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2- MODALIDADES DE OBRIGAÇÕES.docx

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2) MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES:
Classificação básica:
Obrigação: Positiva _ de dar -coisa certa
						 -Coisa incerta
				 _ De fazer
		 Negativa - de não fazer
Obrigações de dar:
 Objeto: prestações de coisas.
 Atividade de dar- transferência da propriedade da coisa
	 Entregar- transferência da posse ou detenção da coisa
		 Restituir- quando o credor recupera a posse ou a detenção da coisa entregue ao devedor. 
 Obrigação de dar coisa certa – Art. 233 a 242 do CC/02
O devedor obriga-se a dar, entregar ou restituir coisa específica certa, determinada.
Ex. automóvel marca ......, placa....., chassi.......
Neste caso, o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida. 
Art. 233 CC/02
Aplica-se o princípio jurídico O ACESSÓRIO SEGUE O PRINCIPAL – assessorium sequitur principale- art. 233 CC/02, SE O CONTRÁRIO NÃO RESULTAR DO CONTRATO OU DAS PRÓPRIAS CIRCUNSTÂNCIAS. 
Quanto ao risco de perecimento ou deterioração do objeto, há que se invocar o princípio de que res perit domino suo.
Duas situações podem ocorrer:
Se a coisa se perder sem culpa do devedor, antes da tradição ou pendente condição suspensiva- FICA RESOLVIDA A OBRIGAÇÃO PARA AMBAS AS PARTES, SUPORTANDO O PREJUÍZO O PROPRIETÁRIO DA COISA QUE AINDA NÃO A HAVIA ALIENADO. – art. 234, parte inicial.
Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá pelo equivalente (valor da coisa), mais perdas e danos (art. 234- parte final).
Em caso de deterioração: (prejuízo parcial) 
Deterioração sem culpa do devedor- Credor escolhe: resolver a obrigação, ou aceitar a coisa com abatimento no preço (art. 235)
Deterioração por culpa do devedor- Credor escolhe: exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em 	que se acha, podendo reclamar indenização pelas perdas e danos (art. 236)
Nas obrigações de restituir:
perda sem culpa do devedor- aplica-se o dito quanto as obrigações de dar - o Art. 238 
deterioração, o credor recebe no estado em que se encontra, sem direito a indenização – art. 240.
Em caso de perda ou deterioração por culpa do devedor: Deverá responder pelo equivalente, mais perdas e danos- art. 239
MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS NAS OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR: 
Se agregam à coisa principal, sem concurso de vontade ou despesa para o devedor- lucrará o credor, desobrigado de indenização- art. 241 – ex. laranjeira com frutas
Os melhoramentos ou acréscimos exigiram vontade ou despesas para o devedor- aplica-se a regra dos efeitos da posse- art. 242 (benfeitorias necessárias, úteis ou voluptuárias).
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA- OBRIGAÇÕES GENÉRICAS- ART. 243- 246 CC/02:
A coisa a ser entregue é especificada apenas pela espécie e quantidade. Ex. duas sacas de café, sem especificar se é tipo A ou B.
Indeterminação é transitória.
Concentração do débito ou concentração da coisa devida- operação por meio da qual se especifica a prestação, convertendo a obrigação genérica em determinada. 
Escolha incumbe ao devedor (se não contrariar o título ou a obrigação) Art. 244. Não será obrigado a dar o melhor, nem poderá dar o pior- a escolha deverá ser pela média- princípio da boa fé.
Devedor não pode alegar perda ou deterioração, antes da concentração do débito- art. 246.
OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS ( DAR DINHEIRO ) – Art. 315 e seguintes
Consiste na obrigação de dar (entregar) quantia certa em dinheiro.
É regulado pelo PRINCÍPIO DO NOMINALISMO:
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
Prestações pecuniárias devem EM MOEDA CORRENTE.
ART. 318
art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial.
DÍVIDAS EM DINHEIRO X DÍVIDAS DE VALOR
- nas dívidas em dinheiro prevalece o nominalismo- art. 315 cc/02.
- nas dívidas de valor, busca-se o valor econômico do bem, no momento em que a obrigação deve ser satisfeita
Ex. obrigação de prestar alimentos- é uma soma em dinheiro que for necessária à mantença do alimentando.
Daí porque, ficando defasado, pode ser revista judicialmente. 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.
Obrigações de fazer- Art. 247-249 CC/02 
Interessa ao credor a própria atividade do devedor
Quanto à possibilidade ou não do serviço ser prestado por terceiro, as obrigações de fazer se classificam em:
Obrigação de fazer fungível:
Art. 249
- É aquela em que o cumprimento pode ser feito por outrem, que não necessariamente o contratado.
.Em caso de mora ou inexecução, o credor poderá mandar executar a prestação por terceiros, às expensas do devedor. 
- (art. 249, parágrafo único) em caso de urgência, independente de autorização judicial prévia.
Obrigação de fazer infungível (personalíssima ou intuito personae)
-É aquela em que apenas o devedor indicado no título da obrigação poderá satisfazê-la.
Ex. Pintura de um retrato por pintor famoso; contratação de cantor famoso para show ou baile de formatura.
Consequências do descumprimento da obrigação de fazer :
Nas obrigações infungíveis o descumprimento gera o dever de indenizar (art. 247)
Impossibilidade de cumprimento sem culpa do devedor: (art. 248- 1ª parte)
_ Resolve-se a obrigação
Ex. malabarista contratado para aniversário de criança é seqüestrado a caminho. A obrigação fica extinta.
Impossibilidade de cumprimento com culpa do devedor: (art. 248- 2ª parte)
 _ Resolve-se em indenização Perdas e danos. 
 Ex. malabarista sofre acidente a caminho, porque dirigia alcoolizado.
Descumprimento de Obrigação de fazer:
Impossível Cumprimento posterior--------- perdas e danos
Possível Cumprimento Posterior ------------ Tutela Específica + perdas e danos
 Ou
 Perdas e danos se o autor não tiver mais interesse na obrigação específica de fazer. 
Obrigações de não fazer: Art. 250/251
Tem por objeto uma prestação negativa, um comportamento omissivo do devedor.
Ex. obrigação de não construir acima de determinada altura, ou respeitada determinada distância.
Não se admite obrigações de não fazer que violem direitos fundamentais. Ex. não casar, não sair da cidade, não transitar por determinadas ruas, não trabalhar, etc.
Conseqüência do inadimplemento das obrigações de não fazer:
sem culpa do devedor- extingue-se a obrigação.
Ex. vizinho obriga-se a não construir muro na divisa com o vizinho, mas é obrigado a fazê-lo, por determinação do Poder Público.
Com culpa do devedor- credor pode (art. 251):
Exigir o desfazimento
Desfazer à custa do devedor, exigindo perdas e danos
Desfazer ou mandar desfazer, independente de autorização judicial e indenização, em caso de urgência. 
Descumprimento de Obrigação Não de fazer:
Impossível Desfazimento posterior--------- perdas e danos
Possível Desfazimento Posterior ------------ Tutela Específica + perdas e danos
 Ou
 Perdas e danos se o autor não tiver mais interesse na obrigação não de fazer.
RESUMO: INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES:
OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA:
PERDA
Sem culpa do devedor- antes da tradição ou pendente condição suspensiva: -- extingue a obrigação (art. 234, 1ª parte)
Com culpa do devedor- indenizaçãodo equivalente + perdas e danos- art. 234, 2ª parte.
DETERIORAÇÃO:- Escolha do credor:
Sem culpa do devedor_ resolve a obrigação ou recebe o equivalente com abatimento do preço- Art. 235
Com culpa do devedor- exige o equivalente ou aceita a coisa no estado em que se encontra.
- em qualquer caso- perdas e danos
Art. 236
OBRIGAÇÃO DE RESITUIR COISA CERTA:
PERDA:
Sem culpa do devedor- antes da tradição- credor perde (art. 238)
 - extingue a obrigação
2- Com culpa do devedor- Paga o preço + perdas e danos- art. 239.
MELHORAMENTOS OU ACRÉSCIMOS NAS OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR:
Sem despesa ou trabalho do devedor- lucra o credor, sem pagar indenização ao devedor- art. 241
Com despesa ou trabalho do devedor- regras das benfeitorias realizadas de boa fé ou de má fé.
OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA: 
escolha do devedor, salvo título ou natureza da obrigação- art. 244
não pode dar coisa pior nem é obrigado a entregar a melhor.
Antes da escolha não pode alegar perda (246)
Depois da escolha- regras das obrigações de dar coisa certa- art. 245
OBRIGAÇÕES DE FAZER:
DESCUMPRIMENTO:
- obrigação infungível- indenização- art. 247
IMPOSSIBILIDADE: -sem culpa- extingue a obrigação
Art. 248 - com culpa- perdas e danos
- obrigação fungível - credor: manda fazer à custa do devedor + indenização
Art. 249 - se urgente, independe de autorização judicial
OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER:
IMPOSSIBILIDADE- Sem culpa- extingue a obrigação
 Art. 251. Com culpa- credor- desfazimento + perdas e danos
 Urgência- independe de autorização judicial.
CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL DAS OBRIGAÇÕES:
Quanto ao elemento subjetivo (sujeito)
Fracionárias
Conjuntas
Disjuntivas
Solidárias
Quanto ao elemento objetivo (prestação)
(além da classificação básica de dar, fazer e não fazer)
Alternativas
Facultativas
Cumulativas
Divisíveis e indivisíveis
Liquidas e ilíquidas
Quanto ao elemento acidental :
Obrigação condicional
Obrigação a termo
Obrigação modal
Quanto ao conteúdo:
Obrigações de meio
Obrigações de resultado
Obrigações de garantia
Obs.: Nem sempre uma classificação especial exclui outra.
Ex. obrigação de dar, solidária, divisível e a termo.
Obrigações fracionárias:
Nessas obrigações, concorre uma pluralidade de devedores ou credores, de forma que cada um deles responde apenas por parte da dívida ou tem direito apenas a uma proporcionalidade do crédito. 
Pressupõem a divisibilidade da prestação.
Ex.- dívidas em dinheiro quando não há solidariedade.
 - obrigações dos herdeiros com relação a dívidas do espólio.
Obrigações conjuntas:
São também chamadas obrigações unitárias ou de obrigações em mão comum. 
Concorre uma pluralidade de devedores ou credores, impondo-se o pagamento conjunto de toda a dívida, não se autorizando a um dos credores exigi-la individualmente. 
Ex. três devedores obrigam-se conjuntamente a entregar ao credor um caminhão de soja. 
Apenas se desobrigam em conjunto, entregando a mercadoria toda.
Obrigações disjuntivas. 
Nestas obrigações, existem devedores que se obrigam alternativamente ao pagamento da dívida. Quando um devedor é escolhido para cumprir a obrigação, os outros ficam liberados, cabendo a escolha ao credor. 
Ex. devedor A, ou B ou C 
Obrigações solidárias: 
Existe solidariedade quando, na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores, cada um com direito à dívida toda (solidariedade ativa), ou uma pluralidade de devedores, cada um obrigado à dívida por inteiro (solidariedade passiva). 
Há uma unidade objetiva da obrigação (objeto único) e credores ou devedores múltiplos, de forma que cada um pode exigir ou é obrigado ao cumprimento da dívida toda.
Art. 264 CC/02. 
Ex. solidariedade ativa- 
A, B e C são credores de D de R$300.000,00, havendo sido estipulada a solidariedade. 
D poderá pagar a dívida toda a qualquer um dos três credores e liberar-se da obrigação.
Ex. solidariedade passiva:
A, B e C são devedores de D. Nos termos do contrato, os devedores estão coobrigados solidariamente a pagar ao credor a quantia de R$300.000,00. 
A SOLIDARIEDADE ATIVA OU PASSIVA NÃO SE PRESUME: RESULTA DA LEI OU DA VONTADE DAS PARTES. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
EX. DE SOLIDARIEDADE LEGAL: ART. 932 E 942 PARÁGRAFO ÚNICO CC/02- pais, tutores e curadores com relação aos atos dos filhos menores, tutelados e curatelados.
Art. 2º- CLT- empresas coligadas ou consorciadas responsáveis pelas dívidas trabalhistas.
1.4.1- SOLIDARIEDADE ATIVA: Art. 267 a 274
Vários credores que terão direito, cada um deles, de exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Cumprida a obrigação com relação a qualquer dos credores, o devedor fica liberado diante dos outros credores.
O que recebeu a dívida sozinho, responde para com os demais credores (art. 272)
Exceções pessoais- ex. dolo ou coação de um dos credores
1.4.2- SOLIDARIEDADE PASSIVA. art.275-285
Ocorre quando em determinada obrigação, concorre uma pluralidade de devedores, cada um deles obrigado ao pagamento de toda a dívida.
O devedor que tiver pago a dívida toda pode exigir dos demais devedores a parte 	que lhes cabe na obrigação. (art. 283)
2-Quanto ao elemento objetivo (prestação)
(além da classificação básica de dar, fazer e não fazer)
Obrigações Alternativas:
Obrigações alternativas ou disjuntivas são aquelas que têm por objeto duas ou mais prestações, sendo que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. 
São, portanto, obrigações de objeto múltiplo ou composto, cujas prestações estão ligadas pela partícula disjuntiva “ou”.
Ex. A devedor, libera-se pagando um touro reprodutor ou um carro a B, credor.
 A entrega uma jóia ou um carro.
Diferença entre obrigações alternativas e obrigações genéricas:
Nas obrigações genéricas, a prestação somente é individualizada no momento em que cumpre a obrigação.
Nas obrigações alternativas, as prestações já são especificadas, mas são excludentes entre si.
Ex. hoteleiro reserva um dos quartos do hotel para o cliente= obrigação genérica.
Hoteleiro oferece o quarto 01 ou 02 no segundo andar= obrigação alternativa.
DIREITO DE ESCOLHA:- art. 252 cc/02
Trata-se de obrigação de objeto múltiplo, cujo direito de escolha, regra geral, cabe ao devedor, se o contrário não tiver sido estipulado no título da obrigação.
Observações:
Embora a escolha caiba ao devedor, o credor não está obrigado a receber parte de uma prestação e parte em outra (princípio da indivisibilidade do objeto);
Se a obrigação for de prestações periódicas, o direito de escolha poderá ser exercido em cada período;
Havendo pluralidade de optantes (grupo de devedores com direito de escolha), não havendo acordo unânime, a decisão caberá ao juiz, após expirar o prazo judicial para que haja entendimento (suprimento judicial para manifestação de vontade)
Escolha judicial, se o título da obrigação houver deferido esse encargo a terceiro, e este não quiser ou não puder exercê-lo.
PRAZO DE ESCOLHA: 
CC/02 não estabeleceu o prazo que o devedor tem para escolher.
IMPOSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: 
- Impossibilidade de todas as prestações, sem culpa do devedor= extingue-se a obrigação.- art. 256. (ex. enchente destrói os objetos da prestação)
- Impossibilidade de todas as prestações, com culpa do devedor.
Se a escolha era do devedor= pagará o valor da prestação que por último se impossibilitou mais perdas e danos= art. 254
Se a escolha for do credor= poderá reclamar o valor de qualquer das prestações, mais perdas e danos= art. 255, segunda parte.
- Impossibilidade parcial das prestações:
Sem culpa do devedor- a obrigação concentra-se na prestação remanescente (art. 253- cc/02)
Com culpa do devedor;
Escolha do devedor- débito se concentra na prestação remanescente-art. 253
Escolha do credor- tem direito de exigir a prestação remanescente ou o valor da que se impossibilitou, mais perdas e danos – 255, primeira parte.
Impossibilidade total por culpa do credor- considera-se cumprida a obrigação.
Impossibilidade parcial por culpa do credor- devedor realiza parte possível da prestação.
Obrigações Facultativas (obrigação com faculdade alternativa ou obrigação com faculdade de substituição:
A obrigação é considerada facultativa quando, tendo um único objeto, o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente. 
Ex. devedor A obriga-se a pagar R$10.000,00, facultando-lhe, todavia, a possibilidade de substituir a prestação principal pela entrega de um carro usado. 
- credor não pode exigir o cumprimento da obrigação
- impossibilidade de cumprimento extingue a obrigação
- só o defeito da prestação poderá invalidar a obrigação.
O CC/02 não previu esta modalidade de obrigação. 
Obrigações cumulativas:
São aquelas que têm por objeto uma pluralidade de prestações que devem ser cumpridas conjuntamente. 
Ex. entregar uma casa e certa quantia em dinheiro.
As prestações, mesmo diversas, são cumpridas como se fosse uma só e encontram-se vinculadas pela partícula “e”.
O devedor só se obriga pagando todas elas. 
Obrigações divisíveis e indivisíveis: Art. 257 a 263.
Obrigações divisíveis são aquelas que admitem o cumprimento fracionado ou parcial das prestações, enquanto as indivisíveis só podem ser cumpridas por inteiro.
Pressupõe pluralidade de devedores ou de credores
As obrigações de não fazer são sempre indivisíveis.
Espécies de indivisibilidade:
Indivisibilidade natural (material)- quando decorre da própria natureza da prestação (entrega de um animal p. ex.)
Indivisibilidade legal (jurídica) quando decorre de norma legal (pequena propriedade agrícola, módulo rural, servidões prediais)
Convencional- quando decorre da vontade das próprias partes, que estipulam a indivisibilidade no próprio título da obrigação (em geral o contrato).
-Nas obrigações indivisíveis, se concorrerem dois ou mais devedores, cada um deles estará obrigado pela dívida toda. Não por solidariedade, mas por impossibilidade de fracionamento (art. 259)
- devedor que paga a dívida, subroga-se no direito do credor- 259, parágrafo único.
-Pluralidade de credores:
Qualquer deles pode exigir a dívida toda
O devedor se desobrigará:
Pagando a todos os credores conjuntamente, mediante recibo (quitação) firmado por todos.
Pagando a um dos credores, dando este caução de ratificação dos outros credores- documento subscrito pelos demais credores ratificando. Nesse caso o credor fica obrigado a repassar aos outros a parte que lhes cabe.
As obrigações poderão também ser extintas por remissão, transação, novação, compensação e confusão. Havendo qualquer delas com relação a um dos credores, a obrigação persiste com relação aos demais, descontada a parte deste credor. – art. 262
A obrigação que se resolve em perdas e danos perde a qualidade de indivisível- art. 26.
Diferenças entre obrigações solidárias e obrigações indivisíveis:
A causa da solidariedade é o título- a da indivisibilidade a natureza da obrigação;
Na solidariedade, cada devedor paga por inteiro porque deve integralmente, enquanto na indivisibilidade solve a totalidade em razão da impossibilidade jurídica de se repartir em quotas a coisa devida;
A solidariedade é uma relação subjetiva, e a indivisibilidade objetiva, em razão de que, enquanto a indivisibilidade assegura a unidade da prestação, a solidariedade visa a facilitar a satisfação do crédito;
 A indivisibilidade justifica-se com a própria natureza da prestação, quando o objeto é, em si mesmo, insuscetível de fracionamento, enquanto a solidariedade é sempre de origem técnica, resultando da lei ou da vontade das partes;
A solidariedade cessa com a morte dos devedores, enquanto a indivisibilidade subsiste enquanto a prestação suportar;
A indivisibilidade termina quando a obrigação se converte em perdas e danos, enquanto a solidariedade conserva este atributo.
Obrigações líquidas e Iliquidas:
Líquida é a obrigação certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto. A prestação, pois, nesses casos, é certa, individualizada.
Ex. obrigação de entregar ao credor a quantia de R$100,00.
Ilíquida: é a obrigação que carece de especificação do seu “quantum”, para que possa ser cumprida. 
A apuração processual desse valor dá-se por meio de procedimento específico de liquidação, na forma do disposto na legislação processual. 
Conceito de liquidação:
Consiste no conjunto de atos que visam à quantificação dos valores devidos, por força do comando sentencial exeqüendo.
Modalidades de liquidação:
Por cálculos- é a mais comum. É cabível quando existirem nos autos todos os elementos suficientes para a quantificação do julgado.
Por artigos- Definida no atual CPC como aquela em que “para determinar o valor da condenação houver necessidade de alegar e provar fato novo. é cabível quando inexistem nos autos provas suficientes para a quantificação do julgado, devendo ser esta obtida por meio de um procedimento ordinário. 
Por arbitramento- Feita quando inexistirem elementos objetivos para a liquidação do julgado, seja nos autos ou fora deles, cabendo ao magistrado a estimativa do valor para quantificar a obrigação. É aplicável quando determinado pela sentença ou convencionado pelas partes ou quando exigir a natureza do objeto da liquidação.
Quanto ao elemento acidental:
3.1- Obrigações condicionais:
São aquelas condicionadas a evento futuro e incerto.
Ex. obrigação de dar- quando se casar, quando se formar.
A condição é a determinação acessória, que faz a eficácia da vontade declarada dependente de algum acontecimento futuro e incerto.
Antes de ocorrido o evento a obrigação não é exigível. Se paga, antes de exigível e a condição não se realiza, o pagamento é indevido, gerando repetição do indébito.
3.2- Obrigações a termo:
São obrigações cuja exigibilidade ou resolução está subordinada a evento futuro e certo. 
Pode ser antecipado o pagamento sem que ocorra enriquecimento ilícito.
3.3- Obrigações modais:
São aquelas oneradas com um encargo (ônus), imposto a uma das partes, que experimentará um benefício maior.
A Obrigação Modal , nos dizeres de Maria Helena Diniz , “é a que se encontra onerada com um modo ou encargo , isto é , por cláusula acessória , que impõe um ônus à pessoa natural ou jurídica contemplada pela relação creditória” . Tal encargo deve ser lícito e possível , caso contrário poderá viciar o ato libertando a obrigação de qualquer restrição , exceto se , como leciona Caio Mário Pereira “se apurar ter sido ele a causa determinante do negócio , caso em que se terá a anulação do ato”. 
 A (industrial) entrega, por contrato de comodato a B, um de seus prédios , gratuitamente , pelo prazo de 10 anos , para que este o utilize como colégio , com o encargo de educar gratuitamente , os filhos dos empregados de sua indústria .
Se a obrigação não for condicional, a termo ou modal, diz-se que é OBRIGAÇÃO PURA.
Quanto ao conteúdo: 
4.1- Obrigação de meio:é aquela em que o devedor se obriga a empreender sua atividade, sem garantir, todavia, o resultado esperado.
Ex. obrigações do médico, do advogado.
4.2- Obrigações de resultado: O devedor se obriga não apenas a empreender a sua atividade, mas, principalmente, a produzir o resultado esperado pelo credor.
Ex. contrato de transporte.
Cirurgia plástica estética é considerada obrigação de resultado.
4.3- Obrigações de garantia.
São aquelas que têm por conteúdo eliminar riscos que pesam sobre o credor, reparando suas conseqüências. A eliminação do risco, que pertence ao credor, representa bem suscetível de aferição econômica.
Ex. obrigação do segurador, do fiador.
OBSERVAÇÃO OBRIGAÇÕES NATURAIS:
- natureza jurídica: obrigações imperfeitas- falta exigibilidade.
_ obrigaçõescivis- exigíveis
 Naturais- pagáveis- débito que não se pode exigir judicialmente. Se pagas não são consideradas pagamento indevido e não geram direito a repetição.
	Ex. divida de jogo, aposta, prescrita.
Ver art. 882- 814 CC/02

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