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Guia de Bolso de Procedimentos de Enfermagem
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ou incompleta pode causar irritação; • A temperatura da solução deve rondar os 40º a 43º graus. O calor é eficaz para estimular os reflexos nervosos da mucosa intestinal; • Explicar sempre ao doente a importância de o Enfermeiro confirmar a dejecção, para avaliar e registar as características da mesma; • Explicar ao doente que deve reter a solução administrada entre 10 a 15 minutos, para aumentar o efeito da mesma; • Durante a introdução da sonda rectal, se verificar resistência não forçar. Se a resistência for de material fecal, aguardar para que este dilua e continuar com a progressão da sonda. Se a resistência se mantém pode ser um fecaloma ou tumor – PARAR e avisar o médico; • Introduzir a sonda rectal: o Adulto -7.5 a 10 cm; o Criança – 4 a 7 cm. • A introdução de toda a solução a utilizar no enema, deve ser realizada lentamente (pelo menos 10 minutos), 70 para evitar complicações como cólicas, distensão abdominal rápida e dor. Tipos de enema • Evacuadores • Simples • lubirritantes (aumentam o peristaltismo) • Lubrificantes (amolecem o material fecal) • Medicamentosos • Alimentares – em desuso • Opacos – para exames radiológicos • Barris ou de retorno evacuadores Termos técnicos • Melena – fezes escuras (tipo ”borra do café”) decorrentes de hemorragia; • Abdómen timpanizado – distensão do intestino, por gases com sonoridade exagerada á percussão; • Flato – eliminação de gases formados no tubo digestivo através do recto ou colostomia; • Flatulência – distensão abdominal devido ao acumulo de gases no intestino; • Fecaloma – fezes endurecidas; • Disenteria – Dejecção do tipo líquida e constante, com muco e sangue, acompanhada de cólicas e dores abdominais; • Diarreia – Dejecção do tipo líquida em quantidade abundante, com aumento do número de dejecções; • Obstipação – emissão de fezes duras e moldáveis, diminuição da fruquência de eliminação; • Encoprese – fluxo e defecação voluntária e inapropriada de fezes, incontinência de fezes sem causa orgânica, défice ou doença; 71 • Incontinência fecal – fluxo involuntário e defecação incontrolada de fezes, associada a um relaxamento inadequado, pouco ou nenhum exercício, fraca nutrição, tensão neuro muscular relacionada com esforço ou défices músculo esqueléticos e doenças; • Enterorragia – Hemorragia do trato intestinal; • Tenesmo intestinal – sensação dolorosa na regiãp anal devido ao esforço para evacuar. MATERIAL Tabuleiro inox com: • Irrigador e tubo de ligação • Sonda ou cânula rectal (de tamanho apropriado) • Jarro com solução prescrita (soro fisiológico, água tépida, etc) • Lubrificante hidrossolúvel • Clamp • Resguardo impermeável • Lençol de pano • Luvas de palhaço ou látex • Papel higiénico Necessário: • Aparadeira ou cadeira sanita • Suporte de irrigador INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Intervenções Justificação → Identificar o doente; → Verificar prescrição e → Evitar erros; → Permitir a individualização 72 objectivos; → Verificar o registo da última dejecção → Proceder à lavagem higiénica das mãos; → Preparar o material e transportá-lo para junto do doente; → Explicar ao doente o procedimento; → Isolar o doente; → Verificar a temperatura da solução; → Posicionar correctamente o doente, decúbito lateral esquerdo; → Expor unicamente a região necessária à execução do enema; → Colocar resguardo impermeável absorvente, sob as nádegas; → Pendurar o irrigador no suporte cerca de 45 a 60 cm acima do nível da cama. dos cuidados; → Avaliar o grau de obstipação → Prevenir infecções cruzadas; → Economizar tempo; → Diminuir a ansiedade, obter a sua colaboração e envolve-lo na prestação de cuidados; → Respeitar a privacidade; → Evitar complicação e/ou não efeito do enema; → Proporcionar conforto e facilitar a execução do procedimento, permitindo uma melhor progressão da sonda e retenção da solução na ansa sigmóide e cólon descendente; → Respeitar a privacidade do doente; → Evitar contaminação e evitar gastos desnecessários de roupa; → A gravidade facilita o fluir da solução 73 → Calçar as luvas → Prevenir a infecção nosocomial; → Adaptar irrigador, tubo de ligação e sonda, retirar o ar do tubo e sonda, antes de inserir no recto; → Lubrificar a sonda; → Separa as nádegas e introduzir a sonda com suavidade, pedindo ao doente que inspire profundamente e expire lentamente → Abrir o clamp e iniciar a administração. Se o doente se queixar com cólicas ou desejo de evacuar, fechar o compressor e aguardar que passe o estímulo e reiniciar a administração; → Verificar se a solução está a ser introduzida; → Verificar se a solução está a ser administrada lentamente; → Findo o enema fechar a torneira ou compressor para não entrar ar; → Clampar a sonda e retirar com movimentos suaves enrolando em papel → O ar pode distender em excesso as paredes do intestino o que causa mal- estar; → Reduz a fricção nas paredes e mucosa intestinal; → A inserção lenta da sonda reduz os espasmos → A distensão e irritação da parede abdominal produz actividade peristáltica com desejo de evacuar; → Caso não aconteça, elevar um pouco o irrigador e/ou rodar a sonda; → Evitar complicações como peristaltismo violento ou perfuração do intestino. → O ar no cólon causa mal- estar; → Evitar estimular o peristaltismo; 74 higiénico; → A solução deve permanecer no cólon o tempo desejado ou prescrito; → Aumentar o efeito; → Retirar as luvas e proceder à lavagem higiénica das mãos; → Colocar o doente na aparadeira, cadeira sanita ou ida à casa de banho, conforme a situação do doente, colocando a campainha junto dele → Observar os resultados do enema → Ajudar o doente a lavar o períneo, vestir-se e posicionar confortavelmente; → Arejar o quarto ou enfermaria; → Recolher e dar o destino adequado ao material e equipamento; → Proceder à lavagem higiénica das mãos; → Proceder aos respectivos registos. → Evitar infecção cruzada; → Proporcionar segurança e conforto; → Registar as características da ou das dejecções → Proporcionar limpeza e conforto ao doente; → Eliminar odores; → Prevenir a contaminação do ambiente; → Prevenir infecção cruzada; → Assegurar continuidade de cuidados e dar visibilidade da intervenção desenvolvida. 75 REGISTOS Estes devem conter os seguintes elementos: • Tipo de enema; • Data e hora; • Quantidade de solução administrada; • Características e hora da/s dejecção/ões; • Efeito do enema; • Reacção do doente; • Registar e comunicar alterações como: dor, alteração dos sinais vitais, alteração das características das fezes, etc; • Actualização do plano de cuidados. NOTAS: ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ ______________________________________________________ BALANÇO HÍDRICO DEFINIÇÃO Consiste na medição e registo de todas entradas e saídas (E e S) de líquidos durante um período de 24 horas. OBJECTIVOS 76 � Registar os líquidos