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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
 CURSO DE DIREITO
 ÉTICA
 
 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
 
 
 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
 2013 
 
 UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
 CURSO DE DIREITO
 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
 Aline de Miranda Santos R.A. B811BC-O
 Andre Luiz B. da Silva R.A. B63012-4
 Alex Estevam da Silva R.A. B66DDA-6
 Claudio Ferro Sobrinho R.A. B61CCH-2
 Diogo Rafael Alves R.A. B74300-0 
 João Gabriel dos S. Marques R.A. B7581A-1
 Rodolfo Nelson Vilela R.A. B7080A-7
 Jonathas da Silva Tanaka R.A. B86 GHI-9
 Patricia Alves Margutti R.A. B7883D-7
 
 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
 2013 
 
 ÉTICA 
 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
 
 A.P.S. Ética geral e profissional
 Primeiro semestre Bacharelado direito 
 UNIP Universidade Paulista, Turma R+S
 
 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
 2013
 
 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL
 A.P.S. Ética geral e profissional 
 Apresentado na UNIP Universidade
 Paulista curso de direito noturno
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:
Data de apresentação: 11 de Novenbro de 2013
Resultado: _________________________
 SUMÁRIO
Introdução..................................................................................................................................6
1. Noção de ética........................................................................................................................7
2. Ética Profissional....................................................................................................................8
3. Evolução da Ética Profissional...............................................................................................9
4. Noções Acerca de Ética Geral..............................................................................................11
5. Ética Profissional..................................................................................................................12
6. Código de Ética Profissional.................................................................................................12
7. Ética na Administração Pública............................................................................................12
8. Aplicação do Princípio da Legalidade à Ética......................................................................12
9. Aplicação do Princípio da Impessoalidade...........................................................................12
10. Aplicação do Princípio da Moralidade...............................................................................13
11. Princípio da Publicidade.....................................................................................................13
12. Principio da Eficiência........................................................................................................13
13. A Ética Na Carreira do Magistrado.....................................................................................14
14. Ética no Ministério Público.................................................................................................17
15. Ética do Advogado.............................................................................................................19
16. Fontes Bibliográficas..........................................................................................................23
17. Notas...................................................................................................................................24
18. Conclusão............................................................................................................................24
 INTRODUÇÃO
 Trata-se o presente trabalho de estudo a respeito das regras éticas aplicadas às carreiras jurídicas, expondo o valor de cada uma delas, seus fundamentos, a função de cada profissional e a sua responsabilidade com os outros membros de seu grupo e este com a sociedade.
 Perde-se na noite dos tempos a preocupação humana sobre os problemas comportamentais que sempre nos angustiou o desrespeito, a violência, insensibilidade, o egoísmo a mentira e traição, a improbidade e a indiferença pela sorte do semelhante. Apesar de alguns filósofos renascentistas tentassem criar uma sociedade perfeita (utópica) onde todos vivessem na mais perfeita harmonia.
 Em seu sentido de maior amplitude, a ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante seus semelhantes. Ela envolve os estudos de aprovação ou desaprovação das ações dos homens, encara a virtude como prática do bem e como promotora da felicidade dos seres, quer individualmente e coletivamente, analisa a vontade e o desempenho virtuoso do ser em face de suas intenções e atuações, inerente da própria pessoa ou em face da comunidade.
 Variados aspectos de analise da ética no entendimento dos pensadores clássicos. Após as idéias genéricas sobre ética, é preciso esclarecer sobre dois aspectos aceitos pelos estudiosos: 1° Como ciência que estuda a conduta dos seres humanos, que cuida das formas ideais da ação humana e busca a essência do ser, procurando conexões entre o material e o espiritual.2° Como ciência que busca os modelos da conduta conveniente, objetiva, dos seres humanos.O primeiro situa-se no campo do ideal e o segundo das forças que determinam a conduta, um estuda a essência e outro as relações que influenciam a conduta.
 Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta, ética é de origem grega (éthos), que significa propriedade do caráter. Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é não julgar o próximo é proceder bem , é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive. Ética profissional é o indivíduo cumprir com todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
 Código de ética profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho, e é elaborado pelos conselhos, que representam e fiscalizam o exercício da profissão.
 Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho, Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho respeitoso e agradável,aumento de incentivo entre os funcionários,respeito e educação,conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa,atitudes que visam á ajuda aos colegas de trabalho , respeito à hierarquia dentro da empresa e ás regras e normas da empresa,busca de crescimentoprofissional sem prejudicar os colegas de trabalho.
 A ética, entretanto, está acima da moral: ela analisa e critica a moral, embora com ela se relacione. A moral diz respeito aos conceitos abstratos de certo e errado para cada consciência, enquanto a ética procura resolver os dilemas dos grupos por meio da reflexão e do debate social acerca da ação concreta desta ou daquela comunidade. A ética, portanto, relaciona-se com o Direito, com a Justiça, com a Política, com as Leis e com as práticas científicas e profissionais.
Noção de ética
 A ética está presente em nossas vidas desde quando nascermos, o próprio indivíduo absorve a noção de ética conforme se desenvolve e interage com a sociedade, mas o ser humano em si, possui a dificuldade de explicar os conceitos que a abrange, mesmo que a sociedade a considera como essencial para convívio e desenvolvimento humano, para termos uma definição concreta do que se trata a ética,temos que compreender que a ética está presente em várias vertentes das áreas humanas, sendo elas: a filosofia, antropologia, psicologia, economia, política e pedagogia.
 A primeira vez em que a humanidade se depara com o conceito de ética é na antiga Grécia, podemos definir como o pontapé inicial do estudo, porém este início não foi abrupto e muito menos absoluto, visto que os primeiros filósofos não tinham como prioridade o estudo da ética e, sim o ramo da cosmologia.
 A origem da palavra ética vem do grego (éthos), que tem como significado a propriedade do caráter humano e seu comportamento perante uma determinada sociedade.
Aristóteles, Sócrates e Platão foram grandes filósofos gregos que contribuíram para o início do estudo da ética, o pensamento deles influenciou e continua influenciando diversos filósofos de todo o mundo, segundo esses filósofos o ensinamento ou até mesmo o trabalho visa um bem, sendo que o bem é a finalidade da ação praticada por um ou mais indivíduos e está ação é que difere a humanidade dos demais seres vivos. Se a ética é uma ação que visa o bem estar da sociedade, podemos determinar que ela é regada de normas ou conceitos preestabelecidos de acordo com as necessidades de um grupo ou atividade.
Para esses filósofos as vontades e ações praticadas por um determinado indivíduo é uma espécie de força, que se não for direcionada de maneira correta se tornaria um caos em que colocaria em risco a sobrevivência do homem, por este motivo é indispensável estabelecer valores que regem o bem estar da sociedade, valores que se denominam como moral e através dessa moral é que podemos criar os conceitos de ética.
Seguindo o raciocínio dos filósofos gregos, percebermos que ela é essencial para exercer uma atividade de forma satisfatória dentro da sociedade, sendo assim a ética se torna indispensável dentro de qualquer profissão, visto que o trabalho é uma necessidade do Estado para garantir a sobrevivência e o bem estar social da humanidade, mas para que a sociedade consiga aprender e colocar em pratica os conceitos da ética é preciso educar, essa educação deverá ser regada de forma racional e o indivíduo deverá receber-la desde o momento em que entrar em contato com a sociedade, ou seja, desde o nascimento.
Se levarmos em conta que a ética é uma disciplina que surge da filosofia moral, podemos concluir que se faz necessário que o homem questione determinadas questões, sendo o que são os seres humanos, de onde viemos, o valor de nossos costumes e do que precisamos para sobreviver ou para garantir o bem estar.
 Devemos levar em conta que a ética não é imutável, visto que a necessidade do ser humano está sempre em transformações de acordo com diversos fatores, sendo eles fenômenos naturais de ações praticadas pela sociedade.
Podemos concluir que a ética é uma necessidade da sociedade, para que os seres presentes consigam viver de forma harmônica e, que é uma evolução da moral individual na qual são extraída e transformada em ética, vale ressaltar que a ética possui valores diferentes de acordo com a atividade que o indivíduo pratica, mas sempre visando o mesmo resultado, o bem de todos. Sendo assim podemos definir que ser ético é o proceder bem, ou seja, não prejudicar o próximo, assim como também respeitar e seguir as normas éticas estabelecidas pela sociedade. 
Ética Profissional
Se a ética é fundamental para o desenvolvimento e o bem estar da sociedade, logo ela não poderia estar ausente no âmbito de trabalho, visto que o trabalho é uma necessidade ao qual aos indivíduos diante de uma sociedade necessitam para garantir a própria sobrevivência.
 Vamos imaginar uma determinada área profissional sem normas éticas preestabelecidas, sem esta base é impossível que todos os profissionais consigam exercer a sua profissão de forma satisfatória ao ponto de contribuir para um bem maior, ou seja, que consigam contribuir com o desenvolvimento positivo da sua profissão e da sociedade, lesando os demais cidadãos que necessitam da determinada assistência, sendo assim podemos concluir que se não houvesse a ética profissional, a própria sociedade se tornaria um caos, indo assim ao oposto do objetivo ao qual foi criada.
 Seguindo o raciocínio de que a ética é indispensável no trabalho, o homem se viu diante da necessidade de criar uma ética profissional, este conceito contribui para desenvolvimento positivo da economia, assim como também para se adequar as leis vigentes dentro do Estado, de diversas ramificações do direito, sendo os direitos fundamentais, humanos, trabalhista, entre outros.
 Instituições competentes responsáveis por diversas áreas profissionais elaboraram normas de ética com o intuito de visar o melhor convívio, como também a dignidade moral do profissional e de sua profissão e, principalmente a contribuição de desenvolvimento da sociedade a qual se tornaria mais justa e solidária. Temos como exemplo o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, ao qual o profissional de direito assume o compromisso de obedecer. O Código de Ética Médica criado pelo Conselho Federal de Medicina, ao qual englobam os médicos que atuam no território brasileiro.
 O descumprimento das normas da ética profissional poderá ocasionar uma, sansão disciplinar estabelecidas pelos conselhos ou instituições de cada profissão, cada sansão estabelecida vária de acordo com a gravidade da ação praticada, sendo que poderá ser através de advertências, multas e suspensões temporárias ou definitivas. Assim como nos códigos de leis do Brasil, as sansões disciplinares presentes nos códigos de ética tem como principal objetivo fazer com que os profissionais permaneçam no caminho ético.
 As intuições como a OAB, tendi não apenas a estabelecer as normas éticas, mas como também a fiscalizar e apoiar os profissionais do ramo do direito.
Sendo assim podemos dizer que a ética profissional de uma determinada área, é elaborada a partir dos estudos das necessidades e da moral da sociedade, no que o profissional poderá fazer para contribuir e também ao estudo do conhecimento do comportamento humano para evitar conflitos, visto que a ética profissional tem como sinônimo a justiça no trabalho.
Evolução da Ética Profissional
 Há milhares de anos o ser humano se viu diante da necessidade de desenvolver um senso de coletividade necessário a sobrevivência do agrupamento e também para o seu desenvolvimento coletivo e individual, com o estudo sobre o comportamento humano notou-se que determinadas ações praticadas contribuíam para o desenvolvimento, enquanto outras prejudicavam, diante desse fator o ser humano se viu forçado a criar normas ao qual visasse coibir ações que pudessem prejudicar, essas normas foram aos poucos se incorporando no ambiente de trabalho, pois era notável a diferença que causava tanto no âmbito de trabalho, quanto no lucro da empresa.
 Para ter uma explicação mais ampla, voltemos na história da baixa idade média, na época, monarcas e feudais. Com a superlotação nos territórios feudais e a falta de suprimentos, a qual ocasionoua expulsão de alguns servos para terras não produtivas, para garantir a sobrevivência desses exilados, se virão forçados a criar uma sociedade, ou seja, criaram uma pequena fortaleza ou povoado, que no latim tem o significado de “burgos”, esse povoado buscaram meios de produção ao qual se adaptariam com suas terras inférteis, esses meios de produção não poderiam ser agrícolas, sendo assim desenvolveram várias técnicas ao qual permitiam transformar matéria prima em produtos como sapatos, roupas, entre outros acessórios, dando assim o início do comercio e também do desenvolvimento do sistema capitalista. Esses exilados com o tempo vieram a ser chamados de burgueses.
 Os produtos dos burgueses se tornaram cobiçados pela nobreza, e com o passar do tempo a mão de obra não era o suficiente para suprir a alta demanda, mas ao mesmo tempo os gastos dos senhores feudais com a venda ou troca de recursos entre a burguesia, fez com que outros camponeses fossem expulsos das terras feudais, pois os recursos que sobrava para os senhores feudais não era suficiente para suprir as necessidades de seus criados, esses camponeses começaram a se fixar na periferia de burgos e foram contratados pelos burgueses para aumentar a mão de obra e lucros dos comércios.
 Para aumentar a produtividade foram estabelecidas normas, essas normas foram sendo criadas a partir do estudo feito do comportamento dos trabalhadores, e como explicado anteriormente, notava-se que alguns comportamentos aumentavam a produtividade, enquanto outros prejudicavam, sendo assim cada vez mais normas eram criadas e reformuladas de acordo com a necessidade.
 Nesta época houve a revolução da burguesia, que tinha como objetivo a conquista dos direitos humanos, devido ao abuso de poder da monarquia, após o êxito da revolução os primeiros direitos humanos foram conquistados, conhecidos como direitos humanos de primeira geração, mas protegia somente alguns, podemos assim dizer que é o início da ética, visto que para ser realmente ético, deveria abranger todos os seres humanos.
 Porem a ética profissional atual não se limita somente ao lucro das empresas, ela foi se expandindo conforme as diversas revoluções da sociedade, visto que a ética é um conjunto de valores morais que um determinado grupo absorve, criam e transforma de acordo com as necessidades de cada época.
 Com o poder da soberania popular, manifestado em diversas revoluções de proletariados pelo mundo, os direitos fundamentais foram conquistados, a moral da sociedade começou a se transformar, sendo que com a transformação da moral, logo a ética também se modificaria, ela teria que se enquadrar com os direitos conquistados, ou seja, se a sociedade ganha o direito da vida e também da dignidade humana, logo que tudo que faz parte desta sociedade devem se adequar a esses direitos. Esses direitos conquistados são considerados de segunda geração dos direitos humanos, nesses direitos a classe trabalhadora ganha a segurança da dignidade humana tanto na área de trabalho quanto na área civil.
 Futuramente foram conquistados os direitos humanos de terceira geração e pôr fim a atual quarta geração, que transcende os direitos individuais e coletivos e alcançam a essência da humanidade no sentido mais universal, abrangendo e incorporando de forma mais justa, ou seja, cada vez mais ético
Noções Acerca de Ética Geral
 Ética se baseia nas condutas sociais escolhidas pelo homem, e partindo desses comportamentos a ética seria a ciência que estuda o comportamento da moral humana em sociedade. 
 Não podemos confundir Ética com Moral, pois possuem significados distintos. A ética está ligada diretamente ao estudo dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.
 Ética é a associação de conhecimentos provenientes da analise e investigação do comportamento humano para tentar explicar regras morais de forma cientifica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
 Moral são as regras aplicadas no dia-a-dia e seguidas continuamente por cada individuo. Eles o orientam em suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, justo ou injusto, bom ou mau.
 Ética Profissional
 Ética profissional é o conjunto de normas que orientam e definem as condutas nas relações de trabalho.
 Ter ética profissional é o indivíduo cumprir com todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Código de Ética Profissional
 Código de ética profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho.
 O código de ética profissional é elaborado pelos Conselhos, que representam e fiscalizam o exercício da profissão.
Ética na Administração Pública
 A inobservância dos princípios éticos leva à improbidade administrativa (corrupção administrativa).
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, e a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Aplicação do Princípio da Legalidade à Ética
 O agente público deve obedecer não somente a lei, porque esta legaliza os seus atos no decorrer de sua carreira, mas também os princípios éticos pertencentes à carreira que este seguir. Na carreira jurídica tal como na magistratura, promotoria deverá seguir fielmente o princípio da legalidade para que seus atos sejam validos e atinjam assim a missão que foi incumbida.
Aplicação do Princípio da Impessoalidade
 Os atos do agente devem sempre como finalidade o interesse público, portanto, ele deve ser impessoal quanto a analise dos fatos e nunca favorecer um dos lados em virtude de pensamento próprio.
Aplicação do Princípio da Moralidade
 O agente público tal como o magistrado, tem o dever de diferir do certo e do errado e fazer do uso deste juízo de valor para efetuar um justo julgamento durante um processo. 
 No entanto, fora a moralidade comum, o agente público deve também obedecer a uma moral jurídica, onde não terá apenas de só obedecer à lei jurídica, mas também à lei ética da própria instituição, porque nem tudo que é legal é honesto.
 Assim entramos no campo do justo e do jurídico, afinal, nem tudo que é jurídico é justo e vice-versa. Cabendo desta maneira ao agente público o uso de sua moral própria (moral comum) e da ética pertencente ao cargo que exerce (moral jurídica). Portanto, o ato do agente público deve ser tanto legal como legitimo em sua essência para ser aceito pelo ordenamento jurídico e pela população a qual esta subjugada.
Princípio da Publicidade
 Os atos praticados pelos agentes administrativos não devem ser sigilosos. Portanto, salvo as ressalvas legalmente estabelecidas (processos transcorrendo em segredo de justiça) e as decorrentes de razões de ordem lógica, o processo administrativo deve ser público, acessível ao público em geral, não apenas às partes envolvidas. Portanto, a justiça e as informações ligadas a esta devem ser públicas respeitando as devidas restrições, e assim o agente terá que se esforçar o máximo possível com os meios necessários para garantir um acesso de qualidade a esta informações pela população.
Principio da Eficiência
 Toda ação administrava deve ser orientada para concretização material e efetiva da finalidade posta pela lei e assim garantir um serviço rápido, de qualidade, sem burocracia e amplo, isto é, aberto literalmente para toda a população, sem qualquer distinção étnica ou econômica. 
 Este é um dos fundamentos base do ato administrativo, porque sem um fim o ato administrativo perde o seuefeito. 
 Portanto, o agente administrativo nunca pode esquecer que seus atos estão sendo direcionada a toda população, e que constantemente será cobrada por esta a respeito dos resultados do ato administrativo em si e no pronto atendimento que este deve ter com aqueles que a deles necessitar.
A Ética Na Carreira do Magistrado
 Aqui nos deparamos com a mais importante área para se falar em Ética Profissional, a do profissional da magistratura. Titulares do poder de maior força em nosso Estado de Direito, chamada sentença, que transitada em julgada, dentro de ato jurídico perfeito, será regra absoluta e não caberá as modificações ou correções.
 Todo cidadão recorre-se ao magistrado quando se vê em situação de lesão ou ameaça a seus direitos e caberá a ele resolver esta situação litigiosa. Portanto qualquer regra acerca da conduta do magistrado deverá vir pautada em estudos éticos, pois cada decisão trará fortes impactos as partes seja a decisão favorável ou não.
 A confiança da sociedade no sistema judiciário é na autoridade moral de seus integrantes, isso é de grande importância em uma sociedade moderna. Para se alcançar tal confiança pública é indispensável que o magistrado exerça sua função com integridade e independência. O Código vem para fortalecer a legitimidade do Poder Judiciário. O desvio ético de apenas um magistrado é para toda a magistratura, um problema. A aprovação do Código de Ética visa suscitar um espírito crítico das imperfeições e a graduar juízes a melhor atender a sociedade. É, portanto, acalentando a natural avidez de desenvolvimento dos magistrados, que se concebeu o Código. Nota-se que ele favorece a elevação espiritual da magistratura. Tantas profissões possuem código de ética. Porque a magistratura brasileira não o teria, se justamente do juiz requerem-se virtudes superiores à do cidadão comum? Objeta-se que o CNJ exagerou de sua competência uma vez que a matéria seria afeta à Lei Complementar. Contudo a Constituição Federal deu ao CNJ poder regulamentar. A elaboração de um Código resfolga na percepção de que o princípio da obrigatoriedade da conduta ética no exercício da função pública tem por princípios a coercibilidade jurídica, entretanto procura seu fundamento na ética, que, a rigor, não se inflige por lei. A ética, ao contrário sobrepõe-se a lei e impõe-se pela espontânea adesão dos agentes, fruto da didática e conscientização que dirija a uma asseveração interior.
 O Código representa célebre avanço na incansável busca de aperfeiçoamento dos juízes. Porém, nada garante que de agora em diante magistrados se comportem de maneira eticamente correta, apenas pelo fato de haver um Código de Ética. Conhecer o bem não consiste em fazer o bem, mas é um importante ponto de partida para a reflexão ética, pessoal e profissional de cada magistrado.
 Os principais guias para os deveres dos magistrados encontram-se no art. 93 da CF, além da LOMAN (Lei Orgânica da Magistratura Nacional) [2] e do código de Ética da Magistratura Nacional, criado pelo Conselho Nacional de Justiça, entidade fundada pela emenda constitucional nº 45/04, e destinada às verificações de infrações dentro do poder judiciário.
 Esses guias primeiro se preocupam em estabelecer critérios para o ingresso na carreira de magistratura, mediante concurso de provas e títulos, completados três anos de prática jurídica [3]. Também estabelecer regras para a ascensão na carreira jurídica [4].
 O merecimento se dará de acordo com cinco critérios: desempenho, critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição, além da freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento [5].
O juiz, salvo com autorização do Tribunal, deve residir na respectiva comarca onde atua [6].
 O juiz não poderá exercer outra atividade, senão a de magistério, afirmando assim o dever de dedicação exclusiva a profissão. Além desses outros deveres merecem destaques como: imparcialidade, igualdade de atenção, abstenção política, para que o juiz decida de acordo com sua própria consciência e não sob influencias [7].
 A LOMAN organiza regras para o exercício da profissão. O juiz deve cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e atos de oficio [8].
 O dever de urbanidade, assim como com todos os outros da área jurídica o juiz deve cumprir com seus deveres e fazer com que os demais cumpram com os seus [9].
 Ela também estabelece três vedações ao magistrado: exercer comércio ou participar de sociedade comercial, salvo como acionistas ou quotistas, não podem exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associações ou fundações, salvo em associação de classes sem fins lucrativos. Veda-se qualquer opinião sobre processos, votos, sentenças ou qualquer outro parte das obras técnicas do magistério.
 O magistrado como agente público tem o dever de seguir os preceitos legais, presentes no caput do artigo 37 da Constituição Federal que trata do princípio da moralidade na administração pública, e a lei Nº 8429/92 ao introduzir os princípios da honestidade, moralidade e lealdade. Portanto, o texto legal traz para si os elementos axiológicos, éticos e morais que se encontram presentes na vida do povo. Abaixo segue o caput do art. 1º e seu respectivo parágrafo da lei Nº 8429/92:
“Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. “Estão também sujeitos as penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.”
 Por fim, o código de ética da magistratura elenca o que deve ser seguido pelo magistrado no exercício de suas funções: a independência, a imparcialidade, a transparência, a integridade pessoal e profissional, a diligência e dedicação, a cortesia, a prudência, o sigilo profissional, o conhecimento e a capacitação, a dignidade, a honra e o decoro.
 Portanto, aquele desrespeita e faz mal uso da responsabilidade investida será claramente sancionado segundo os parâmetros legais presentes na lei positivada.
 A validez dos atos do magistrado não se limita tão unicamente à legalidade presente neste, mas se faz necessário também que estes atos estejam revestidos de moralidade e honestidade para garantir a legitimidade destes atos.
 Ao magistrado não cabe o usa da ética e da moralidade apenas durante o exercício de sua profissão tal como é elencado no rol dos artigos 37º e 39º no código de ética da magistratura. A ele cabe o usa da moralidade durante o seu dia a dia, seja no trato com o próximo ou com a sua família. Portanto, a sua responsabilidade não cessa mesmo após o término do dia de trabalho, e por conta disto, deve ser um exemplo à sociedade e preservar a sua imagem como um cidadão de bem que esta empossada de um cargo de alta investidura, que é senão um cargo de grande responsabilidade e autoridade com o próximo. Assim, seguindo tal conduta, o magistrado como agente público e representante do Estado evitará crimes de improbidade administrativa.
Nos dizeres de José Renato Nalini, desembargador com vasta experiência na judicatura, "a justiça abarca tudo. Diz a última palavra. Garante ou destrói o Estado de Direito. É imprescindível para que a sociedade não se torne um caos. Impede a barbárie.E é concretizada mediante implementação da ciência mais próxima à moral, de intimidade maior com a ética, a ciência do direito". [1]
Ética no Ministério Público
 Assim como o estabelecimento de valores éticos aos advogados e magistrados, não seria menos importante estabelecer também aos membros do Ministério Público, seja ele em caráter de União ou nos limites de cada Estado Federado ou Distrito Federal, atitudes adequadas com a ética direcionada à profissão, contudo em dias hodiernos, nos quais tais funcionários possuem grande independência administrativa e funcional, e atuarão onde seu bom senso de justiças lhes permitir.
 Em todo o mundo, o promotor público é o intérprete dos interesses gerais de punição dos criminosos e o responsável direto pela eficácia, pela legalidade e pela humanidade dessa missão. No Brasil, segundo a nossa legislação, o promotor não só tem a responsabilidade do dever ético no trabalho, mas também durante o seu dia a dia, tal como segue elencado no art. 43º da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público:
Art. 43. São deveres dos membros do Ministério Público, além de outros previstos em lei:
I - manter ilibada conduta pública e particular;
II - zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções;
III - indicar os fundamentos jurídicos de seus pronunciamentos processuais, elaborando relatório em sua manifestação final ou recursal;
IV - obedecer aos prazos processuais;
V - assistir aos atos judiciais, quando obrigatória ou conveniente a sua presença;
VI - desempenhar, com zelo e presteza, as suas funções;
VII - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei;
VIII - adotar, nos limites de suas atribuições, as providências cabíveis em face da irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos serviços a seu cargo;
IX - tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionários e auxiliares da Justiça;
X - residir, se titular, na respectiva Comarca;
XI - prestar informações solicitadas pelos órgãos da instituição;
XII - identificar-se em suas manifestações funcionais;
XIII - atender aos interessados, a qualquer momento, nos casos urgentes;
XIV - acatar, no plano administrativo, as decisões dos órgãos da Administração Superior do Ministério Público.
 Portanto, o promotor deve desempenhar com louvor a sua profissão obedecendo aos prazos processuais para evitar assim uma obstrução da justiça. Deve também manter ilibada conduta particular e pública e tratar desta maneira com o devido respeito às partes, testemunhas, funcionários, auxiliares de justiça, e todos que dele dependerem.
 Ao promotor cabe também acatar, no plano administrativo, as decisões dos órgãos da Administração Superior do Ministério Público, não deixando assim que a sua vontade nunca transpassar os limites de sua autoridade, não podendo esquecer-se de adotar, nos limites de suas atribuições, as providências cabíveis em face da irregularidade de que tenha conhecimento ou que ocorra nos serviços a seu cargo.
 Tal maneira, a lei 8.625/93 cataloga em seu conteúdo os deveres e vedações dos membros do Ministério Público, que poderão assentar tanto à promotores e procurados de justiça, em contexto estadual quanto para procuradores da república, do trabalho e militar, em contexto federal.
 Os promotores, assim como os procuradores, devem ser indivíduos presentes e ativos nos processos que lhe enquadra. Devem comparecer pessoalmente aos atos judiciais, quando obrigatória ou cabível a sua presença, assim como respeitar os prazos processuais, garantindo, a aplicação da justiça e rapidez do processo para um melhor desempenho e eficácia do sistema para a sociedade que dele fará uso fruto.
 Um dever interessante e que equipara ao do magistrado é a obrigatoriedade de fundamentação de seus pronunciamentos processuais que garante a perfeita observação do processo e da elaboração da justiça em cada caso.
 O promotor deverá executar as suas funções com zelo e presteza, pois representa a sociedade e por esta causa deverá tutelar suas atividades profissionais.
 Tamanha incumbência e autonomia não impedem que se apliquem regras éticas do promotor em relação aos seus superiores. Deve o mesmo seguir as decisões de sua administração superior, bem como valer informações, quando solicitadas pelos órgãos da instituição.
 Os poderes atribuídos ao Ministério Público após o advento da Constituição Federal de 88 merecem destaques em debates éticos a respeito da atuação de seus membros, visto que passaram consideravelmente, a possuir poderes direcionados, sob o crivo de suas próprias consciências éticas, o que, de um lado acarretou seriedade e temor quanto as suas apurações, e de outro, abusos e imodéstias por parte de alguns de seus membros. Fato é que, diante do desenvolvimento do assédio da mídia a respeito de tais profissionais, inquirições éticas permanecerão em pauta, conceitos a serem vistos diversas vezes conforme a entidade ganha destaque social.
Ética do Advogado
 Nesse mundo globalizado de hoje é cada vez mais comum e corriqueiro falarmos em ÈTICA em todos os seguimentos profissionais, mas qual é a expressão clara e objetiva que defina com grandeza todos os atributos desta palavra tão pequena, mas de grandioso valor?
 Quando pensamos em ética, pensamos em algo ligado a honestidade, justiça, responsabilidade. Pensamos em algo que diferencie o bem do mal, o certo do errado, o justo do injusto, tudo isso associado ao AGIR, agir com ética, com moral.
 Baseado no pensamento dos antigos filósofos a respeito de ética e moral podemos citar Aristóteles que já no século XII escreveu sobre ética, e a definiu como sendo um esforço humano para atingir sua excelência, isto é , tornar-se um pessoa virtuosa.
 Já Immanuel Kant ao publicar sua monumental obra Crítica da Razão Pura em 1781 sustentou que ética é o senso moral inato a todo ser humano não derivando portanto de experiência.
 Fazendo uma reflexão nessas duas teorias citadas, podemos dizer que uma ação pode ser boa se resulta da obediência desse sentido interior de dever e não em virtude de apresentar apenas bons resultados, pois o importante é seguir a lei moral, sem a preocupação com os lucros ou perdas materiais. 
 Para os operadores do direito a ética precisa existir de forma explícita, inata, natural, buscando o bem comum com equilíbrio e responsabilidade, zelando sempre pela sua carreira profissional e sua vida pessoal. 
 Em razão disso o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB viu – se na obrigação de instituir, aprovar e editar, através da Lei 8906 de 04 de julho de 1994, e também o Código de Ética e Disciplina, as normas para nortear a conduta profissional do advogado que são:
A de lutar sem receio pelo primado da justiça;
Pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo respeito á Lei fazendo com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum;
Ser fiel a verdade para poder servir a justiça como um dos seus elementos sociais;
Proceder com lealdade e boa fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu oficio;
Empenhar- se na defesa das causas confiadas ao patrocínio, dando ao constituinte o amparo do Direito, proporcionando – lhe a realização pratica de seus litígios e interesses;
Comportar- se nesse mister com independência e altivez , defendendo com o mesmo empenho os humildes e poderosos;
Exercer a advocacia com indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material se sobreponha a finalidade social do seu trabalho;
Aprimorar- se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo a tornar- se merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal;
Agir, em suma com a dignidade das pessoas de bem e de correção dos profissionais que honram e engrandecem sua classe.
 O Código de Ética e Disciplina e a Lei 8906/94formam a consciência do profissional da advocacia, e representam fielmente como deve ser a conduta deste profissional. 
O Código de Ètica profissional foi criado para direcionar o advogado na sua conduta profissional, criando assim uma relação de subordinação do profissional com as regras e normas contidas no Código de Ètica. O código tem por finalidade coibir as possíveis transgressões que possam repercutir no conceito público e na dignidade da advocacia.
 O Direito a ampla defesa é garantido a todos pela Constituição, sem qualquer distinção, e aceitar isso por mais difícil que seja em algumas situações, é a conduta que se espera de um Estado Democrático, para que não haja julgamentos injustos e condenações desproporcionais, ou até mesmo equivocadas. 
 Mediante isso o Código de Ética e Conduta Disciplina da OAB orienta que na defesa criminal o advogado não se deixe levar pela sua própria opinião sobre a culpa do acusado, nem pelo senso comum. Não é admitido julgamento pelo senso comum no Direito. Deve sempre promover uma defesa técnica, considerando que o réu tem o direito a um julgamento justo, adequado, levando em conta seus eventuais bons antecedentes priorizando sua integridade física e pessoal, e no caso de condenação, cuidar da progressão de regime durante o cumprimento da pena, que são de direitos do réu. 
 Também é dever do advogado ficar atento a possíveis nulidades, tanto no processo quanto no inquérito gerador. 
 O advogado não deve temer desagradar ao magistrado ou qualquer outra autoridade no desempenho da sua atividade profissional, uma vez que não existe hierarquia entre juiz, promotor ou advogado, o que existe é uma diferença funcional, onde o advogado postula, o promotor fiscaliza a aplicação da lei e o juiz julga. Nesse contexto não se estabelece qualquer relação de subordinação, pois existe uma ética no relacionamento profissional de respeito entre eles. 
O Artigo 2º do Estatuto da ordem dos Advogados do Brasil reforça a isonomia de tratamento que se deve existir entre esses três personagens indispensáveis a administração da justiça.
O advogado deve sempre ter um conduta transparente, informando seu cliente de todo andamento do processo, e fornecendo a ele copias de documentos de seu interesse. 
 Saber guardar sigilo é outra grande conduta ética do advogado, pois o sigilo profissional do advogado é considerado por lei não um direito, mas sim um dever. O advogado somente poderá quebrar o sigilo profissional em situações extremas, quando haja ameaça á vida ou a honra de alguém ou quando o próprio advogado se veja gravemente ameaçado pelo próprio cliente. 
 O contrato de honorários é um direito do cliente, mas também resguarda o profissional, pois considerações feitas nos contratos irão definir de forma clara os direitos e obrigações de cada parte, minimizando assim o risco de futuros aborrecimentos com arbitramento judicial do valor a ser pago pelo serviço prestado ao profissional. 
O advogado deve manter uma relação estritamente profissional com o seu cliente, sempre fugindo da relação pessoal, pois isso pode torna- se perigoso para o profissional, comprometendo tanto sua vida profissional, quanto pessoal. O advogado deve aprender a manter essa distancia, em prol da sua ética profissional.
 A responsabilidade do advogado, em suma, permanece até o fim do processo, quando não há mais possibilidade de recurso, seja pelo prazo perdido ou por questões já decididas em última instancia. 
 Caso haja quebra de confiança, o cliente poderá revogar a procuração, ou o advogado renunciar o processo, ficando ele obrigado a acompanhar o processo por mais dez dias apos a renuncia evitando prejuízos ao cliente e de dar tempo hábil para que o cliente constitua outro advogado. 
As faltas cometidas no exercício da profissão do advogado são apuradas e analisadas, pela OAB. Caso a AOB julgue necessários punições, a aplicação também é de responsabilidade do órgão, podendo essas faltas ser comunicada por qualquer pessoas, cliente ou juiz. 
 O advogado poderá responder a processo disciplinar, sendo julgado pelo Tribunal de Ética e Conduta da OAB No Estado onde houver cometido a infração, estando sujeito a sanções de censura, suspensão, ou até mesmo exclusão. 
 COUTURE ( 1987) , em sua obra Os mandamentos do Advogado diz que a advocacia é ao mesmo tempo política, ética e ação. Afirma que muito pelo contrário, ficam confinadas á inesgotável aptidão criadora do homem, na exacerbada dignidade da matéria confiada ás mãos do artista, ou seja, do advogado a advocacia como arte tem suas regras que assim como na mesma não são absolutas.
 Segundo Mariton Silva Lima, em sua obra filosófica A lei na filosofia, na Teologia e no Direito, a lei significa uma ordenação da razão destinada a assegurar a realização da ordem, de uma parte visa um procedimento a realizar, de outra emite um mandato. Em ambos os sentidos, é a obra da razão. 
“O advogado deve sugerir por forma tão discreta os argumentos que lhes dão razão, que deixe ao juiz a convicção de que foi ele próprio quem os descobriu.” 
(Piero Calamandrei)
Fontes Bibliográficas
COUTURE, Eduardo, Os mandamentos do Advogado. 11 ed. 1987
LIMA, Mariton Silva, A Lei na Filosofia, na Teologia e no Direito. Ed Livro Pronto, 2006.
MARIN. Marco Aurélio. Como se preparar para o exame da ordem, 1ª fase: ética profissional. São Paulo: Método, 2009.
NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 6 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
SÁ, Antonio Lopes de. Ética Profissional. São Paulo: Atlas, 2008.
Artigo: O advogado e a ética profissional, escrita pelo professor de Deontologia Juridica e Teoria Geral Do Direito Wladimir Flavio Luiz Braga. 
Artigo : Ética Presente nas Carreiras Jurídicas” de Wilclem de Lázari Araujo.
.
Codigo de Etica e Disciplina dos Advogados
Lei 8906/94Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB 
http://abracrim.adv.br/eticaprofissionaldoadvogado 
http://jus.com.br/artigos/19525/a-etica-presente-nas-profissoes-juridicas
.http://www.almagis.com.br/arquivos/artigos/26919deb46381ff788cd598bcd18211e.pdf
 http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=807161&tit=tica-e-magistratura
http://www.social.org.br/relatorio2004/relatorio024.htm
http://jus.com.br/artigos/19525/a-etica-presente-nas-profissoes-juridicas
http://jus.com.br/artigos/271/etica-no-ministerio-publico
http://www.juspodivm.com.br/i/a/%7BFCA783D3-00F7-4023-AA41-C5DDD9757F53%7D_044.pdf
Notas
José Renato Nalini, Op. cit., p. 431 (grifo nosso).
Lei Complementar n.º 35, de 14 de março de 1979
Art. 93, I, da Constituição Federal.
Art. 93, II, da Constituição Federal.
Art. 93, II, c), da Constituição Federal.
Art. 93, VII, da Constituição Federal.
Art. 95, I aIII da CF.
Art. 35, incisos I, II e III, da Lei Complementar n.º 35/79.
Art. 35, incisos VI e VII, da Lei Complementar n.º 35/79.
Conclusão

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