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GLICONEOGÊNESE Definição: Síntese de glicose a partir de precursores não glicídicos A manutenção dos níveis de glicose sanguínea é importante, devido o cérebro usar glicose como fonte primária de energia e as hemácias usam apenas glicose. Gliconeogênese → JEJUM Transforma piruvato em glicose. PRINCIPAIS PRECURSORES: Lactato Aminoácidos Glicerol Oxalacetato 2 ORIGEM DOS PRECURSORES LACTATO → MÚSCULO ESQUELÉTICO – glicolíse anaeróbica AA → Alimentação e JEJUM – Degradação das proteínas do músculo GLICEROL → HIDRÓLISE DOS TRIGLICERÍDIOS (glicerol + ác. graxos) – Di-hidroxiacetona fosfato (animais não convertem glicerol em glicose) PIRUVATO Glicerol Glicerol fosfato ATP ADP + H+ Glicerol cinase Di-hidroxiacetona fosfato Glicerol fosfato desidrogenase NAD+ NADH + H+ REAÇÃO Glicose circulante (absorção dos alimentos) Glicose sanguínea proveniente da degradação do glicogênio hepático. Com o declínio da reserva hepática de glicogênio (8hs de jejum). Gliconeogênese (rins e fígado) Gliconeogênese Síntese de glicose a partir de compostos que não são carboidratos: Aminoácidos, lactato e glicerol. - Local: Fígado, uma pequena extensão nos rins, também cérebro, músculo esquelético e cardíaco. - Entre as refeições - Hidrólise do glicogênio hepático mantêm níveis adequados de glicose sanguínea. - Quando o fígado esgota seu suprimento de glicogênio (jejum prolongado ou exercício vigoroso) – gliconeogênese fornece Glicose. Reações da gliconeogênese Comparada com a via glicolítica, mas no sentido inverso; Sete reações são reversíveis; Três são irreversíveis – piruvato-quinase (10), fosfofrutoquinase (3) e hexoquinase (1) ou glicoquinase. Reações da gliconeogênese A gliconeogênese utiliza as reações irreversíveis da glicólise e substitui por outras as irreversíveis. Alanina e lactato Piruvato Glicose Alanina aminotransferase Lactato desidrogenase Utiliza quase todas as enzimas da glicólise exceto: piruvato quinase, fosfofrutoquinase 1 e glicoquinase Etapas em que a neoglicogênese difere da glicólise Inicialmente as reações ocorrem de forma contrária. Etapa 1. Conversão de piruvato a fosfoenol piruvato. Na glicólise :(Fosfoenolpiruvato + ADP Piruvato+ ATP) Na neoglicogênese: Piruvato+ CO2 + H2O+ ATP Oxaloacetato+ ADP +Pi +2H+ (1) Oxaloacetato +GTP Fosfoenolpiruvato + CO2 +GDP (2) Fosfoenolpiruvato carboxiquinase Piruvato carboxilase É transformado em frutose 1,6 bifosfato Pelas enzimas que catalizam as reações irreversíveis da glicose operando no sentido inverso. Via da gliconeogênese 3-Fosfoglicerato 2-Fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato Piruvato Via glicolítica 1,3-bifosfoglicerato Alanina acetil-CoA Malato Oxaloacetato Oxaloacetato 1ºContorno As vias opostas da glicólise e da gliconeogênese no fígado mitocôndria Piruvato Alanina Malato Piruvato carboxilase Fosfoenolpiruvato carboxiquinase 11 A conversão de piruvato a fosfoenol piruvato compreende: 1. Transporte de piruvato para a mitocôndria; 2. Sua carboxilação a oxaloacetato; 3. Transferência de oxaloacetato para o citossol; 4. Transformação deste composto em fosfoenolpiruvato. Etapa 2. Conversão da frutose 1,6 bifosfato a frutose 6-fosfato Na glicólise ocorre: Uma reação irreversível catalisada pela fosfofrutoquinase 1. Na neoglicogênese: reação de hidrólise do grupo fosfato do carbono 1, catalisada pela frutose 1,6 bifosfatase. Frutose 1,6-bifosfato + H2O Frutose 6-fosfato + Pi fosfoglicoisomerase Glicose 6-fosfato 2. Conversão da frutose-1,6-bifosfato em frutose-6-fosfato Frutose-1,6-bifosfatase dependente de Mg2+ Etapa 3. Conversão da glicose 6-fosfato a glicose Na glicólise ocorre: reação irreversível catalisada pela glicoquinase, para contornar essa irreversibilidade... Na Gliconeogênese: Reação de hidrólise do grupo fosfato ligado ao carbono 6, catalisada pela glicose 6-fosfatase (reação semelhante a anterior). Glicose 6-fosfato + H2O Glicose + Pi Obs: O glicerol para ser usado como composto gliconeogênico, é: Fosforilado a glicerol 3-fosfato; E este é oxidado a diidroxiacetona fosfato. Este é um composto da via glicolítica e pode, portanto prosseguir em direção à glicose pelas reações da glicólise e as substitutivas ( frutose 1,6-bifosfatase e glicose 6-fosfatase). 3. Formação de glicose a partir da glicose-6-fosfato Glicose-6-fosfatase – apenas encontrada no fígado e nos rins Precursores para a gliconeogênese - Fontes de carbono para a gliconeogênese são o piruvato, ou intermediários do ciclo do ácido cítrico LACTATO - Liberado pelos eritrócitos, e outras células sem mitocôndrias, músculo esqueléticos durante exercícios Lactato é conduzido ao fígado onde é reconvertido a piruvato pela lactato-desidrogenase e, então, em glicose pela gliconeogênese (Ciclo de Cori) Glicose resultante difunde para a circulação, é captada pela células do ME para repor os estoques de glicogênio ALANINA Importante aminoácido para a gliconeogênese Durante o jejum prolongado ou inanição, a alanina, e outros aminoácidos são liberados a partir de proteínas presentes nos músculos esqueléticos Transportada até o fígado é transaminação para gerar piruvato O piruvato por meio da gliconeogênese forma glicose que pode retornar aos músculos, ou se degrada pela via glicolítica (Ciclo da glicose-alanina) Transporta também o NH4+ ao fígado para síntese da uréia GLICEROL Produto da hidrólise enzimática dos triacilglicerídeos no tecido adiposo No fígado o glicerol é fosforilado a glicerol-3-fosfato pela glicerol-quinase O glicerol-3-fosfato participa da gliconeogênese (ou da glicólise), utilizando um intermediário comum: o glicerol-3-fosfato Esquema geral da gliconeogênese Obs: São necessárias duas moléculas de cada um dos compostos gliconeogênicos – alanina, lactato e glicerol – para sintetizar uma molécula de glicose. REGULAÇÃO DA GLICONEOGÊNESE Velocidade é afetada pela disponibilidade de substrato, efetores alostéricos e hormônios Dietas ricas em gordura, a inanição e o jejum prolongado elevam concentrações de lactato, de glicerol e aminoácidos e estimulam a gliconeogênese Enzimas Chaves: piruvato-carboxilase, fosfoenolpiruvato-carboxiquinase, frutose-1,6-bifosfatase e glicose-6-fosfatase, são afetadas por moduladores alostéricos Glicose Gliconeogênese Oxaloacetato Piruvato Acetil-CoA Ciclo do ácido cítrico Energia piruvato carboxilase complexo piruvato desidrogenase Destinos Alternativos do Piruvato A gliconeogênese e a glicólise são reguladas reciprocamente Regulação da concentração da frutose-2-6-bifosfato Frutose-6-fosfato Frutose-2,6-bifosfato Estimula a glicólise e inibe a gliconeogênese Inibe a glicólise e estimula a gliconeogênese Frutose-2,6-bifosfato Frutose-2,6-bifosfato ativa ativa inativa inativa CICLO DO ÁC. TRICARBOXÍLICO, CICLO DE KREBS OU CICLO DO ÁC. CÍTRICO - Preparação para oxidação a CO2 e H2O – Respiração Celular - Ocorre em 3 grandes estágios: - As moléculas dos combustíveis orgânicos (glicose, aminoácidos e ác. Graxos) são oxidados para liberar fragmentos de 2 carbonos na forma do grupo acetil-CoA. - Os grupos acetil são introduzidos no ciclo do ác. Cítrico, o qual os oxida enzimaticamente até CO2, a energia liberada é conservada no transportadores de elétrons reduzidos, NADH e FADH2. - Esses co-fatores reduzidos são oxidados, liberando os prótons e os elétrons ao longo da cadeia respiratória e fosforilação oxidativa. Metabolismo degradativo: Vias metabólicas do catabolismo de um grande número de substâncias diferentes (carboidratos, lipídeos e proteínas) convergem para poucos intermediários. Nutrientes> Unidades monoméricas> Acetil- CoA. Oxidação dos carbonos da Acetila a CO2. Ciclo do ácido cítrico produz as coenzimas reduzidas NADH e FADH2 > passam seus elétrons para o O2, produzindo H2O( fosforilação oxidativa). Formação de Acetil-CoA O piruvato pode sofrer descarboxilação oxidativa para formar acetil-CoA em reação catalisada pelo complexo piruvato-desidrogenase na mitocôndria das células eucarióticas e no citosol das procarióticas. A acetil-CoA é metabolizada no ciclo do ácido cítrico ou transformada em ácidos graxos. Reação importante para a produção de gorduras a partir do excesso de carboidrato. 29 Conversão de piruvato a acetil-CoA Primeiro passo para oxidação total do piruvato: Conversão a acetil- CoA Complexo da piruvato desidrogenase AcetilCoa Piruvato Reação preparatória do Ciclo de Krebs: formação de AcetilCoa Piruvato desidrogenase (PDH) Piruvato-desidrogenase ou piruvato-descarboxilase - Dihidrolipoil-transacetilase - Dihidrolipoil-desidrogenase Coenzima A (CoA-SH) + CO2 NAD+ NADH Reação de descarboxilação oxidativa Cofatores: TPP (tiamina pirofosfato, derivado da vit. B1) Coenzima A -FAD NAD+ Lipoato 34 Ciclo do Ácido Cítrico 1a Reação do ciclo do ácido cítrico Reação de condensação: Consiste na transferência do grupo acetil da CoA para o oxaloacetato para formar CITRATO, sendo a CoA liberada. Citrato sintase (enzima condensadora). Ciclo do Ácido Cítrico 2a Reação do ciclo do ácido cítrico Tem como única finalidade transferir o OH do carbono 3 do citrato para o carbono 4, formando Isocitrato. Aconitase. Ciclo do Ácido Cítrico 3a Reação do ciclo do ácido cítrico Oxidação do Isocitrato a a-cetoglutarato. Isocitrato desidrogenase. Ciclo do Ácido Cítrico 4a Reação do ciclo do ácido cítrico O a-cetoglutarato sofre uma descarboxilação oxidativa gerando o succinil-coA. a-cetoglutarato–desidrogenase, complexo enximático que contém como coenzimas o Pirofosfato de tiamina, o ácido lipóico e o FAD. Ciclo do Ácido Cítrico 5a Reação do ciclo do ácido cítrico O succinil-coA é convertido em succinato. Ocorre a síntese do ATP diretamente à custa da hidrólise do succinil-coA que é um composto de elevado potencial energético. Aqui o grupo fosfato inorgânico está ligado covalentemente a enzima, sendo transferido para o GDP, e posteriormente o GTP transfere-o para o ADP. Succinil-CoA sintetase. Ciclo do Ácido Cítrico 6a Reação do ciclo do ácido cítrico O succinato é oxidado a fumarato. Succinato-desidrogenase, Contém FAD ligada covalentemente, que funciona como receptor de H. Ciclo do Ácido Cítrico 7a Reação do ciclo do ácido cítrico O fumarato é hidratado para formar malato. Fumarato hidratase também conhecida como Fumarase. Ciclo do Ácido Cítrico 8a Reação do ciclo do ácido cítrico O malato é oxidado a oxaloacetato. Malato-desidrogenase. Como o OXALOACETATO é sempre regenerado ao final de cada volta,O CICLO de KREBS pode oxidar Acetil-CoA continuamente. Ciclo de Krebs, Ciclo dos Ácidos tricarboxílicos ou Ciclo do Ácido Cítrico Oxidação da Acetil- CoA 1. Transferencia do seu grupo acetil para o oxaloacetato(C4)para formar o citrato (C6). 2. Citrato(C6) > Isocitrato (C6) 3. Isocitrato (C6) > desidrogenado e perda de CO2 para formar o α-cetoglutarato(C5). 4. O α-cetoglutarato(C5) perde CO2 e libera o succinato (C4) 5. O succinato (C4) é convertido enzimaticamente no oxaloacetato (C4), que estará pronto para reagir com uma nova molécula de Acetil-CoA e iniciar uma segunda volta no ciclo. Em cada uma dessas voltas entra um Acetil-CoA(C2) e saem duas moléculas de CO2 . Em cada volta uma molécula de oxaloacetato é empregada para formar citrato mas depois é sempre regenerada. Quatro dos oito passos desse processo são oxidações e a energia nelas liberada é conservada na formação de coenzimas reduzidas(NADH e FADH2). Função anabólica do Ciclo de krebs Intermediários do ciclo de krebs pode ser utilizados como precursores em vias biossintéticas: oxaloacetato, α-cetoglutarato formam aspartato e glutamato. Regulação do ciclo de krebs A regulação é alostérica e covalente: A conversão do piruvato a acetil-CoA pelo complexo da piruvato desidrogenase. A nível da citrato sintase, isocitrato desidrogenase e na α-cetoglutarato desidrogenase. Piruvato desidrogenase (-) ↑ ATP, acetil CoA, NADH e produtos das reações. (+) ↑AMP, CoA e NAD+. Covalentemente: Piruvato desidrogenase (-) fosforilada e (+) desfosforilada – quinase em resíduos de serina. Ciclo do Ácido Cítrico Sumário 1.- O Ciclo do Ácido Cítrico é a via final para a oxidação dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Ele catalisa a combinação do seu Acetil-CoA metabólico comum com o oxaloacetato para formar o citrato. Por séries de desidrogenações e decarboxilações, o citrato é degradado, libertando coenzimas reduzidas e 2CO2 e regenerando o oxaloacetato. 2.- As coenzimas reduzidas são oxidadas pela cadeia respiratória com libertação de ATP. Assim, o Ciclo é o maior caminho para a geração de ATP e está localizado na matriz da mitocôndria adjacente às enzimas da cadeia respiratória e da fosforilação oxidativa. 3.- O Ciclo do Ácido Cítrico é anfibólico, uma vez que tem outras funções metabólicas para além da oxidação. Ele intervém na gluconeogênese, transaminação, deaminação e síntese de ácidos graxos. ESTUDO DIRIGIDO 1) Citar os principais carboidratos da dieta. 3) Enumerar as enzimas que atuam na hidrólise dos carboidratos especificando o tipo de ligação onde atuam. 4) Citar as principais via metabólicas dos carboidratos e definir cada uma. 5) Definir glicólise e citar a fração celular onde se localizam suas enzimas? 7) Quais as reações irreversíveis da via glicolítica? 6) Quais as fases da via glicolítica? 8) Cite as reações que consomem e produzem ATP. 9) Quais os produtos finais em condições anaeróbicas e aeróbica. 10) Descreva o balanço geral da via glicolítica. 2) Saber como os carboidratos são digeridos pelo organismo e onde se encontram as enzimas? 11) Quais as funções da via glicolítica? 12) Cite a enzimas reguladoras da via glicolítica. E como é realizada está regulação? 13) Defina e reconheça o ciclo do ácido cítrico como a via central do metabolismo.
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