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ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO

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1 
 
ASPECTOS GERAIS DO DIREITO DE RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS NA LEI Nº 
11.101/2005 
 
Resumo: 
Este artigo tem por finalidade fazer uma análise científica sobre os aspectos gerais da Lei nº 
11.101/2005, apontando, assim, as principais inovações da recuperação da empresa em crise, 
os princípios norteadores desse ramo do Direito Empresarial, definir a crise da empresa e 
apontar alguns meios para sua recuperação. 
 
Palavras-chave: 
DIREITO FALIMENTAR. RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS. LEI Nº 11.101/2005. A 
CRISE DA EMPRESA. MEIOS DE RECUPERAÇÃO. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O objetivo deste artigo é fazer uma análise científica sobre os aspectos gerais do 
Direito de Recuperação de Empresas disciplinado pela Lei nº 11.101/2005, auxiliando, assim, 
os operadores do Direito a entender a importância, as normas, as formas de recuperação e, 
principalmente, os princípios que regulamentam essa “nova” ramificação do Direito 
Empresarial. 
No desenvolvimento deste artigo será demonstrada como era tratada a recuperação das 
empresas no Decreto Lei n° 7.661/45, que foi revogado pela lei supracitada. 
A entrada em vigor da Lei nº 11.101/2005 representou uma importante mudança de 
valores no Direito Concursal Brasileiro. O caráter liquidatório do Decreto Lei nº 7.661/45 
cedeu lugar para os princípios, de cunho social, norteadores da nova Lei de Falências e 
Recuperação de Empresas, que serão objeto de tópico específico deste trabalho. A referida lei 
abriga dois institutos com a finalidade de recuperar as empresas da crise, a recuperação 
judicial e a recuperação extrajudicial, sendo que, esta representa a mais importante novidade 
da Lei nº 11.101/2005. 
Por fim, este artigo definirá algumas situações de crise da empresa bem como apontará 
alguns meios para sua recuperação. 
 
2 O DECRETO-LEI N° 7.661/45 – A LEI DE FALÊNCIAS ANTERIOR 
 
2 
 
O Decreto-Lei nº 7.661/45 tinha um caráter liquidatório, cujo principal objetivo era 
liquidar os bens do devedor para satisfazer os credores. Assim sendo, a lei falimentar, que 
vigorou por quase 60 anos, privilegiava o interesse individual do credor em detrimento do 
interesse social e coletivo de preservar a empresa economicamente viável. 
É importante ressaltar ainda, que o referido decreto não cumpria com eficiência sua 
finalidade liquidatória, pois 
 
os processos falimentares duravam muito mais que o desejado e previsto em 
lei, frustrando credores, estabelecendo a incerteza quanto aos devedores e o 
perecimento, muitas vezes, de bens que, uma vez arrecadados, perdiam 
substância e valor pelo não-uso ou pela ausência de conservação. (CAMPOS 
FILHO, 2005, p. 20) 
 
Se há algo certo em qualquer sistema falimentar, é que o processo de liquidação da 
empresa falida deve ocorrer da forma mais rápida e menos onerosa, tanto para o devedor, 
quanto para os credores. A ineficiência do referido decreto aliada à morosidade do Poder 
Judiciário, penalizavam os credores e a sociedade, em geral, com o perecimento do 
patrimônio do devedor falido. 
Todavia, a principal falha do sistema anterior à Lei nº 11.101/2005, não residia 
apenas no fato de que a lei falimentar não cumpria seus objetivos com eficiência, sobretudo, o 
maior absurdo era proibir o acordo extrajudicial, uma vez que o Decreto-Lei nº 7.661/45 
presumia a insolvência do devedor que convocava os credores e lhes propunha alteração nas 
formas de pagamentos de seus créditos. 
Incoerentemente, o principal meio de recuperação da empresa em crise, o acordo 
amigável entre credores e devedor, era expressamente vedado pelo art. 2º, III, do Decreto Lei 
n° 7.661/45, o que, de fato, contraria a necessidade do mercado em dar celeridade e eficiência 
à composição dos litígios. 
 
3 A NECESSIDADE DA MUDANÇA DE PARADIGMA 
 
Além das exigências do próprio mercado, a promulgação da Constituição Federal de 
1988 e do Código Civil de 2002, foram fatores que contribuíram para a necessidade de 
mudança dos fundamentos da legislação falimentar representada pelo Decreto-Lei nº 
7.661/45. 
A Constituição Federal de 1988 ao inserir o princípio da preservação da empresa 
em seu texto, fez surgir no ordenamento jurídico brasileiro o Direito Empresarial. Como dito 
3 
 
anteriormente, o Decreto-Lei nº 7.661/45 era caracterizado por sua finalidade liquidatória, em 
que a satisfação dos credores se sobrepunha à função social que a empresa representa para a 
produção de riquezas de um país. Fazendo uma análise sistemática do referido decreto, é fácil 
perceber que este estava em desacordo com os fundamentos da Lei Maior, uma vez que a 
finalidade de um era preservar, enquanto a do outro era liquidar. 
O Código Civil de 2002 serviu para dar maior efetividade ao princípio constitucional 
da preservação da empresa, pois introduziu no sistema jurídico pátrio a teoria da empresa, 
do direito italiano, em substituição à teoria dos atos de comércio do Código Comercial de 
1850. Com o novo diploma civil, o Decreto-Lei nº 7.661/45 ficou ainda mais ultrapassado, 
uma vez que era predominantemente voltado ao comerciante, ou seja, àquele que pratica ato 
de comércio com habitualidade. 
O novo Código Civil consolidou a transição entre a teoria dos atos de comércio e a 
teoria da empresa, englobando no conceito de atividade empresária tanto os atos de comércio, 
quanto o de serviços. Todavia, as disposições do Decreto-Lei nº 7.661/45 não poderiam ser 
aplicadas às sociedades empresárias prestadoras de serviço, pois, expressamente, a lei 
falimentar só era aplicada aos comerciantes. 
Nesse contexto, era latente a necessidade de adequar a legislação falimentar às 
referidas mudanças. A Lei nº 11.101/2005 representou uma nova fase do Direito Concursal 
brasileiro, embora a referida lei tenha preservado alguns fundamentos do sistema falimentar 
anterior, ela acertou em não proibir a recuperação extrajudicial. 
Em virtude das mudanças ocorridas no sistema jurídico pátrio era urgente a 
necessidade de mudar, ou de pelo menos adequar, a legislação falimentar às referidas 
mudanças. Com esse objetivo, foi proposto o Projeto de Lei nº 4.376 que tramitou no 
Congresso Nacional por mais de onze anos transformando-se, em 2005, na Nova Lei de 
Falências e Recuperação da Empresa, a Lei nº 11.101/2005. 
 
4 O DIREITO CONCURSAL E A RECUPERAÇÃO DA EMPRESA 
 
O Direito Concursal, moderna denominação do Direito Falimentar, está fundamentado 
em dois institutos o da falência e o da recuperação da empresa. 
O objetivo da falência, em qualquer lugar do mundo, é arrecadar e avaliar os bens do 
devedor e vendê-los para pagar os credores, tudo isso da forma mais rápida possível evitando, 
assim, o perecimento do patrimônio do falido. 
4 
 
Situação diversa é o caso do instituto da recuperação da empresa, pois é tratado de 
forma diversa nas legislações contemporâneas, não existindo uma solução comum, cada país 
procurando adequar o Direito de Recuperação da Empresa aos seus interesses econômicos. 
O renomado doutrinador JORGE LOBO agrupa as legislações que tratam da 
recuperação da empresa em crise em quatro sistemas: o clássico, o americano, o francês e o 
escandinavo. De acordo com o autor, a Nova Lei de Falências filia-se ao sistema escandinavo, 
no quesito da recuperação da empresa. 
A recuperação da empresa no sistema clássico é tratada como um favor legal 
oferecido ao devedor, ainda que irrecuperável. Dessa forma, privilegia-se o devedor ao lhe 
conceder o benefício da concordata, que pode ser para evitar (concordata preventiva) ou para 
cessar os efeitos da falência (concordata suspensiva). 
O sistema americano valoriza o crédito, pois visa, fundamentalmente, a satisfação 
dos credores. É importante ressaltarainda que, nos Estados Unidos, a lei oferece condições 
para que devedor e credores negociem diretamente, tendo o Judiciário o papel de apenas 
intervir para garantir o tratamento igualitário entre as classes de credores. 
O objetivo do sistema francês é “alcançar a reestruturação da empresa, com a 
finalidade de mantê-la em ativa operação e salvaguardar os empregos dos trabalhadores e se, 
possível, atender aos direitos e interesses dos credores” 1. 
No sistema escandinavo a finalidade é a 
 
reorganização, o saneamento e a salvação da empresa com a participação 
direta e essencial dos credores, com o objetivo de recuperar a empresa, 
manter em pleno funcionamento os postos de trabalho e garantir a realização 
dos créditos de financiadores e fornecedores de mão-de-obra e de materiais. 
2
 
 
Dada a importância da Empresa para a economia, que será mais bem tratada quando 
falarmos de sua função social, o Brasil não poderia continuar seguindo na contramão do 
Direito Moderno. Embora os institutos da recuperação da empresa da nova Lei de Falências 
apresentem diversas falhas, o legislador acertou em suprimir a proibição da recuperação 
extrajudicial. 
A lei nº 11.101/2005 representou uma mudança no paradigma do Direito Concursal 
pátrio, atualmente, os interesses individuais dos credores deram lugar ao interesse social da 
preservação da empresa, uma vez que esta cumpre uma função social. No entanto, conforme a 
 
1
 LOBO, Jorge. Direito da empresa em crise (a nova lei de Recuperação da Empresa). Revista Forense. Vol. 
379. p. 123. 
2
 Idem. 
5 
 
melhor doutrina, a preservação da empresa não é um valor absoluto, que deve ser buscado a 
qualquer custo. Na prática, existem hipóteses, em que é mais oneroso para o Estado recuperar 
a empresa do que liquidá-la. Para que a empresa mereça os esforços necessários para 
recuperá-la de sua crise, é necessário que ela apresente viabilidade econômica, que consiga 
continuar a desenvolver sua atividade com seus próprios recursos, caso contrário, solução 
melhor não há do que a rápida liquidação da empresa. 
A falência, em alguns casos, não pode ser interpretada como um mal ou como um mal 
necessário. A empresa que não consegue se sustentar com recursos próprios deve dar seu 
lugar no mercado às empresas em melhores condições, que irão assumir os empregados e toda 
a produção de riquezas. Na verdade, a falência pode representar a realocação dos recursos. Os 
fatores de produção que eram mal geridos ganham a possibilidade de reorganização. A 
atividade econômica originária não é extinta com a falência, mas sim, entregue para outras 
mãos. 
 
5 OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO DIREITO DE RECUPERAÇÃO DA 
EMPRESA 
 
Princípios são normas gerais, positivadas ou não, que fundamentam outras normas, 
servindo de base para todo o ordenamento jurídico de uma determinada sociedade. A partir de 
um princípio mais amplo podem ser construídos outras normas, regras e princípios (melhor 
dizendo, sub-princípios). Os princípios possuem conteúdo genérico e abstrato, uma vez que 
são aplicados aos inúmeros casos concretos. 
Os princípios apresentam três funções fundamentais: função informadora, função 
normativa e função interpretadora. 
Através de sua função informadora o princípio atua como a fonte inspiradora do 
legislador, servindo de alicerce para todo o sistema jurídico. Da mesma forma, os princípios 
atuam como fonte supletiva no caso de lacuna ou ausência da lei, servindo como critério 
orientador da hermenêutica jurídica. 
O princípio é um vetor de interpretação e aplicação da lei. 
O estudo dos princípios é de fundamental importância em qualquer ramo do 
pensamento jurídico, pois constituem a base do sistema normativo aberto. O correto 
entendimento de seu peso e significado não pode ser relegado a segundo plano, pois deles 
irradiam todas as demais normas. Não se deve recorrer aos princípios em último caso, mas 
sim, deve-se interpretar a norma aplicável a partir deles. 
6 
 
Os princípios norteadores do Direito Concursal pátrio estão expressamente dispostos 
no art. 47, da Lei nº 11.101/2005, in verbs: 
 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da 
situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a 
manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos 
interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua 
função social e o estímulo à atividade econômica. 
 
O referido dispositivo legal pode ser definido como o coração da nova lei de falências, 
não se aplicando somente à recuperação judicial, mas sim, a todo o ordenamento jurídico que 
trata da atividade empresarial. 
 
5.1. O princípio básico: par condicio creditorum 
 
O princípio básico do Direito Falimentar é o par condicio creditorum, ou seja, a 
igualdade de condições dos credores na cobrança de seus créditos do devedor falido. Se não 
fosse tal preceito, os credores mais ágeis e influentes levariam uma imensa vantagem na 
liquidação do patrimônio do falido, bem como facilitaria os conluios fraudulentos para lesar 
alguns credores e privilegiar outros. Para proteger os interesses dos credores, evitando o 
favorecimento ilegal, o direito deve dar um tratamento igual a todos os credores integrantes de 
uma mesma categoria. 
 A igualdade de condições não se aplica somente na cobrança dos créditos no processo 
falimentar, o referido princípio também pode ser aplicado aos institutos da Recuperação da 
Empresa, pois a decisão da recuperação ou da quebra da empresa cabe, com a Nova Lei de 
Falências, aos credores. 
Na Recuperação Extrajudicial o referido princípio encontra-se mitigado, pois os 
credores e o devedor podem negociar suas obrigações livremente, respeitadas, é claro, as 
limitações estabelecidas pela Lei nº 11.101/2005. 
 
5.2. A função social da empresa 
 
O princípio da função social da propriedade está inserido em diversos dispositivos da 
Constituição Federal de 1988. A expressão propriedade, no texto constitucional, deve ser 
interpretada em sentido amplo envolvendo qualquer direito patrimonial, inclusive a empresa. 
7 
 
Função social é uma norma aberta, que não pode ser entendida, somente, como um 
conjunto de limitações. Seu sentido é muito mais amplo, significando, também, a utilização 
da propriedade de acordo com os interesses da coletividade. 
A Constituição vigente vinculou o uso da propriedade à sua função social. Assim, o 
direito de propriedade não pode ser exercido de forma absoluta, a critério único e exclusivo 
do proprietário. O uso da propriedade deve estar de acordo com os interesses sociais. O direito 
sobre a propriedade não poderá ser exercido se isso significar prejuízo à sociedade. 
Da mesma forma, os interesses da empresa não podem estar vinculados somente aos 
interesses dos sócios e de seus controladores, pois a empresa cumpre a função social de gerar 
riquezas para a sociedade, através da geração de empregos, do pagamento de tributos e do 
oferecimento de seus produtos e/ou serviços ao mercado consumidor. 
Em suma, se não é a maior, a empresa é, pelo menos, uma importante fonte de 
produção de riquezas para a sociedade, e é por este motivo que ela merece um tratamento 
especial do Direito, que deve garantir condições à continuidade de sua atividade. 
A função social da empresa não é um limite à atividade empresarial, e sim um dever 
de utilizá-la em beneficio da sociedade. 
Falar em função social da empresa, consequentemente, é falar sobre os benefícios 
gerados, direta ou indiretamente, à sociedade com o desenvolvimento de sua atividade. 
A empresa é uma fonte geradora de empregos.A força de trabalho é um dos fatores 
que o empresário tem que gerenciar para conseguir oferecer os produtos e/ou serviços ao 
mercado consumidor. A quantidade de mão-de-obra varia de acordo com o porte e com a 
atividade da empresa. Exemplificando, imagine um frigorífico de médio porte situado em um 
pequeno município, cuja zona rural é grande produtora de gado de corte. A atividade 
desenvolvida por aquela empresa utiliza uma grande quantidade de mão-de-obra. Nesse caso, 
não seria errado presumir que esta empresa vai empregar a maioria da população 
economicamente ativa desta cidade, bem como atrairá novos habitantes em busca de trabalho. 
Uma empresa necessita de outras empresas. Dada a divisão social do trabalho, não 
é viável que uma única empresa participe de todas as etapas do processo produtivo. Dessa 
forma, no exemplo acima, podemos afirmar que o frigorífico vai atrair novas empresas de 
transporte, de embalagens, de formação de mão-de-obra e etc. 
A empresa é uma fonte geradora de tributos. Os tributos pagos pelas empresas 
ajudam o Poder Público a custear os serviços oferecidos à sociedade, tal como a educação e a 
saúde. 
8 
 
A empresa abastece o mercado consumidor com seus produtos e/ou serviços. Do 
conceito de empresa podemos extrair que um de seus objetivos é abastecer o mercado 
consumidor, é com os produtos oferecidos pelas empresas que a população satisfaz suas 
necessidades de consumo. 
 
5.3. A preservação da empresa 
 
Embora a Constituição Federal de 1988 tenha inserido de forma implícita o princípio 
da preservação da empresa, como se verifica dos princípios enumerados em seu artigo 170, 
este foi expressamente contemplado, de forma pioneira, no artigo 47 da Nova Lei de 
Falências e Recuperação da Empresa. 
De acordo com o sistema jurídico vigente, a empresa pode ser definida como a 
atividade econômica de oferecer bens e/ou serviços ao mercado consumidor, através da gestão 
dos fatores de produção (força de trabalho, matéria-prima, capital e tecnologia). 
Para completar o conceito de empresa acima, é mister acrescer que ela cumpre uma 
função social, pois constitui um importante instrumento de produção de riquezas, quer seja 
através da geração de empregos, quer seja através do pagamento de tributos. 
O princípio da preservação da empresa é decorrente de sua função social. O referido 
princípio tutela a continuação das atividades de uma empresa, pois os efeitos de sua 
paralisação ou extinção não atingem somente seus controladores, sócios ou acionistas. Os 
empregados, o Estado, o mercado consumidor e outras empresas fornecedoras são atingidos 
diretamente com a falência de determinada empresa. 
Devido à sua importância econômica, a lei deve garantir a manutenção da empresa, 
para que esta continue cumprindo sua função social. 
Toda empresa está sujeita aos riscos do mercado, no desenvolvimento normal de sua 
atividade ela pode passar por algum momento de dificuldade econômica, e para evitar que a 
empresa cesse suas atividades, a lei deve criar condições para sua recuperação. 
É por esse motivo que o princípio da preservação da empresa deve nortear a legislação 
falimentar, não só do Brasil, mas de qualquer país cujo objetivo é estimular a atividade 
econômica. Todavia, a preservação da empresa não é um valor absoluto, deve-se preservar 
somente a empresa viável, ou seja, somente a empresa que apresenta condições de continuar 
desempenhando sua função social. 
A lei deve dar condições à recuperação da empresa, mas não é toda empresa que tem 
condições de ser recuperada. A empresa que não apresenta o requisito da viabilidade 
9 
 
econômica deve ser extinta, melhor falida. Nesse caso, a falência não pode ser considerada 
um mal, pois os custos da preservação não podem ser superiores ao da sua liquidação. Dessa 
forma, a preservação da empresa não é um valor a ser perseguido cegamente, deve-se analisar, 
primeiramente, a respeito de sua viabilidade. 
 
5.4 A viabilidade econômica da empresa 
 
 O princípio da preservação da empresa deve estar intimamente atrelado ao princípio da 
viabilidade econômica, pois, como dito anteriormente, aquele não pode ser um valor absoluto, 
que deve ser buscado a qualquer custo. 
De acordo com o princípio da viabilidade econômica da empresa, esta só deve ser 
mantida no mercado se for economicamente viável. O juiz ao ponderar a esse respeito deverá 
observar alguns critérios, dentre eles a importância social, o volume de mão-de-obra, a 
tecnologia empregada na produção, o volume do ativo e passivo, o tempo de funcionamento e 
porte econômico da empresa. 
Os custos da recuperação da empresa não podem ser superiores ao da sua liquidação. 
A coletividade não pode suportar o ônus de recuperar uma empresa, que não tem condições de 
ser recuperada. A preservação da empresa não pode se sobrepor aos interesses da sociedade. 
Se a empresa não tem condições de ser recuperada, a melhor solução é a falência. 
Como bem assinala Fábio Ulhoa Coelho (2013, p. 247), “Se ninguém quer a empresa, a 
falência é a solução do mercado, e não há por que se buscar à força a sua recuperação.” A 
falência é um mal para a empresa, pois significa sua “morte”, mas, dependendo do caso 
concreto, ela pode representar um bem para o mercado e para a sociedade. Dessa forma, a 
falência é o meio viável para que a sociedade não desperdice recursos em recuperar uma 
empresa que não tem condições de se manter no mercado. 
 
6 A CRISE DA EMPRESA 
 
Da mesma forma que a falência representa a morte da empresa, a crise significa seu 
estado patológico, metaforicamente, um câncer que precisa ser rapidamente diagnosticado e 
tratado, para aumentar, dessa forma, as possibilidades de cura. 
Devido à sua importância para a economia do país, a empresa economicamente viável 
que se encontra em crise, merece e deve ser recuperada. Mas, o que caracteriza a crise de uma 
empresa? 
10 
 
A nova lei de falências acertou em não definir a crise da empresa, deixando a cargo da 
doutrina e da jurisprudência. 
Ao sistematizar a crise da empresa, o renomado jurista Fábio Ulhoa Coelho propõe sua 
diferenciação entre crise econômica, financeira e patrimonial. Como bem assinala o autor, 
isoladamente essas formas de crise, nem sempre representam motivos de preocupação aos 
agentes econômicos, e em alguns casos, dependendo do ramo empresarial, elas são até 
normais durante um determinado período da atividade econômica. 
A crise econômica é provocada por uma acentuada retração no faturamento da 
empresa, devido à redução do consumo de seus produtos e/ou serviços. Em outros termos, 
podemos dizer que “quando as vendas de produtos ou serviços não se realizam na quantidade 
necessária à manutenção do negócio” (COELHO, 2013, 244) está caracterizada a crise 
econômica da empresa. A crise econômica pode ser generalizada, afetar apenas um segmento 
da economia ou atingir especificamente uma empresa. 
 A crise financeira ou de liquidez pode ser detectada pela impontualidade da empresa 
em honrar seus compromissos devido à falta de dinheiro em caixa. Mesmo não estando em 
situação de crise econômica a empresa pode ter dificuldade em solver suas obrigações, 
“porque ainda não amortizou o capital investido nos produtos mais novos, está endividada em 
moeda estrangeira e foi surpreendida por uma crise cambial ou o nível de inadimplência na 
economia está acima das expectativas” (COELHO, 2013, 244). Geralmente, se a empresa 
 
não está também em crise econômica e patrimonial, ela pode superar as 
dificuldades financeiras por meio de operações de desconto em bancos das 
duplicatas ou outro título representativo dos créditos derivados das vendas 
ou contraindo mútuobancário mediante a outorga de garantia real sobre bens 
do ativo. Se estiver elevado o custo do dinheiro, contudo, essas medidas 
podem acentuar a crise financeira, vindo a comprometer todos os esforços de 
ampliação de venda e sacrificar reservar imobilizadas. (COELHO, 2013, 
244) 
 
Quando os bens de determinada empresa são insuficientes para satisfazer suas dividas, 
podemos dizer que ela se encontra em crise patrimonial, ou seja, a insolvência é o que 
caracteriza essa modalidade de crise, esta situação pode aparentar 
 
uma condição temerária, indicativa de grande risco para os credores. Não é 
assim necessariamente. O patrimônio liquido negativo pode significar apenas 
que a empresa está passando por uma fase de expressivos investimentos na 
ampliação de seu parque fabril, por exemplo. Quando concluída a obra e 
iniciadas as operações da nova planta, verifica-se aumento de receita e de 
resultado suficiente para afastar a crise patrimonial. (COELHO, 2013, 244) 
11 
 
 Podemos dizer que a empresa está em situação crítica com a ocorrência dessas três 
formas de crise, a queda das vendas acarreta falta de liquidez, que, consequentemente, gera a 
insolvência É este o estado que configura a crise da empresa e que preocupa os agentes 
econômicos (investidores, consumidores, credores, fisco e trabalhadores). 
 
A crise da empresa pode ser fatal, gerando prejuízos não só para os 
empreendedores e investidores que empregaram capital no seu 
desenvolvimento, como para os credores e, em alguns casos, num encadear 
de sucessivas crises, também para outros agentes econômicos. A crise fatal 
de uma grande empresa significa o fim de postos de trabalho, 
desabastecimento de produtos ou serviços, diminuição na arrecadação de 
impostos e, dependendo das circunstâncias, paralisação de atividades 
satélites e problemas sérios para a economia local, regional ou até mesmo, 
nacional. Por isso muitas vezes o direito se ocupa em criar mecanismos 
jurídicos e judiciais de recuperação da empresa. 
3
 
 
Definir qual o tipo de crise é de fundamental importância para a tentativa de 
recuperação da empresa, pois o meio que pode ser eficiente para um tipo de crise pode não ser 
para outro. 
 
7 OS MEIOS DE RECUPERAÇÃO DA EMPRESA 
 
 A crise de uma empresa pode ser provocada pelos mais variados motivos: problemas 
financeiros, dificuldades gerenciais por falta de profissionalização da administração, mão-de-
obra desqualificada, excesso de estoque, baixa produtividade, falta de tecnologia, sucessão do 
controlador, desentendimento entre os sócios, aumento da carga tributária, redução dos 
financiamentos bancários, juros altos, surgimento de novos produtos ou alta competitividade 
do concorrente, variação cambial, inadimplência de seus devedores, retração do consumo e 
etc. 
 Devido a esta infinidade de problemas é necessário um diagnóstico preciso a respeito 
de qual é, ou quais são, os problemas que causaram a crise da empresa. É necessário o 
conhecimento da real situação da empresa para saber qual será o melhor meio de recuperação 
a ser utilizado. 
Antes de entrarmos nas disposições da Lei nº 11.101/2005, a cerca dos meios de 
Recuperação Extrajudicial, é necessário uma análise superficial sobre as técnicas de fusão, 
 
3
 LOBO, 1996 apud COELHO, op. cit. p. 233. 
12 
 
de aquisição e de joint-venture (união de risco), que podem ser um meio de recuperação 
extrajudicial, cuja principal vantagem é não haver a necessidade da anuência dos credores. 
As técnicas de fusão e aquisição, grosso modo, consistem em uma operação societária 
através da qual uma empresa compra outra, que passará à condição de novo membro do grupo 
econômico. Na maioria dos casos, a empresa adquirida é menor em relação à empresa 
adquirente que vê naquela uma possibilidade de ampliar sua participação no mercado. 
Na joint-venture, duas ou mais empresas associam-se com o objetivo de conjugar seus 
esforços para o desenvolvimento e a execução de um projeto específico. Na maioria das vezes 
essa união é estimulada pelos governos. 
A nova Lei de Falências dispõe, em seu artigo 50, um rol exemplificativo de meios 
que podem ser utilizados na recuperação da empresa. O rol não é taxativo, e sim 
exemplificativo. Dessa forma, poderão ser usados outros meios que não os constantes no 
referido dispositivo legal. 
 É importante destacar ainda que o artigo supracitado não fala, em sua aplicação em 
relação à recuperação extrajudicial, mas tão somente na recuperação judicial. No entanto, 
fazendo uma interpretação teleológica e sistemática dos institutos, não há como não estender 
esses meios à recuperação extrajudicial. 
Dentre os meios de recuperação da empresa que podem ser utilizados na recuperação 
extrajudicial, podemos destacar, primeiramente, a reestruturação do capital. Conforme 
pondera Fábio Ulhoa Coelho (2013, 404), “de modo geral, em qualquer empresa, a crise 
econômica, financeira ou patrimonial resolve-se com dinheiro novo, isto é, ingresso de 
recursos”. 
O aumento do capital social é um meio que pode possibilitar a recuperação, pois a 
empresa terá mais dinheiro em caixa para investir em sua atividade econômica ou solver as 
obrigações a curto prazo. Com o referido meio, o investidor que coloca seu dinheiro em uma 
empresa em crise, vê nesta a possibilidade de sua recuperação. Dessa forma, ele assume o 
risco de sócio, não tendo, a priori, a mentalidade de ser remunerado como se fosse mutuante. 
É muito mais barato conseguir recursos através do aumento do capital social, do que 
por meio de mútuo bancário, principalmente no Brasil que possui uma das maiores taxas de 
juros do mundo. 
A dilação do prazo de pagamento das obrigações é outro meio de que a empresa 
deve valer-se, sobretudo, quando o seu problema é de liquidez. O devedor ao sentir que se 
cumprir a obrigação, no prazo anteriormente pactuado com o devedor, poderá comprometer o 
regular funcionamento da atividade econômica, deve pedir a dilação do prazo ao credor. Por 
13 
 
exemplo, se a empresa tem uma obrigação que tem que ser cumprida em três meses e verifica-
se que ao solvê-la comprometera seu capital de giro, o devedor deve pedir a dilação do prazo. 
Se a empresa constatou que se este prazo for dilatado para seis meses, não acarretará o 
referido problema, ela deve pedir a dilação de seis meses. No entanto, é recomendável que o 
devedor peça o dobro do prazo que necessita, para assegurar-se de eventuais imprevistos. 
A empresa, na tentativa de recuperar-se, poderá alterar as condições de pagamento das 
dívidas, seja através da dação, da novação ou da substituição de garantia. No caso da 
substituição de garantia é necessário contar com a anuência expressa do titular da garantia. 
Através da dação em pagamento o devedor oferece ao credor uma prestação diversa da 
originariamente pactuada, o referido instituto serve para evitar, em tese, que os bens da 
empresa sejam leiloados a lance inferior ao preço vil. No entanto, conforme preceitua o artigo 
313 do Código Civil, ninguém é obrigado a receber prestação diversa da que foi contratada, 
ainda que mais valiosa. Por força do referido dispositivo e do artigo 356 do Código Civil, a 
dação em pagamento está condicionada à anuência do credor. 
A alienação do ativo também é um meio de recuperação. Todavia, caso o devedor 
necessite alienar alguma filial ou unidade produtiva, o adquirente sucederá as obrigações 
tributárias da empresa adquirida. A sucessão tributária constitui um grande empecilho à 
recuperação da empresa. O art. 166, da Lei nº 11.101/2005, permite a alienação de filiais ou 
unidades produtivas isoladas do devedor em sedede recuperação extrajudicial. Contudo, a 
responsabilidade tributária por sucessão empresarial dificulta a referida compra e venda, 
pois constitui um risco a mais para o adquirente. Nesse ponto, falhou o legislador em não 
excluir a responsabilidade tributária por sucessão empresarial da recuperação extrajudicial. 
Outra medida de recuperação é o aumento dos preços de seus produtos e/ou serviços, 
todavia, devido à acirrada concorrência, esta medida pode não ser muito viável. 
A recuperação da empresa também pode acontecer através do investimento em 
tecnologia, da qualificação da mão-de-obra ou da redução da folha de pagamento, no entanto, 
devido ao ciclo que o desemprego provoca, esta medida deve ser a ultima a ser usada pela 
empresa em crise. 
 
8 CONCLUSÃO 
 
 Após o presente estudo, podemos concluir que: 
 1. O Decreto-Lei nº 7.661/45 tinha um caráter liquidatório, cujo principal objetivo era 
liquidar os bens do devedor para satisfazer os credores. 
14 
 
 2. A principal falha do referido decreto era proibir a recuperação extrajudicial, 
tipificando-a como um ato de falência. 
 3. A entrada em vigor da 11.101/2005 implicou importantes alterações no sistema de 
recuperação de empresas no Brasil. 
 4. A empresa economicamente viável, em razão de sua função social, precisa ser 
preservada. 
 5. Diagnosticar rapidamente a forma como a crise da empresa se desenvolve é 
essencial para a escolha do meio de recuperação. 
 Só o tempo dirá se os objetivos da Lei nº 11.101/2005 foram alcançados, mas, em 
razão dos motivos já apresentados, sua entrada em vigor era extremamente necessária, uma 
vez que a principal solução de mercado era vedada pela lei falimentar anterior. 
 
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