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2016 CONTABILIDADE GERAL I (OPERACOES FINANCEIRAS)

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Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 1 
Operações Financeiras 
(Ativas e Passivas) 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 2 
Instrumentos Financeiros 
� Definições 
Instrumento financeiro é qualquer contrato que dê origem a um ativo 
financeiro para a entidade e a um passivo financeiro ou instrumento 
patrimonial para outra entidade. 
 
Ativo financeiro é qualquer ativo que seja: 
(a) caixa; 
(b) instrumento patrimonial de outra entidade; 
(c) direito contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro; 
(d) um contrato que seja ou possa vir a ser liquidado por instrumentos 
patrimoniais da própria entidade. 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 3 
Instrumentos Financeiros 
� Classificação dos ativos financeiros (Lei Nº 11.638/2007 e CPC 38) 
Os investimentos realizados pela empresa são classificados em: 
• Empréstimos e Recebíveis 
• Destinados à negociação imediata (“Fair value through profit and loss”) 
• Disponíveis para venda futura (“Available for sale”) 
• Mantidos até o vencimento (“Held to maturity”) 
� Critérios de avaliação dos ativos financeiros 
• Empréstimos e Recebíveis: são avaliados ao custo, atualizados por apropriações 
de juros e variações monetárias, quando houver (“Método do custo 
amortizado”). As eventuais variações são refletidas no resultado do próprio 
exercício. 
• Destinados à negociação imediata: são avaliados ao valor justo na data de cada 
balanço (“marcação a mercado”). As variações (para mais ou para menos) 
devem ser refletidas no resultado do próprio período. 
• Disponíveis para venda futura: são avaliados ao valor justo na data de cada 
balanço (“marcação a mercado”). As variações (para mais ou para menos) 
devem ser refletidas no Patrimônio Líquido (conta “Ajustes de Avaliação 
Patrimonial”). Quando ocorrer a venda dos títulos os valores registrados no 
Patrimônio Líquido são transferidos para o resultado do período da venda. 
• Mantidos até o vencimento: são avaliados pelo “Método do custo amortizado” 
e as variações são refletidas no resultado do próprio exercício. Caso haja uma 
perda permanente na realização dos valores contratados, deve ser constituída 
estimativa para a perda esperada. 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 4 
Aplicações Financeiras (Exemplo) 
� Dados do exemplo 
Em 31.12.2008, uma companhia adquire um título público com as seguintes 
características: 
• Valor de aquisição do título: $10.000 
• Vencimento em 31.12.2015 
• Taxa de juros: 15% ao ano 
Informações adicionais: 
• O título tem liquidez e cotação no mercado 
• Os efeitos fiscais não estão sendo considerados neste exercício 
� Cálculos 
Os saldos da aplicação no final de cada ano (“curva do papel”) e o “Fair 
value” (cotação do título no mercado) são os seguintes: 
 
Os valores dos juros contratados (1) e do valor necessário para ajustar ao 
“Fair Value” (2) são os seguintes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Data Curva do Título 
 "Fair 
Value" 
31/12/08 10.000,00 10.000,00 
31/12/09 11.500,00 10.500,00 
31/12/10 13.225,00 11.000,00 
31/12/11 15.208,75 13.000,00 
31/12/12 17.490,06 14.600,00 
31/12/13 20.113,57 18.000,00 
31/12/14 23.130,61 24.400,00 
31/12/15 26.600,20 26.600,20 
Data Curva do Título Juros (1) 
 Ajuste ao "Fair 
Value" (2) 
 "Fair 
Value" 
31/12/08 10.000,00 - - 10.000,00 
31/12/09 11.500,00 1.500,00 (1.000,00) 10.500,00 
31/12/10 13.225,00 1.725,00 (1.225,00) 11.000,00 
31/12/11 15.208,75 1.983,75 16,25 13.000,00 
31/12/12 17.490,06 2.281,31 (681,31) 14.600,00 
31/12/13 20.113,57 2.623,51 776,49 18.000,00 
31/12/14 23.130,61 3.017,04 3.382,96 24.400,00 
31/12/15 26.600,20 3.469,59 (1.269,39) 26.600,20 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 5 
Aplicações Financeiras (Exemplo) 
O gráfico de evolução do saldo do título e do valor de mercado (“Fair Value”) nas datas 
dos balanços é apresentado a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: o “Fair Value” do título na data de vencimento é exatamente o valor que será 
resgatado, pois ninguém pagaria um valor maior por um título que tem um valor definido 
nesta data. 
 
 8.000,00
 9.000,00
 10.000,00
 11.000,00
 12.000,00
 13.000,00
 14.000,00
 15.000,00
 16.000,00
 17.000,00
 18.000,00
 19.000,00
 20.000,00
 21.000,00
 22.000,00
 23.000,00
 24.000,00
 25.000,00
 26.000,00
 27.000,00
 28.000,00
Curva Fair Value
Custo 
Amortizado 
Fair Value 
"valor de 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 6 
Aplicações Financeiras (Exemplo) 
1ª hipótese 
• Os títulos são classificados como “Destinados para negociação imediata”. 
• A venda ocorre no dia 02/01/10 pela cotação do dia 31/12/09. 
 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Compra dos títulos em 31/12/08 
(2) Apropriação da receita de juros de competência do ano 09 
(3) Ajuste ao valor de mercado no final do ano 09 (“Mark to market”) 
(4) Venda dos títulos em 02/01/10 
 
Contas do Ativo No Resultado de 09 
 
 Disponível Receitas Financeiras 
(4) 10.500 10.000 (1) 1.500 (2) 
 
 
 
Aplicações 
Financeiras 
Ajuste ao 
“Fair Value” 
(1) 10.000 1.000 (3) (3) 1.000 
(2) 1.500 10.500 (4) 
 
 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 7 
Aplicações Financeiras (Exemplo) 
2ª hipótese 
• Os títulos são classificados como “Disponíveis para venda”. 
• A venda ocorre no dia 02/01/12 pela cotação do dia 31/12/11. 
 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Compra dos títulos em 31/12/08 
(2) Apropriação da receita de juros de competência do ano 09 
(3) Ajuste ao valor de mercado no final do ano 09(“Mark to market”) 
(4) Apropriação da receita de juros de competência do ano 10 
(5) Ajuste ao valor de mercado no final do ano 10 (“Mark to market”) 
(6) Apropriação da receita de juros de competência do ano 11 
(7) Ajuste ao valor de mercado no final do ano 11 (“Mark to market”) 
(8) Venda dos títulos em 02/01/12 (no momento da venda o saldo que estava 
registrado na conta “Ajustes de avaliação patrimonial” é transferido para o 
resultado do período em que ocorrer a venda. 
 
Contas do Ativo Conta do PL Contas de Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível 
Ajustes de avaliação 
patrimonial 
(Ano 9) 
Receitas Financeiras 
(8) 13.000,00 10.000,00 (1) (3) 1.000,00 16,25 (7) 1.500 (2) 
 (5) 1.225,00 2.208,75 (8) 
 
 
 (Ano 10) 
Receitas Financeiras 
 
 Aplicações Financeiras 1.725,00 (4) 
(1) 10.000,00 1.000,00 (3) 
 
 
(2) 
(4) 
1.500,00 
1.725,00 
1.225,00 
13.000,00 
(5) 
(8) 
 (Ano 11) 
Receitas Financeiras 
 
(6) 1.983,75 1.983,75 (6) 
(7) 16,25 
 
 
 (Ano 12) 
Ajustes ao “Fair Value” 
 
 (8) 2.208,75 
 
 
 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 8 
Aplicações Financeiras (Exemplo) 
3ª hipótese 
• Ostítulos são classificados como “Mantidos até o vencimento”. 
• O resgate ocorre no dia 31/12/15. 
 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Compra dos títulos em 31/12/08 
(2) Receita de juros do ano 09 
(3) Receita de juros do ano 10 
(4) Receita de juros do ano 11 
(5) Receita de juros do ano 12 
(6) Receita de juros do ano 13 
(7) Receita de juros do ano 14 
(8) Receita de juros do ano 15 
(9) Venda dos títulos em 31/12/15 
 
 Disponível 
(Ano 9) 
Receitas Financeiras 
(Ano 10) 
Receitas Financeiras 
(9) 26.600,20 10.000,00 (1) 1.500,00 (2) 1.725,00 (3) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (Ano 11) 
Receitas Financeiras 
 (Ano 12) 
Receitas Financeiras 
 
 
 
 
 1.983,75 (4) 2.281,31 (5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicações Financeiras 
 (Ano 13) 
Receitas Financeiras 
 (Ano 14) 
Receitas Financeiras 
 
(1) 10.000,00 26.600,20 (9) 2.623,51 (6) 3.017,04 (7) 
(2) 1.500,00 
 
 
 
 
(3) 1.725,00 
 
 
 
 
(4) 
(5) 
1.983,75 
2.281,31 
(Ano 15) 
Receitas Financeiras 
(6) 2.623,51 3.469,59 (8) 
 
 
(7) 3.017,04 
 
 
 
 
(8) 3.469,59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 9 
 
Operações Financeiras Passivas 
(Empréstimos e Financiamentos) 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 10 
 
Operações Financeiras Passivas 
� Definição 
Ocorrem quando a empresa obtém recursos para suprir as necessidades de capital de 
giro ou de investimentos de longo prazo. 
� Fontes de recursos 
• Instituições financeiras (empréstimos, financiamentos, descontos etc.) 
• Órgãos governamentais (exemplo: BNDES) 
• Empréstimos do exterior 
• Debêntures 
� Empréstimos e Financiamentos 
Empréstimos correspondem às captações de recursos junto às instituições financeiras 
sem que haja uma destinação específica. (Ex.: Empréstimo para Capital de Giro). 
Financiamentos são recursos obtidos junto às instituições financeiras com destinação 
específica. (Ex.: Financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos, 
financiamento para construção imobiliária etc.). 
� Tipos de operações financeiras 
• Empréstimos em moeda nacional (pré-fixados ou corrigidos monetariamente) 
• Empréstimos em moeda estrangeira (corrigidos pela moeda estrangeira) 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 11 
Empréstimos (Custos de transação) 
1. Definições básicas 
Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às 
atividades necessárias exclusivamente à consecução das seguintes transações: 
• Distribuição primária de ações ou bônus de subscrição. 
• Aquisição e alienação de ações próprias. 
• Captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou financiamentos. 
• Emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e 
outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente referidos 
como títulos e valores mobiliários – TVM). 
São gastos que não existiriam ou teriam sido evitados se essas transações não 
ocorressem. 
Exemplos: 
• Gastos com elaboração de prospectos e relatórios. 
• Remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, 
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.). 
• Gastos com publicidade. 
• Taxas e comissões. 
• Custos de transferência. 
• Custos de registro. 
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores 
mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de 
carregamento. 
Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o ônus pago ou a 
pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado do financiador derivado 
dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice específico de variação de preços e 
assemelhados. Incluem os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não 
incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.. 
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de transação, 
prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual representa a diferença entre 
os valores recebidos e os valores pagos (ou a pagar) a terceiros. 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 12 
Empréstimos (Custos de transação) 
Taxa interna de retorno (TIR) é a taxa efetiva de juros que iguala o valor presente dos 
fluxos de entrada de recursos ao valor presente dos fluxos de saída. Em outros termos, é 
a taxa efetiva de juros que faz com que, por exemplo, o valor presente líquido dos fluxos 
de caixa de determinado título de dívida ou empréstimo seja igual a zero, considerando-
se, necessariamente, a captação inicial líquida dos custos de transação. 
Método de juros efetivos é o método de calcular o custo amortizado de ativo financeiro 
ou de passivo financeiro (ou grupo de ativos ou de passivos financeiros) e de alocar a 
receita ou a despesa de juros no período. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta 
exatamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros e deve incluir todas as 
comissões e parcelas pagas ou recebidas entre as partes do contrato, as quais são parte 
integrante da taxa efetiva de juros, dos custos de transação e de todos os outros prêmios 
ou descontos. 
2. Contabilização da captação de recursos de terceiros 
• Os recursos captados devem ser registrados pelo valor justo líquido dos custos de 
transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro. 
• Os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor justo. 
• Os encargos financeiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do 
prazo, pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos. 
• Deve-se utilizar a taxa interna de retorno (TIR) da operação para a apropriação dos 
encargos financeiros. O objetivo é refletir o efetivo custo do instrumento financeiro e 
não somente a taxa de juros contratual. 
• Os custos de captação não efetivada devem ser reconhecidos como despesa no 
resultado do período em que se frustrar a captação. 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 13 
Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 1 – Empréstimo pré-fixado com pagamento final 
A Cia. Natal obteve em 01/08/20X2 um empréstimo com as seguintes características: 
• Valor do empréstimo: $10.000 
• Prazo do empréstimo: 2 meses (vencimento em 30/09/20X2) 
• Taxa de juros: 10% ao mês (Regime de capitalização simples) 
• Forma de pagamento: uma única parcela no final do prazo 
• Não há qualquer encargo adicional 
� Apropriação dos encargos 
O pronuncimento técnico determina que a apropriação dos encargos deve ser feita pelo 
custo amortizado utilizando o método dos juros efetivos (apropriação exponencial). Para 
isto é necessário obter a taxa de juros efetivos, conforme segue 
 
� Cálculo da taxa de custo efetivo da operação 
 
Utilizando uma calculadora financeira: 
 
2 � n 
1.000 � PV 
0 � PMT 
1.200 � FV 
 � 
i � 9,5445%a.m. 
 
Os valores dos juros de cada mês e os saldos da dívida no final de cada mês são os 
seguintes: 
 
Data 
Juros 
(i=9,5445%a.m.) 
Parcela Saldo Devedor 
01/08/20X2 - - 10.000,00 
31/08/20X2 954,45 - 10.954,45 
30/09/20X2 1.045,55 12.000,00 -Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 14 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Obtenção do empréstimo em 01/08/X8 
(2) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 08/X2 
(3) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 09/X2 
(4) Pagamento do empréstimo em 30/09/X2 
 
Contas do Ativo Conta do Passivo Contas de Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível Empréstimos 
(Mês 08) 
Despesa Financeira 
(1) 10.000,00 12.000,00 (4) (4) 12.000,00 10.000,00 (1) (2) 954,45 
 954,45 (2) 
 
 
 1.045,55 (3) (Mês 09) 
Despesa Financeira 
 
 (3) 1.045,55 
 
 
 
 
 
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 15 
Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 2 – Empréstimo pré-fixado com pagamentos parcelados 
A Cia. ABC obteve, em 31/12/X2, um empréstimo com as seguintes características: 
• Valor do empréstimo: $50.000 
• Prazo do empréstimo: 3 meses 
• Taxa de juros: 5% ao mês (Regime de capitalização composta) 
• Forma de pagamento: 3 parcelas mensais iguais (Tabela Price) 
• A empresa deve pagar, adicionalmente, no dia da obtenção do empréstimo, despesas 
relacionadas com o contrato no valor de $500 
� Cálculo do valor das parcelas que serão pagas em cada mês 
 
 
 
 
 
 
P= 18.360,43 
 
Utilizando uma calculadora financeira: 
 
3 � n 
5 � i 
50.000 � PV 
0 � FV 
 � 
PMT � 18.360,43 
 
n
i)(1xi
1
n
i)(1
PC
+
−+
×=
3
0,05)(1x0,05
1
3
0,05)(1
P50.000
+
−+
×=
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 16 
Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 2 – Empréstimo pré-fixado com pagamentos parcelados 
 
� Cálculo da taxa de custo efetivo da operação 
 
 
 
 
 
i= 5,5382%a.m. 
 
Utilizando uma calculadora financeira: 
 
3 � n 
18.360,43 � PMT 
49.500 � PV 
0 � FV 
 � 
i � 5,5382%a.m. 
 
 
 
Os valores dos juros de cada mês e os saldos da dívida no final de cada mês são os 
seguintes: 
 
Data 
Juros 
(i=5,5382%a.m.) 
Parcela Saldo Devedor 
31/12/2002 - - 49.500,00 
31/1/2003 2.741,41 18.360,43 33.880,98 
28/2/2003 1.876,40 18.360,43 17.396,95 
31/3/2003 963,48 18.360,43 - 
 
 
n
i)(1xi
1
n
i)(1
PC
+
−+
×=
3
i)(1xi
1
3
i)(1
43,360.18500-50.000
+
−+
×=
Contabilidade Introdutória Prof. João Domiraci Paccez 
e-mails: jdpaccez@usp.br ou jdpaccez@terra.com.br Pág. 17 
Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 2 – Empréstimo pré-fixado com pagamentos parcelados 
 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Obtenção do Empréstimo em 31/12/X2 
(2) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 01/X3 
(3) Pagamento da parcela de 01/X3 
(4) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 02/X3 
(5) Pagamento da parcela de 02/X3 
(6) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 03/X3 
(7) Pagamento da parcela de 03/X3 
 
1ª alternativa: não utilizando a conta Juros a Apropriar 
Contas do Ativo Conta do Passivo Contas de Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível Empréstimos 
(Mês 08) 
Despesa Financeira 
(1) 49.500,00 18.360,43 (3) (3) 18.360,43 49.500,00 (1) (2) 2.741,41 
 18.360,43 (5) (5) 18.360,43 2.741,41 (2) (4) 1.876,40 
 
 
 18.360,43 (7) (7) 18.360,43 1.876,40 (4) (6) 963,48 
 963,48 (6) 
 
 
 
 
2ª alternativa: utilizando a conta Encargos a Apropriar 
Contas do Ativo Conta do Passivo Contas de Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível Empréstimos 
(Mês 08) 
Despesa Financeira 
(1) 49.500,00 18.360,43 (3) (3) 18.360,43 55.081,29 (1) (2) 2.741,41 
 18.360,43 (5) (5) 18.360,43 (4) 1.876,40 
 
 
 18.360,43 (7) (7) 18.360,43 (6) 963,48 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Encargos a Apropriar 
 (1) 5.581,29 2.741,41 (2) 
 1.876,40 (4) 
 
 
 963,48 (6) 
 
 
 
 
(1) 55.081,29 = 18.360,43 x 3 
 
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Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 3 – Empréstimo corrigido em moeda estrangeira 
A Cia. Paulista obteve, em 02/05/X2, um empréstimo do exterior com as seguintes 
características: 
• Valor do empréstimo: US$10.000 
• Prazo do empréstimo: 2 meses 
• Taxa de juros: 2% ao mês 
• Forma de pagamento: 
• os juros são pagos mensalmente (não inclui a variação cambial) 
• o principal é pago integralmente no final 
• As cotações do dólar (US$) nas diversas datas foram as seguintes: 
Data Cotação do US$ 
01/05/X2 R$1,00 
31/05/X2 R$1,20 
30/06/X2 R$1,32 
 
Os valores da variação cambial, dos juros e das parcelas pagas em cada mês, bem como 
os saldos da dívida no final de cada mês são os seguintes: 
 
Data 
Variação 
cambial 
Juros 
Parcela 
paga 
Saldo 
Devedor 
02/05/2002 - - - 10.000 
31/05/2002 2.000 240 240 12.000 
30/06/2002 1.200 264 13.464 - 
 
 
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Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 3 – Empréstimo corrigido em moeda estrangeira 
 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Obtenção do Empréstimo em 01/05/X2 
(2) Apropriação da variação cambial e da despesa de juros de competência do mês 05/X2 
(3) Pagamento dos juros de 05/X2 
(4) Apropriação da variação cambial e da despesa de juros de competência do mês 06/X2 
(5) Pagamento dos juros de 06/X2 
(6) Pagamento do empréstimo corrigido em 30/06/X2 
 
Contas do Ativo Conta do Passivo Contas de Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível Empréstimos Despesa Financeira 
(1) 10.000 240 (3) (6) 13.200 10.000 (1) (2) 2.000 
 264 (5) 2.000 (2) (3) 240 
 
 
 13.200 (6) 1.200 (4) (4) 1.200 
 (5) 264 
 
 
 
 
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� Desconto de Duplicatas 
Trata-se de uma operação financeira onde a empresa negocia o direito de receber suas 
duplicatas junto a uma instituição financeira. Neste tipo de operação devem ser 
observados os seguintes pontos: 
• A empresa que efetuou o desconto é a responsável pelo pagamento das duplicatas 
ao banco, caso o cliente não efetue o pagamento no vencimento. 
• O montante das duplicatas descontadas na data do balanço deve ser demonstrado 
no passivo, representando, em essência, a dívida da empresa. 
• Tradicionalmente no Brasil, essa operação vinha sendo contabilizada no ativo, 
retificando o saldo de duplicatas a receber. 
• Os juros são calculados pelo Regime de Capitalização Simples e são cobrados na data 
de início da operação. 
 
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Exemplo Nº 4 – Desconto de Duplicatas 
A Cia Paraná efetuou o desconto de uma duplicata nas seguintes condições: 
• Valor do Título : $ 10.000 
• Juros acordados : 5% a.m. (juros simples) 
• Prazo de vencimento : 60 dias 
• Data da operação : 01/04/X4 
• Despesas iniciais : $100 
 
Valor líquido recebido= 10.000 – (0,05 x 10.000 x 2) – 100 = 8.900 
 
� Cálculo da taxa de custo efetivo da operação 
 
Utilizando uma calculadora financeira: 
 
2 � n 
8.900 � PV 
0 � PMT 
10.000 � FV 
 � 
i � 5,9998%a.m.Os valores dos juros de cada mês e os saldos da dívida no final de cada mês são 
os seguintes: 
 
Data Juros (i=5,9998%a.m.) Parcela 
Saldo 
Devedor 
31/12/2002 - - 8.900,00 
31/1/2003 533,98 - 9.433,98 
31/3/2003 566,02 10.000,00 - 
 
 
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Operações Financeiras Passivas 
Exemplo Nº 4 – Desconto de Duplicatas 
 
Descrição dos eventos contabilizados 
(1) Realização do desconto em 01/04/X4 
(2) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 04/X4 
(3) Apropriação da despesa de juros de competência do mês 05/X4 
(4) Pagamento da duplicata pelo cliente em 01/06/X4 
 
Contas do Ativo Conta do Passivo Contas de Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
 Disponível 
Duplicatas 
descontadas Despesa Financeira 
(1) 8.900,00 (4) 10.000,00 10.000,00 (1) (2) 533,98 
 (3) 566,02 
 
 
 
 
 
 Clientes Encargos a apropriar 
 XXXXXX 10.000,00 (4) (1) 1.100,00 533,98 (2) 
 566,02 (3) 
 
 
 
Obs.: Caso o cliente não efetue o pagamento da duplicata, o crédito 
correspondente ao lançamento (4) é feito na conta Disponível

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