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Síntese do conteúdo de Hidrologia - Segunda Área (UFRGS)

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1 
 
FUNDAMENTOS DA HIDROLOGIA 
 
Resumo dos eslaides da área II da Disciplina IPH01104, do Prof 
 Julio Sánchez. A matéria foi dada de maneira invertida pelo 
professor Joel, em relação aos slides do Sánchez. Por isso 
 o capítulo nove vem antes do oito. 
A abreviação “VC” corresponde à “ver caderno”. Quer dizer que você deve procurar informações 
nas notas copiadas em aula sobre o assunto. 
 
Capítulo 9 – Escoamento Superficial 
- Características: É variável no tempo e no espaço. Se não variar no tempo = permanente; se não 
variar no espaço = uniforme. A velocidade média de escoamento permanente uniforme em um 
canal aberto com declividade constante do fundo e da linha da água pode ser estimada a partir de 
equações conhecidas, como as de Chezy e de Manning. A equação de Manning relaciona a 
velocidade média da água em um canal com o nível da água neste canal e a declividade. (não 
colocarei as equações). 
- Tipos de Escoamento na bacia - Existem três tipos: Escoamento superficial, sub-superficial e 
subterrâneo. Os três tipos são desencadeados por chuvas intensas e de duração razoável, na 
sequência: primeiro infiltra e percola, aparece o escoamento superficial após algum tempo, logo o 
escoamento sub-superficial e finalmente o subterrâneo. Uma chuva intensa provoca a ocorrência 
de infiltração e escoamento superficial. Uma chuva intensa de maior duração provoca a 
ocorrência de infiltração, escoamento superficial e escoamento sub-superficial e escoamento 
subterrâneo. Imediatamente após a chuva, ficam apenas: escoamento sub-superficial e 
escoamento subterrâneo. Em estiagens prolongadas, fica apenas o escoamento subterrâneo. 
Em estiagens severas e prolongadas, o escoamento subterrâneo pode-se esgotar, Secando o rio; 
é o caso dos rios intermitentes ou efêmeros. 
 - Representação gráfica da vazão ao longo do tempo: o Hidrograma. É o gráfico que relaciona a 
vazão ao tempo e é o resultado da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico. A 
rapidez de variação do hidrogramas reflete em grande parte o tamanho da bacia, e por isso a 
área da bacia de transforma num dos mais importantes parâmetros no processo de geração de 
escoamento. 
- A parte decrescente de um hidrograma após um evento de chuva, conhecida como recessão 
do hidrograma, reflete a diminuição do nível da água no rio ou nos aquíferos de uma bacia ao 
longo do tempo, na ausência de novas chuvas. As características da bacia se refletem 
diretamente na forma do hidrograma. A magnitude do pico produzido por uma chuva, por 
exemplo, decorre de algumas das grandezas físicas da bacia, além da magnitude da chuva. 
2 
 
 
 
 
 - Escolha do Δt para discretizar adequadamente um hidrograma: O hidrograma é uma curva 
contínua, mas que deve ser discretizada através de um Δt apropriado. A escolha desse Δt 
decorre da rapidez de variação das vazões ao longo de tempo, o que por sua vez depende das 
características da bacia e da distribuição espacial e temporal da chuva. Um Δt grande reduz a 
quantidade de dados, mas pode implicar perda de informação. Um Δt pequeno aumenta o 
volume de dados (ver figura na próxima página). 
- Formação do Escoamento Superficial: precipitação que atinge áreas impermeáveis; precipitação 
intensa que atinge áreas de capacidade de infiltração limitada e precipitação que atinge áreas 
saturadas. Áreas Impermeáveis: em bacias urbanas, existem superfícies com alto grau de 
impermeabilização como telhados, ruas e passeios. Nessas superfícies, a chuva precipitada é 
escoada com grande rapidez: a geração de escoamento superficial é quase imediata e Infiltração 
é quase nula. 
3 
 
Áreas com capacidade de infiltração limitada: gramados, solos compactados e solos muito 
argilosos. Nestas superfícies a capacidade de infiltração é baixa, mas pode haver a tendência a 
aumentar a impermeabilidade no decorrer do tempo, ou a serem substituídas por outras 
superfícies como asfalto, concreto ou calçamento. 
 
O mesmo hidrograma discretizado através de Δts diferentes 
 - Escoamento Subterrâneo: Análise da curva de recessão do hidrogramas: Curvas de recessão 
de hidrogramas frequentemente tem a forma de exponenciais decrescentes da forma Q(t) = 
a*exp(-t). Quando representado em escala logarítmica, o hidrograma durante a estiagem mostra 
um comportamento nitidamente linear. Isto sugere que o comportamento da vazão ao longo 
deste período pode ser representado por uma equação do tipo: Q(t) = Q0* exp(-t/k), onde k é um 
parâmetro da bacia. A maior dificuldade neste caso é estimar a constante k, cujo valor é derivado 
da equação anterior. O valor de k depende das características físicas da bacia, em especial as 
suas características geológicas. 
- Recessão – O conceito do reservatório linear: No período de recessão do hidrograma predomina 
o escoamento com origem subterrânea. O comportamento da bacia neste período é semelhante 
ao de um reservatório linear simples, em que a vazão é linearmente dependente do 
armazenamento: V = k. Q Aproximar a curva de recessão de um hidrograma durante uma longa 
4 
 
estiagem por uma equação exponencial decrescente equivale a admitir a ideia que a relação 
entre armazenamento de água subterrânea e descarga do aquífero para o rio é linear. Ou 
seja: Q(t) = Q0* exp(-t/k) 
 - Separação de escoamentos: VC (ver 
questão 1 da lista também) 
- Escoamento em áreas de solo saturado: 
Existem dois principais processos 
reconhecidos na formação do escoamento 
superficial: • precipitação de intensidade 
superior à capacidade de infiltração 
(processo Hortoniano); • e precipitação 
sobre solos saturados (processo 
Dunneano). Ele não falou em aula, logo não 
colocarei aqui. 
Bônus: 
 
5 
 
 
- Determinação da vazão máxima produzida por uma chuva: Caso de pequenas bacias (Área < 
4,0 km2) O método Racional. Não falarei sobre ele, pois não foi dado em aula. Quem quiser, 
procure no Capítulo 9, slide 73 em diante. Não abordarei também o método racional modificado, 
nem Projetos de redes pluviais. 
 
Capitulo 8 - Medições hidrológicas 
- Processos hidrológicos são os diversos acontecimentos ou fenômenos físicos que ocorrem na 
superfície terrestre em decorrência das Precipitações pluviais ou Chuvas, na medida em que os 
volumes de água precipitada escoam ou circulam pela crosta terrestre. Os aspectos 
hidrométricos adquirem grande importância como geradores de elementos de projeto de 
estruturas hidráulicas. Para os estudos hidrológicos de bacias é necessário conhecer a 
disponibilidade de água que o rio respectivo oferece. Essa quantidade, identificada pela vazão ou 
descarga do rio num determinado local ou seção transversal, é variável com o tempo e sua 
representação gráfica chama-se hidrograma. Precisamos medir duas variáveis principais: o nível 
d´água no rio e a vazão que a ele corresponde. 
- A estação hidrométrica (tá fora de ordem outra vez, mas não faz mal) VC 
- Localização da estação hidrométrica: a) Trecho de rio retilíneo, de margens paralelas. b) Perfil 
longitudinal do trecho regular com leito livre de vegetação, rochas ou outros obstáculos. c) Seção 
de medição longe de curvas. d) Perfil transversal da seção com taludes altos (não extravasar) 
e) Leito e margens estáveis. f) Velocidades de escoamento moderadas, entre 0,30 e 2,5 m/s 
6 
 
g) Local deve afastado de confluências para evitar efeitos de remanso. h) Local não sujeito a 
modificações pela atividade humana. i) Adequado controle natural estável, ou condições para 
implantação de um controle artificial. 
 - Curva Chave é a relação entre nível do rio e a vazão que escoa por ele. Também é chamada 
Curva de calibração ou curva de descargas. Sua finalidade é permitir atransformação de níveis 
em vazões. É definida a partir da coleção de medições de vazão feitas para diferentes níveis de 
água no rio ao longo do tempo. À medida que diminui a declividade dos rios ou que e mais rápida 
a flutuação das vazões, com maior intensidade se faz sentir a influencia da declividade da linha 
d´água na curva de descarga. Um caso característico verifica-se durante a passagem de ondas 
de cheia, quando a declividade é mais acentuada e a vazão maior na fase ascensional do que no 
período de depleção das águas. VC 
A curva chave é usualmente determinada por uma seção ou trecho de canal a jusante da 
estação, conhecida como controle, a qual elimina o efeito de todas as outras condições a jusante 
sobre a velocidade do fluxo na seção escolhida; o controle estabiliza, então, a relação cota-
descarga na seção de medição. No entanto, em geral a maioria das estações hidrométricas fica 
sob a influência sucessiva de diferentes controles, dependendo do estagio das águas no rio, 
impossibilitando assim o estabelecimento de uma lei única cota-descarga. 
 - Controle da Estação hidrométrica: Uma das estruturas mais usadas é a calha Parshall, que 
se adapta bem às características hidráulicas, não originando quase remanso, além de não reter o 
7 
 
material sólido transportado pela corrente. Uma secção será sensível, pois, quando a uma 
variação pequena da descarga corresponde uma variação de nível apreciável. Isto beneficia a 
precisão dos dados de descargas obtidos. VC 
Dado que não existem ainda no mercado equipamentos capazes de medir diretamente a vazão 
em rios, medem-se os níveis d'água e, através da relação cota-descarga, estimam-se as vazões. 
Os níveis podem ser medidos com réguas linimétricas e linígrafos. 
-Métodos de medição de descargas VC: 1) Medição direta 
2) Uso de estruturas previamente aferidas: Aplicáveis em estações de tratamento de água, canais 
industriais, riachos e pequenos rios. Estas estruturas, que podem ser vertedores ou calhas, 
obrigam a uma mudança no escoamento, passando do regime fluvial para torrencial e criando 
uma zona com profundidade critica dentro da instalação, como no caso da calha Parshall, na 
qual a vazão pode ser calculada por uma função. Vertedores são instrumentos hidráulicos 
utilizados para medir vazão em cursos d’água naturais e em canais artificiais. 
Classificam-se quanto à forma: Simples (retangulares, trapezoidais, triangulares) ou Compostos 
(seções combinadas – duas ou mais formas geométricas). Uma vez aferidos, também permitem a 
determinação da descarga através do nível apenas; obedecem a uma equação genérica VC 
(3) Uso de traçadores: Para rios de grande declividade e turbulência. Existem duas modalidades 
segundo a forma de colocação do traçador. No processo de injeção continua, lança-se no rio, 
durante certo tempo, uma vazão constante q do traçador, com concentração c; colhem-se na 
seção de medição, várias amostras com concentração media C. Então, a conservação da 
massa indica que Q = q(c/C). No método de Integração, lança-se um volume V de traçador com 
concentração C, instantaneamente, e colhem-se amostras a jusante durante todo o tempo T de 
passagem da nuvem de traçador, cuja concentração media é C1. Aí, integra ao longo do tempo. 
4) Métodos área – velocidade VC: Para rios médios e de grande porte; estão aqui incluídos 
diversos métodos em função do equipamento de medição usado: molinetes hidrométricos ou 
amostradores Doppler. A equação da continuidade do fluxo fluvial (Q=AxV) permite a 
determinação da vazão quando se conhecem a área transversal e a velocidade do escoamento; a 
área pode ser medida através de um levantamento hidrotopográfico, e a velocidade por 
intermédio de flutuadores ou de molinetes hidrométricos. Flutuadores: 
8 
 
- Os molinetes são aparelhos que permitem a determinação da velocidade do escoamento 
através da medição do tempo necessário para uma hélice (ou conjunto de conchas) dar certo 
numero de rotações. A velocidade angular da hélice é transmitida a um mecanismo de contagem 
do numero de giros (mecânico ou eletromagnético) que emite um sinal sonoro, elétrico ou 
luminoso por cada N rotações efetuadas. Marca-se o tempo t entre esses sinais, para calcular o 
numero de rotações por segundo n: n = N/t. Cada molinete é aferido em laboratório para 
estabelecer a equação de calibração, geralmente da forma V = a + bn, onde a é denominada 
"velocidade de atrito" ou velocidade mínima a partir da qual se movimenta a hélice, constituindo 
então o limiar de sensibilidade do aparelho. 
A variação da velocidade na vertical ajusta-se às condições de rugosidade do fundo em cada 
caso, mas em geral apresenta forma parabólica, embora esta curva possa ser radicalmente 
alterada na presença de obstáculos ou irregularidades na seção de medição, ou pela ação do 
vento na superfície. A tabela fornece orientação sobre o numero ótimo de verticais a serem 
usadas numa medição, em função da profundidade do rio. 
 
O campo de Velocidades numa seção 
transversal é definido pelo conjunto de 
linhas isótacas ou linhas que unem 
pontos de igual velocidade. Este campo 
permite calcular a velocidade média do 
escoamento com maior precisão, usando 
as áreas entre isótacas como ponderador. 
A análise deste campo auxilia na 
determinação do numero e espaçamento das verticais para a medição da velocidade; a 
densidade de amostragem deve ser maior onde o gradiente de velocidade é maior. Critério 
9 
 
prático: usar um número tal de verticais que a descarga parcial que escoa por cada faixa não 
seja superior aos 10% da vazão total (o que resulta num mínimo de 10 verticais). 
- Técnicas de uso do molinete hidrométrico (não passou em aula, vou só citar) O molinete é 
colocado no rio suspenso de um cabo de aço acionado por um guincho que permite um 
manuseio fácil, ou preso a uma haste de medição (medição a vau); no caso da suspensão, para 
manter o aparelho na posição vertical usa-se um lastro que pode variar de 25 a 100 kg, segundo 
a velocidade de escoamento. Mede-se desde pontes, ou instalam-se teleféricos, ou usa-se um 
barco que ancora. 
- Cálculo da vazão ou descarga: a)- método das isótacas e b)- método de Simpson VC 
- Aplicação da Curva Chave: É uma ferramenta que permite a transformação de níveis em 
vazões ou linigramas em hidrogramas. 
 
Os extremos da curva chave sofrem de dificuldades para sua completa definição; no extremo 
inferior o rio possui em geral leito móvel, acrescentando incerteza na curva ajustada. No 
extremo superior, é difícil efetuar medições pela alta velocidade do escoamento e pelos 
aspectos práticos da medição em cheias, com perigo para os aparelhos e para os hidrometristas, 
gerando dados escassos. No caso de transbordamento, quando o nível atinge amplas planícies 
inundáveis, apresenta-se uma mudança brusca na curva chave. 
- Métodos de extrapolação da curva chave (passou batido, não colocarei). 
 - Outros instrumentos de medição de vazão: Princípios teóricos variados deram lugar a aparelhos 
baseados em campos eletromagnéticos, propagação ultra sônica, efeito Doppler, uso de isótopos, 
meios ópticos. Talvez o mais usado hoje seja o denominado ADCP (Acustic Doppler Current 
Profiler), baseado na propagação de feixes ultrassônicos na água. O equipamento acústico emite 
10 
 
ondas sonoras que refletem nas partículas suspensas na água, enviando o som de volta para o 
aparelho que "escuta" o eco através de seus sensores. O retorno do som refletido pelas 
partículas, a diferentes profundidades, faz com que os sensores do ADCP reconheçam também 
diferentes camadas de fluido em movimento. 
Assim, o equipamento constrói um perfil vertical da coluna d’água. 
 
Resultado visual deuma medição na foz do rio Amazonas 
O ADCP apresenta ainda algumas limitações de uso, pelas características próprias do 
mecanismo; existem zonas de “sombra” na seção que não são medidas. 
Capítulo 10 - Escoamento 
superficial - Método 
Racional 
Como dito anteriormente, 
não falarei sobre ele, pois 
não foi dado em aula. 
 
Capítulo 11 - Escoamento 
Superficial-Hidrograma 
Unitário 
 
- O escoamento superficial 
no contexto do ciclo 
hidrológico (figura ao lado) 
11 
 
- Características do escoamento: Define-se escoamento como o movimento das águas na 
superfície do solo, na interface entre a superfície e o interior do solo e no lençol subterrâneo. Os 
escoamentos são governados fundamentalmente pela ação da gravidade. O escoamento é 
caracterizado quantitativamente por variáveis como a velocidade, a vazão ou lâmina 
equivalente. A estimativa do escoamento é feita por equações de conservação de massa, 
energia e quantidade de movimento. 
A precipitação transforma-se em intercepção, detenção superficial, infiltração, evapotranspiração 
e escoamento superficial ou chuva efetiva (que constitui a maior parte da vazão que escoa pelos 
rios). 
- Características da bacia que afetam o escoamento: VC 
- Componentes do hidrogramas: a) Início do escoamento superficial (ponto A); b) Pico do 
hidrograma (ponto B); c) Fim do escoamento 
superficial (início do fluxo subterrâneo) ponto 
C; 
 
Separação de escoamentos: linha reta A – C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
- Separação de escoamentos: VC e 
questão 1 da lista 
 - Histograma tempo-área e o tempo de 
concentração da bacia: Partindo-se de um 
MNT se pode desenhar o mapa de linhas 
isócronas (igual tempo de viagem do 
escoamento). A maior isócrona é o tempo 
de concentração da bacia. O histograma 
tempo-área pode ser construído a partir 
dali. 
- Relações chuva – escoamento: 
Operadores chuva-descarga: A disponibilidade de dados observados apresenta um claro 
desequilíbrio entre a informação hidrométrica e a pluviométrica em favor desta ultima, isto é, na 
generalidade dos casos é mais abundante e confiável a informação sobre chuvas, o que tem 
levado a desenvolver métodos que, a partir das precipitações, permitam reconstituir as 
descargas resultantes. As ferramentas que possibilitam essa transformação de chuva em 
descarga são denominadas de operadores chuva-descarga, existindo na hidrologia atual uma 
gama bem sortida desses operadores, variando desde correlações simples, até sofisticados 
mecanismos analíticos e conceituais que descrevem as diferentes parcelas do ciclo hidrológico, 
passando pelo principio do hidrograma unitário que é um dos pilares da hidrologia analítica e 
incluindo os variados tipos de modelos de simulação que se encontram disponíveis para os 
hidrólogos. 
- Relações chuva – escoamento: operadores lineares: A bacia recebe uma quantidade de água 
muito grande concentrada no tempo e a entrega redistribuída num período bem maior, a taxas 
menores. Essa propriedade da bacia de transformar hietogramas em hidrogramas esconde a 
essência da hidrologia, pois é a formulação analítica dessa capacidade o que perseguimos 
para, conhecidas as precipitações numa região, determinar as descargas correspondentes e 
projetar, a partir dai, as estruturas destinadas ao aproveitamento e controle desses recursos. 
Embora a maior parte dos sistemas naturais seja não linear, alguns deles podem ser bem 
descritos através de aproximações lineares, como é o caso da bacia hidrográfica. VC 
- O Hidrograma Unitário (HU): Na pratica, este conceito é mais útil, porquanto as variáveis 
hidrológicas são normalmente conhecidas em forma discreta e não contínua, com intervalos de 
tempo que variam segundo as características do sistema. Define-se o Hidrograma unitário como 
aquele escoamento superficial fictício proveniente de uma precipitação unitária uniforme 
sobre a bacia; resulta, portanto, um escoamento superficial de volume unitário. 
13 
 
Três hipóteses fundamentam a teoria do HU, característico, como já foi salientado, de sistemas 
lineares: a - Numa dada bacia, o tempo de duração do escoamento superficial é constante 
para chuvas de igual duração. B - Proporcionalidade das descargas: duas chuvas da mesma 
duração produzem hidrogramas cujas ordenadas são proporcionais aos volumes totais escoados. 
C - A distribuição temporal do escoamento superficial independe das precipitações anteriores 
(sistema sem memória). 
O hidrograma total referente a duas ou mais chuvas efetivas é obtido adicionando-se as 
ordenadas de cada um dos hidrogramas em tempos correspondentes (Princípio da Superposição) 
O Hidrograma Unitário (HU) 
- Determinação do HU: A primeira definição a ser feita refere-se aos parâmetros h e t do HU, que 
devem ser selecionados em função das características da bacia. Distinguem-se dois casos: 
a) - quando existem dados observados de eventos ocorridos (chuvas e descargas resultantes) 
no passado, o que implica na existência de estação hidrométrica funcionando adequadamente, 
bem como estações pluviométricas na bacia que gerem dados de forma continua. Em outras 
palavras, é indispensável a existência de uma rede hidrometeorológica em funcionamento. 
b) - a segunda situação, quando não existem esses dados, que uma situação muito frequente, 
caso no qual se estabelece um Hidrograma Unitário Sintético, usando como base dados 
fisiográficos, pedológicos, geológicos da bacia. 
 - Passos para determinar o HU: VC 
- Curva S: Como foi dito, a convolução de uma chuva de com um HU é possível se a chuva está 
discretizada no mesmo Δt da chuva unitária. Se a chuva de projeto disponível esta discretizada 
em intervalos de tempo diferentes, precisa-se definir um HU adequado, isto e, causado por uma 
chuva da duração que interessa. Nestes casos, recorre-se ao uso de um HU denominado Curva 
S. A curva S pode ser definida como o HU causado por uma chuva (unitária) de duração 
infinita. Sua principal aplicação é permitir passar de um HU de uma duração de chuva para outro 
HU de uma chuva da duração requerida. 
-Construção da Curva S: VC - Aplicação da Curva S: VC 
- Hidrogramas Unitários Sintéticos: O método exposto anteriormente exige a existência de dados 
hidrológicos diretos na bacia estudada. Em muitos casos, no entanto, é imperativo calcular 
descargas de projeto em regiões desprovidas deles, utilizando métodos indiretos. Os 
hidrogramas unitários sintéticos baseiam-se nas características físicas da bacia que podem 
influenciar claramente a produção de vazão, como é a área, declividade, forma da bacia, 
densidade de drenagem, parâmetros hidráulicos da rede de drenagem etc. 
Um dos mais conhecidos é o hidrograma de Snyder, mas ele não deu em aula então não falarei. 
O dado em aula é o Hidrograma do Soil Conservation Service – SCS novo NRCS - Natural 
Resources Conservation Service. VC 
14 
 
- CN: Pretende-se representar neste parâmetro o tipo de solo, uso do solo e condição de sua 
superfície no que diz respeito à sua potencialidade para gerar escoamento superficial. 
Para efeitos da escolha da duração da chuva, o SCS recomenda 6 horas como a mínima 
duração de chuva para estruturas de controle e retardamento de cheias, mas esse tempo pode 
ser alterado em certas circunstancias onde poderá resultar um volume escoado maior. O tempo 
de concentração da bacia não é aconselhado, porquanto ele pode produzir o maior pico, mas 
não o máximo volume de escoamento. 
- Grupos Hidrológicos de Solos: Grupo A: solos arenosos, com baixo teor de argila total 
(inferior a 8%), sem rochas, sem camada argilosa e nem mesmo densificada até a profundidade 
de 1,5m. O teor de húmusé muito baixo, não atingindo 1%. Grupo B: solos arenosos menos 
profundos que os do Grupo A e com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%. No 
caso de terras roxas este limite pode subir a 20% graças a maior porosidade. Os dois teores de 
húmus podem subir, respectivamente, a 1,2% e 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas 
argilosas até 1,5m, mas é quase sempre presente uma camada mais densificada que a camada 
superficial. Grupo C: solos barrentos, com teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas 
argilosas impermeáveis ou contendo pedras até a profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, 
estes dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60 cm de 
profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de 
impermeabilidade. Grupo D: solos argilosos (30 a 40% de argila total) e com camada 
densificada a uns 50 cm de profundidade ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa 
quase impermeável ou horizonte de seixos rolados. 
- Condições de Umidade do Solo: Condição I: solos secos: as chuvas nos últimos 5 dias não 
ultrapassaram 15 mm Condição II: situação média na época das cheias: as chuvas nos últimos 
5 dias Condição II totalizaram entre 15 e 40 mm. 
Condição III: solo úmido (próximo da saturação): as chuvas 
nos últimos 5 dias foram superiores a 40 mm e as condições 
meteorológicas foram desfavoráveis a altas taxas de 
evaporação. Os valores de CN apresentados referem-se 
sempre à condição II. Para converter o valor de CN para as 
condições I e III existem as seguintes expressões ao lado. 
O HU proposto pelo SCS é um hidrograma triangular, produzido por uma chuva unitária de 
duração tr. A duração da chuva unitária é tr = 0,133tc. VC pro resto dos parâmetros. 
- Aplicação a bacias urbanas: O HU do SCS tem ampla utilização em hidrologia urbana. Neste 
caso a reposta da bacia é mais rápida e tp deve ser reduzido através de dois fatores f1 e f2, que 
levam em conta as duas principais modificações da bacia num processo de urbanização: o 
melhoramento hidráulico do leito e a impermeabilização da superfície. 
15 
 
Todo o HU é afetado pela urbanização da bacia. Os fatores podem ser extraídos de gráficos. 
 
C'est fini

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