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Curso de 
Enfermagem em Centro-Cirúrgico
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos 
na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
• Tratamento Cirúrgico 
É um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas e externas 
executado através de técnicas geralmente realizadas com o auxílio de instrumentos. A 
cirurgia abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica, terapêutica ou 
estética. À partir deste conceito, podemos dizer que enfermagem cirúrgica é aquela que 
trata dos cuidados globais de enfermagem prestados aos pacientes nos períodos pré-
operatório, trans-operatório e pós-operatório. 
Esses cuidados objetivam minimizar os riscos cirúrgicos, dar maior segurança ao 
paciente e reabilitá-lo para se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido possível. 
 
Histórico da cirurgia: escavações demonstram instrumentais sugestivos de 
procedimentos cirúrgicos pelos povos primitivos, com técnicas que abrangiam tratamento 
de feridas, correção de fraturas, trepanação, circuncisão, etc. 
• No século VI e V a.C. : Grécia com a Medicina dos Templos. Hipócrates deu o cunho 
científico à medicina , onde desenvolveu técnicas cirúrgicas, vindo do grego: cirurgião 
(cheir = mão, ergon = trabalho). 
• História da anestesia: nasce o grande fortalecedor da cirurgia, com os egípcios sendo 
os representantes de maior destaque. Uso inicial pela odontologia. 
 
Figura: Primeira cirurgia com narcose realizada em 1846 
Fonte: Quadro pintado pelo pintor Robert C. Hinckley 
 
25 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
 
Classificação das Cirurgias 
As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência cirúrgica que engloba: 
- Cirurgia eletiva: 
Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião mais 
propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia, gastrectomia. 
- Cirurgia de urgência: 
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 
24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal. 
- Cirurgia de emergência: 
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação 
crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região pré-cordial, hematoma 
subdural. 
 
As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a finalidade do tratamento 
cirúrgico: 
 - Cirurgia Curativa: 
 Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo a saúde 
ao paciente. Para essa finalidade é necessário as vezes a retirada parcial ou total de 
um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata 
de câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de 
alguns anos. Ex. Apendicectomia. 
- Cirurgia Paliativa: 
 Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o mal, mas 
não cura a doença. Ex. Gastrostomia. 
- Cirurgia Diagnóstica: 
 Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da doença. 
Ex. laparotomia exploradora. 
- Cirurgia Reparadora: 
 Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por enfermidade ou 
traumatismo. Ex. enxerto de pele em queimados. 
 
 
 
 
 
27 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
- Cirurgia Reconstrutora / cosmética / plástica: 
 Realizada com objetivos estéticos ou reparadores, para fins de 
embelezamento. Ex. Rinoplastia, mamoplastia, etc. 
 
As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco 
cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda de 
fluidos e sangue durante sua realização. 
- Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Por 
exemplo: cirurgias de emergência, vasculares arteriais. 
- Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Por 
exemplo: cabeça e pescoço – ressecção de carcinoma espinocelular, ortopedia - 
prótese de quadril. 
- Pequeno porte: 
Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo: plástica 
mamoplastia e endoscopia. 
 
Quanto ao tempo de duração as cirurgias ainda podem ser classificadas quanto a: 
- Porte I: com tempo de duração de até 2 horas. Por exemplo: rinoplastia. 
- Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas. Por exemplo: colecistectomia, 
gastrectomia. 
- Porte III: de 4 a 6 horas de duração. Por exemplo: Craniotomia. 
- Porte IV: com tempo de duração acima d 6 horas. Por exemplo: transplante de 
fígado. 
 
Quanto ao potencial de contaminação da cirurgia: 
- Cirurgia limpa: 
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática. 
Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de 
processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações 
nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Por exemplo: mamoplastia. 
- Cirurgia potencialmente contaminada: 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em tecido 
de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com 
falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta 
enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou 
urinário sem contaminação significativa. Por exemplo: colecistectomia com 
colangiografia. 
- Cirurgia contaminada: 
Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados, 
colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou 
impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira, 
na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e 
cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. 
Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria. Por exemplo: 
hemicolectomia. 
- Cirurgia infectada: 
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão 
em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos 
estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com 
secreção purulenta. 
 
Tem-se ainda a classificação de cirurgias conforma a tabela utilizada pelo 
sistema de cobrança dos hospitais segundo a Associação Médica Brasileira (AMB) 
que caracteriza de acordo com o procedimento anestésico. Varia do porte 0 a 8, sendo 
o porte zero, um procedimento com anestesia local e por ordem crescente, cresce a 
complexidade anestésica e consequentemente a cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
As cirurgias também podem ser classificadas de acordo com a AssociaçãoMédica 
Brasileira (AMB), que diz: 
Para a AMB as cirurgias são classificadas de porte 0 a 8, sendo o porte zero um 
procedimento com anestesia local e à medida que se utiliza a classificação em ordem 
crescente, existe também crescimento da complexidade cirúrgica. Portanto, trata-se de 
uma classificação com finalidade de cobrança do convênio e Serviço Único de Saúde 
(SUS), principalmente dos honorários médicos (anestesista e cirurgião), da 
instrumentação cirúrgica e da sala de operação. 
 
Tempos Cirúrgicos 
De modo geral, as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro fases ou 
tempos básicos e fundamentais: diérese, hemostasia, exérese e síntese. 
▪ Diérese: 
É o rompimento da continuidade dos tecidos, ou planos anatômicos, para atingir 
uma região ou órgão. Pode ser classificada em mecânica ou física. 
A diérese mecânica possui alguns tipos, dentre eles: 
- Punção: realizada através da introdução de uma agulha ou trocarte nos 
tecidos, sem, contudo, seccioná-los, com várias finalidades como drenagem de 
coleção líquida das cavidades ou do interior dos órgãos, colheita de fragmentos de 
tecidos e de líquidos para exame diagnóstico, injeção de contraste e medicamentos. 
- Secção: consiste na segmentação dos tecidos com o uso de material cortante, 
como tesouras, serras, lâminas ou bisturi elétrico. 
- Divulsão: realizada através do afastamento dos tecidos nos planos anatômicos 
com tesouras de bordas rombas, tentacânulas ou afastadores. 
- Curetagem: consiste na raspagem de superfície de um órgão com auxílio de 
cureta. 
- Dilatação: realizada com a finalidade de aumentar a luz de um órgão tubular. 
 
Já a diérese física pode ser classificada em: 
- Térmica: realizada com o uso de calor, cuja fonte é a energia elétrica, por 
intermédio do bisturi elétrico. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
- Crioterapia: consiste no resfriamento intenso e repentino da área em que vai 
ser realizada a intervenção cirúrgica. Normalmente é utilizado o nitrogênio liquefeito 
por ser uma substância criogênica potente. 
- Raio laser: o aparelho de raio laser consiste em um bisturi que emprega um 
feixe de radiação infravermelha de alta intensidade. Os sistemas laser podem ser 
obtidos com materiais em estado sólido, líquido e gasoso. Existem vários sistemas 
laser, mas o mais utilizado na cirurgia é o laser de dióxido de carbono (CO2). 
 
▪ Hemostasia: 
É o processo que consiste em impedir, deter ou prevenir o sangramento, pode 
ser feito simultâneo ou individualmente por meio de pinçamento e ligadura de vasos, 
eletrocoagulação ou compressão. Na realidade a hemostasia começa antes da 
cirurgia, quando se realizam, no pré-operatório imediato, os exames de tempo de 
coagulação e dosagem de pró-trombina. 
Pode ser classificada em: 
- Preventiva: hemostasia que pode ser medicamentosa e cirúrgica. A 
hemostasia medicamentosa é baseada nos exames laboratoriais pré-operatórios, 
enquanto a cirúrgica é realizada com a finalidade de interromper a circulação durante 
o ato operatório, temporária ou definitiva. 
- Urgência: hemostasia realizada quase sempre em condições não favoráveis e 
com material muitas vezes improvisado, como, por exemplo, compressão digital, 
garrotes e torniquetes. 
- Curativa: consiste na hemostasia realizada durante a intervenção cirúrgica e 
pode ser medicamentosa (drogas que diminuem o sangramento por vasoconstrição), 
mecânica (compressão e esponjas sintéticas), física (bisturi) ou biológica 
(absorventes). 
 
▪ Exérese: 
Também denominada “cirurgia propriamente dita”. Possui caráter curativo, 
paliativo, estético/corretivo, diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
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▪ Síntese: 
É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a 
separação, para facilitar o processo de cicatrização e restabelecer a continuidade 
tecidual por primeira intenção. Pode ser realizada da seguinte forma: 
- Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos apropriados 
com agulhas de sutura e fios cirúrgicos permanentes ou removíveis. 
- Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso, 
adesivos (esparadrapos) ou ataduras. 
- Completa: a união ou aproximação dos tecidos, realizada em toda a extensão 
da incisão cirúrgica. 
- Incompleta: consiste na aproximação incompleta em toda a extensão da ferida 
em conseqüência da colocação de dreno em determinado local da incisão cirúrgica. 
- Imediata: ocorre imediatamente após a segmentação deles por traumatismos. 
- Mediata: Consiste na união dos tecidos após algum tempo depois do 
rompimento da continuidade ou contigüidade deles. 
 
Instrumentais, Agulhas e fios 
 
Os vários tipos de instrumentos podem ser agrupados da seguinte maneira: 
 
Instrumental de diérese: 
Constituído pelos bisturis e tesouras, serras, agulhas, trépano, ruginas e outros, 
utilizados nas cirurgias gerais, assim como nas especiais. 
O bisturi é o melhor instrumento para a secção dos tecidos, sendo um 
instrumental de corte por excelência. Grande parte dos bisturis são cabos com uma 
extremidade destinada à fixação de lâminas descartáveis. Os cabos de bisturis são 
designados por números, por exemplo: cabo n°3 ou n°4. Quanto menor o número, 
menor a lâmina, destinado a atos cirúrgicos delicados. Os cabos de bisturis com 
números maiores apresentam encaixe maior para lâminas também maiores, 
destinados a procedimentos cirúrgicos gerais. 
 
 
 
 
 
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Instrumental para hemostasia: 
Esse grupo é constituído por todos aqueles destinados ao pinçamento de vasos 
sangrantes. Representados por pinças nas formas retas e curvas, por exemplo, as 
pinças Kelly, Halstead, Rochester, preferidas pelo cirurgião devido a proporcionarem 
um manuseio mais fácil. As pinças hemostáticas são usadas em situações que exigem 
instrumentos mais longos. As pinças atraumáticas são usadas para hemostasia 
temporária. 
 
Instrumental para preensão: 
É o destinado a segurar e suspender as vísceras e órgãos, como as pinças 
elásticas e pinças com anéis e cremalheira. 
 
Instrumental para separação: 
Formado por afastadores é destinado à exposição, permitindo a melhor 
visualização da cavidade operatória. Os afastadores são divididos em dois grupos: 
auto-estáticos e dinâmicos. 
Os auto-estáticos são usados para a abertura da cavidade abdominal. Os mais 
utilizados são: Gosset, Balfour, e para a cirurgia torácica, o Finochietto. Os 
afastadores Weitlaner, Gelpi, Alm são usados em operações mais superficiais. 
Os afastadores dinâmicos são usados para a separação e abertura do campo 
operatório em diversas áreas do corpo. Nas operações do abdômen os mais usados 
são Valvas de Doyen e suprapúbicas. Nas cirurgias torácicas são usados os 
afastadores Harrington, Deaver, Allison, Coryllos e Davidson. Nas operações mais 
superficiais ou na apresentação de órgãos específicos, podem ser utilizados os 
afastadores planos, como Farabeuf, Langenbeck. 
Outros afastadores com usos diversos, em formas laminares, rígidos ou 
maleáveis, são as espátulas de Reverdin, utilizados geralmente na cavidade 
abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdosão dados a seus respectivos autores
 
Instrumental e material para a síntese: 
É representado basicamente pelas agulhas de sutura, porta-agulhas e 
principalmente pelos fios cirúrgicos, grampos e fitas adesivas de pele. 
Fios cirúrgicos: 
Algumas características devem ser consideradas para a escolha do fio 
cirúrgico: 
- Manter a força de tensão por tempo suficiente até que a cicatriz adquira sua 
própria resistência frente aos estímulos mecânicos habituais. 
- Portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual. 
- Tipo de tecido a ser suturado. 
Características físicas de manuseio e reação tecidual dos fios cirúrgicos: 
 - Configuração física: 
Refere-se à composição dos fios quanto aos seus filamentos. O fio pode ser 
monofilmentar, quando é constituído de um único filamento, ou multifilamentar que 
contém várias fibras trançadas ou intercaladas compondo um único fio. 
- Capilaridade: refere-se à capacidade de captar e absorver líquidos ao longo 
do fio cirúrgico. Os fios multifilamentares possuem maior superfície e maior 
capilaridade, portanto podem apresentar maior aderência microbiana em relação aos 
monofilamentares. 
- Diâmetro: é determinado em milímetros e expresso em tamanhos com zeros. 
Quanto menor o diâmetro, maior o número de zeros. A numeração varia de sete (mais 
grossos com diâmetros mínimo de 0,90 mm e máximo de 0,999 mm) até dez zeros 
(mais fino com diâmetro mínimo de 0,020 e máximo de 0,029mm). 
- Força de tensão: é a quantidade de peso necessária para a ruptura do fio 
cirúrgico. A força de tensão varia de acordo com o tipo de material de constituição do 
fio cirúrgico. 
- Força do nó: é a força necessária para fazer com que um certo tipo de nó 
desliza parcial ou completamente. Os fios multifilamentares apresentam coeficiente de 
atrito mais elevado do que os fios monofilamentares, permitindo assim uma fixação 
mais segura do nó, enquanto os fios monofilamentares possuem um bom deslize do 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
nó, mas a fixação é menos segura, necessitando reforçar o nó simples com nós 
duplos. 
- Elasticidade: é a capacidade inerente do fio cirúrgico de recuperar a forma e o 
comprimento originais depois de um estiramento. A elasticidade contribui para diminuir 
a possibilidade de romper as bordas as incisão cirúrgica ou favorecer uma estenose 
em sutura vascular. 
- Memória: é a capacidade de um fio cirúrgico de retornar à sua forma original 
após ser deformado, geralmente após um nó. Quando um fio apresenta alta memória, 
consequentemente oferece menor segurança do nó. 
- Manuseio: relacionado com a rigidez, ou seja, quão facilmente ele pode ser 
dobrado quanto com o coeficiente de fricção, ou seja, quão facilmente o fio cirúrgico se 
desliza através do tecido e dá o nó. Um fio cirúrgico com alto coeficiente de fricção 
tende a deslizar com dificuldade através do tecido. Ele é mais difícil de dar nó porque 
este não se mantém. Certos fios são revestidos para reduzir o coeficiente de fricção, 
entretanto o coeficiente não deve ser muito baixo, pois ao contrário, os nós podem se 
desfazer facilmente. 
- Reação tecidual: como se trata de substâncias estranhas, todos os fios 
cirúrgicos causam certa reação tecidual. A reação começa quando o fio agride o tecido 
durante a introdução e pode persistir de acordo com a composição dele. A reação 
tecidual tem início com a infiltração de leucócitos na área de agressão. 
Posteriormente, aparecem os macrófagos e os fibroblastos e finalmente por volta do 
sétimo dia encontra-se presente um tecido fibroso com inflamação crônica. A reação 
persiste até que o fio cirúrgico seja encapsulado, e isso ocorre quando ele é 
constituído de material não-absorvível, ou seja, absorvido pelo corpo. 
 
▪ Classificação dos fios cirúrgicos 
 
Fios cirúrgicos absorvíveis: 
São fagocitados, hidrolisados, degradados e assimilados pelo tecido em que 
são implantados. Os de origem animal são fagocitados por meio de atividade 
enzimática durante o processo de cicatrização. Os de origem sintética são hidrolisados 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
quando da reação com as moléculas de água dos líquidos corporais, que se degradam 
e são assimiladas pelos tecidos em cicatrização. Eles são divididos em dois grupos: 
sintéticos e biológicos. 
 
Fios cirúrgicos absorvíveis biológicos: 
São conhecidos como categute (nome de origem inglesa devido à obtenção do 
intestino do gato) atualmente obtido da submucosa do intestino delgado de ovinos ou 
serosa de bovinos. Conforme o tempo de absorção, os categutes podem ser simples ou 
cromados. Os simples apresentam absorção mais rápida, em torno de 8 dias, e os 
cromados absorção mais lenta, em torno de 20 dias, sendo tratados com bricomato de 
potássio. O categute cromado é indicado para tecidos com cicatrização mais demorada, 
como em estruturas do aparelho gastrointestinal ou no útero. 
O categute simples e o cromado precisam ser mantidos em solução alcoólica para 
que sejam preservadas suas propriedades de manuseio, além de protegidos da luz e das 
grandes variações de temperatura, por isso são embalados em envelope primário 
aluminizado. Quando é removido de sua embalagem e não usado imediatamente, o álcool 
evapora e o fio perde sua flexibilidade. Para reestruturá-la, pode-se mergulhar o fio em 
água estéril ou soro fisiológico, entretanto o umedecimento excessivo pode reduzir a força 
de tensão. 
 
Fios cirúrgicos absorvíveis sintéticos: 
Ácido poliglicólico – fio multifilamentar com excelente maleabilidade e tem sido 
empregado em larga escala como substituto dos fios de absorção lenta e dos 
inabsorvíveis. O ácido poliglicólico é um material sintético obtido por meio de 
polimerização do ácido glicólico, de fácil manuseio, forte, flexível e de boa tolerância. São 
utilizados em anastomoses gastrointestinais, cirurgias ginecológicas, cirurgia geral e 
operações urológicas. 
 
Polímeros sintéticos monofilamentares mais recentes: 
Fios compostos por polímeros como poliglecaprone e polidioxanona. São 
monofilamentares, maleáveis e mantém a resistência de tensão por um período mais 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
prolongado que os sintéticos multifilamentares. Indicados quando se deseja um apoio 
prolongado para a ferida, como no fechamento de tecido facial ou para pacientes idosos 
ou oncológicos. 
Os fios absorvíveis sintéticos também são embalados em envelope primário 
aluminizado, porém, seco, para a sua proteção contra a umidade, a luz e as variações de 
temperatura. 
 
Fios cirúrgicos não-absorvíveis: 
São resistentes à digestão enzimática em tecido animal vivo. São de dois tipos: 
biológicos e sintéticos. 
 
Fios cirúrgicos não-absorvíveis biológicos: 
O algodão é derivado da celulose, de baixo custo, de fácil esterilização e de pouca 
reação tecidual. Fio torcido de calibre variado, encontrado no comércio embalado em 
envelopes e já pré-cortado, geralmente com 15 a 45 cm de comprimento. Indicado para 
tecidos de rápida cicatrização e contra-indicado para suturas cutâneas devido à sua 
reatividade tissular. 
O fio de seda, de origem animal, obtido de diversas espécies de bicho-da-seda. 
Suas fibras são retorcidas ou transadas e podem passar por processo de enceramento 
para diminuir sua capilaridade.Apresenta facilidade de manuseio, resistência à tração e 
segurança na fixação do nó. 
 
Fios cirúrgicos não-absorvíveis sintéticos: 
Subdivididos em quatro grupos: 
- Poliamida: caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água. Pode ser mono 
ou multifilamentar. Fio de pouca reação, mas de difícil manipulação, duro e corrediço e 
pouca segurança de manutenção do nó. 
- Poliéster: apresenta-se sob a forma simples, revestido de teflon ou siliconizado. 
Fio de difícil manejo por ser também corrediço; para que isso não ocorra, normalmente se 
adiciona teflon e silicone, mas estes materiais podem se dissociar e provocar reação 
tecidual. Utilizados em estruturas que requerem grande resistência à tração. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
- Polipropileno: fio derivado das poliefinas, não-biodegradável, e tem sido 
recomendado o tipo monofilamentado, para a síntese de feridas contaminadas, devido à 
reação tecidual mínima. É um dos fios mais inertes, com baixa capilaridade, com mínima 
reação tissular e com alta resistência à tração. É Indicado nas cirurgias cardiovasculares. 
- Metálico: constituído de aço inoxidável e tântalo. Muito utilizado em tenorrafia; 
eventualmente em neurorrafias e fechamento de parede abdominal. O tântalo é menos 
resistente do que o aço inoxidável. São de fácil esterilização, bem tolerados, de 
espessura variável, mono e multifilamentar. 
 
Agulhas cirúrgicas 
A agulha não tem papel no processo de cicatrização. Deve ser suficientemente 
larga, penetrante para ultrapassar a resistência tecidual, resistente para não dobrar, mas 
ao mesmo tempo flexível, para dobrar antes de quebrar, resistente a corrosão de 
tamanho, forma, e calibre apropriados à aplicação a que se destina. 
São utilizadas na reconstrução, com a finalidade de transfixar os tecidos, servindo 
de guia aos fios de sutura. Quanto ao corpo, as agulhas são retas, curvas (círculos de 
3/8, ¼, ½ e 5/8) e semi-curvas específicas para cirurgia laparoscópica, quanto à ponta 
são cilíndricas (não cortantes), espatuladas, rombas ou triangulares, e quanto ao fundo 
podem ser traumáticas ou atraumáticas. 
As agulhas retas geralmente são cilíndricas ou triangulares, utilizadas na 
reconstrução de vísceras ocas, tendões, nervos e suturas intradérmicas. Freqüentemente 
são usadas com as mãos, e mais raramente com porta-agulhas. 
As agulhas curvas podem ser cilíndricas ou triangulares. Seu raio de curvatura é 
variável, adaptando-se a cada tipo de síntese, em tamanho adequado, sempre utilizadas 
com porta-agulhas. As cortantes são usadas para sutura de pele e periósteo. As 
cilíndricas suturam estruturas e órgãos mais profundos. 
As agulhas atraumáticas, isto é, aquelas que já trazem o fio montado, asseguram 
fácil penetração nos tecidos, sem deixar lacerações, sendo o tipo universalmente mais 
usado. Nas traumáticas os fios são montados no momento de uso e elas provocam 
dilacerações nos tecidos. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
As agulhas espatuladas são achatadas com bordas laterais cortantes. São 
utilizadas principalmente em cirurgias oftalmológicas. 
 
Grampos de pele 
Método freqüentemente usado para fechamento da pele. Quando usados 
corretamente, oferecem excelentes resultados estéticos. Além de diminuir o tempo de 
cirurgia, eles permitem a distorção decorrente do estresse exercido individualmente pelas 
pontas de sutura. 
 
Fitas adesivas de pele 
 As feridas sujeitas à tensão estática e dinâmica mínimas podem ser aproximadas 
por uma fita adesiva de pele. A escolha da fita para fechamento da pele se baseia na 
capacidade adesiva e força tensiva para manterem as bordas da ferida intimamente 
aderidas e especialmente a sua porosidade para facilitar a transmissão de umidade, 
evitando assim o acúmulo de fluídos debaixo da ferida. 
 
Instrumento especial 
Indicado para determinado tipo de cirurgia a ser realizada, por exemplo, a pinça de 
Abadie é empregada na cirurgia gastrointestinal especialmente para anastomose 
gastroentérica; o descolador de amídalas, na amidalectomia; a pinça Satinsky, na cirurgia 
vascular, pinças Duval e Allis na histerectomia. 
 
Instrumental de campo 
É constituído por pinças que se destinam à fixação dos campos estéreis para 
delimitação do campo operatório. 
O instrumental cirúrgico se apresenta em tamanhos variados e muito deles tomam 
as formas retas ou curva. Essa grande variedade de tamanhos e formas visa proporcionar 
ao cirurgião uma infinidade de recursos para as mais variadas situações cirúrgicas. 
 
Instrumental laparoscópio 
- Irrigador/ aspirador 
 
 
 
 
 
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Utilizado para a irrigação e aspiração de fluidos orgânicos ou não. Importante para 
a aspiração de sangue e para a lavagem da cavidade com soro fisiológico. 
 
- Pinças, tesouras, ganchos, afastadores 
Instrumentos de 5 e de 10 mm de diâmetro que não introduzidos na cavidade 
abdominal ou torácica através dos trocantes para realização dos procedimentos 
cirúrgicos. 
 
- Trocartes 
Compostos de cânulas de 5, 10, 12, 23 e de 33 mm no interior das quais um 
mandril (tipo de lança pontiaguda) é introduzido. O conjunto perfura a parede abdominal 
ou torácica. Uma vez no interior da cavidade, o mandril é retirado e a cânula fica postada 
para a introdução dos instrumentos. Normalmente nos trocantes maiores se utiliza um 
redutor de diâmetro permitindo a introdução de instrumental de menor diâmetro sem a 
perda de CO2. 
 
Terminologias 
Entende-se por nomenclatura cirúrgica “o conjunto de termos de uma arte ou de 
uma ciência: terminologia”. Assim sendo, a nomenclatura cirúrgica é o conjunto de termos 
utilizados para indicar o procedimento cirúrgico a ser realizado. Os termos, do ponto de 
vista etimológico, são compostos de: 
• Raiz: é a parte básica da estrutura do termo; 
• Afixos: constituídos de prefixos e sufixos, partes que podem ser acrescidas antes e 
após a raiz. 
Na nomenclatura cirúrgica, então, a raiz significa o segmento anatômico e os afixos 
a intervenção cirúrgica a ser realizada. 
Os principais objetivos da nomenclatura cirúrgica são: 
- Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definição do procedimento cirúrgico 
realizado. 
- Preparar o instrumental cirúrgico, artigos, equipamentos e acessórios apropriados 
para cada tipo de cirurgia. 
 
 
 
 
 
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Classificação 
Os termos são formados por um prefixo que designa a parte do corpo relacionada 
com a cirurgia e por um sufixo que indica o ato cirúrgico realizado. 
 
 
Prefixo Relativo a 
A Sem, negativa 
Adeno Glândula 
Artri(o) Artéria 
Artr(o) Articulação 
Bi Dois 
Blefaro Pálpebra 
Cardi(o) Coração 
Cefal(o) Cabeça 
Célio Abdome 
Cerat(o) Tecido corneano 
Circun Ao redor 
Cist(o) Bexiga 
Cleido Clavícula 
Colecist(o) Vesícula biliar 
Colo Cólon 
Cólon Intestino grosso 
Colpo Vagina 
Condr(o) Cartilagem 
Costo Costela 
Derm(a) Pele 
Dia Através,separado 
Ecto Fora 
Enter(o) Intestino delgado 
Episio Vulva 
Espen(o) Baço 
Face Membrana do cristalino 
Faring(o) Faringe 
Fleb(o) Veia 
Gastro Estômago 
Glico Glicose, açúcar 
Gloss(o) Língua 
Hem(o) Sangue 
Hepat(o) FígadoHíster(o) Útero 
Lapar(o) Abdome 
 
 
 
 
 
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Lip(o) Gordura 
Mast. Mama 
Mega Grande 
Meso Meio 
Metro Útero 
Mi(o) Músculo 
Mielo Medula 
Nefro Rim 
Odont(o) Dente 
Oftalmo Olho 
Olig(o) Pouco, escasso 
Onfalo Cordão umbilical, umbigo 
Ooforo Ovário 
Orqui Testículo 
Osteo Osso 
Oto Ouvido 
Peri Ao redor, próximo 
Pleur(o) Pleura 
Pneum(o) Pulmão 
Post Prepúcio 
Proct(o) Reto, ânus 
Rin(o) Nariz 
Ritido Face 
Salping(o) Trompa 
Semi Metade 
Sialo Saliva 
Taqui Rápido, veloz 
Ten(o) Tendão 
Traque(o) Traquéia 
Ur(o) Urina, aparelho urinário 
 Quadro 1. Prefixos e seus significados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sufixo Significado 
Algia Dor 
Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos 
Centese Punção 
Clise Fechamento 
Dese Ação de ligar, fixação, fusão 
Clise Injeção de fluidos 
Ectomia Extirpação, excisão, remoção parcial ou total 
Estase Parar 
Estesia Relacionado sensibilidade 
Grafo Desenho, registro gráfico 
Ite Inflamação 
Lise Dissolução, liberação 
Lito Pedra, cálculo 
Malácia Amolecimento 
Oma Que denota tumor 
Ostomia Criação de um novo orifício/artificial 
Penia Falta de, redução 
Pexia Fixação de um órgão 
Plastia Alteração da forma e/ou função de um órgão 
Poiese Formando, produzindo 
Polese Fazer, formar 
Ptose Queda 
Ráfia Sutura 
Ragia Fluir, jorrar. 
Síntese Composição 
Stasia Detenção, parada 
Scopia Visualização do interior do corpo em geral por meio de 
aparelhos com lentes especiais 
Strofia Torção 
Tomia Abertura de um órgão 
Stomia Abertura de uma nova boca 
Tripsia Esmagamento 
Trofia Crescimento, desenvolvimento 
 Quadro 2. Sufixos e seus significados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cirurgia Remoção de 
Apendicectomia Apêndice 
Cistectomia Bexiga 
Colecistectomia Vesícula biliar 
Colectomia Cólon 
Craniectomia Calota óssea 
Embolectomia Êmbolo 
Esofagectomia Esôfago 
Esplenectomia Baço 
Fistulectomia Fístula 
Gastrectomia Parcial ou total do estômago 
Hemorroidectomia Hemorróidas 
Hepatectomia Parcial do fígado 
Histerectomia Útero 
Lobectomia Lobo de um órgão 
Mastectomia Mama 
Ooforectomia Ovário 
Miomectomia Mioma 
Pancreatectomia Pâncreas 
Pneumectomia Pulmão 
Prostatectomia Próstata 
Retosigmoidectomia Reto-sigmóide 
Salpingectomia Trompa 
Simpatectomia Segmentos selecionados do sistema nervoso simpático 
produzindo vasodilatação. 
Tiroidectomia Tiróide 
 Quadro 3. Procedimentos cirúrgico de remoção com sufixo ectomia 
 
 
Cirurgia Para fixação 
Cistopexia Bexiga 
Histeropexia Útero à parede abdominal 
Nefropexia Rim à parede abdominal 
Retinopexia Retina 
Orquiopexia Testículo em sua bolsa 
 Quadro 4. Principais procedimentos cirúrgicos para fixação com sufixo pexia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cirurgia Alterar forma e/ou função 
Artroplastia Articulação para restaurar movimento e função 
Blefaroplastia Pálpebras 
Mamoplastia Mamas 
Piloroplastia Piloro 
Queiloplastia Lábio 
Rinoplastia Nariz 
Ritioplastia Rugas da face 
Salpingoplastia Trompa para sua recanalização 
Toracoplastia Parede torácica 
 Quadro 5. Principais procedimentos cirúrgicos para alterar a forma e/ou a função de um órgão com sufixo 
plastia 
 
 
Procedimento Sutura de (a) (o) 
Blefarorrafia Pálpebra 
Colporrafia Vagina 
Gastrorrafia Estômago 
Herniorrafia Hérnia 
Osteorrafia Sutura ou colocação de fio metálico no osso 
Palatorrafia Fenda palatina 
Perineorrafia Períneo 
Tenorrafia Tendão 
 Quadro 6. Principais procedimentos cirúrgicos de sutura com sufixo rafia 
 
 
Procedimento Visualização 
Artroscopia Articulação 
Broncoscopia Brônquios 
Cistoscopia Bexiga 
Colonocospia Cólons 
Colposcopia Vagina 
Duoenoscopia Duodeno 
Endoscopia Órgãos internos 
Esofagoscopia Esôfago 
Gastroscopia Estômago 
Laringoscopia Laringe 
Laparoscopia Cavidade abdominal 
Sigmoideoscopia Sigmóide 
Ureteroscopia Ureter 
Uretroscopia Uretra 
Ventriculoscopia Ventrículo cerebral 
 Quadro 7. Principais procedimentos cirúrgicos para visualização com sufixo scopia 
 
 
 
 
 
 
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Aparelho Finalidade 
Artroscópio Artroscopia 
Broncoscópio Broncoscopia e laringoscopia 
Cistoscópio Cistoscopia, uretroscopia e ureteroscopia 
Colposcópio Colposcopia 
Colonoscópio Colonoscopia 
Endoscópio digestivo Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia 
Sigmoidoscópio Sigmoidoscopia 
Laringoscópio Laringoscopia 
 Quadro 8. Principais aparelhos para visualização direta 
 
 
 
Cirurgia Para abertura 
Artrotomia Articulação 
Broncotomia Brônquio 
Cardiotomia Cárdia 
Cistostomia Bexiga pra drenagem da urina por sonda 
Colecistostomia Colocação de dreno na vesícula biliar 
Coledocolitotomia Do colédoco para retirada de cálculo 
Coledocotomia Exploração do colédoco 
Duodenotomia Duodeno 
Enterostomia Do cólon através da parede abdominal 
Flebotomia Dissecção de veia 
Gastrostomia Colocação de uma sonda do estômago através da parede 
abdominal 
Hepatotomia Do fígado 
Ileostomia E colocação de uma sonda ou dreno no íleo 
Jejunostomia Colocação de sonda no jejuno para alimentação 
Laparotomia Da cavidade abdominal 
Nefrostomia E colocação de sonda no rim 
Tenotomia Do tendão 
Toracotomia Da parede torácica 
Toracostomia Da parede de tórax para drenagem 
Traqueostomia Da traquéia para facilitar a passagem de ar 
Ureterolitotomia Do ureter para retirada de cálculo 
 Quadro 9. Principais procedimentos cirúrgicos para abertura com sufixo tomia ou stomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cirurgia Para abertura e 
Amputação Remoção de um membro ou parte necrosada do corpo 
Anastomose Conexão e sutura de dois órgãos ou vasos 
Artrodese Fixação cirúrgica de articulações 
Bartolinectomia Retirada de cisto de Bartholin 
Biópsia Remoção de um tecido vivo para diagnóstico 
Cauterização Destruição de tecido através de agente cáustico ou calor 
Cesariana Retirada do feto por incisão através da parede abdominal 
Circuncisão Ressecção da pele do prepúcio que cobre a glande 
Cistocele Queda de bexiga 
Curetagem uterina Raspagem e remoção do conteúdo uterino 
Deiscência Separação dos bordos previamente separados e unidos 
Dissecção Corte, retalhamento 
Divertículo Bolsa que sai da cavidade 
Enxerto Transplante de órgão ou tecido 
Episiotomia Incisão perineal destinada a evitar a rutura do períneo 
durante o parto 
Evisceração Saída de vísceras de sua cavidade 
Fístula Orifício que coloca em comunicação parte de um órgão, 
cavidade ou foco supurativo com a superfície cutâneo ou 
mucosa 
Goniotomia Cirurgia de glaucoma 
Onfalectomia Remoção do umbigo 
Bursh Levantamento da bexiga 
Hammsted Correção de estenose pilórica 
Manchester Correção do prolapso de útero 
Paracentese Punção cirúrgica da cavidade abdominal para retirada de 
líquido 
Ressecção Retirada departe de órgão 
Retocele Protusão de parte do reto 
Toracocentese Punção da cavidade torácica 
Varicocele Veias dilatadas no escroto 
Vasectomia Corte de um segmento do canal deferente para controle 
da natalidade 
 Quadro 10. Terminologias que não seguem as regras citadas 
 
 
Ação Sufixo Instrumental cirúrgico 
Que corta Tomo Craniótomo, costótomo 
Que detém Stato Laparóstato 
Que rompe Clasto Osteoclasto 
 Quadro 11. Terminologias que não seguem as regras citadas 
 
 
 
 
 
 
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Anestesiologia 
A anestesia é caracterizada pela perda da sensibilidade dolorosa, com perda de 
consciência e certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia é a perda da 
sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. Pode ser causada por: 
estados patológicos diversos ou provocada artificialmente, por agentes anestésicos. 
 
Conceitos básicos em Anestesiologia 
 
• Anestesia: Tem origem nas palavras gregas an = privação + aísthesis = sensação + ia, 
que literalmente quer dizer perda total ou parcial da sensibilidade, especialmente da tátil. 
O termo foi sugerido pelo médico e poeta norte-americano Oliver Wendel Holmes, 
entretanto, já existia na língua grega, e foi empregado no sentido de insensibilidade 
dolorosa, pela primeira vez por Dioscórides, no século I d.C. O termo anestesia se 
emprega, contudo, para a perda de qualquer tipo de sensibilidade. É causada por estados 
patológicos diversos ou provocada artificialmente, por agentes ditos anestésicos. 
• Analgesia: Também tem origem na palavra grega an = privação + algesía = sensação 
à dor + ia, que significa perda da sensibilidade à dor com conservação das demais 
sensações. Supressão temporária da dor sem perda da consciência. 
• Anestesia local: Também chamada de analgesia, implica na perda da sensação 
dolorosa em uma área limitada do corpo. O agente anestésico atua temporariamente 
sobre fibras e terminações nervosas, insensibilizando o lugar onde elas estão localizadas. 
• Anestesia regional: Perda da sensibilidade em uma área maior do corpo, porém dentro 
de um certo limite. Essa área é o que chamamos de território. O agente anestésico é 
capaz de bloquear localmente a condução dos impulsos nervosos provenientes de uma 
determinada área corporal. 
• Anestesia geral: Um estado reversível de depressão do SNC. Ocorre inconsciência, 
com perda de sensação de dor em todo o corpo. 
• Hipnótico: Estado semelhante ao sono profundo normal (sono fisiológico) que causa 
depressão moderada do SNC. O indivíduo dorme, mas pode ser despertado por estímulos 
sensitivos. 
 
 
 
 
 
• Narcose: O que se conhece por sono artificial. Provoca perda de consciência e 
insensibilidade. O indivíduo não consegue ser despertado por estímulos sensitivos. É o 
estado que se deseja obter durante o processo de anestesia cirúrgica. 
• Anestesia basal: Nível de anestesia mais superficial conseguido, em geral, pela 
administração de medicação pré-anestésica. O paciente fica inconsciente, mas não 
suficientemente deprimido para que se possa realizar um procedimento cirúrgico. 
• Sedação: Estado em que o paciente se encontra acordado, apresentando um grau 
moderado de depressão do SNC, calmo e sem nervosismo. 
• Notria: Estado de torpor ou estupor, sendo o termo utilizado para definir inatividade 
mental e motora do sistema nervoso. O tipo de anestesia em que há bloqueio sensitivo, 
motor, dos reflexos e do estado mental ou vigília é denominado anestesia equilibrada ou 
notria. 
 
 
 
 
 
Os objetivos do ato anestésico são: 
- Suprir a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia com manutenção ou não 
da consciência; 
- Relaxamento muscular; 
- Proporcionar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica. 
 
 
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Para escolha do tipo de anestesia levam-se em consideração alguns fatores como: 
- Condições fisiológicas do pacientes; 
- Presença de severidade de doenças coexistentes; 
- Recuperação pós-operatória de vários tipos de anestesia; 
- Opções de manuseio da dor no pós-operatório; 
- Tipo e duração do procedimento cirúrgico; 
- Posição do paciente durante a cirurgia; 
- Exigências particulares do cirurgião. 
 
Durante a anestesia devem ser continuamente avaliadas as condições de 
oxigenação, ventilação, circulação e temperatura do paciente. Esta monitorização 
depende das condições fisiológicas e estabilidade do paciente; do procedimento cirúrgico; 
da extensão de perda sangüínea e das necessidades de monitoração prevista diante do 
uso de anestesia geral ou local. 
 
Fatores físicos e fisiológicos dos anestésicos 
 
Os anestésicos gerais produzem anestesia porque eles passam para o cérebro por 
uma alta pressão parcial. Quantidades relativamente grandes de anestésico devem ser 
administradas durante a indução e nas fases iniciais de manutenção, pois o anestésico 
recircula e é depositado nos tecidos corporais. 
À medida que estes tecidos se tornam saturados, pequenas quantidades de 
anestésico são necessárias para manter a anestesia devido ao equilíbrio, ou quase 
equilíbrio, que foi alcançado entre o cérebro, o sangue e os demais tecidos. 
Qualquer fator que diminua o fluxo sanguíneo periférico, tal como a vasoconstrição 
ou o choque, pode fazer requerer apenas pequenas quantidades de anestésico. 
Inversamente, quando o fluxo sanguíneo periférico está extraordinariamente alto, como 
em um paciente com os músculos ativos ou em paciente apreensivo, a indução é lenta e 
grandes quantidades de anestésico são exigidas uma vez que o cérebro recebe uma 
menor quantidade de anestésico. 
 
 
 
 
 
 
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Profundidade da anestesia 
 
A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos. Sua classificação é 
dividida em quatro estágios, cada um dos quais apresenta um grupo definido de sinais e 
sintomas: 
 
Estágio I: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. O pulso e a 
respiração são irregulares. 
 
Estágio II: Da perda da consciência até o início de um padrão regular de respiração 
e o desaparecimento do reflexo palpebral. Também denominado estágio de delírio. 
Caracterizado por excitação e muitas reações indesejáveis, tais como: vômitos, 
laringoespasmo e mesmo parada cardíaca podem ocorrer durante esse período. 
Respiração e pulso são irregulares e rápidos. As pupilas estão dilatadas, porém, 
contraem-se quando expostas à luz. 
 
Estágio III: Também chamado de anestesia cirúrgica. A respiração é irregular e o 
pulso tem ritmo quase normal com bom volume, a pele está rosada ou levemente 
enrubescida. Com a administração adequada do anestésico, esse estágio pode ser 
mantido por várias horas. A maior parte das cirurgias é executada neste estágio. 
 
Estágio IV: Dura desde o momento da cessação da respiração até a insuficiência do 
sistema circulatório. O pulso é filiforme e fraco. Desenvolve-se cianose gradualmente. 
Quando se chega a este estágio, suspende-se o anestésico imediatamente, faz-se 
respiração artificial. Os estimulantes, ainda que raramente utilizados, podem ser 
administrados à circulação, se houver dosagem excessiva de anestésicos.Durante a administração dos anestésicos não há, naturalmente, divisão definida 
entre os vários estágios. O paciente passa gradualmente de um estágio ao outro e 
somente pela observação cuidadosa dos sinais evidentes (condições das pupilas, pressão 
sangüínea, batimento cardíaco e ritmo respiratório) o anestesiologista pode ter o controle 
da situação. 
 
 
 
 
 
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Praticamente a anestesia inicia-se com o pré-anestésico. Essas ações devem 
influir globalmente na qualidade da anestesia, a fim de contribuir para a segurança e 
sucesso do ato anestésico. 
 
 
Medicação pré-anestésica 
Consiste na administração de uma ou mais diferentes drogas antes do ato 
anestésico com o objetivo de produzir amnésia e sedação, diminuir a dor, potencializar os 
agentes anestésicos, diminuir secreções de vias aéreas e o metabolismo, reduzir volume 
do conteúdo gástrico e aumentar o seu pH, reduzindo as necessidades de anestésicos. 
Reduz a ansiedade, pois o estresse pré-operatório pode provocar inquietação, insônia, 
arritmias, hipertensão arterial e crise de angina. 
Portanto, a medicação pré-anestésica deve proporcionar a redução da ansiedade, 
de modo que a indução e manutenção da anestesia sejam mais fáceis, pois o estresse 
pré-operatório pode provocar inquietação, insônia, arritmias, hipertensão arterial e crise 
de angina. A medicação deve ser prescrita de acordo com as necessidades individuais do 
paciente, as quais podem ser distribuídas em três grupos: 
 
1. Anticolinérgicos: diminuem a secreção salivar e os reflexos vagais sobre o 
coração. A atropina exerce sua ação por antagonismo competitivo com a 
acetilcolina. Ela tem como efeito colateral taquicardia devido ao bloqueio vagal, 
agitação psicomotora, hipertermia, sialosquiese, aumento da pressão intra-ocular 
em doentes glaucomatosos, midríase, no aparelho renal relaxa a bexiga e contrai 
os esfíncteres. A escopolamina provoca agitação e delírio por atravessar a barreira 
hematoencefálica. O glicopirrolato é mais potente que a atropina é mais potente 
que a atropina. Aumenta a freqüência cardíaca, atravessa a barreira 
hematoencefálica, Pode elevar o pH gástrico mais que a atropina. 
 
2. Tranqüilizantes: possuem efeitos ansiolíticos, amnéstico, sedativo, 
anticonvulsivante e relaxante muscular. Podem ser administrados por via 
intramuscular ou oral, com melhor absorção pela mucosa gástrica. O diazepan, 
 
 
 
 
 
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lorazepan, flunitrazepan, midazolan são as drogas mais utilizadas, cujo efeito 
colateral mais significativo está relacionado com a depressão respiratória discreta, 
sendo mais perigosa em idosos; a sonolência pode se prolongar no período pós-
anestésico, prejudicando a alta da sala de recuperação e a alta do doente de 
ambulatório. A principal alteração cardiovascular decorre da discreta redução da 
pressão sanguínea arterial média por diminuição da resistência vascular sistêmica. 
O midazolan tem a vantagem de provocar amnésia anterógrada, potencializa o 
efeito dos anestésicos gerais e pode provocar depressão respiratória. 
 
 
3. Hipnoanalgésicos: diminuem a ansiedade dolorosa com sedação. As drogas 
morfina, meperidina, dolantina, fentanil, alfentanil produzem analgesia em 
pacientes com dores pré-operatórias. Entretanto, em doses analgésicas podem 
deprimir a respiração e aumentar o risco de acidose respiratória e pneumonite 
aspirativa. Grandes doses podem causar hipotensão, náuseas, vômito, constipação 
e distensão abdominal. A ocorrência de urticária e broncoespasmo indica 
hipersensibilidade. A morfina produz hipnose e analgesia. As principais 
complicações são: euforia, confusão mental, náuseas e vômitos, bradicardia, 
hipotensão arterial, hipoventilação pulmonar, espirro, em doses altas pode 
provocar rigidez e convulsões; miose, hiperglicemia, efeito constipante, aumento da 
pressão liquórica e das vias biliares, prurido, retenção urinária. A meperidina 
produz analgesia que se inicia dez minutos após administração intramuscular. 
Como complicações mais comuns provoca náuseas e vômitos, depressão 
respiratória, hipotensão postural, aumento da pressão intracraniana e disforia. O 
fentanil é um analgésico narcótico. Possui ação rápida, curta duração e elevada 
potência (100 vezes maior do que a da morfina). Pode causar: depressão 
respiratória, espasmo da musculatura bronquiolar, aumento do tônus da 
musculatura esquelética, bradicardia, hipotensão arterial, náuseas e vômitos, 
sudorese, toxicomania. O início da ação do alfentanil é rápido. Pode causar 
depressão respiratória, embora de curta duração, raramente sendo necessário o 
emprego dos antagonistas dos hipnoanalgésicos ao término da cirurgia. 
 
 
 
 
 
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A visita do anestesiologista e de um enfermeiro de centro cirúrgico antes da 
cirurgia, é mais calmante para o paciente que os medicamentos utilizados no pré-
anestésico. As medicações pré-anestésicas devem ser administradas 45 a 75 minutos 
antes de começar a anestesia, para que tenham ação antes do início da anestesia com a 
finalidade de produzir sedação, amnésia, analgesia, diminuição do metabolismo basal e 
bloqueio vagal. 
 
Tipos de anestesia 
Os diferentes tipos de anestesias se dividem em dois grandes grupos: a anestesia 
de consciência (geral) e as de partes do corpo (sendo as loco regional: local, tissular, 
plexular, troncular, epidural e raquianestésica). Uma classificação freqüentemente usada 
para a assistência anestésica é a seguinte: 
 
Anestesia geral 
A anestesia geral pode ser entendida como um estado reversível de ausência de 
percepção dolorosa, relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência, 
resultante da ação de uma ou mais drogas no sistema nervoso. 
São administrados por vias endovenosas e inalatória preferencialmente devida a 
relação efeito-doze e o tempo de curso de efeito são mais previsíveis. Outras vias podem 
ser usadas, como a anestesia geral retal. 
 
Anestesia geral por inalação 
Os anestésicos líquidos podem ser administrados pela mistura de vapores com 
oxigênio ou óxido nitroso-oxigênio e, então, fazer o paciente inalar a mistura. O vapor é 
administrado ao paciente por meio de um tubo ou máscara. 
A técnica endotraqueal para administração de anestésico consiste na introdução de 
um tubo endotraqueal ou da máscara laríngea de borracha macia ou plástico, dentro da 
traquéia (tubo) ou laringe (máscara laríngea), com a ajuda de um endoscópio óptico de 
fibra flexível, ou também pela exposição da laringe com um laringoscópio ou pela 
introdução do tubo cegamente. O tubo pode ser inserido tanto pelo nariz quanto pela boca 
(a ML somente pela boca). Quanto o tubo encontra-se no local, o mesmo isola os 
 
 
 
 
 
pulmões do esôfago de forma que, se o paciente vomita, nenhum conteúdo do estômago 
entra nos pulmões. 
São exemplos de anestésicos líquidos voláteis o alotano, tricloetileno, 
metoxiflurano, enflurano e cevoflurano) e gases (óxido nitroso e ciclopropano – 
combinado com oxigênio). O que determina a profundidade da anestesia é a 
concentração do anestésico no cérebro. 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autoresAnestesia geral endovenosa 
Pode ser produzida pela injeção intravenosa de várias drogas. Tem a vantagem de 
não ser explosiva, agradável para o paciente, ação rápida, fácil de dosar, não requer 
aparelhagem e é muito fácil de administrar, porém, não há meio de removê-la do 
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organismo (tiopental sódico, etomidato, acetamina, diazepínicos, propofol e methoexital 
sódico). 
 
Anestesia local 
Caracteriza-se pela administração de anestésico local nas imediações dos axônios. 
Sua ação é de estabilizar a membrana do axônio impedindo a despolarização e 
conseqüente propagação do impulso elétrico. Pode ser classificada em: local 
propriamente dita regional e espinhal. 
Anestesia local pode ser tópica (mucosa do nariz, boca, árvore traqueobrônquica, 
esôfago e trato geniturinário) ou por infiltração (injeção de anestésico nos tecidos nos 
quais deve passar a incisão). 
 
Anestesia regional 
O agente anestésico é injetado nos nervos ou ao redor deles, de modo a 
anestesiar a área por eles inervada. As áreas mais comumente utilizadas são: bloqueio do 
plexo (plexo branquial); anestesia paravertebral (parede abdominal e vísceras); bloqueio 
transacral (períneo e baixo abdômen); 
 
Anestesia espinhal
Epidural ou peridural - injeção de anestésico no canal medular no espaço ao redor 
da dura-máter. 
Raquianestesia – é obtida pela punção lombar e, no mesmo ato, injeta-se a 
solução de anestésico no líquido cefalorraquidiano, no espaço subaracnóideo. 
 
Outras medicações são utilizadas como coadjuvantes no ato anestésico. É o caso 
do miorrelaxantes utilizados para facilitar a intubação e oferecer condições cirúrgicas 
ideais em planos menos profundos que a anestesia geral. Dividem-se em três grupos: 
relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina), relaxantes musculares não 
despolarizantes (antagonistas da acetilcolina) que podem ser divididos enquanto duração 
de ação em intermediários (atracurium) e de longa duração (pancurônio). São utilizadas 
 
 
 
 
 
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também antagonistas dos hipinoanalgésicos como a nalorfina e neurolépticos como a 
clorpromazina. 
 
A regressão do ato anestésico se inicia na sala de operação paralela à eliminação 
ou biotransformação dos agentes anestésicos tratando-se assim do processo de 
recuperação as consciência. Esta se processa em três fases e quatro estágios clínicos. 
 
Fases: 
- Imediata (minutos): o paciente apresenta volta à consciência, existe 
presença de reflexo das vias aéreas superiores e movimentação; 
- Intermediárias (minutos/horas); 
- Tardia (normalidade motora e sensorial): deve-se julgar o desempenho do 
paciente entre 24 e 48 horas após a anestesia porque alguns efeitos indesejáveis 
podem persistir por este período. 
 
Estágios clínicos: 
1º estágio: o paciente responde a estímulo doloroso; 
2º estágio: ocorre abertura dos olhos ao comando verbal; 
3º estágio: o paciente responde a pergunta simples; 
4º estágio: apresenta boa orientação no tempo e no espaço 
 
Outra classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American 
Society of Anesthesiologists para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e 
anormalidades anatômicas é dada por: 
 
ASA 1: paciente sadio 
ASA 2: paciente com doença sistêmica leve 
ASA 3: paciente com doença sistêmica severa 
ASA 4: paciente com doença sistêmica severa que é um constante risco 
para a vida 
ASA 5: moribundo que não se espera sobreviver sem a cirurgia 
 
 
 
 
 
ASA 6: paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo 
removidos para doação. 
 
CUIDADOS PERIOPERATÓRIOS 
 
O termo perioperatório é empregado para descrever todo o período da cirurgia, 
incluindo antes e após a cirurgia em si. As três fases dos cuidados perioperatórios são: 
Pré-operatório, Trans-operatório e Pós-operatório. 
 
PRÉ-OPERATÓRIO: esse período tem início desde o momento em que o paciente 
recebe a indicação da operação e se estende até a sua entrada no centro cirúrgico. Esse 
período se divide em duas fases: pré-operatório mediato e pré-operatório imediato. 
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Pré-operatório 
Mediato 
Pré-operatório 
Imediato 
Transoperatório 
Pré-operatório Mediato: começa no momento da indicação da operação e termina 24 
horas antes do seu início. Geralmente, nesse período o paciente ainda não se encontra 
internado. 
Neste período mediato, sempre que possível, o cirurgião faz uma avaliação do 
estado geral do paciente através de exame clínico detalhado e dos resultados de exames 
de sangue, urina, raios X, eletrocardiograma, entre outros. Essa avaliação tem o objetivo 
de identificar e corrigir distúrbios que possam aumentar o risco cirúrgico. 
Tratando-se de cirurgias eletivas, onde há previsão de transfusão sangüínea, 
muitas vezes é solicitado ao paciente para providenciar doadores saudáveis e 
compatíveis com seu tipo sangüíneo. Com essa medida pretende-se melhorar a qualidade 
do sangue disponível e aumentar a quantidade de estoque existente nos hemocentros, 
evitando sua comercialização. 
Os cuidados de enfermagem aqui neste período compreendem os preparos 
psicoespiritual e o preparo físico. 
 
 
 
 
 
 
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Consentimento cirúrgico: Antes da cirurgia, o paciente deve assinar um 
formulário de consentimento cirúrgico ou permissão para realização da cirurgia. Quando 
assinado, esse formulário indica que o paciente permite a realização do procedimento e 
compreende seus riscos e benefícios, explicados pelo cirurgião. Se o paciente não 
compreender as explicações, o enfermeiro notifica ao cirurgião antes que o paciente 
assine o formulário de consentimento. Os pacientes devem assinar um formulário de 
consentimento para qualquer procedimento invasivo que exija anestesia e comporte risco 
de complicações. 
Quando um paciente adulto está confuso, inconsciente ou não é mentalmente 
competente, um familiar ou um tutor deve assinar o formulário de consentimento. Quando 
o paciente tem menos de 18 anos de idade, um dos pais ou um tutor legal deve assinar o 
formulário. Pessoas com menos de 18 anos de idade, que vivem longe de casa e 
sustentam-se por conta própria, são considerados menores emancipados e assinam o 
formulário de consentimento. Numa emergência, o cirurgião pode ter que operar sem 
consentimento. No entanto, a equipe de saúde deve se esforçar ao máximo para obter o 
consentimento por telefone, telegrama ou fax. Todo enfermeiro deve estar familiarizado 
com as normas da instituição e com as leis estatais relacionadas aos formulários de 
consentimento cirúrgico. 
Os pacientes devem assinar o formulário de consentimento antes que lhes seja 
administrado qualquer sedativo pré-operatório. Quando o paciente ou a pessoa designada 
tiver assinado a permissão, uma testemunha adulta também assina para confirmar que o 
paciente ou o indivíduo designado assinou voluntariamente. Em geral, a testemunha é um 
membro da equipe de saúde ouum empregado do setor de admissão. É responsabilidade 
do enfermeiro assegurar que todas as assinaturas necessárias figurem no formulário de 
consentimento, e que este se encontre no prontuário do paciente antes que ele seja 
encaminhado ao centro cirúrgico (CC). 
 
Avaliação Pré-operatória: os cuidados pré-operatórios exigem uma avaliação completa 
do paciente. A avaliação varia, dependendo da urgência da cirurgia e de o paciente ter 
sido admitido no mesmo dia da cirurgia ou antes. No entanto, mesmo em emergências, o 
enfermeiro deve se esforçar ao máximo para coletar o maior número de dados possível. O 
 
 
 
 
 
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quadro abaixo apresenta uma lista de informações importantes que devem ser obtidas 
durante a avaliação do paciente. 
 
 
Quadro 1 - Avaliação Pré-operatória 
REVISÃO DOS EXAMES DIAGNÓSTICOS 
E LABORATORIAIS PRÉ-OPERATÓRIOS 
• Hemograma completo 
• Tipagem sangüínea e prova de 
compatibilidade 
• Eletrólitos séricos 
• Urinálise 
• Radiografia de tórax 
• Eletrocardiograma 
• Outros exames relacionados ao 
procedimento ou à condição clínica do 
paciente (ex. tempo de protrombina, 
tempo de tromboplastina parcial, 
nitrogênio da uréia sangüínea, 
creatinina, outros estudos radiográficos) 
 
REVISÃO DOS ANTECEDENTES 
MÓRBIDOS DO PACIENTE E PREPARO 
PARA A CIRURGIA 
• Histórico da doença atual e razão da 
cirurgia 
• Antecedentes mórbidos: condições 
clínicas agudas e crônicas, 
hospitalizações e cirurgias anteriores, 
qualquer problema anterior com 
anestesia, alergias, medicamentos 
atuais, uso de substâncias como álcool, 
tabaco, drogas ilícitas 
• Revisão dos sistemas 
 
AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES 
FÍSICAS 
• Capacidade de comunicação 
• Nível de consciência (confusão mental, 
sonolência, não-responsividade) 
• Sinais vitais 
• Peso e altura 
• Integridade cutânea 
• Capacidade de se mover/deambular 
• Nível de exercício 
• Próteses 
• Condição circulatória 
 
AVALIAÇÃO DAS NECESSIDAS 
PSICOLÓGICAS 
• Estado emocional 
• Nível de compreensão do procedimento 
cirúrgico e das instruções pré e pós-
operatórias 
• Estratégias de enfrentamento 
• Sistema de apoio 
• Papéis e responsabilidades 
 
AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES 
CULTURAIS 
• Linguagem – necessidade de intérprete 
• Costumes particulares relacionados à 
cirurgia, à privacidade, à eliminação de 
partes do corpo e a transfusões 
sangüíneas. 
 
 
Preparo psicoespiritual: o estado emocional influencia diretamente no funcionamento do 
corpo, conseqüentemente, o paciente que apresenta alterações nesta área (ansiedade, 
 
 
 
 
 
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estresse) poderá ter um comprometimento na sua evolução pós-operatória. As principais 
intervenções de enfermagem compreendem: 
a) Explicar ao paciente a sua cirurgia e os exames na medida do possível. 
b) Diminuir a sensação de medo da anestesia, cirurgia, dor, morte, do desconhecido, 
e de destruição da auto-imagem. 
c) Orientar sobre os procedimentos e a importância da sua cooperação no pré e pós-
operatório. 
d) Explicar como irá retornar da cirurgia e que a enfermagem estará presente para 
atendê-lo em qualquer anormalidade. 
e) Transmitir sensação de calma e confiança, e ouvir com atenção os problemas do 
paciente. 
f) Proporcionar um ambiente calmo e tranqüilo, favorecendo o equilíbrio psicológico e o 
entrosamento com o ambiente hospitalar. 
g) Atender a família, explicando resumidamente a cirurgia, como o paciente retornará 
da SO e a importância da família em apoiá-lo nesse período. 
h) Providenciar ou dar assistência religiosa, de acordo com a religião ou solicitação do 
paciente. 
 
Preparo físico: são cuidados para melhorar o esclarecimento do diagnóstico e para 
adequar o estado geral do paciente à cirurgia. Eles objetivam remover as possíveis fontes 
de infecção e preparar o paciente para a operação. 
a) Realizar exame físico, atentando para determinadas condições que podem atuar 
negativamente na cirurgia. Ex. idade, outras doenças, quadro infeccioso, 
hipersensibilidade medicamentosa, alimentar, fatores exógenos, etc. 
b) Providenciar e preparar o paciente para os exames laboratoriais e outros exames 
auxiliares de diagnóstico. 
c) Controlar os SSVV. 
d) Observar o equilíbrio hidroeletrolítico e o estado nutricional, orientando, 
estimulando e administrando dietas adequadas, medicamentos, soros, etc. 
e) Ensinar exercícios respiratórios com frascos, luvas, principalmente aos que serão 
submetidos à anestesia geral, cuja finalidade é prevenir complicações pulmonares 
 
 
 
 
 
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após a realização da cirurgia. Normalmente, se orienta para o paciente colocar as 
duas mãos na parte inferior das costelas, a fim de sentir o movimento torácico, 
expirar completamente, inspirar profundamente pelo nariz e expulsar todo o ar pela 
boca. Repetir esse exercício várias vezes. Existem pequenos aparelhos 
denominados expirômetros de incentivo, utilizados para a realização de exercícios 
respiratórios. 
f) Exercícios de tosse cujo objetivo é retirar secreções da traquéia e dos brônquios. O 
paciente é orientado para entrelaçar os dedos, colocando as mãos sobre o local da 
futura incisão, ou então usar o travesseiro para apoiar as mãos e pressionar o local. 
Isto funciona como imobilização durante a tosse, eliminando a dor. Depois de 
pressionar o local, deve inclinar-se ligeiramente para a frente, encher os pulmões e 
provocar rápidas tossidelas. O exercício deve ser repetido uma ou duas vezes, 
tentando eliminar possíveis secreções. 
g) Orientar o paciente referente a deambulação precoce, que consiste em pequenas 
caminhadas após a cirurgia, tão logo as suas condições o permitam. A deambulação 
precoce favorece a expansão pulmonar, a circulação de membros inferiores e 
estimula o peristaltismo intestinal, evitando a distensão abdominal por acúmulo de 
gases e conteúdo intestinal estático. 
h) Limpar a pele com banho completo no dia anterior, e no dia da cirurgia, banho 
corporal completo com anti-séptico degermante (ex. chlorexidina degermante). 
i) Manter as unhas curtas, limpas e sem esmalte. 
j) Iniciar o jejum, conforme a prescrição médica, normalmente após o jantar. 
Suspende-se a ingestão de água de 8 a 10 horas antes da cirurgia. Comumente a 
última refeição ingerida pelo paciente antes da cirurgia contem apenas líquidos, 
alimentos facilmente digerível, como sopa, caldos, etc. Após essa refeição, o 
paciente precisa permanecer em jejum absoluto por várias horas, até o momento da 
cirurgia, não sendo também permitida a ingestão de líquidos (chá, suco, etc) e água. 
Antes do período de jejum total, o enfermeiro estimula o paciente a manter uma boa 
nutrição para ajudar a suprir a demanda aumentada de nutrientes do organismo 
durante o processo de cicatrização. Proteínas e ácido ascórbico (vitamina C) são 
particularmente importantes na cicatrização da ferida. 
 
 
 
 
 
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Pré-operatório Imediato: esta fase compreende as 24 horas que antecedem a operação. 
De um modo geral, o paciente é admitido no hospital dentro desse período, com o objetivo 
de ser devidamente preparado para o ato cirúrgico. Esse procedimento, entretanto,pode 
variar de instituição para instituição, ou dependendo tipo de cirurgia ou do estado do 
paciente. Há casos em que o paciente interna-se com vários dias de antecedência, 
quando necessita de um tratamento para habilitá-lo a ser operado. Em outros casos, no 
entanto, a admissão se dá no mesmo dia da operação. 
a) Preparo da pele: esse procedimento tem como finalidade eliminar ao máximo a 
flora bacteriana que normalmente habita a pele do paciente. A área em torno da 
futura ferida operatória deve ser limpa de modo completo e feita a tricotomia, que 
significa a raspagem dos pêlos em uma região do corpo. Em vários hospitais, a 
tricotomia é realizada na véspera da cirurgia, à noite, muito embora seja mais 
indicado fazê-la até duas horas antes da cirurgia, para evitar a proliferação de 
germes após o preparo da pele. A rotina de limpeza da pele depende do 
procedimento cirúrgico e das normas do cirurgião ou da instituição. O objetivo é 
diminuir a quantidade de microrganismos sem comprometer a integridade cutânea. 
Para uma cirurgia planejada, pode-se solicitar ao paciente que limpe a área 
determinada com um sabão detergente germicida durante vários dias antes do 
procedimento. Normalmente, os pêlos não são removidos antes da cirurgia, exceto 
se puderem interferir na incisão. Neste caso, os pêlos são removidos com 
tricotomizadores elétricos no momento da cirurgia. 
b) Preparo intestinal: para a maioria das cirurgias, principalmente as realizadas sob 
anestesia geral, é importante o reto estar vazio, evitando, assim, que o paciente 
evacue durante o ato cirúrgico. Em função do tipo de cirurgia a ser realizada, o 
médico irá prescrever o preparo adequado, que pode variar desde ouso de laxante 
até a aplicação de clister ou lavagem intestinal. Um cirurgia de intestino grosso, por 
exemplo, exige um preparo maior, para o órgão ficar o mais vazio e limpo possível. 
Nesses casos, o laxante é administrado dias antes, mas o clister e a lavagem são 
feitos na véspera da operação. Já em cirurgias de pequeno porte, pode-se dispensar 
a execução desse preparo, desde que o paciente tenha evacuado normalmente na 
 
 
 
 
 
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manhã do dia da cirurgia. Um intetino limpo permite a visualização acurada do sitio 
cirúgico e previne traumas intestinais ou contaminação acidetnal do peritônio por 
fezes. Um enema evacuador ou um laxante é prescrito para a noite que antecede a 
cirurgia, e pode ser repetido na manhã do dia da cirurgia. Quando uma cirurgia 
intestinal é programada, antibióticos também podem ser prescritos para reduzir a 
microbiota intestinal. 
c) Higiene geral: além do preparo local da pele, um banho completo antes da cirurgia, 
ajuda a evitar infecções, principalmente com uso de anti-sépticos degermantes. 
d) Retirar os esmaltes: no mínimo em uma das unhas, se for o caso, para o 
anestesista controlar melhor a oxigenação durante a cirurgia. 
e) Orientar o paciente deambulante para ir ao banheiro, com o objetivo de esvaziar a 
bexiga e o intestino, realização da higiene bucal adequada. 
f) Fornecer camisola limpa e ajudar o paciente a vesti-la com a abertura para as 
costas, orientando-a para não colocar qualquer roupa de baixo. 
g) Pentear os cabelos do paciente e cobri-lo com gorro. 
h) Retirar próteses, lentes de contato, jóias, adornos em geral. Depois, para evitar que 
se percam, identificar esses objetos e entregá-los ao responsável ou encaminhar 
para guarda-volumes no hospital. A retirada de prótese dentária antes da anestesia 
para alguns pacientes em violação da privacidade, onde alguns serviços tem como 
rotina a retirada na SO, guardando-as para posterior devolução. 
i) Conferir os exames pré-operatórios, a autorização para a operação e as radiografias 
se estão junto ao prontuário médico do paciente. 
j) Administrar a medicação pré-anestésica prescrita aproximadamente 30 a 60 minutos 
antes de encaminhar ao CC, quando prescrita. Quando o efeito da medicação estiver 
iniciando, o paciente deve permanecer sob observação, jamais sendo deixado 
sozinho, pois poderá apresentar reações adversas, como depressão respiratória ou 
mesmo agitação. A medicação pré-anestésica visa basicamente reduzir a ansiedade, 
diminuir secreções do trato respiratório e reduzir as intercorrências alérgicas. 
k) Deixar o paciente deitado, protegido com grades. Verificar, novamente, os SSVV, 
anotando-os no prontuário e comunicando qualquer anormalidade observada. 
 
 
 
 
 
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l) Alguns hospitais usam como protocolo de rotina a SVD no período pré-operatório, 
neste caso realizá-la. 
 
Checagem Pré-operatória: A maioria dos pacientes é transportada ao centro cirúrgico 
numa maca. Para proporcionar privacidade, segurança e aquecimento, o enfermeiro 
cobre a pessoa com um lençol e fixa em torno dela os cintos de segurança. Antes do 
paciente deixar o quarto, o enfermeiro registra todas as informações necessárias no seu 
prontuário: sinais vitais, peso, medicamentos pré-operatórios administrados, 
procedimentos realizados, se o paciente esvaziou a bexiga, o destino de objetos valiosos 
e próteses dentárias, e observações pertinentes. 
A maioria dos hospitais ou dos serviços de cirurgia utiliza uma checagem pré-
operatória para que não haja dúvida de que se realizaram todas as avaliações e 
procedimentos antes da cirurgia. Essa checagem geralmente envolve: 
• Avaliação: inclui a pulseira de identificação de alergia; lista de medicamentos em uso 
atualmente, horário da última ingestão alimentar ou líquida do paciente; destino de 
objetos de valor, dentaduras ou próteses; remoção da maquiagem e do esmalte 
para unhas; e o uso de vestimentas hospitalares. 
• Medicamentos pré-operatórios: inclusive a via e o momento da administração. 
• IV: inclusive localização, tipo de solução, velocidade de infusão. 
• Preparos pré-operatórios: incluindo, quando apropriado, preparo da pele, passagem 
de sonda vesical de demora ou de sonda nasogástrica, horários e resultados de 
enemas ou duchas, uso de meias ou ataduras anti-embolismo, e horário e 
quantidade da última micção. 
• Prontuário: inclui o consentimento cirúrgico assinado, história e exame físico, 
registros antigos, e resultados de exames solicitados. 
• Outras informações: conforme as exigências do serviço. 
• Assinatura(s): do enfermeiro e de outras pessoas envolvidas no preparo do paciente 
para a cirurgia e no seu transporte para o CC. 
Quando a checagem pré-operatória termina, o paciente está pronto para ser 
encaminhado ao CC. O pessoal do setor cirúrgico ajuda na transferência do paciente para 
a maca e depois para o CC ou para a área de espera. 
 
 
 
 
 
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PERÍODO TRANS-OPERATÓRIO (INTRA-OPERATÓRIO): É aquele em que o paciente 
será submetido à uma cirurgia propriamente dita, sendo realizada na unidade de centro 
cirúrgico, que é dotada de uma infra-estrutura que garanta plena segurança e conforto ao 
paciente e a equipe de saúde. 
As funções da enfermagem abrangem a recepção do paciente no CC, organização 
da SO, atendimento as necessidades de saúde e segurança do paciente durante e após a 
cirurgia, encaminhando o paciente para a RPA, UTI ou enfermaria. 
 
 
 
 
------------------- FIM DO MÓDULO II -------------------- 
	Fatores físicos e fisiológicos dos anestésicos
	Profundidade

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