. 
Por definição de acordo com Vieira, baseado na ISO – International Standars Organization, diz que: 
O contêiner é um cofre de carga móvel, ou seja, provido de dispositivos que permitem a sua manipulação; desenhado para o transporte multimodal; apto para uso reiterado; dotado de marcas e sinais de identificação; com volume interno de. No mínimo, 1m³. O material de construção mais utilizado na fabricação de contêineres é o aço, que tem como vantagens seu custo relativamente baixo e sua alta resistência. Entretanto, existem também contêineres de alumínio e de madeira com fibra de vidro, que têm como principal vantagem seu peso reduzido e como desvantagem, sua maior fragilidade. VIEIRA (2011, p. 63)
Segundo o art. 24 da Lei. Nº 9.611/88 – que esclarece sobre o Transporte Multimodal de Cargas, mais especificamente o contêiner, também conhecido como unidade de carga, descreve como um equipamento apropriado para unir as mercadorias a serem transportadas. Sendo responsáveis por deslocar as mercadorias de um modo indivisível em todos os modais e/ou meios de transporte envolvidos em sua trajetória, seja esse marítimo, rodoviário, ferroviário, entre outros. O parágrafo único do dispositivo legal deixa bem claro que o contêiner e seus anexos (acessórios e equipamentos), não são embalagem. Tal entendimento não é novo, pois já constava na revogada lei 6.288/75, conhecida como Lei do Contêiner, em seu artigo 3º. De acordo ainda com a lei, o container é tido como parte do navio, porém, ao invés de situar no próprio navio, fica no cais do porto. Vale ressaltar que, apesar de parte acessória do navio, o contêiner deve ser tratado como bem fungível em relação ao navio, pela razão de o navio descarregar uns contêineres e receber outros, como explica Martins:
Caso o contêiner não seja propriedade do transportador, e sim do importador ou exportador, será considerado apenas uma peça do equipamento de transporte (MARTINS, p. 345).
Após esclarecimentos sobre historia do container, conceito, importância e para melhor entendimento, faz-se necessário explicar sobre os tipos de containers existentes, suas utilizações, medidas externas, internas, peso e volume estimativos; tendo em vista que algumas das especificações dos contêineres variam conforme o seu fabricante.
O container possui na maioria dos casos, dois comprimentos podendo ter 20 pés (20’) ou 40 pés (40’) de comprimento. Para transporte e armazenagem essas medidas são representadas pelas siglas TEU (twenty feet equivalent unit, ou unidade equivalente a 20 pés), e FEU (forty feet equivalent unit ou unidade equivalente a 40 pés). Outras medidas menos conhecidas e utilizadas são 10′, 20′, 24′, 28′, 30′,32′, 35′, 40′, 45′, 48′. Segundo MARTINS (2008, p. 344), a única medida invariável é a largura do container, sempre de 8 pés.
Container 40’ x Container 20’
Em geral, o container costuma ter duas portas em apenas uma das extremidades do dry box e sua utilização principal é com cargas secas (por isso chamado dry box ou ainda dry container). Segundo MAGALHÃES (2011, p. 22), o container de 20 pés tem capacidade de carga de 19.046 kg e volume de 33,6m³. Já o de 40 pés suporta até 27.170 kg e 66,4m³ de volume. Ainda é possível dizer que em alguns modelos o container pode ter variações com escotilhas no teto, como também, aberturas laterais.
Podemos dividir os containers em: 
Container básico intermodal com portas no final, acomodáveis para cargas gerais não requerendo controle de meio ambiente quando em rota; usado para cargas gerais secas existentes, como alimentos, roupas, móveis, etc. Equipado com portas ventiladas nos finais ou laterais, e usadas para cargas geradas de calor, que requerem de proteção contra avarias de condensação (sudação). Versões com ventilação de ar elétrica são disponíveis. Ventiladores são normalmente encaixados com defletores para prevenir a entrada de água de chuva ou do mar. Igual ao dry box. Usado para Cacau e Café e cana de açúcar.
Container com carregamento lateral, inclusão completa; equipado com porta lateral para uso em acondicionamento em descarga de carga onde não seja prático o uso de portas finais, também quando o container necessita permanecer nos trilhos enquanto a carga e colocada ou removida do container. Além das portas tradicionais, temos as laterais somente na lateral direita ou ambas esquerda/direita e também temos o container com portas frontal.
Container com abertura de Topo ou Open Top; usado para carretos pesados ou itens de difícil arrumação, onde o carregamento/descarregamento da carga através das portas finais e laterais seja impraticável. A maioria dos containers são equipados com cobertura de tecido e são sempre indicados como container de topo “suave” ou “rude”. Alguns containers de abertura de topo são encaixados com cobertura de painéis tipo hatch removíveis ou teto de metal total destacáveis.
Container isolantes; para cargas que não poderiam ser expostas a mudanças rápidas ou bruscas de temperatura. Disponíveis em versões ventiladas e não ventiladas. Algumas transportadoras provêm containers com sistema de aquecimento para uso especial.
Container refrigerados; isolante e equipadas com sistema de refrigeração embutido, gerado por conexões elétricas diretas ou por geradores a gasolina ou a diesel. É usadoprimariamente para alimento ou outros artigos que requerem temperatura controlada de meio-ambiente.
Container volume líquido ou tanque; container tipo tanque para transporte de líquidos. Alguns têm sido designados para especificações de alto nível. Para transporte de certos materiais perigosos.
Container volume seco; designado para transporte de carga tais como produtos químicos secos e grãos.
Container prateleiras retas; disponíveis com vários modelos e tamanhos, as prateleiras retas são usadas para madeira, produtos de moinho pesados, largos e desajeitados, maquinários e veículos. Alguns são equipados com laterais removíveis.
Container para automóveis; usado para o transporte de veículos, disponível nas versões abertas ou fechadas.
Container para animais vivos; configurado para o transporte de animais; os containers são disponíveis para o transporte de gado, aves domésticas e outros animais.
Container coberta marítima; container de topo aberto experimental desenvolvido pela Marinha Americana. Este sistema de manejo de carga é desenhado para adaptar a navios cargueiros ou transporte de equipamentos pesados fora de tamanho (principalmente militares). A construção do piso work-trough (seção do piso aberta por uma manivela própria), pode reduzir tempo de descarregamento e espaço de armazenamento de pier, desde que eles não necessitem ser removidos da destinação.
Container high-cube; Estes containers são usados para cargas de alto-volume, baixo peso e pode aumentar a área cúbica. Esse modelo possui dimensões de 2,89m de altura e comprimento de no máximo de 12m. 
Container vestuário; com fixações especiais e encaixes de teto internos, este modelo de container pode ser usado para pendurar vestuário.
Algumas dimensões externas atuais para os diversos tipos de containers:
	
	TIPO
	Comp.
(pés)
	CxLxA ext.
(mm)
	CxLxA int.
(mm)
	Capacidade
Peso/Volume
(t/m³)
	Dry Box
	20´
	6.058x2.438x2.591
	5.900x2.352x2.395
	21,6/33,2
	Dry Box
	40’
	12.192x2.438x2.591
	12.022x2.352x2.395
	26,5/67,7
	Dry/High Cube
	40’
	12.192x2.438x2.896
	12.022x2.352x2.696
	26,3/76,2
	Reefer
	20’
	6.058x2.438x2.591
	5.498x2.270x2.267
	25,4/28,3
	Reefer
	40’
	12.192x2.438x2.591
	11.151x2.225x2.169
	26,0/55,0
	Open Top
	20’
	6.058x2.438x2.591
	5.900x2.352x2.395
	21,6/32,6
	Open Top
	40’
	12.192x2.438x2.591
	12.020x2.350x2.342
	26,5/67,7
	Flat Rack
	20’
	6.058x2.438x2.591
	5.798x2.408x2.336
	21,6/33,2
	Flat Rack
	40’
	12.192x2.438x2.591
	12.092x2.404x2.002
	26,5/67,7
	Plataform
	20’
	6.058x2.438
	6.020x2.413
	21,6/33,2
	Plataform
	40’
	12.192x2.438
	12.150x2.290
	26,5/67,7
	Tank
	20’
	6.058x2.438
	X
	19/23 mil l

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