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Estratégia de Saúde da Família como Política Social: Política Nacional da Atenção Básica PNAB Condições sócio-econômicas, culturais e ambientais Condições de vida e trabalho Suporte social e comunitário Estilo de vida Idade, sexo e fatores hereditários DETERMINANTES NO PROCESSO SAÚDE X DOENÇA Saúde X Doença e Sociedade Estes níveis de condição de saúde podem variar dependendo da quantidade, da combinação, da importância e do significado de fatores que o determinam (que é singular) e, ainda, das condições dos indivíduos de enfrentá-los. “Saúde é um fenômeno clínico e sociológico vivido culturalmente.” MINAYO, M.C. A Saúde é um dos direitos fundamentais que provém a dignidade humana? COSTITUIÇÃO BRASILEIRA (1988) CAPÍTULO II - Dos Direitos Sociais Art. 6.º (*) São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. LOS 8.080 - 1990 TÍTULO I - Das Disposições Gerais Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. “A Saúde como Direito de Todos e Dever do Estado” Caracterizada por um conjunto de ações promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, desenvolvida no individual e no coletivo, por meio de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas. No SUS, se constitui-se como um nível hierárquico da atenção, que deve estar organizado em todos os municípios do país. Atenção Básica Ser baseada na realidade local Considerar os sujeitos em sua singularidade, complexidade, integridade e inserção sócio-cultural Orientar-se: - Pelos princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social, hierarquização - Pelos princípios próprios: acessibilidade, vínculo, coordenação, continuidade do cuidado, territorialização e adscrição de clientela, responsabilização, humanização. Atenção Básica Deve: Saúde da Família Constitui uma estratégia para o fortalecimento e organização da APS no Brasil - Possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde; - Busca contemplar os pontos essenciais de qualidade na ABS; - Mantendo o foco da atenção nas famílias e na comunidade Busca o fortalecimento da atenção por meio da: - ampliação do acesso, - da qualificação e reorientação das práticas de saúde no modelo de Promoção da Saúde. Foco na Família – Produção social do processo saúde-doença. Humanização, Acolhimento, Vínculo e Cuidado ao longo do tempo – Ações de prevenção, promoção, tratamento, recuperação e manutenção da saúde. A estratégia Saúde da Família Integralidade, planejamento e coordenação do cuidado; Atendimento no território e comunidade adscrita; Trabalho em equipe; Co-responsabilidade entre profissionais e famílias assistidas; Estímulo à participação social; Intersetorialidade das ações. A estratégia Saúde da Família Princípios gerais Caráter substitutivo Atuação no território – cadastramento, diagnóstico situacional, ações pactuadas comunidade, postura pró-ativa Planejamento e programação Integração com instituições e organizações sociais Construção de cidadania A estratégia Saúde da Família 1. Pró-Atividade na comunidade e Acolhimento 2. Vinculação das famílias à uma equipe 3. Responsabilização de cada membro da equipe 4. Vínculo (afetivo e solidário) planejamento de ações (respeitando os modos do usuário-família) 5. Plano Terapêutico (medicamentoso, cirúrgico, de promoção e prevenção) 6. Cuidado longitudinal e Auto-cuidado A Produção do Cuidado na SF Responsabilidade Estadual Acompanhar a implantação e execução das ações de atenção primária em seu território Regular as relações inter-municipais Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos humanos em seu território Co-financiar as ações de atenção primária Auxiliar na execução das estratégias de avaliação da atenção primária em seu território. Política Nacional da Atenção Básica Responsabilidade Federal Elaborar as diretrizes da política nacional de atenção primária em saúde Co-financiar o sistema de atenção primária Ordenar a formação de recursos humanos Propor mecanismos para a programação, controle, regulação e avaliação da atenção primária Política Nacional da Atenção Básica • Definição do Teto Financeiro do Bloco AB diminuição das rubricas de transferência • Atualização da base populacional IBGE 2005 - PAB • Fim do financiamento por faixa de cobertura: duas modalidades de incentivo para ESF • ESF mod 1R$ 8.100,00 e ESF mod 2 R$ 5.400,00 Política Nacional da Atenção Básica • Compensação de Especificidades Regionais • Definição de irregularidades e fluxos para suas adequações e suspensão de recursos • Incentivo implantação: ampliação do recurso e uso para investimento e realização do Curso Introdutório Política Nacional da Atenção Básica Valores do PAB fixo 13 reais por habitante ano Um município de 4000 habitantes recebe R4.400,00 por mes Valor do Incentivo da Saúde da Família R$5.400,00 ou R$8.100,00 por mês, mais R$350,00 por ACS Valor do incentivo de Saúde Bucal R$1.700,00 ou R$ 2.200,00 Definição de recursos em estruturação das UBS para municípios que: • em suas UBS, recebam alunos de graduação contemplados no PROSAÚDE – R$ 100.000,00/curso • tiverem médicos cursando residência em medicina de família e comunidade, credenciada pela CNRM – R$30.000,00/aluno residente Financiamento para 4.000 habitantes Política Nacional da Atenção Básica 1. PAB fixo Valor do PAB fixo = R$ 13,00 por habitante/ano 4.000 habitantes X R$ 13,00 por habitante/ano = R$ 52.000,00 por ano R$ 52.000,00 por ano / 12 meses = R$ 4.400,00 por mês PAB Fixo 2. PAB Saúde da Família Critério - 1 equipe SF deve cobrir no máximo 4.000 habitantes (PNAB) Valor do PAB – SF - Modalidade 1 = R$ 8.100,00 por equipe/mês Valor do PAB – SF - Modalidade 2 = R$ 5.400,00 por equipe/mês Financiamento para 4.000 habitantes Política Nacional da Atenção Básica 3. PAB Agentes Comunitários de Saúde Valor do PAB – ACS - R$ 350,00 por ACS/mês em 13 parcelas no ano R$ 350,00 por ACS/mês x 13 parcelas/ano = R$ 4.550,00 por ACS/ano Critérios: 3.1. Na Região Norte, Maranhão, Mato Grosso e área rural - 1 ACS deverá cobrir em média 280 pessoas (PNAB) – é a base para cálculo do financiamento 4.000 habitantes/ 280 pessoas = 14 ACS (máximo de ACS por ESF) 14 ACS por ESF x R$ 4.550,00 por ACS/ano = R$ 63.700,00/ ano R$ 63.700,00/ ano / 12 meses = R$ 5.308,33/mês 3.2. Demais áreas do país (PNAB) - 1 ACS deverá cobrir em média 400 pessoas (PNAB) – é a base para cálculo do financiamento 4.000 habitantes/ 400 pessoas = 6 ACS (mínimo recomendável por ESF) 10 ACS por ESF x R$ 4.550,00 por ACS/ano = R$ 27.300,00/ ano R$ 45.500,00/ ano / 12 meses = R$ 2.275,00/mês Financiamento para 4.000 habitantes Política Nacional da Atenção Básica 4. PAB Saúde Bucal Critério – segue o critério da SF para implantação - 1 equipe SF deve cobrir no máximo 4.000 habitantes (PNAB)] Valor do PAB – SB - Modalidade 1 (sem THD) = R$ 1.700,00 por equipe/mês Valor do PAB – SB - Modalidade 2 (com THD) = R$ 2.200,00 por equipe/mês *THD– Técnico de Higiene Dental Critério - Caso a Saúde Bucal seja da equipe de Saúde da Família da Modalidade 1, essa equipe recebe 50% a mais sobre esses valores Valor do PAB – SB - Modalidade 1 (sem THD) nas ESF M1 = R$ 2.550,00 por equipe/mês Valor do PAB – SB - Modalidade 2 (com THD) nas ESF M1 = R$ 3.300,00 por equipe/mês Financiamento para 4.000 habitantes Política Nacional da Atenção Básica No mínimo - 4000 habitantes com uma equipe de SF Modalidade 2 e 6 ACS, sem Saúde Bucal recebe por mês do governo federal para atenção básica: PAB fixo = R$ 4.400,00 por mês PAB Fixo PAB SF = R$ 5.400,00 por equipe/mês PAB ACS = R$ 2.275,00/mês PAB SB = R$ 0,00 Valor mínimo repassado para 4.000 habitantes com SF = R$ 12.075,00 ao mês No Máximo - 4000 habitantes com uma equipe de SF Modalidade 1 e 14 ACS, e Saúde Bucal Modalidade 2 recebe por mês do governo federal para atenção básica PAB fixo = R$ 4.400,00 por mês PAB Fixo PAB SF = R$ 8.100,00 por equipe/mês PAB ACS = R$ 5.308,33/mês PAB SB = R$ 3.300,00/mês Valor máximo repassado para 4.000 habitantes com SF e SB (M2) = R$ 21.108,33 ao mês 1. Atenção centrada na doença 2. Atua sobre a demanda espontânea 3. Ênfase na medicina curativa 4. Trata o indivíduo como objeto da ação A transformação do modelo de para 1. Atenção centrada na saúde 2. Responde à demanda de forma continuada e racional. 3. Ênfase na integralidade da assistência 4. O indivíduo é sujeito, integrado a família, ao domicílio, à comunidade. 5. Baixa capacidade de resolver problemas 6. Saber e poder centrado no dentista 7. Desvinculado da comunidade 8. Relação custo/benefício desvantajosa 5. Otimização da capacidade de resolver problemas 6. Saber e poder centrados na equipe e comunidade 7. Vinculado à comunidade 8. Relação custo benefício otimizada A transformação do modelo de para • Não realiza consultas médicas domiciliares indiscriminadas; • Não é a solução para todos os problemas de saúde da comunidade; • Sempre haverá pacientes com necessidades de atenção em diferentes níveis de complexidade do sistema; Esclarecimentos sobre a ESF: • Não realiza todas as atividades a nível domiciliar, há processos e procedimentos que exigem o Equipamento de Saúde; • Não é um sistema de resgate domiciliar para situações de urgência e emergência; • Busca alternativas para superação do problemas entre todos os recursos da comunidade. Esclarecimentos sobre a ESF: PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA O QUÉ O PSF? • Uma estratégia de política de saúde que incorpora e reafirma princípios básicos do SUS, destacando-se: – Universalização. – Eqüidade no acesso. – Integralidade de ações. – Participação da comunidade. QUANDO SURGIU NO BRASIL? • Esta estratégia foi iniciada em junho de 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). • Em JANEIRO DE 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras Equipes de Saúde da Família (ESF), incorporando e ampliando a atuação dos agentes comunitários. • Apenas NOB-96 cria condições reais. Agentes Comunitários de Saúde • Primeira experiência – anos 70 • Anos 80, Ceará – seca e fome, as mulheres são recrutadas • 1991 – PACS – programa nacional • Trabalhadores viviam nas comunidades e eram selecionados em processo baseado na comunidade. Programa Saúde da Família Portaria 2.488/2011 • 1994 – nível nacional – incorporou o PACS e se tornou um programa com equipe completa. • Baseado na filosofia que: “prioriza ações de promoção, proteção e reabilitação da saúde dos indivíduos e famílias, do recém-nascido ao idoso, saudável ou enfermo, de forma integral e continuada”. • Segue os princípios do SUS. Programa Saúde da Família • No início (1994), o objetivo era fornecer acesso aos mais vulneráveis, através da priorização da implantação das equipes de saúde da família em áreas mais vulneráveis. • Com o tempo, o PROGRAMA SAÚDE DA FAMILIA se tornou uma ESTRATÉGIA mais abrangente, com o objetivo de reorganizar as práticas de saúde, com base em um entendimento amplo do processo saúde-doença”. Estratégia Saúde daFamília “Estratégia de reorientação do modelo assistencial, ... Através da implementação de equipes multiprofissionais em unidades de saúde... Responsáveis pelo cuidado de um número definido de famílias, em uma área geográfica limitada. As equipes realizam ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação das doenças mais frequentes e na manutenção da saúde desta comunidade....” Ministério da Saúde, 2005. Estratégia Saúde daFamília “Reorganizar o sistema (SUS) rumo a uma rede com uma base organizacional forte baseada em atenção primária à saúde….” Ministério da Saúde, 2005. O QUE EXIGE? • Profissional com visão sistêmica e integral do indivíduo, da família e da comunidade na qual esta família está inserida. • Prática humanizada, competente e resolutiva. • Permanente interação com comunidade, mobilizando-a e estimulando sua participação. • Habilidade para articular diversos setores relacionados à promoção da saúde. • Capacidade para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações de saúde. – Avaliação permanente, por meio do acompanhamento de indicadores de saúde da área de abrangência. COMO SE ESTRUTURA O PSF? • A partir da Unidade de Saúde da Família (USF), com base em: – Territorialização e cadastramento da clientela. – Integralidade e hierarquização. – Equipe multiprofissional. TERRITORIALIZAÇÃO E CADASTRAMENTO DA CLIENTELA • Área de abrangência previamente definida. • Cadastramento e o acompanhamento da população adscrita a esta área. • OBS: VER PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011: Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Equipes da ESF Equipe mínima: • 1 médico • 1 enfermeiro • 1 auxiliar de enfermagem • 4-6 agentes comunitários (até 12) • A cada ~2 equipes mínimas – 1 equipe de saúde bucal (dentista e auxiliar de saúde bucal – ASB ou técnico de saúde bucal- TSB ) Área adscrita 800-1000 famílias (máximo 4000 pessoas) Micro-areas de responsabilidade ~ 750 pessoas ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) • Realizar mapeamento de cada micro-área. • Cadastrar as famílias. • Visitar cada domicílio pelo menos um vez por mês. • Estimular a comunidade para práticas que proporcionem melhores condições de saúde e de vida. • Fazer a ligação entre as famílias e o serviço de saúde. CARTÃO DA FAMÍLIA • NOME: quem respondeu ao ACS na hora do cadastramento. • Escrever atrás, nome de todos os membros da família. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE • Conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, por meio de cadastramento e diagnóstico de suas características sociais, demográficas e epidemiológicas. • Identificar os principais problemas de saúde e situações de risco aos quais a população que ela atende está exposta. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE • Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, organizada ou espontânea: – Na USF.– Na comunidade. – No domicílio. – Acompanhar atendimento nos serviços de referência ambulatorial ou hospitalar. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE • Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para enfrentar os determinantes do processo saúde-doença. • Desenvolver ações educativas e inter-setoriais para enfrentar os problemas de saúde identificados. PROCESSO DE TRABALHO EM USF • Trabalho em equipe. • Organização da demanda. • Atenção domiciliar. • Grupos. • Educação permanente em saúde. • Alimentação e análise de banco de dados: E-SUS. ATENÇÃO DOMICILIAR • Permite monitoramento da situação de saúde de cada família. • Realizada cotidianamente pelo ACS. – Resultado de cada visita é encaminhado à equipe para condução de casos. – Consultas médicas e de enfermagem são então agendadas. • Pacientes com dificuldade de locomoção. • Grupos de risco. METODOLOGIA PARA REUNIÕES DE GRUPOS • Teatro, vídeos, literatura de cordel. • Gincanas, programas de rádio. • Grupos de auto-ajuda. • Oficinas ou dinâmicas de grupo. • Trabalhos artesanais. • Mutirões, passeatas. • Caminhadas. • Bailes. RESULTADOS ESPERADOS DA ESF • Prestar atendimento de bom nível. • Evitar internações desnecessárias. • Impacto nos indicadores de saúde. • Resolubilidade de 85% dos problemas de saúde em sua comunidade. • Melhorar a qualidade de vida da população por ela assistida. • Satisfação de usuário e profissionais. Brasil: conquistas e desafios para o sistema de saúde É Grandes desigualdades Constrangimentos e desafios • País de grandes dimensões e imensas desigualdades. •Implementação da lei. • Barreiras ao acesso em todos os níveis. • Sistema de Referência e Contra-Referência pouco efetivo. • Equidade na alocação dos recursos.
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