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MET AEROBICO E ANAE

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METABOLISMO AERÓBICO E 
ANAERÓBICO DURANTE O 
EXERCÍCIO 
Disciplina de Fisiologia Aplicada à 
Fisioterapia 
Profa. Patrícia Neves 
ftpatricianeves@yahoo.com.br 
METABOLISMO ANAERÓBICO 
DURANTE O EXERCÍCIO 
Disciplina:Fisiologia do exercício 
Metabolismo aeróbico e anaeróbico 
• Aeróbico  requer oxigênio para produção de ATP 
• Anaeróbico  não requer oxigênio para produção de ATP 
• Não são exclusivos – trabalham simultaneamente para 
produção de energia 
• Um sistema predomina sobre o outro dependendo das 
condições do exercício 
Metabolismo aeróbico e anaeróbico 
1. Metabolismo anaeróbico alático: sistema ATP-PC 
– energia para 10 segundos de atividade máxima 
2. Metabolismo anaeróbio lático: glicólise anaeróbica 
– Energia quando as demandas de ATP ultrapassam a 
capacidade dos sistemas ATP-PC e aeróbico 
3. Metabolismo aeróbico: glicólise aeróbica /ciclo de Krebs/ 
cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa: 
– Energia do repouso e do trabalho até o limite máximo de 
captação e consumo de oxgênio (VO2 máx). 
Produção anaeróbica alática de ATP 
• Sistema fosfagênio ou ATP-PC – regeneração do ATP 
• Presente nos músculos – a quantidade armazenada depende do 
tipo de fibras 
– Fibras oxidativas (glicólise aeróbica) ou de contração lenta 
– Fibras glicolíticas (glicólise anaeróbica) ou de contração rápida 
– possuem mais PC que ATP 
• Utilizada preferencialmente nas atividades de alta intensidade e 
curta duração e como energia imediata quando a demanda 
aumenta 
• Ex: piques, arrancadas, corridas de 400 m, natação de 100m. 
 
Fosfocreatina - PC 
• Creatina ligada ao fosfato 
• 120 a 125 mmol/Kg de músculo seco 
• Degradada para creatina – 2g/dia  excretada pelos rins 
• 1 g é ingerido (carne, aves, peixes) e outro g é sintetizado no 
fígado a partir de aminoácidos (arginina, glicina, metionina) 
• 95% da creatina é armazenada no músculo – 40% como 
creatina livre e 60% como fosfocreatina 
 
 
 
Produção anaeróbica alática de ATP 
Metabolismo anaeróbico lático 
• Produzido nas células musculares na glicólise pela 
transferência dos íons H+ para o piruvato. 
• Os valores sanguíneos dependem do equilíbrio entre a 
produção e a remoção (duração e intensidade do 
exercício) 
 
 
 Desequilíbrio  acúmulo de lactato – limiar de lactato 
sanguíneo 
 
Metabolismo anaeróbico lático 
• Fatores determinantes da produção de ácido lático: 
– Contração muscular 
– Atividade enzimática 
– Tipos de fibras musculares 
– Ativação do SNS 
– Quantidade insuficiente de oxigênio 
 
 
 
Metabolismo anaeróbico lático 
• Contração muscular : o cálcio liberado durante a contração 
muscular ativa a glicogenólise pela via rápida  produção de 
lactato independente dos níveis de oxigênio 
• Atividade enzimática: a desidrogenase lática (LDH) - enzima 
que catalisa a conversão de piruvato a lactato - maior 
velocidade de atividade que as enzimas catalisadoras das 
demais vias  maior produção de ácido lático 
• Tipos de fibras musculares: as fibras glicolíticas produzem 
ácido lático independente da disponibilidade de O2 
 
Metabolismo anaeróbico lático 
• Ativação do SNS: no exercício - libera epinefrina e glucagon 
que acelera a glicogenólise e formação de piruvato  
aumento da produção de lactato. 
• Oxigênio insuficiente: na indisponibilidade do O2 receber os 
íons H+ 
•  A presença de lactato não reflete necessariamente a 
ausência de O2 mas apenas a maior utilização da via 
glicolítica anaeróbica. 
Depuração do lactato 
• Oxidação: ao entrar nas mitocôndrias (transporte intracelular) ou em 
fibras oxidativas ou outras células (transporte extracelular) pode ser 
convertido a piruvato pela oxidação dos íons H+  principal processo 
de depuração 
• Gliconeogênese: no fígado  energia para as células musculares ou 
será convertido em glicogênio. 
• Transaminação: poderá sofrer trasaminação nas fibras musculares ou 
no fígado  aminoácidos (alanina  gliconeogênes) e cetoácido  
ciclo de Krebs. 
Lactato  constitui uma fonte de energia muscular e de outros órgãos 
Mensuração do metabolismo anaeróbico 
• Avaliação das substâncias químicas usadas (ATP e PC) e 
produzidas (lactato) no metabolismo anaeróbico. 
• Quantificar o trabalho realizado ou a potência gerada 
numa atividade de alta intensidade e curta duração. 
Mensuração do metabolismo anaeróbico: 
ATP-PC e lactato 
• ATP, PC e lactato  amostras de biópsia muscular 
• Lactato  análise sanguínea venosa ou capilar da polpa digital 
• Equilíbrio entre os valores 
 sanguíneos e musculares leva 
 de 5 a 10 min. 
• Valores: 
– Repouso: 1-2 mmo/L ou 9-18 mg/100mL 
– Trabalho máximo: > 8 mmol/L ou 72 mg/100 mL 
Teste de potência e capacidade 
anaeróbica 
• Capacidade: quantidade total de energia produzida pelo 
sistema 
• Potência: quantidade máxima de energia produzida por 
unidade de tempo 
 
 
Sistema de 
energia 
Potência 
Kcal/min 
Tempo 
Capacidade 
Kcal 
ATP-PC 72 09-10 seg 11 
Glicólise 
anaeróbica 
36 1 min e 20 seg 48 
Glicólise aeróbica 
+ ciclo de Krebs 
7,2 – 19,1 2 horas e 19 min 359-1.268 
Teste de potência e capacidade 
anaeróbica: medidas indiretas 
• Realização de testes que avaliam: 
– Potência mecânica total gerada durante um trabalho de 
alta intensidade e curta duração; 
– Quantidade de trabalho mecânico realizado em um 
período de tempo específico; 
– Tempo necessário para realizar uma determinada 
quantidade de trabalho presumivelmente anaeróbico. 
 
 
Teste anaeróbico Wingate 
• Medir a potência e capacidade anaeróbicas. 
• Pedalagem explosiva de 30 segundos contra uma resistência 
baseada no peso corporal: 
– 0,075 kg/kg de peso crianças 
– 0,086 kg/kg de peso mulheres adultas 
– 0,095 kg/kg de peso  homens adultos 
– 0,1 kg/kg de peso  atletas 
 Variação do teste de Katch: carga fixa para o sexo e tempo total 
de 40 segundos. 
 
 
Teste anaeróbico Wingate 
• Número de revoluções da roda a cada 5 segundos (5 segundos 
e total – 30 segundos) 
• Distância percorrida por revolução 
• Carga relativa ao peso 
 
Teste anaeróbico Wingate 
• Variáveis calculadas: 
 Pico de potência (PP): potência máxima num trabalho de 5 seg 
 anaerobiose alática – energia imediata 
 Potência média (PM): potência média no tempo total - 30 seg 
 anaerobiose lática – energia a curto prazo 
 Índice de fadiga: percentual de queda do PP  anaerobiose 
alática e lática – imediata e a curto prazo. 
 Capacidade anaeróbica: trabalho total empreendido nos 30s 
 Há contribuição glicolítica aeróbica! 
 Não é puramente, mas é predominantemente anaeróbico 
Subida da escada de Margaria-Kalamen 
• Corrida de 6 metros numa superfície plana + subir uma escadaria 
pulando três degraus por vez. 
 
 
 
 
• A potência é calculada com o peso do indivíduo, a altura vertical 
entre o 3º e 9º degraus e o período de tempo entre o 3º e 9º 
degraus . 
• Considerado um teste de potência anaeróbica alática pelo curto 
período envolvido – menos de 5 seg. 
 
Testes de campo 
• Testes com salto vertical: mede-se a altura final alcançada 
• Teste com salto horizontal: mede-se a distância final 
alcançada 
 
 
 
 Trabalho = força X distância 
• Estão correlacionados com a potência anaeróbica alática  
indicadores aceitáveis. 
 
Objetivos dos testes de metabolismo 
anaeróbico 
• Inferir sobre as diferenças individuais na capacidade degerar 
energia anaeróbica; 
• Estimar a potência individual comparando-a com a 
encontrada em outros indivíduos com características 
semelhantes (idade, sexo, altura, peso); 
• Avaliar as mudanças que ocorrem no desempenho do atleta 
com o treinamento. 
 
 
METABOLISMO AERÓBICO 
DURANTE O EXERCÍCIO 
Consumo de oxigênio no exercício (VO2) 
• Aumenta rapidamente nos primeiros minutos de exercício 
• Atinge um platô no exercício em ritmo constante  equilíbrio 
entre a demanda de energia muscular e a produção aeróbica de 
ATP – não ocorre acúmulo de lactato. 
Déficit de oxigênio e consumo excessivo de 
oxigênio após o exercício 
• Déficit de oxigênio: diferença entre o oxigênio necessário no início 
do exercício e o oxigênio fornecido e utilizado. 
• Consumo excessivo de oxigênio (EPOC): consumo de oxigênio no 
período de recuperação acima dos valores normais de repouso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que causa o déficit de oxigênio? 
Não significa apenas uma incapacidade dos sistemas circulatório e 
respiratório atender as demandas metabólicas! 
• Consequente a utilização limitada de O2 como resultado de ajustes 
metabólicos – os níveis elevados de ADP, Pi e NADH+ + H+ estimulam 
tanto os processo aeróbicos como os anaeróbicos. 
• O fornecimento de energia ocorre pela transição uniforme entre as 
fontes anaeróbicas e aeróbicas com considerável sobreposição 
entre elas. 
 
 
O que causa o EPOC? 
• Restauração das reservas de ATP-PC: refosforilar ATP e creatina 
para os níveis de repouso 
• Restauração das reservas de O2: reabastecer as reservas de O2 do 
sangue (Hb) e do músculo (mioglobina) 
• Função cardiovascular e respiratória elevada: FR, amplitude 
respiratória e FC 
• Níveis hormonais elevados: até que os hormônios sejam 
eliminados haverá consumo de ATP e O2 
• Temperatura corpórea elevada: eleva o metabolismo basal - o 
resfriamento leva alguns segundos para acontecer 
• Remoção do lactato 
 
Por que o lactato constitui um problema? 
• Quantidade de H+ ultrapassa a capacidade de 
tamponamento  o pH torna-se ácido. 
 
 
 
• Dor  estimulação de nociceptores musculares 
• Redução de desempenho  fadiga metabólica e 
muscular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queda do desempenho - fadiga 
• Fadiga metabólica: menor produção de ATP 
– Alterações enzimáticas 
– Alterações nos mecanismos de transporte de membrana que 
afetam o movimento intra-celular das moléculas 
– Redução da disponibilidade de substrato 
• Fadiga muscular: 
– Força e velocidade de contração reduzidas  inibição da 
actinomiosinaATPase e das ações e captação do cálcio. 
Intensidade de Exercício: Metabolismo do 
triglicerídio e do carboidrato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPOUSO EXERCÍCIO MODERADO EXERCÍCIO MÁXIMO 
ATP 
33% CARBO 
66% TRIG 
TRIG>CARBO 100%CARBO 
( Triglicerídeos 
e proteínas 
não são 
usados no 
metabolismo 
anaeróbio) Metabolismo 
Máximo de 
gorduras entre 
65-75% da FCmáx 
Mensuração do metabolismo aeróbico 
• Objetivo  quantificar toda a energia necessária para 
completar uma atividade. 
• Metabolismo aeróbico  consome oxigênio e produz calor 
Consumo de oxigênio  espirometria 
Produção de calor  calorimetria 
Calorimetria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Mensuração direta do calor 
• Aplicação prática limitada 
Mensuração da energia térmica liberada ou absorvida nos 
processos metabólicos 
Espirometria – calorimetria indireta 
• Método indireto para estimar o dispêndio de energia pela análise 
da quantidade de O2 consumido e de CO2 produzido. 
• O consumo de O2 é proporcional a produção de calor e ATP no 
equilíbrio dinâmico – relação linear entre VO2 e produção de ATP. 
1. Espirometria de circuito fechado: O2 a 100% é inspirado em um 
recipiente lacrado e mede-se a diferença entre os volumes final e 
inicial de oxigênio ; 
2. Espirometria de circuito aberto: ar ambiente é inspirado e 
analisa-se a diferença nas concentrações do O2 e CO2 numa 
amostra do gás exalado. 
 Bicicleta ergométrica ou esteira 
 Sistema computadorizado e microprocessado programado para 
cálculos metabólicos, impressora e monitor 
 Monitor de FC, PA e temperatura 
 Sistemas para obtenção das amostras do ar expirado 
 Analisador de O2 e CO2 
 Medida da ventilação pulmonar 
Espirometria durante o exercício 
Boa concordância com a calorimetria direta 
Espirometria – calorimetria indireta 
Espirometria – calorimetria indireta 
• Consumo de Oxigênio (VO2): quantidade de oxigênio captada, 
transportada e usada ao nível celular. 
– Quantidade de O2 inspirada - expirada 
• Dióxido de carbono produzido (VCO2): quantidade de CO2 gerada 
durante o metabolismo. 
- Quantidade de CO2 inspirada – expirada 
• Quantidade do gás = volume do ar x percentual do gás 
• Oxigênio: 20,93% 
• Gás carbônico: 0,03% 
• Nitrogênio: 79,04% 
Concentração dos gases 
no ar atmosférico 
Espirometria – calorimetria indireta 
Consumo de O2 (VO2) = 
[ volume do ar inspirado x percentual do O2 no ar inspirado] – 
[volume do ar expirado x percentual do O2 no ar expirado] 
Produção de CO2 (VCO2) = 
[ volume do ar inspirado x percentual do CO2 no ar inspirado] – 
[volume do ar expirado x percentual do CO2 no ar expirado] 
Exercício em estado estável 
Após a elevação inicial, o VO2 alcança um equilíbrio e permanece estável 
durante todo o exercício – equilíbrio dinâmico 
Exercício submáximo , leve a moderada intensidade (< 70% do VO2máx) e 
curta duração (5 a 10 min) 
VO2 em diferentes tipos de exercício 
 No exercício aeróbico incremental até o máximo – solicita-se o 
exercício até o indivíduo ficar excessivamente cansado para prosseguir; 
Aumenta-se a velocidade ou o grau de inclinação da esteira para 
deixar o exercício mais árduo; 
Os valores da ventilação e do VO2 aumentam proporcionalmente ao 
aumento da demanda. 
Demonstra a capacidade máxima do sistema ventilatório; 
Produção máxima de ATP pela capacidade aeróbica. 
VO2máx  quantidade mais alta de O2 que o indivíduo consegue captar 
e utilizar para produzir ATP aerobicamente durante um exercício vigoroso. 
Determinação do esforço máximo 
• Lactato > 8 mmol/L 
• FC = FCmáx prevista  (220-idade) + 12 bpm 
• Relação de permuta respiratória (RPR) = 1,0 ou 1,1 de acordo 
com a idade 
• Platô no consumo 
 de oxigênio 
Quociente respiratório – Relação 
da permuta respiratória 
• Relação de permuta respiratória (RPR): relação do volume de 
CO2 produzido dividido pelo volume de O2 consumido em 
nível corporal total. 
• Quociente respiratório (QR): relação da quantidade de CO2 
produzida dividida pela quantidade de O2 consumida em nível 
celular. 
QR = CO2 
 O2 
 
Quociente respiratório 
• Varia de acordo de acordo com a fonte de energia utilizada – 
diferença na composição química dos alimentos. 
Ex: 
1. Carboidratos: glicose 
C6H12O6 + 6O2  6CO2 + H2O + energia 
QR = 6CO2/6O2  1 
2. Gordura: palmitato 
C16H32O2 +23O2  16CO2 +15H2O + energia 
QR = 16CO2/23O2  0,71 
3. Proteína: albumina 
C72H112N2O22S + 77O2  63CO2 + 38H2O + SO3 + 9CONH2 
QR = 63CO2/77O2  0,82. 
 
Quociente respiratório 
• Permite estimar os combustíveis utilizados 
– QR = 1 -> alta dependência de carboidrato 
– QR = 0,71 -> alta dependência de gordura 
– QR = 0,82 -> alta dependência de proteínas 
• Dieta normal -> vários combustíveis 
• Exercício intenso -> produção de CO2 anaeróbica• Qualquer situação que aumente a ventilação -> aumento do CO2 
exalado – estresse pré-teste; início da recuperação após um 
trabalho. 
 
Relação de permuta respiratória (RPR) 
• Medida mais precisa para indicar a relação entre a produção de 
Co2 e o consumo de O2 –mistura dos combustíveis. 
• RPR > 1 -> exercício máximo – participação do metabolismo 
anaeróbico 
• Não permite diferenciar a utilização de diferentes combustíveis 
• Para medir a utilização das proteínas seria necessário medir o 
nitrogênio excretada na urina ou no suor – RPR não proteico. 
 
Estimativa do dispêndio calórico 
• Os carboidratos são mais eficientes no uso do oxigênio para 
produzir energia, seguidos da gordura e, posteriormente, pelas 
proteínas. 
• Número de calorias produzidas por litro de O2 consumido (Kcal/L 
de O2)  equivalente calórico 
• Se o VO2 e o equivalente calórico são conhecidos pode-se calcular 
o custo calórico: dispêndio de energia aeróbica de uma atividade 
realizada por um período de tempo específico  calorias totais 
(Kcal), calorias por minuto (Kcal/min) ou em relação ao peso 
corporal (Kcal/Kg/min) 
 
Estimativa do dispêndio calórico 
• Ex: corrida na esteira 
 O indivíduo tinha um RPR = 0,91 e utilizou 2,15 L de O2/min. 
O equivalente calórico para essa RPR = 4,936 Kcal/L de O2. 
 Custo calórico = 2,15 x 4,936 = 16,1 Kcal/min 
• O custo calórico é uma estimativa do dispêndio de energia 
aeróbica; 
• Não informa sobre o componente anaeróbico . 
• Útil para prescrição do exercício. 
Equivalente metabólico (MET) 
• Custo energético médio de oxigênio na posição sentada e em 
repouso de um adulto = 3,5 mL/Kg/min ou 1 Kcal/Kg/h. 
 
• Seus múltiplos (1 MET, 2 MET, 3 MET...) representam o 
consumo de oxigênio da atividade em relação ao repouso. 
 
• Uma atividade que consome 5 MET exige 5 vezes mais 
oxigênio que o repouso. 
 
Equivalente metabólico (MET) 
• Nº de MET da atividade = consumo de oxigênio (ml/Kg/min) 
dividida por 3,5 mL/Kg/min . 
• Se um indivíduo gasta 29 mL/Kg/min de O2 em uma 
determinada tarefa, o nível de MET é de 29 mL/Kg/min / 3,5 
mL/Kg/min = 8,3 MET. 
• Converter MET em Kcal  usar a a relação 1 MET = 1 
Kcal/Kg/h, transformar hora em minuto e multiplicar pelo 
peso. Para uma pessoa de 68 Kg : 
 8,3 MET = 68Kg x 8,3 Kcal/60 min = 9,4 Kcal/min 
Equivalente metabólico (MET) 
• O nº de MET utilizado por cada atividade podem ser usados 
para prescrição do exercício. 
Atividade MET 
Basquete 7-12 
Boliche 2-4 
Caminhada 2,3-3,6 
Dança 6-9 
Natação 4-8 
Pular corda 8-12 
TESTE ERGOMÉTRICO 
TESTE ERGOMÉTRICO 
• Resposta sintoma-imitada 
• 6 a 15 minutos 
• Carga inicial baixa que aumenta em intervalos regulares 
É a capacidade de realizar atividades físicas cotidianas, 
ocupacionais, esportivas e de lazer. Capacidade de 
suportar uma atividade dinâmica, que envolva grandes 
grupos musculares, por um longo período. Chamada 
também de capacidade Aeróbia, expressa pelo VO2máx. 
 Capacidade Funcional 
 Capacidade Funcional – efeitos benéficos 
com exercício 
 Dose/resposta 
 2000Kcal/semana 
 Aumento na expectativa de vida 
 Ajustes Cardiovasculares 
 50% 
VO2máx 
VS 
 VO2máx 
Medida do VO2máx 
 Realizada por meio de protocolos de esforço: 
• Medida Direta (ergoespirometria) 
 
 
 
 
 
 
 
• Medida Indireta, estimada (ergometria) 
 
Critérios para medida do VO2máx 
CRITÉRIOS DESCRIÇÃO 
 
Duração do teste 6-15 minutos 
Duração do estágio 1-3 minutos ou rampa 
Intensidade do aumento Baseada na duração do estágio e na 
 aptidão cardiorrespiratória do indivíduo 
 
Modo Especificidade do indivíduo em relação 
 ao treinamento, estado das doenças e 
 considerações musculoesqueléticas. 
Critérios para estabelecer Platô no VO2 
 VO2máx versus VO2 pico Razão de troca respiratória (R ) >1,1 
 FCmáx atingida igual a Fcmáx prevista 
 ou até 10bpm mais baixa 
 
Atrofia 
Muscular 
por 
desuso 
Dispnéia Sensação 
de cansaço 
 Mobilidade 
Capacidade 
Funcional 
Função 
Pulmonar / 
cardiovascular 
Intolerância 
ao 
exercício 
Comprometimento da Capacidade Funcional 
Teste de Esforço Físico - Máximo 
O teste de esforço para avaliação da CF fornece 
uma medida objetiva da intolerância ao exercício, 
permite classificar o indivíduo e realizar 
comparações interindividuais pré e pós-treinamento, 
determinar o prognóstico e planejar o treinamento 
físico adequado às condições físicas de cada 
paciente. 
Teste de Esforço Físico - Submáximo 
A sintomatologia relacionada ao esforço, as 
respostas cardiovasculares ao exercício e a 
evolução podem ser avaliadas no decorrer do 
tratamento fisioterápico pelos testes de esforço 
submáximos. 
 Os testes submáximos utilizam a FC para estimar o 
VO2máx, o que representa desvantagem pois a FC não é o 
único indicador de condicionamento físico e sofre 
influências do meio, como uso de medicamentos. 
Contra-indicações para o Teste de Esforço Físico 
Absolutas 
• Modificações recentes no ECG de repouso; 
• Angina instável; 
• Arritmias cardíacas descontroladas; 
• Estenose aórtica sintomática grave; 
• ICC descompensada; 
•Embolia pulmonar ou sistêmica recente; 
• Miocardite ou pericardite aguda; 
• Aneurisma dissecante da aorta; 
•Infecções agudas; 
•Edema pulmonar; 
•IRpA; 
•SpO2 de repouso <85% 
Contra-indicações para o Teste de Esforço Físico 
Relativas 
• Estenose coronária esquerda principal; 
• Doença valvular estenótica moderada; 
• Anormalidade eletrolíticas; 
• HÁ grave: PAS > 200mmHg e/ou PAD> 110mmHg, em repouso; 
• Cardiomiopatia hipertrófica; 
• BAV de grau elevado; 
• Aneurisma ventricular; 
• Doença metabólica descompensada (diabetes) 
• Doença infecciosa crônica (AIDS, Hepatite, etc) 
Classificação da Capacidade Funcional 
Classe VO2máx Condicionamento Físico 
 (mL.Kg.min-1) 
 
--------- acima de 50 Atletlas e bem-condicionados 
 
 I entre 30 e 50 Trabalhadores braçais e 
 indivíduos não-sedentários 
 
I e II entre 14 e 35 Sedentários sadios 
 
II e III entre 7 e 15 Restrição para as atividades 
 cotidianas 
 
IV entre 3,5 e 7 Sintomáticos 
 
Classificação da Capacidade Funcional pela New York Heart Association(NYHA) 
 
 
Teste de Esforço Físico - Máximo 
 Mais utilizado para diagnosticar DAC; 
 Tanto a velocidade como a inclinação são aumentadas a 
cada 3 minutos; 
 A vantagem é o tempo que o paciente chega à exaustão 
(± 9 a 12min) 
 Para indivíduos de baixa FC a fadiga pode ser precoce 
(protocolo de Bruce modificado) 
 Desvantagem para quem alcança o estágio IV e tem que 
correr, devido a falta de precisão das medidas. 
 Protocolo de Bruce (Esteira) 
Teste de Esforço Físico - Máximo 
Homens Saudáveis e ativos 
 VO2máx = (3,778 x T) + 0,19 
Homens Saudáveis e sedentários 
VO2máx = (3,298 x T) + 4,07 
Portadores de disfunções cardíacas 
VO2máx = (2,327 x T) + 9,48 
Adultos Saudáveis 
VO2máx = 6,70-(2,82xS)+(0,056xTT)Onde T = tempo em minutos; TT= tempo em segundos; S=sexo(2 para mulheres e 1 para 
homens) 
 
 Protocolo de Bruce (Esteira) 
Teste de Esforço Físico - Máximo 
 Protocolo de Ellestad (Esteira) 
 Velocidade aumenta progressivamente de 1,7 a 6,0 
milhas/hora, sem alterar a inclinação da esteira. 
 A inclinação permanece em 10% até o V estágio 
quando sobe para 15%. 
 Trata-se de um teste com alta carga de trabalho(inicia 
com 5MET), mais indicado para indivíduos ativos.

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