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Resumo Neuro Síndromes Neurológicas Raciocínio Neurológico: Diagnóstico Sindrômico Diagnóstico Topográfico Sistema Nervoso Central Supratentorial Fossa Posterior Espinhal Sistema Nervoso Periférico Nervo Junção Neuromuscular Músculo Diagnóstico Etiológico Revisão anatômica: o 1º neurônio motor vai do córtex até o corno anterior da medula. Qualquer lesão entre o córtex e o corno anterior da medula (exclusive) dará síndrome do primeiro neurônio motor. Daí em diante, será a síndrome do 2º neurônio motor Além disso, os tumores do SNC são divididos em Supratentoriais: acima da tenda do cerebelo (telencéfalo- córtex, tálamo, etc...) Infratentoriais: cerebelo, tronco cerebral As metástases têm predileção pela região supretentorial, já o astrocitoma (tu mais comum do SNC), pela região infratentorial (na infância, na idade adulta são mais comuns os supratentoriais) SÍNDROME PIRAMIDAL (1º Neurônio Motor) Causas: qualquer lesão que comprometa a via motora. A causa mais comum é o acidente vascular cerebral (no adulto, AVC na criança sempre pensar em anemia falciforme) Lesão medular AVC Congênita (ECNP- Encefalopatia crônica não progressiva) TCE Tumores Doenças desmilelinizantes (ADEM e esclerose múltipla – também podem acometer o 2º neurônio) Mielite transversa : pode acometer os 2, depende do nível Cervical: sintomas do 1º e 2º em MMSS e do 1º em MMII Toracica: 1º neurônio motor em MMII – paraplegia espástica (apresentação mais comum) Lombar: sintomas do 1º e 2º em MMII Sintomas e Sinais: Coma (pode faltar); Paralisias múltiplas; Hipertonia-espasticidade; Hiperreflexia profunda; Reflexos patológicos; Clono; Sincinesia; Sinal de Babinski; Atrofia por desuso Coma (pode faltar); Paralisias múltiplas; Hipertonia-espasticidade; Hiperreflexia profunda; Reflexos patológicos; Clono; Sincinesia; Sinal de Babinski; Atrofia por desuso. Coma (pode faltar); Paralisias múltiplas; Hipertonia-espasticidade; Hiperreflexia profunda; Reflexos patológicos; Clono; Sincinesia; Sinal de Babinski; Atrofia por desuso. Hipertonia-espasticidade; Sinal do canivete Hiperreflexia profunda; Reflexos patológicos; Clono; Sinal de Babinski/ Hoffmann Atrofia por desuso. Hemiplegia IMPORTANTE: Na fase aguda das lesões do 1º neurônio motor há paralisia flácida com hiporreflexia. Síndromes Extrapiramidais Podem ser divididas em duas síndromes: Rigidez muscular e bradicinesia Hipercinesia e hipotonia muscular Também apresentam hipertonia, porém com o sinal da roda dentada Parkinson Coréias De Sydenham – Infecciosa (associada à febre reumática) De Huntington – degenerativa (a maioria dos pacientes abre os sintomas com mais de 18 anos. Em famílias com o pai afetado, cada geração vai iniciar os sintomas mais cedo. Esse fenômeno é denominado antecipação) Atetose: Geralmente é congênita, por hipóxia neonatal ou doença hemolítica do recém-nascido SÍNDROME PERIFÉRICA (2º Neurônio Motor) Causas: Guillain–Barré Poliomielite ADEM e esclerose múltipla – também podem acometer o 2º neurônio (Síndrome do primeiro neurônio é mais comum) Mielite transversa : pode acometer os 2, depende do nível Cervical: sintomas do 1º e 2º em MMSS e do 1º em MMII Toracica: 1º neurônio motor em MMII – paraplegia espástica (apresentação mais comum) Lombar: sintomas do 1º e 2º em MMII TRM/Hérnia de Disco Congênita Tumores Clínica Paresia Hipotonia Hipo ou arreflexia Atrofia Comparação Síndrome do 1º neurônio motor Síndrome do 2º neurônio motor Déficit motor Déficit motor Espasticidade Flacidez Hiperreflexia Hiporreflexia Pouca atrofia muscular Acentuada atrofia muscular Com fasciculações Sem fasciculações Babinski presente Babinski ausente Síndrome Cerebelar Incoordenação Nistagmo Central Dismetria Disartria Dificuldade da marcha Reflexo pendular Hipotonia Síndromes da aula Síndrome motora com hipotonia global Topográfico: central x periférico Etiológico Central: ECNP, EIM, Down, Prader-Willi Periférico: Amiotrofia Muscular Espinhal (AME), Miastenia, Distrofia Muscular Síndrome Motora (Tetraparesia Espástica) Topográfico: Central, supratentorial Etiológico: Síndrome Motora – Hemiparesia Direita + Atraso global do DNPM Topográfico: SNC (supratentorial) Etiológico Agudo: Má Formação Arterio-Venosa (MAV), Trauma, Anemia Falciforme Crônico: Atraso de Linguagem + Síndrome Comportamental Topográfico: SNC / 8º par craniano/ Vias ópticas Etiológico: Transtorno do espectro autista (TEA)/ Deficiência auditiva/ Deficiência Visual/ Deficiência Intelectual/ Deficiência Específica de Linguagem(DEL) Paralisia Facial Topográfico: Central x Periférico (no caso era periférico) Etiológico: pode ser HSV -> se usa aciclovir + CTC/ também pode ser Guillain–Barré variante Miller Fisher (uma variante do Guillain-Barré que começa pelos pares cranianos e desce – geralmente o Guillain-Barré começa pelos MMII e sobe) Crises Convulsivas Convulsões curtas: menos de 5min Convulsões prolongadas: 5-30min Status epilepticus: >30minde crises contínuas ou múltiplas sem a recuperação da consciência entre elas As convulsões com risco de dano neuronal permanente são as >30min Conduta nas crises convulsivas: 0-5min: fase de estabilização: Fazer o ABCDE, VOM (V: acesso venoso, O: administrar Oxigênio, M: monitorização com ECG e oxímetro), colher DXT e exames laboratoriais 5-20min: tratamento inicial Há 3 tratamentos de 1ª linha equivalentes: Diazepam intravenoso, Lorazepam intravenoso e Midazolam intramuscular. Caso não haja nenhum desses disponível, pode-se usar Diazepam retal ou intranasal ou midazolam bucal Dose do Diazepam: 0,06ml x peso 20-40min: Tratamento de 2ª linha Fenitoína (hidantal) 20mg/Kg, dose máxima 1500mg Não usar no RN, nele se usa fenobarbital Se a fenitoína não estiver disponível, pode usar fenobarbital 15mg/kg 40-60min: Tratamento de 3ª linha Não há evidência de qual seria a melhor opção Pode-se repetir a fenitoína ou o fenobarbital Pode-se usar doses anestésicas de tiopental, midazolam ou propofol(obviamente com IOT +VM) Opção para 3ª linha 1ª opção: MDZ Ataque: 0,05 a 0,2 mg/kg/dose Infusão contínua 1-18 mcg/Kg/min 2ª opção: tiopental Ataque: 5-8 mg/Kg/dose a cada 5-10 min até controlar as crises Dripping: 1-20 mcg/Kg/min 3ª opção: propofol (principalmente em crianças maiores e adolescentes) Ataque: 1,5-3,0 mg/Kg Dripping: 70-150 mcg/kg/min Evita-se na criança menor por causa da síndrome de infusão do propofol -> inibição das mitocôndrias que não absorvem os ácidos graxos de cadeia longa. Os pacientes evoluem com toxicidade pelos ácidos graxos. Há disfunção cardíaca, hipotensão, rabdomiólise, disf hepática, disf renal, ácidose metabólica,hipóxia. Convulsão febril Simples Definição: <15min, generalizada (perda da consciência), sem doença de base, 6m-5 anos de idade, sem déficit neurológico (DNPM normal), sem convulsão Afebril prévia A febre não precisa estar presente antes da crise, pode ser detectada imediatamente após Internação: Se menor que 18m na 1ª crise para fazer punção lombar, já que o diagnóstico de meningite é difícil nessa faixa etária. Mesmo se não fora 1ª crise, pode-se tratar de meningoencefalite. Se em uso de ATB, a punção lombar deve ser fortemente considerada, já que o ATB pode mascarar uma meningite Complexa: Definição: >15min, Recorre antes de 24h (2 crises ou mais em 24h), ou associada a anormalidades neurológicas no período pós-ictal (mais comum é a paralisia de Todd) Paralisia de Todd: Déficit focal (mais comum é a hemiparesia), que geralmente se resolve em 48h. Ocorre no período pós-ictal Internação: é indicada para observação TC ou RM: são recomendadas EEG: É recomendado Punção Lombar: apenas nos pacientes com suspeita de meningoencefalite Disturbios do comportamento Quando houver queixas relativas ao comportamento, preencher o Pediatric Symptoms Checklist (PSC). Não=0, Às vezes=1, Frequentemente=2 Se >ou= a 24 (até5 anos) 28 (6-16)ou 30 (17 ou mais) encaminhar a um especialista em saúde mental (neuropediatra ou psiquiatra) A exceção seriam queixas sugestivas de TEA (transtorno do espectro autista) principalmente atraso de linguagem Nesse caso, deve-se preencher o M-CHAT. Mesmo sem queixas , o M-CHAT deveser preenchido aos 18 e aos 24 meses Interpretação do M-CHAT: 0-2 baixo risco – repetir se < 2 anos 3-7 médio risco – preencher questionário de follow-up 8-20 alto risco – encaminhar ao especialista Avaliação do paciente com suspeita de TEA Excluir transtorno auditivo Procurar dismorfismos ao exame físico quesugiram: X-Frágil, Cornelia de Lange, Rett, Prader-Wili, Angelman, CHARGE e EscleroseTuberosa O diagnóstico é clínico com base no DSM-5, geralmente se consegue fazer o Dx com 18 meses. Diagnóstico de TEApelo DSM-V 1) déficits persistentes na comunicação social e nas interações, clinicamente significativos manifestados por: déficits persistentes na comunicação não-verbal e verbal utilizada para a interação social; falta de reciprocidade social; incapacidade de desenvolver e manter relacionamentos com seus pares apropriados ao nível de desenvolvimento. 2) padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos dois dos seguintes: estereotipias ou comportamentos verbais estereotipados ou comportamento sensorial incomun, aderência excessiva à rotinas e padrões de comportamento ritualizados, interesses restritos. 3) Os sintomas devem estar presentes na primeira infância (mas podem não se manifestar plenamente, até que as demandas sociais ultrapassem as capacidades limitadas). 4) Os sintomas causam limitação e prejuízo no funcionamento diário. TDAH DSM-5 traz uma lista de 18 sintomas, sendo 9 de desatenção, 6 de hiperatividade e 3 de impulsividade (que são contados em conjunto) Os sintomas se mantem por pelo menos 6 meses em um grau que não é proporcional ao nível de desenvolvimento da criança, e devem ocorrer em pelo menos 2 ambientes diferentes. Para o diagnóstico, são necessários 6 sintomas de desatenção OU 6 de hiperatividade e impulsividade Desta forma, são possíveis 3 apresentações: Combinada: Se preencher os 6 sintomas de ambas as categorias Predomínio de desatenção: se preencher os 6 sintomas apenas de desatenção Predomínio de hiperatividade/impulsividade: se preencher os 6 sintomas apenas de hiperatividade/impulsividade. A o SNAP-4 que é construído em cima do DSM-4, ele serve para ser usado na atenção primária, para o rastreio do TDAH. Não faz o diagnóstico definitivo Principais diagnósticos diferenciais da dificuldade de aprendizado: Deficiência Auditiva Deficiência Visual Dislexia DEL (Distúrbio Específico da linguagem) TEA (Transtorno do espectro autista) Deficiência intelectual (déficit cognitivo – QI<70 – com déficit adaptativo) Cefaléias Sinais de alerta (indicação de investigação de cefaleia secundária) Cefaleia crônica com mudança recente de padrão “A cefaleia mais intensa já apresentada na vida” Crises convulsivas associadas Alterações ao exame neurológico (déficits neurológicos focais, alterações de marcha, redução do nível de consciência) Mudanças de comportamento Declínio da função cognitiva Despertar noturno pela dor Vômitos matinais e/ou persistentes. Início muito súbito (hemorragia subaracnóidea, malformação vascular, lesão expansiva). História de trauma cranioencefálico (hemorragia intracraniana, hematoma subdural ou epidural). Febre com sinais neurológicos (rigidez de nuca, Kernig positivo, Brudzinski positivo) ou rash cutâneo com petéquias (meningite, encefalite, vasculite), anafilaxia. Distúrbios do sono – Métodos para o baby dormir Extinção não gradual: envolve pais colocando a criança na cama na hora de dormir e, em seguida, ignorando a criança até a manhã seguinte. Embora os pais continuem a monitorar questões tais como segurança e doença. O objetivo é reduzir o comportamento indesejado (por exemplo, choro, grito) eliminando atenção parental como um reforçador Extinção graduada: Envolve os pais ignorando os despertares e choros por períodos pré-determinados antes de verificar brevemente a criança. Um cronograma de verificação progressivo (graduado) (por exemplo, 5 minutos, depois 10 minutos) ou cronograma de verificação fixo (por exemplo, a cada 5 minutos) podem ser utilizados. O objetivo é permitir que uma criança desenvolva habilidades "auto-suaves" e possam adormecer de forma independente sem associações indesejáveis de sono. Rotinas positivas / ignorar sistemático: o estabelecimento de rotinas positivas deve iniciar mais ou menos 20 minutos antes do horário de deitar. Estas rotinas podem ser acompanhadas pelos pais, e o seu tempo deve ser reduzido gradualmente até coincidir com o horário ideal; após a realização das mesmas, a criança deve dormir em sua cama. Despertar programado: consiste em acordar a criança previamente ao seu despertar espontâneo, e checar se a mesma está bem, deixando-a dormir novamente espontaneamente. Extinção modificada /checagem mínima: consiste em ignorar o choro/despertar por 20 minutos, entrar no quarto para checar se existe algum problema real, não interagir com a criança e sair, levando no mínimo mais 20 minutos para entrar novamente no quarto.
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