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Ciência Política - Resumos A Sociedade e o Estado Conceitos: SANCHEZ AGESTA: não há sociedade, “termo abstrato e impreciso, mas Sociedades, uma pluralidade de grupos da mais diversa espécie e coesão (união de forças)”. MAURRAS: Sociedade de Sociedades e não Sociedades de Indivíduos. Conceito Básico: “TODO O COMPLEXO DE RELAÇÕES DO HOMEM COM SEUS SEMELHANTES”. FERDINAND TOENNIS: “a Sociedade é o grupo derivado de um acordo de vontades, de membros que buscam, mediante o vínculo associativo, um interesse comum impossível de obter-se pelos esforços isolados dos indivíduos” (mecanicista). DEL VECCHIO: “Sociedade é o conjunto de relações mediante as quais vários indivíduos vivem e atuam solidariamente em ordem a formar uma entidade nova e superior, oferece-nos ele um conceito de Sociedade organicista”. ARISTÓTELES: afirmar o caráter social do homem. A natureza fez do homem o “ser político”, que não pode viver fora da sociedade. Precisaria o ser de um Deus ou um bruto, algo mais ou algo menos do que um homem. Instituto de preservação de espécie fazem que o homem seja eminentemente social. Diferenças entre: MECANICISTA: Prioriza o indivíduo em relação à sociedade. Seu grande objetivo é vedar o arbítrio do Estado e dar garantias individuais. TECNICISTA: A tendência tecnicista busca no behaviorismo (INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA ATRAVÉS DO COMPORTAMENTO), teoria psicológica também de base positivista, os procedimentos experimentais necessários para a aplicação do condicionamento e o controle do comportamento. ORGANICISTA: Prioriza à sociedade em detrimento do indivíduo. Seu objetivo é garantir o bem comum. A Sociedade e a Comunidade SOCIEDADE POR TOENNIES: “A sociedade supõe a ação conjunta e racional dos indivíduos no seio da ordem jurídica e econômica; nela “os homens, a despeito de todos os laços, permanecem separados”. COMUNIDADE: Implica a existência de formas de vida e organização social, onde impera essencialmente uma solidariedade feita de vínculos psíquicos entre os componentes do grupo. Ela é dotada de caráter irracional, primitivo, munida e fortalecida de solidariedade inconsciente, feita de afetos, simpatias, emoções, confiança, laços de dependência direta e mútua do individual e do social. NA COMUNIDADE: a vontade se torna essencial, substancial, orgânica. NA SOCIEDADE: a vontade é arbitrária. A COMUNIDADE: surgiu primeiro (desde que o homem surgiu no planeta). A SOCIEDADE: apareceu depois. A COMUNIDADE: é matéria e substância. A SOCIEDADE: é forma e ordem. NA SOCIEDADE: há solidariedade mecânica (individual). NA COMUNIDADE: há solidariedade orgânica. A COMUNIDADE: é um organismo (se modifica). A SOCIEDADE: é uma organização, um contrato. NA COMUNIDADE: “a gente é”. NA SOCIEDADE: “a gente está”. Estado como ordem política da Sociedade é conhecido desde a Antiguidade aos nossos dias. MAQUIAVEL: “Todos os Estados, todos os domínios que têm tido, ou têm império sobre os homens são Estados, e são repúblicas ou principados”. HEGEL: “realidade da ideia moral”, “a substância ética consciente de si mesma”, “a manifestação visível da divindade”. KANT: “a reunião de uma multidão de homens vivendo sob as leis do Direito”. “O sujeito da ordem jurídica na qual se realiza a comunidade de vida de um povo”. DEL VECCHIO: “Estado é o laço jurídico ou político ao passo que a Sociedade é uma pluralidade de laços”. CALVEZ: “O Estado é a generalização da sujeição do poder ao Direito; por uma certa despersonalização”. DUGUIT: Ordem Formal: há o poder político na sociedade, que surge do domínio dos mais fortes sobre os mais fracos; Ordem Material: o elemento humano, que se qualifica em graus distintos, como população, povo e nação, o território. OPPENHEIMER diz que o Estado, pela e pela essência, não passa daquela “instituição social, que um grupo vitorioso impôs a um grupo vencido, com o único fim de organizar o domínio do primeiro sobe o segundo e resguardar-se contra rebeliões internas e agressões estrangeiras.” “Todo Estado se fundamenta na força” – Trotsky Weber: “a violência não é o instrumento normal e único do Estado, mas aquele que lhe é específico”. “AQUELA COMUNIDADE HUMANA QUE, DENTRO DE UM DETERMINADO TERRITÓRIO, REINVIDICA PARA SI, DE MANEIRA BEM-SUCEDIDA, O MONOPÓLIO DA VIOLÊNCIA FUISICA LEGÍTIMA”. A QUESTÃO DEMOCRÁTICA Como a Democracia é o regime da lei e da ordem para a garantia das liberdades individuais ? Liberdade e Competição: tanto a competição econômica da “livre iniciativa” quanto a competição política entre partidos que disputam eleições. Lei com potência judiciária para limitar o poder político: defendia a sociedade contra a tirania, pois a lei garante os governos escolhidos pela vontade da maioria. Ordem com a potência do Executivo e do Judiciário para conter e limitar os conflitos sociais: impedindo o desenvolvimento da luta de classes, seja pela repressão, seja pelo atendimento das demandas por direitos sociais (empregos, boas condições de trabalho e salário, educação, moradia, saúde, transportes e lazer). Eficácia: defendem a democracia porque lhes parece um regime favorável à apatia política (a política seria assunto dos representantes, que são políticos profissionais) que favorece a formação de uma elite de técnicos competentes aos quais cabe a direção do Estado, evitando, dessa maneira, uma participação política que traria à cena os “extremistas” e “radicais” da sociedade, isto é, os “incompetentes”. A democracia é reduzida a um regime político eficaz, baseado na ideia de cidadania organizada em partidos políticos, que se manifesta no processo eleitoral de escolha dos representantes, na rotatividade dos governantes e nas soluções técnicas (e não políticas) para os problemas sociais. Uma ideologia não nasce do nada, nem repousa no vazio... Isso se aplica à Ideologia Democrática, ou seja, na prática democrática e nas ideias democráticas, há uma profundidade e uma verdade muito maiores e superiores ao que a ideologia democrática percebe e deixa perceber. ELEIÇÕES: o poder não se identifica com os ocupantes do governo, não lhes pertence, mas é sempre um lugar vazio que os cidadãos, periodicamente, preenchem com um representante, podendo revogar seu mandato se não cumprir o que lhe foi delegado para representar. O QUE SIGNIFICAM SITUAÇÃO/OPOSIÇÃO E MAIORIA/MINORIA ? A sociedade não é uma comunidade única, mas extremamente dividida e que tais divisões são legítimas e devem se expressar publicamente, através da Democracia, que é a única forma política que considera o conflito legítimo e legal, permitindo que seja trabalhado politicamente pela própria sociedade. NECESSIDADE: algo particular e específico, de água, de comida... CARÊNCIA: um grupo social carece de transportes, de hospital. INTERESSE: algo particular e específico. Os interesses dos estudantes de Direito defendem dos interesses dos estudantes de Medicina. NECESSIDADES OU CARÊNCIAS PODEM SER CONFLITANTES: por exemplo, numa região de uma grande cidade, as mulheres trabalhadoras tenham necessidade ou carência de creches para seus filhos e que, na mesma região, um outro grupo social, favelados, tenham carência de moradia. O governo municipal dispõe de recursos para atender a uma das carências mas não a ambas. Ou seja, resolver um problema significa não resolver o outro. INTERESSES TAMBÉM PODEM SER CONFLITANTES: por exemplo, grandes donos de terras deixa-las inativas esperando a valorização imobiliária ao invés de liberá-las para o cultivo de alimentos da comunidade rural. DIREITO: não é particular e específico, mas é geral e universal, válido para todos os indivíduos, grupos e classes sociais. Uma sociedade só é DEMOCRÁTICA quando além das eleições, partidos políticos, divisão dos três poderes da república, respeito à vontade da maioria e das minorias, institui algo mais profundo, que é condição do próprio regime, ou seja, quando institui DIREITOS. DEMOCRACIA: é uma forma de governo que caracteriza por fazer recair o poder sobrea população. Este propósito significa que as direções que torna um grupo social se sustentam na vontade da maioria. Desde o ponto de vista etimológico, a palavra democracia compõe-se de radicais provenientes do grego, que significam “governo” e “povo”.
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