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DIREITO REAIS 2° BIMESTRE

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Direito reais – 2° Bimestre
Revisão de TRJ
DEMAIS EFEITOS DA POSSE
Bens reciprocamente considerados:
Um bem acessório tem a existência ligada ao bem principal, o principal existe sozinho. 
Principais: são aqueles que tem a existência em si (artigo 92, CC)
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Acessórios: são aqueles cuja existência pressupõe a do principal. EM REGRA – o acessório segue o destino do principal. 
Frutos: tudo aquilo a coisa produz periodicamente, uma reprodução. Dividindo-se em naturais, industriais e civis.
O natural é o exemplo do pomar em cima de uma casa, sendo um bem acessório no que diz respeito ao solo. Uma vaca ao que diz respeito ao leite, a vaca é o principal e o leite é acessório sendo ele natural. Civil decorre de um direito real sobre um bem principal, eu tenho a posse desse imóvel e loco para o Renan, e periodicamente surgirá um fruto que é o aluguel, qualquer renda que eu possa tirar de uma relação pessoa é um fruto civil. Direito real de garantia sempre segue uma obrigação pessoal. Industrias, quer dizer o que é produzido, exemplo tenho uma fábrica que faz sapatos e os frutos dessa fábrica são os sapatos, acessório. Pendente, se pensar na vaca é o leite que ainda não foi retirado, a fruta que ainda não foi colhida, no civil o fruto pendente é quando eu alugo por 30 meses, mas apenas a pessoa está há 3 meses e os que não venceram ainda são o pendente. Colhido o leite que retirou, as uvas que retirou, ficou na posse de determinado imóvel e recebeu determino aluguel, algumas vezes eu colho e não dou destinação (até o dinheiro é consumível). Estantes foram colhidos, mas ainda não tem destinação. Percipiendos eu podia ter recebido, mas ainda não recebi, tem uma plantação de soja e tinha que fazer a colheita até tal dia, e acabou estragando e teve a perda dos frutos. 
A regra do código civil trata de frutos e não produtos. 
Produtos: são bens que decorrem da coisa principal, mas não tem a renovação, não em um curto espaço de tempo. Exemplo a mina de minérios de ferro, eu retiro produtos, mas depois de muitos anos e provavelmente não no mesmo lugar, eles NÃO SÃO RENOVADOS, é a grande diferença com relação a frutos. 
Benfeitorias: tudo aquilo que se agrega a coisa principal, já existe.
ATENÇÃO – não são benfeitorias os melhoramentos ou acrescimento sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor, como acessões naturais (artigo 97, CC)
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
Necessário (visam conservar a coisa) algo que se agrega de maneira necessária, não tem como continuar usando o bem sem arrumar, exemplo conserto do teclado. Útil (aumentam ou facilitam o uso do bem) agrega utilidade, exemplo alteração da voltagem de 110W para 220W, quando eu aumento o banheiro da minha casa. Voluptuária (embelezadoras) são embelezadoras.
Pertenças: aquilo que se entrega a coisa, mas é possível descarta-la. Não seguem o principal, elas podem ser destacadas, exemplo o trator que faz a preparação do solo, quando vai vender uma fazendo não precisa necessariamente vender meu trator também. São os bens que “não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro”.
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.
ATENÇÃO – segundo o artigo 94, as pertenças, apesar de serem espécies de bens acessórios, não seguem a regra geral. Isso porque, as pertenças não seguem o principal. Ou seja, na venda, de uma casa não se pressupõe que a decoração (pertença) também esteja contemplada, como se verifica com um chafariz, que se trata de benfeitoria. 
Ascensão: quando eu faço algo novo que ainda não existe, como é o exemplo de fazer uma casa de piscina nos fundos da minha casa não se trata de uma benfeitoria. Tudo aquilo que incorporo ao solo são ascensões tanto materiais, naturais. NÃO é BEM ACESSORIO. São coisas novas, que se agregam a já existente, como plantações e construções. Já as benfeitorias são realizadas na própria coisa. 
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
DIRIETO À PERCEPÇÃO DOS FRUTOS
O possuidor de boa-fé responde pelos colhidos com antecipação, e os pendentes. 
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação. Má-fé
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Exemplo quando Emmanuel por erro usou a propriedade e colhia as maças e tinha o próprio consumo, mas passado um tempo Jaqueline chegou e mostrou que era proprietária em vez de Emmanuel, neste caso os frutos até o momento que ele colheu, o que vendeu acabou. Ele apenas devolve o que está lá, mas se ele teve custo (da manutenção) para o que está lá a Jaqueline tem que reparar o Emmanuel (tem que ser possuidor de boa-fé, os frutos consumidos não podem se falar disso) sob pena de enriquecimento sem custo. MESMO OS LUCROS QUE EU TIVE ANTERIORMENTE COM A VENDA DAS MAÇAS, ESTANDO EMMANUEL DE BOA-FÉ NÃO TEM NECESSIDADE DE RESTITUIR ISSO A JAQUELINE.
No direito de percepção dos frutos é um direito inerente ao proprietário. Ele somente não poderá reclamar este direito se o possuidor estiver de boa-fé. Nesse sentido, nos termos do que dispõe o art. 1.214, CC, o possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebido e às despesas da produção e custeio dos frutos pendentes e colhidos, mas não tem direito aos frutos pendentes aos frutos antecipadamente colhidos e aos produtos. 
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
Se era possuidor de má-fé, todos os frutos recebidos devem ser restituídos, inclusive os frutos percepiendos. Pois o fruto deve surgir efeitos para o proprietário. 
O POSSUIDOR DE MÁ-FÉ TEM QUE RESTITUIR TUDO, não tendo direito a quaisquer frutos. Apenas tem direito às despesas de produção e custeio dos frutos colhidos e percebidos. Destaca-se, que, nesse caso, o possuído de má-fé deverá desenvolver ao proprietário o valor dos frutos colhidos e percebidos durante o período em que esteve na posse do bem descontando-se, do valor a ser restituído, as despesas de produção e custeio. 
Os produtos são reparados seja possuidor de má-fé ou boa-fé. 
RESPONSABILIDADE PELA PERDA E DETERIORIZAÇÃO DA COISA
Exemplo eu empresto o automóvel e nesse período a coisa se perdeu sem a vontade dele. Não tenho que reparar os danos sofridos. Com posse de boa-fé e não teve culpa na deterioração da coisa a que não der casa.
Obrigação de dar – 238, do CC. 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e está, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e aobrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Sexta-feira (28/04/2017) continuação.
Goiabeira plantada – ascensão (incorpora ao solo). A goiabeira era de B e foi incorporada ao solo de A.
A indenização que vai ser pedida é pelo gasto que se teve para plantar a arvore, o A não tem como dizer que não quer, ele deve indenizar, a solução que a lei traz para isso é o fato de indenizar pois vivemos em uma sociedade de escassez, é uma forma de aquisição originária pois não decorre da manifestação de vontade e há uma desapropriação. 
RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORAÇÃO DA COISA - continuação
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e está, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Carro emprestado que foi levado para o mar pela chuva.
Ele tinha que restituir, mas a coisa se perdeu sem culpa dele, ele não tem que restituir nada, isso é para possuidor de boa-fé. Não pode ter culpa na perda ou deterioração da coisa: Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
Mas se der causa, mesmo sendo de boa-fé vai responder pelo dano; agora se caiu um raio em cima do carro, o possuidor de boa-fé não responde, pode, porém, ser feito um contrato 
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Deterioração – a coisa está estragada. - 
Perda – a coisa se perdeu. – A obrigação está extinta, essa é a única opção, se ela não teve culpa a regra geral é que não precisa reparar os danos sofridos, pois era uma possuidora de boa-fé, só respondem pelos dando ocasionados por atos a si imputados. “A coisa perece para o dono”.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
Se o possuidor está de má-fé (findo o contrato e não devolvido o objeto) – há o vício de precariedade, abuso de confiança, a partir do momento em que deveria ter entregue o carro e não devolveu ainda o possuidor é inadimplente e é devedora morosa, a situação do devedor moroso. 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Enquanto não tinha atrasado a prestação não respondia por fortuito ou força maior, mas após o adimplemento ela responde mesmo por fortuito e força maior, se o raio cai no carro, quando devedora morosa, o possuidor deve responder, a não ser que prove que o raio ia cair no carro mesmo que ele estivesse com a Katia (excludente de responsabilidade).
Só tem mora se puder ser imputado a mim a não satisfação da obrigação
ACESSÃO x BENFEITORIAS
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
Benfeitorias: melhorias. A classificação depende do caso concreto. Incorporar aquilo que já existe.
Úteis: melhorar o uso.
Necessárias: não tem como continuar usando o bem sem melhorar isso. Mantenho.
Voluptuárias: no sentido de dar embelezamento
Isso também vale ao detentor? Esse tem poderes de agir em nome do dono, é um contrato de mandato, há representação, foi dado poderes para isso.
BOA-FÉ: as benfeitorias necessárias e úteis são indenizáveis, por essas pode exercer retenção. Em relação a voluptuária não tem esse direito, elas podem ser pagas, e não forem pagas podem ser retiradas, desde que não deteriore a coisa. 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis. – A voluptuária não é indenizável, ou levanta ou fica. 
Isso é a regra geral, mas há casos em que tem modo distinto, exemplo: contrato de locação com clausulas contrárias a essa regra, há permissivo legal para isso e súmulas do STJ quanto a isso. 
MA-FÉ: só faz jus as necessárias, o resto ele perde, o legislador coloca uma penalidade. As necessárias seja o possuidor ou o dono deveriam fazer, pois era necessária, isso ocorre para não haver enriquecimento sem causa. Em respeito as benfeitorias necessárias o possuidor não pode exercer a retenção, deve entregar e depois tentar receber o valor. 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.
Custo atual – o que o bem está valendo agora. 
O possuidor de boa-fé merece o que gastou mais correção monetária. O possuidor de má-fé diz que gastou X e o dono diz que só acrescentou X/2 na coisa, para poder pagar apenas esse segundo valor. (Prova complicada, é necessária perícia – que é cara- ninguém faz isso, mas existe a possibilidade legal) 
Acessões: 
A consequência de acessão e benfeitoria útil é a mesma: 
As benfeitorias úteis realizadas pelo possuidor de boa-fé são indenizáveis então a acessão também é. A benfeitoria realizada pelo possuidor de má-fé não é indenizável então a acessão também não, perde-se a acessão em benefício do dono.
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua
***a regra em si é o fato de que o terreno vale mais que a acessão, sendo desapropriado o mais barato, a acessão, porém é importante observar o parágrafo único (é uma exceção) se a acessão tiver valor consideravelmente maior que o do solo é invertido, faz uma desapropriação privada, é necessária uma indenização, se não for de comum acordo o juízo decide. A Kátia perdeu a propriedade do solo pois a Ana, de boa-fé fezuma benfeitoria grande com valor maior que o terreno. 
- Meu terreno com os tijolos da Alessandra, mas eu construí isso de boa-fé: 
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé. 
Se de boa-fé: Adquire a propriedade dos tijolos, pagando-os. Se de má-fé deve responder por perdas e danos. Isso também é uma desapropriação privada e está sempre se observando o fato da questão social da sociedade. 
Há uma invasão, de alguns metros, no terreno alheio: 
Venda ad corpus – venda que se faz com a coisa com um todo 
Venda ad mensuram – faz por parte, como por exemplo 2 alqueires.
Diferenças de até 1/20 avos é indiferente = 5%.
Se de boa-fé é necessário que se pague a parte + o que se desvalorizou do remanescente:
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
Requisitos: Tem que ter uma construção de valor (pois não é razoável derrubar tudo). 
Se estiver de má-fé: a pessoa sabia onde era a divisa e deliberadamente construiu além dela: Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção. 
Tudo isso deve ser considerado que se tem escassez de matéria prima. Se destruir vai causar prejuízo, não excedeu 5% e pagou 10 vezes o valor da indenização que pagaria se estivesse de boa-fé? Beleza. Esses são os requisitos.
Se o que foi construído vale mais do que o solo não é razoável que eu adquira a posse do solo, mas se o que eu construí vale menos do que o solo posso destruir.
Eu posso ficar com a propriedade do solo, mas pagando a indenização que é devida. 
Mas tem uma ideia de mais um requisito, pela receita federal, que só é possível se houver um terceiro de boa-fé. 
Se eu exceder o 5% eu tenho que pagar a indenização, com a devolução da parte que foi invadida, com a destruição do que foi construído. 
O possuidor de má-fé nunca terá essa possibilidade se passar de 5%.
	Possuidor de boa-fé
	Possuidor de má-fé
	Frutos 
	Frutos 
	Perda ou deterioração – com culpa
	Perda ou deterioração – sem culpa
	Benfeitorias necessárias 
	Benfeitorias necessárias 
	Benfeitorias uteis e voluptuárias 
	Benfeitorias uteis e voluptuárias 
	Valor atual
	Valor atual X Custo
	Retenção 
	Retenção 
PROPRIEDADE
Conceito:
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Coisa Corpórea – domínio
Quando todos os elementos estiverem reunidos em uma só pessoa – propriedade plena se houver desmembramento, passando um dos poderes a ser exercício por terceiro, diz limitada. 
Direito de usar (jus utendi) – faculdade de utilizar a coisa da maneira que achar mais conveniente, podendo excluir terceiros de igual uso. Aqui ganha relevância o princípio da função social da propriedade. 
Direito de gozar ou usufruir (jus fruendi) – direito de perceber os frutos e aproveitar os produtos;
Direito de dispor da coisa (jus abutendi) – transferir a coisa, gravá-la com ônus ou de aliená-la.
Direito de reaver a coisa (rei vindicatio) – direito de sequela.
AÇÕES PETITORIAS – enquanto as ações possessórias visam à defesa da posse (situação de fato), as ações petitórias têm por finalidade a defesa da propriedade (situação de direito). As ações petitórias são aquelas em que o autor quer a posse do bem e ele assim deseja pelo fato de ser proprietário. Competem tais ações ao proprietário não possuidor contra o possuidor não proprietário. 
Prerrogativas admitidas ao proprietário USAR, GOZAR, DISPOR e REAVER.
Usar dar destinação econômica a coisa, mesmo não estando fisicamente ligada a coisa, como é o exemplo do aluguel.
GOZAR/ USUFRUIR DA COISA a priori o direito de usufruir do fruto é do proprietário, como é o exemplo do aluguel. A regra geral que eu posso usufruir dos benefícios que a coisa proporciona.
DISPOR possibilidade de vender, hipotecar, deixar em qualquer tipo de restrição. 
REAVER direito de sequela, na mão de quem quer a detenha, onde ela estiver.
As ações possibilitadas AO PROPRIETARIO
1.AÇÃO REINVINDICATÓRIA – tem caráter essencialmente dominial e por isso só pode ser utilizada pelo proprietário. Três são os pressupostos de admissibilidade de tal ação: I0 titularidade do domínio, pelo autor, da área reivindicada; II) individuação da coisa; III) a posse injusta do réu. 
Tem a jurisprudência proclamando atualmente ser suficiente, no caso de propriedade bem imóvel, a juntada do registro imobiliário para demonstrar a titularidade do domínio. 
Eu estou discutindo o domínio, de certa maneira a posse está em voga. Porque eu tenho o domínio, mas alguém tem a posse injusta (contraria a posse do reivindicante). Eu quero a posse pois eu sou o dono, e eu quero voltar a ter essa prerrogativa de usar e gozar da coisa, pedindo que a posse seja reavisa. Através dos domínios
Efeitos:
Obrigar o possuidor a restituir o proprietário a coisa vindicada, com as consequências decorrentes sobre frutos, produtos, bem como no tocante a perda ou deterioração. 
Imprescritibilidade da reivindicatória:
A pretensão reivindicatória é imprescritível, embora de natureza real. A ação que lhe corresponde versa sobre domínio, que é perpetuo. 
Usucapião como matéria de defesa: 
A usucapião pode ser arguida como defesa da ação reivindicatória. 
IMISSÃO DA POSSE – foi concebida, para ser utilizada pelos adquirentes de bens, para haverem a respectiva posse, contra os alienantes, ou terceiros, que os detinham; aos administradores e demais representantes das pessoas jurídicas de direito privado, para haverem dos seus antecessores a entrega dos bens pertencentes à pessoa jurídica representada; aos mandatários para receberem dos antecessores a posse dos bens do mandante. 
Não tem natureza possessória, a ação de imissão na posse, não tem natureza possessória, mas sim, petitória uma vez que o autor invoca o seu direito baseado no jus possidendi e não no jus possessionis. 
Eu também tenho um domínio, mas eu nunca tive a posse. Se eu entrar com uma reinvincatoria em vez de uma emissão de posse não será anulada. Na situação que a forma originaria de aquisição da posse, e eu quero acumular o domínio com a posse. Exemplo eu leiloei um imóvel, não há visibilidade de domínio (posse), apenas tenho o domínio, eu entro com uma ação petitória para ter a minha posse e a visibilidade sobre o domínio sobre o que eu tenho. EU DEMONSTRO O DOMINIO ÚNICO E EXCLSUIVAMENTE POR A MATRICULA BEM IMÓVEL. Quando se trata de bem móvel eu provo o domínio, tenho que voltar de maneira que possa comprovar de maneira diversa (exemplo: tenho uma vaca e demonstro que ela tem um símbolo que é meu). Eu não tenho ação possessória pois eu nunca tive a posse.
AÇÃO NEGATÓRIA – tem cabimento quando o domínio do autor está sofrendo alguma restrição por ato de terceiro que se julgue com o direito de servidão sobre imóvel. 
Tem uma certa relação coma manutenção da posse (quando tem a turbação – perturbação, não está permitindo que eu exerça as prerrogativas de proprietário). Exemplo: o sujeito leva todo os dias o gado para pastar no meu terreno. Eu tenho a posse, e eu tenho o domínio e peço para que ele pare de incomodar, passando por um percurso maior. Sendo muito mais fácil realizar uma manutenção de posse. 
Se eu estiver falando de propriedade imóvel, tendo em vista que posso comprovar com a MATRICULA, mas se eu estiver falando móvel eu tenho que comprovar de maneira diversa, sendo muito mais difícil, não possui o mesmo histórico que nem os bens imóveis. Sendo mais simples a manutenção de posse. 
AÇÃO de DANO INFECTO- é a medida preventiva como interdito proibitório e que se dá quando o possuidor tenha fundado receio de que a ruína de prédio vizinho ao seu, ou vicio na sua construção, possa vir a causar-lhe prejuízo. 
A ação de dano infecto visa obter do proprietário do prédio em ruina caução para a garantia de futura indenização, a realização dos reparos necessários ou a demolição da obra perigosa. Está prevista nos artigos 1.280 e 1.281, do CC e não é propriamente uma ação possessória, mas sim, uma ação cominatória. No entanto admite a sua utilização tanto pelo proprietário quanto por qualquer possuidor, insere-se dentro da categoria das ações possessórias atípicas. 
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente.
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual.
Tem uma relação com o interdito proibitório (sendo uma ameaça). Um exemplo muito comum é nas greves que o quando os sindicatos ameaçam fechar os portões dos estacionamentos dos ônibus, tendo uma ameaça, se efetivada a ameaça vai ser definida. 
Construção do terreno vizinho, quando ele for construir pode ameaçar (causar dano) ao meu imóvel, sendo definida uma caução caso o dano venha ocorrer. É o mais usual nesses casos. 
Ação cominatória é quando eu imponho uma situação. 
A decisão da usucapião é meramente declaratória, quando preenchida os requisitos não necessito. 
Nas ações petitórias é possível utilizar como matéria de defesa nas ações possessórias não é matéria de defesa.
CARACTÉRISTICAS DA PROPRIEDADE
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.
Propriedade é plena e exclusiva, até prova em contrário.
Plena como é o caso de usar, gozar, dispor e reaver. Todos os direitos elementares se encontram reunidos no proprietário. Em caso de desmembramento, nasce o direito real sobre a coisa alheia, passando a propriedade a condição de limitada. 
Usufruto eu posso ser dono, mas não tenho a prerrogativa de usar e gozar os frutos. É uma maneira de suprimir essas prerrogativas. 
Exclusiva quando eu falo de propriedade cada um tem a fração ideal (exemplo o elevador do condomínio, sendo uma posse indivisa). Não se exerce a propriedade simultaneamente, até mesmo em condomínio cada condômino tem a sai cota-parte.
Irrevogável/ perpetuo/ imprescritível não é o não uso que vou deixar de ter a propriedade, a não utilização da coisa que faz que eu perca a propriedade (o simples decurso do tempo que faz perder a propriedade). A propriedade não se extingue pelo não uso, não estará perdida enquanto o proprietário não a alienar ou ocorrer a sua perda por outro fato previsto em lei. 
Função econômica/ social ao buscar a função econômica deve preocupar com a coletiva. 
Mudando a concepção de patrimônio, está sendo balizada pela sua concepção de função social. 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1° O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2° São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
§ 3° O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
§ 4° O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 
§ 5° No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.
ARTIGO 5° CF (omissis)
XXIII- a propriedade atenderá a sua função social;
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.
Artigo 176 CF. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. 
Artigo 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
Aproveitamento racional e adequado;
Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
Observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
Artigo 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funç~ies sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes (Regulamento) (Vide Lei nº13.311/2016).
§1° O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal obrigatória pera as cidades mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento expansão urbana.
§2° A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais da cidade expressas no plano diretor. 
A função social da propriedade inserida nos princípios da constituição federal. Esta se considera cumprida quando a propriedade rural atende os diversos critérios mencionados no artigo 186: aproveitamento racional, utilização adequada, observância da legislação sobre relações de trabalho, bem-estar dos proprietários e trabalhadores. 
Com relação à propriedade urbana, a CF em seu artigo 182 informa que está cumpre a função social quando a propriedade garante o bem-estar de seus habitantes e atende exigências fundamentais da ordenação da cidade expressas no seu plano diretor (art. 182, §2°).
FORMAS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
Descoberta: não é necessária uma forma originaria de aquisição da posse. A descoberta é encontraralgo, eu desde logo não adquiro a propriedade, eu obrigatoriamente tenho que restituir o seu real proprietário ou possuidor. “Achado não é roubado, não é uma verdade absoluta” – artigo 1.233, CC. Quando não restitui a coisa perdida é um ilícito civil e um ilícito penal (art. 169 – com prazo de 15 entre encontrar e devolver ao excedente), não posso ficar coisa, apesar eu posso fazer jus a uma recompensa (artigo 1.234), nessa situação tem a possibilidade de obrigação facultativas, o dono pode também abandonar (obrigação facultativa). 
Obrigação cumulativa – aquelas que acumulam “e”. 
Obrigação alternativa – aquela que é um ou outro “ou”. Obrigação se satisfaz com a entrega do objeto residual. 
Obrigação facultativa - “se”
Não posso reter a coisa antes de ter a satisfação, posso ter como fundamento a compensação. Exemplo achei uma mala com dinheiro, posso eu pegar o dinheiro que é minha parte e devolver o resto? Eu posso aplicar a compensação, pois tem que ser fungíveis entre si. 
No caso do cachorro, eu não posso ter retenção, pois ele não é fungível de igual maneira. E assim o dono resolve abandonar, quando isso acontece, fica à disposição de quem queira. Mas não posso abandonar ele simplesmente na rua, e sim procurar as autoridades competentes para que seja resolvido (sanção administrativa). 
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor. Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.
A partir do momento eu entrego as autoridades competentes eles devem dar PUBLICIDADE, se aparecer o proprietário e restituo, se no prazo de 60 dias não é procurado, é realizado em hasta pública o residual é incorporado ao cofre do município em que foi encontrado. 
1.237 - Se a coisa tiver valor muito baixo, pode ser que o município resolve abandonar em benefício de quem descobriu (isso depois de 60 dias sem ninguém procurar). 
Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido.
Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o Município abandonar a coisa em favor de quem a achou.
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
Apropriação de tesouro
I - Quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;
Apropriação de coisa achada
II - Quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a uma recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.
Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos.
Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuízos causados ao proprietário ou possuidor legítimo, quando tiver procedido com dolo.
Art. 1.236. A autoridade competente dará conhecimento da descoberta através da imprensa e outros meios de informação, somente expedindo editais se o seu valor os comportar.
Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido.
Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o Município abandonar a coisa em favor de quem a achou.
Modos de aquisição da propriedade imóvel (1.238 s 1259)
Usucapião: artigo 1.244 (modo de aquisição originaria da propriedade). 
Prescrição perda da pretensão (direito subjetivo possibilidade de demandar a tutela jurisdicional para a prestação. “Direito não ajuda aqueles que dormem”, eu dou um período para que tenha essa prescrição. Dívida de 5 anos para promover a ação, superado esse prazo a ação ainda existe, mas o estado não auxilia mais. PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. 
Perspectiva PRESCRIÇÃO AQUISITIVA, quando mais passa o prazo eu vou ter a condição de adquirir por meio de usucapião, é um referencial para a aquisição, mas também para quem é o titular do domínio (usucapião constitucional 5 anos), que a priore passado esse prazo eu teria titular do domínio não teria mais a possibilidade de ajuizar ação. 
Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião.
OBSTAR – nem começa a contar. Exemplo quando absolutamente incapaz. Analisar no caso concreto. 
SUSPENDER – prazo começa a contar, suspendeu, quando o evento não existe mais e volta a contar desde onde parou. Analisar no caso concreto, caso eu estiver exercendo serviço público, como é o caso do que foi prestar serviços ao exército. 
INTERROMPE – ele para e volta desde o começo. Artigo 202, CC. Eu somente INTERROMPO O PRAZO UMA ÚNICA VEZ. 
Elemento comum a toda usucapião TEMPO e POSSE
	Posse continua: sem intervalos.
	Posse pacifica: exerce sem lutas, nem perturbações, sem contestações.
	Posse ad usucapionem (Animus Domini): vontade de ser dono. 
	Posse “Qualificada”: ligada à sua função; posse-trabalho ou posse-moradia. 
	Acessio Possessionis (Acessão da Posse): soma das posses (artigo 1.243)
	Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.
	Conselho da Justiça Federal em sua V Jornada lançou enunciado (n. 497) pelo qual admite que o prazo seja completado durante o curso do processo desde que o usucapiente não esteja de má-fé.
	Mudanças de prazos com o CC/2002.
	A sentença aqui é MERAMENTE DECLARÁTORIA, ou seja, o julgador limita-se, por ela, a declara uma SITUAÇÃO JURÍDICA PREEXISTENTE. 
O que pode ser usucapido? Em princípio são usucapíeis todas as coisas materiais e todos os direitos reais sobre coisas prescritíveis. Não seriam passíveis de aquisição por usucapião os bens públicos (§3°, artigo 183 e parágrafo único do artigo 191, da Constituição Federal). 
Os bens pertencentes à sociedade de economia mista e às empresas públicas, devido à sua natureza de direito privado, não gozariam dessa proteção e, estariam assim expostos aos riscos de serem usucapidos. 
E os bens condominiais? É possível de serem usucapidos os bens em condomínios, desde que a posse do usucapiente exclua a dos demais e seja exercida com a intenção clara de aquisição do imóvel (aminus domini). 
USUCAPIAO EXTRAORDINÁRIA
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. POSSE QUALIFICADA, no qualquando eu tenho uma posse de produção ou de moradia, o meu prazo que era de 15 cai para 10 anos. 
Independente de justo título e boa-fé. É independente da condição patrimonial do usucapiente (o Eike Batista, poderia usucapir de maneira extraordinária). 
Posse: continua, pacifica e com ânimo de dono. 
Tempo: 15 anos; pode ser reduzido para 10 anos quando o possuidor estabelecer morada ou serviços de caráter produtivo (posse qualificada).
É admissível a acessio possesionis. 
Exemplo: ele tentou alegar que existia um contrato de comodato, que ele autorizou o arrendamento. A questão que ele não conseguiu provar que existia esse contrato. 
Eu não preciso do apoderamento físico da coisa para dizer que tenho posse. Ele poderia pagar os impostos e ter um contrato de comodato com esse sujeito e manteve a posse indireta não possibilitando a usucapião? Sim. 
O simples fato de eu pagar a tributação indica que eu tenho a posse indireta? Não, a satisfação das obrigações tributarias não indicam o exercício da posse. Mas também NÃO PAGAR também não quer dizer que eu abandonei, o simples não pagar quer dizer que eu abandonei, o estado vem e executa. 
O fundamento para a usucapião extraordinária é apenas a função social da propriedade, no qual se eu agir como se dono fosse por 15 anos, é razoável que eu consolide essa situação até mesmo por segurança jurídica.
É um prazo de PRESCRIÇÃO AQUISITIVA. 
USUCAPIÃO ORDINÁRIA
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
Depende de justo título e boa-fé. Enunciado 86. Artigo 1.242: A expressão “justo título” contida nos arts. 1.242 e 1.260 do CC abrange todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade, independente de registro.
Posse: continua, pacifica e com ânimo de dono. 
Tempo: 10 anos; pode ser reduzido para 5 anos quando o título tiver sido cancelado + possuidor estabelecer moradia ou serviços de caráter produtivo (posse qualificada).
É admissível a acessio possesionis.
ALERTA – alterações prazos pelo CC/2002.
Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.
Art. 2.029. Até dois anos após a entrada em vigor deste Código, os prazos estabelecidos no parágrafo único do art. 1.238 e no parágrafo único do art. 1.242 serão acrescidos de dois anos, qualquer que seja o tempo transcorrido na vigência do anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916.
Exemplo: relação que começou na década de 1960 com uma locação que se transformou em um compromisso de compra e venda (apagava aluguel passei a pagar parcelas do preço), o sujeito não pagou todas as parcelas do preço, apenas uma parte. E em determinado momento o sujeito tentou adquirir o bem através de uma ação de adjudicação, que foi julgada improcedente, porque não tinha o tempo hábil, e nem o pagamento da integralidade do preço. Quem sabe após a prescrição no que diz respeito a satisfação das prestações remanescentes. Mas como não conseguiu provar o compromisso de compra e venda. Neste momento eles estavam discutindo uma ação de usucapião e reivindicatório, no qual os dois pedidos foram formulados pela mesma parte. 
USUCAPIÃO ESPECIAL OU CONSTITUCIONAL
Características fundamentais desta categoria é no seu caráter social. Não basta que o usucapiente tenha a posse associada ao tempo. Requer-se mais: que faça da gleba ocupada a sua morada e torne produtiva pelo seu trabalho ou seu cultivo direto, garantindo desta sorte a subsistência da família e concorrendo para o progresso social e econômico. 
A usucapião especial se apresenta sob duas formas: usucapião especial rural, também denominada de pró-labore (artigo 191, CF E 1.239, CC) e a usucapião especial urbana, também conhecida como pró-moradia e que constitui inovação trazida pela Constituição Federal, estando regulamentada em seu artigo 183; encontrada também no Estatuto da Cidade em seus arts. 9° (usucapião urbana individual) e 10 (usucapião urbana coletiva), assim como no artigo 1.240 CC.
Art. 191. CF. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1° O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2° O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Art. 183. CF. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.          (Regulamento)
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
NÃO CABE A ACESSIO POSSESSIONIS.
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL
A usucapião especial rural ou pró-labore surgiu, no direito brasileiro, com a constituição de 1934 e foi disciplinada na atual constituição em seu artigo 191, CF.
Requisitos:
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural;
Possuir como a sua área usucapienda (animus domini) por 5 anos sem oposição;
Gleba não superior a 50 hectares;
Possuidor fixar moradia e tornar produtiva a terra possuída.
A justificativa para que a dimensão do imóvel não seja superior a 50 hectares (artigo 191, CF e 1.239, CC), é o fato do constituinte querer fixar o homem no campo, valorizando o seu trabalho. Não deseja, por outro lado, que esta forma aquisitiva se torne fonte de lucro. Esta última preocupação é levada em conta também na hora de proibir-se que o usucapiente seja proprietário de outros imóveis. 
A conclusão da IV Jornada do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça é a de que isso não seria possível (Enunciado 313), área de 100 hectares. 
Como o objetivo é a fixação do homem no campo, exige do usucapiente a ocupação produtiva do imóvel e a fixação de morada, ISSO IMPERDE ENTÃO QUE A PESSOA JURIDICA REQUEIRA A USUCAPIÃO, PORQUE ELA NÃO TEM FAMILIA, NEM PRECISA DE MORADA. 
Essa modalidade exige justo título e boa-fé.
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA INDIVIDUAL
Artigo 183, da Constituição Federal, no âmbito da política urbana voltada para o pleno desenvolvimento da cidade e para o bem-estar de seus habitantes. A moradia insere-se no rol dos direitos sociais (artigo 6°, CF) e a usucapião urbana apresenta-se como um dos instrumentos de sua realização.
A posse ad usucapionem e são necessários também para a sua configuração: 
Não ser o usucapienteproprietário de outro imóvel; (visa promover a fixação da moradia da família e, não, a utilização como forma de incremento patrimonial).
Localizar-se o bem em área urbana; (para diferenciar a posse trabalho da posse pro moradia.
Não exceder a 250 metros quadrados e, finalmente; (essa modalidade abrange tanto para terrenos, quanto apartamentos, o enunciado n° 85, dispõe que para efeitos do art. 1.240, caput do CC, entende-se por área urbana o imóvel edificado ou não, inclusive unidades autônomas vinculadas a condomínios edilícios. No caso ainda de usucapião de unidades de apartamentos de edifícios, a área máxima deverá ser a da área útil do apartamento e a fração ideal do terreno, não se levando em conta, então, a metragem relativa às áreas comuns do edifício (enunciado 314).
Utilizar-se o usucapiente do imóvel como sua moradia ou de sua família. 
Artigo 9. §3°. Estatuto da cidade. Para os efeitos deste artigo, p herdeiro legitimo continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão. 
USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA COLETIVA
A usucapião especial urbana, tanto pode se dar de forma individual, quanto coletiva. Ambas vem previstas nos arts. 9° e 10 do Estatuto da Cidades.
Prevista no artigo 10, deve se mencionar que a mesma tem por finalidade regularizar as áreas de favelas ou aglomerados residenciais sem condições de legalização do domínio. 
ARTIGO 10. As áreas urbanas com mais de duzentas e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para a sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde eu os possuidores não seja, proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 
Aquelas áreas em que há dificuldade de identificar a área útil singularmente a área útil de cada um dos terrenos. Há uma inversão, cada um dos possuidores passa a ocupar uma parte da área sem se preocupar em delimitá-la de forma individual e observar o plano diretor da cidade com relação a metragem de seu terreno. Visando então regularizar esta situação, autoriza-se que o grupo de essas faça o pedido de usucapião da gleba inteira. 
A área nesse caso deverá superar os 250,00 metros quadrados e ser ocupada por pessoas de baixa renda, entendidas estas aquelas sem condições de adquirir. Alguns entendem que estariam incluídas nesta categoria famílias que ganham menos de 3 salários mínimos.
ARTIGO 10, §3°. Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo entre os condomínios, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
ARTIGO 12 Estatuto da Cidade. São partes legitimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana: 
O possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;
Os possuidores, em estado de composse;
Como substituo processual, a associação de moradores da comunidade, regulamente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representantes. 
USUCAPIÃO ESPECIAL FAMILIAR (artigo 1.240 – A, DO CCB)
Lei n. 12.424/2011.
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade dívida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
§ 2o (VETADO).         (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011).
Essa modalidade dirige ao cônjuge que passou a habitar sozinho a moradia após o abandono do lar pelo outro cônjuge. Essa nova modalidade tem origem do direito à moradia consagrado no art. 6° da Constituição Federal. Trata-se de uma norma que protege normalmente as pessoas de baixa renda, que não tem imóvel próprio, seja urbano ou rural. 
Requisitos:
Tempo (dois anos ininterruptos e sem oposição;
Que o usucapiente seja compossuidor do imóvel;
Que o imóvel seja urbano e inferior a 250 metros quadrados;
Que o outro compossuidor tenha abandonado o lar de forma VOLUNTÁRIA E INJUSTIFICADA. 
Os primeiros pedidos somente poderão ser formuladores a partir de 16 de junho de 2013.
	Usucapião extraordinária 
	Usucapião ordinária
	Usucapião especial ou constitucional
	Usucapião especial rural
	Usucapião especial urbana individual
	Usucapião especial urbana coletiva 
	Usucapião especial urbana familiar.
	Artigo 1.238.
Independe de justo título e boa-fé. Tem que ter posse continua, pacifica e com ânimo de dono. Com o tempo 15 anos, podendo ser reduzido para 10 anos quando o possuidor estabelecer moradia ou serviços de caráter produtivo (posse qualificada).
Acessio possesionis.
	Artigo 1.242
Depende de justo título e boa-fé: “qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade, independente de registro”. Com posse continua, pacifica e com ânimo de dono. Com o tempo de 10 anos: pode ser reduzido para 5 anos quando o título tiver sido cancelado + possuidor estabelecer moradia ou serviços de caráter produtivo (posse qualificada).
Acessio possesionis
	Artigo 1.240
Baseia no seu caráter social. Não bastando a posse, mas sim requer que faça da gleba ocupada a sua morada e torne produtiva pelo seu trabalho e concorrendo para o progresso social e econômico. Usucapião especial rural pro-labore (191, CF), e a urbana pro-moradia.
Artigo 183 e 191 da CF.
Estatuto da cidade artigos 9° e 10.
Não cabe acessio possesionis.
	Artigos 191, CF e 1.239 CF.
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Possuir como sua área usucapienda (animus domino) por 5 anos sem oposição. Gleba não superior a 50 hectares. Possuidor fixar moradia e tornar produtiva a terra possuída. Não exige justo título ou boa-fé.
GONÇAVES defende não ser possível a acessio possesionis.
	Artigo 183, CF.
Inserida em um rol de direitos sociais (artigo 6°, CF). Sendo necessário o usucapiente não ser proprietário de outro imóvel. Localizar-se o bem em área urbana, e que não exceder a 250 metros². Utilizar-se o usucapiente do imóvel como a sua morada ou de sua família.
Artigo 9° do Estatuto da Cidade.
	Artigos 9° e 10 do Estatuto das Cidades.
Deve ter a finalidade regularizar áreas de favelas ou de aglomerações residenciais sem condições de legalização do domínio (dificuldade de identificar singularmente a área útil de cada um dos terrenos). Não devera superara 250 m² e ser ocupada por pessoas de baixa renda (sem condições de contribuir).
Artigo 10, §3° e artigo 12.
	Lei n° 12.424/11 e 1.240-A.
Com a necessidade de dois anos ininterruptos e sem oposição, que o usucapiente seja compossuidor do imóvel. Que o imóvel seja urbano e inferior a 250 metros², e que o compossuidor tenha abandonado o lar de forma voluntária e injustificada. 
OUTROS MODOS DE AQUISIÇAO DE PROPRIEDADE IMÓVEL
AQUISIÇAO PELO REGISTRO DA ESCRITURA.
O código de 2002 somente o registro cria o direito real de propriedade. Assim, é o registro do instrumento no cartório da sede do imóvel que opera a aquisição da propriedade (1.245)
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. PRESUNÇÃO RELATIVA 
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
É dono quem está na matricula de imóveis. Exemplo: se eu vendo o imóvel para A, e depois vendo para B, e logo em seguida B registra na matricula, será ele o dono. 
Para o nosso sistemao registro é um ato jurídico causal porque está sempre vinculado ao título originário translatício originário, e somente opera a transferência da propriedade dentro das forças, e sob a condição de validade formal e material do título. Em suma, o registro no nosso sistema tem a presunção relativa ao passo que no direito germânico a presunção é absoluta. 
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente.
Considera-se adquirida na data da apresentação do título a registro (1.246), ainda que entre a prenotação no protocolo e o registro haja decorrido algum tempo.
Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo.
AQUISIÇÃO MEDIANTE ACESSÃO
É o modo de adquiri a propriedade, em virtude do qual fica pertencendo ao proprietário tudo quanto se une ou se incorpora ao seu bem, tanto econômica quanto juridicamente entendida que os bens acrescidos passam a se incorporam ao imóvel (relação do principal com o acessório). Em alguns é possível identificar a procedência (avulsão). Em outros casos nem isso se dá (aluvião), afora aqueles em que a separação não pode materialmente fazer-se (formação de ilhas). Daí a aceitação de que as propriedades das partes acedem é um incremento material, operando a aquisição em favor do dono do prédio a que adere.
De imóvel a imóvel;
De móvel a imóvel;
De móvel a móvel.
Art. 1.248. A acessão pode dar-se:
I - Por formação de ilhas;
II - Por aluvião;
III - por avulsão;
IV - Por abandono de álveo;
V - Por plantações ou construções.
A acessão do imóvel a imóvel fica adstrita aos “incrementos fluviais”.
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - As que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - As que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
SOMENTE SE APLICA PARA ROS NÃO NAVEGÁVEIS, CHAMADOS PARTICULARES. Para os rios navegáveis ou que cruzam Estados, são considerados bens públicos.
ALUVIÃO é o acréscimo insensível. Aquilo que se anexa lentamente que não seria possível, em cada momento saber quanto foi adicionado. 
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Obra da natureza e não humana: outra forma de aquisição da propriedade por meio de acessão de imóvel a imóvel é a AVULSÃO, no qual é o deslocamento brusco de uma porção de terra por força natural e violenta, desprendendo-se d em prédio para se juntar a outro, configurada estará a avulsão. Em princípio, o proprietário de cujo imóvel se desgarra, não perde a parte deslocada, pois lhe é licito reclamar em espécie; mas o do terreno que a recebe tem a opção entre aquiescer a que remova, ou indenizar o reclamante ao seu valor. 
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
CUIDADO! Em caso de vendaval que lança a cerca para o imóvel do vizinho não há avulsão, mas sim a coisa perdida. (1.233, descoberta).
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente.
O rio, por algum acidente natura, pode abandonar o leito onde corria e abrir outro (leito ou álveo do rio a porção da terra escavada, por onde o rio corre, entre ribanceiras ou margens). As enchentes fazem as aguas transportar, cobrindo as margens, como as secas as fazem baixar reduzidas e distanciadas das margens; mas são estas que público do rio, pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens na proporção das testadas, até a linha mediana do álveo abandonado. 
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua.
Artigo 26 Código de Águas. O álveo abandonado da corrente pública pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham direito a indenização alguma os donos dos terrenos por onde as aguas abrigarem novo curso.
Parágrafo único. Retornando o rio a seu antigo leito, o abandonado volta aos seus antigos donos, salvo a hipótese do artigo seguinte, a não ser que esses donos indenizem o Estado.
Artigo 27 Código de Águas. Se a mudança da corrente se fez por utilidade pública, o prédio ocupado pelo novo álveo deve ser indenizado para que se compense da despesa feita. 
Acessão de móvel a imóvel.
Por meio de construções ou plantações realizadas em terreno alheio, num ou noutro caso verificando-se a adesão da coisa ao imóvel que recebe o respectivo incremento, dado que não poderá mais se destacar sem danos ou perda. 
Toda a construção ou plantação, existe em um terreno, presume-se feita pelo proprietário e sua custa (1.253). Daí decorre o corolário segundo o qual se presume do dono do terreno qualquer construção ou plantação nele existente. 
Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
Praesumptio iuris et de iure, cede à prova contraria, e, portanto, cabe desenvolver as hipóteses em que a presunção se ilide.
Se é proprietário que semeia, planta ou constrói em seu terreno com sementes, plantas e materiais alheios, adquire a propriedade destes pois o que adere ao solo a este se incorpora – reembolso o valor que utilizar, respondendo ainda por perdas e danos se tiver procedido de má-fé pois não é admissível que o direito proteja aquele que maliciosamente emprega no plantio ou construção de bens alheios. 
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
Por outro lado, quem planta, semeia ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as plantas, sementes ou construções, mas tem direito à indenização, estando de boa-fé, tal como ocorre com aquele que realiza benfeitorias uteis em coisa alheia.
Má-fé, concede ao proprietário o direito de exigir que o responsável reponha as coisas em seu estado anterior, retirando a planta ou demitindo a edificação; ou deixar que pertença, a benefício do proprietário e sem indenização, pois não seria razoável nem jurídico que o plantador ou construtor, procedendo de má-fé, fosse encontrar para esta uma proteção da ordem jurídica e obter indenização para seu malfeito, em condição melhor do que o possuidor de má-fé, umavez que também não recebe nenhuma indenização. 
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Se exceder consideravelmente o valor do terreno a plantação ou construção, adquirirá a propriedade DO SOLO, MEDIANTE PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO FIXADA JUDICIALMENTE, SE NÃO HOUVER ACORDO (há uma inversão). Dessa maneira boa-fé adquire a propriedade do terreno, pagando indenização. 
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
Não podendo o proprietário malicioso auferir proveito do seu comportamento antijurídico, a lei estabelece que se ambos estiverem de má-fé, o proprietário adquire as sementes, plantas ou construções, uma vez eu a acessão industrial é modalidade aquisitiva de domínio, mas é obrigado a indenizar o respectivo valor (1.256).
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua.
A falta dos elementos positivos presume-se a má-fé.
A construção feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior a um vigésimo deste, o construtor de boa-fé adquire a propriedade da parte invadida, se o valor da construção exceder o dessa parte, este responde por indenização correspondente, também ao valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente (1.258).
Se for superior em um vigésimo, da parte invadida, o construtor de boa-fé adquire a propriedade da parte invadida, mas responde o que compreender o valor efetivo da área perdida. Há de compreender: 
Valor efeito da área da área perdida (DANO EMERGENTE).
+
Desvalorização da área remanescente (LUCRO CESSANTE).
Má-fé o construtor adquire solo alheio que invadiu, mas somente se esta área invadida corresponder à vigésima consideravelmente o dessa parte, e não for mais possível demolir a parte invasora, sem grave perigo para a construção, nesse caso o invasor pagará em décuplo as perdas e danos aqui previstas.
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
DIREITOS HEREDITÁRIOS
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
A aquisição da propriedade se dá no momento da morte (causa mortis), imediatamente os herdeiros sucedem os decujos. A partir do momento que tem a morte sou considera proprietário, com a possibilidade de ação reivindicatória, mesmo meu nome não constando na matriculo. Única forma que não tem a transcrição como forma de aquisição de domínio. 
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
MODOS DE AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MOVÉL (1.260)
Duas formas de aquisição de propriedade móvel, com os prazos de 2 a 3 anos. 
USUCAPIÃO
São as mesmas regras da usucapião de bem imóvel. No tocante de prazo se opera em três anos com o justo título e boa-fé (1.260) e em cinco anos independente de uma ou outra (1.261).
No prazo de 3 anos com justo título e boa-fé (1.260) e em cinco anos independentemente de uma e de outra (1.261). 
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.
Exemplo a Leticia roubou um carro da Bianca, assim a Leticia conseguiu vender para o Guilherme que conseguiu regularizar no Detran (justo título e boa-fé, com mais de 3 anos que exerço essa posse mansa e pacifica). Posso usucapir neste caso? 	NÃO. Ocorreu uma aquisição derivada, sendo assim ele terá má-fé (Guilherme, pois se a Leticia era mera detentora Guilherme também é). Teria a possibilidade de ser usucapião? SIM, quando a Bianca SABE QUE O CARRO ESTÁ COM A LETICIA, E NÃO FAZ NADA POR 3 ANOS, terá posse a Leticia? Sim, será injusta. Sendo assim mesmo se passado os 5 anos ela não fazer nada, não terá a Leticia justo título NUNCA.
SE EU NÃO TIVER NEM JUSTO TITULO NEM BOA-FÉ EU TENHO A POSSIBILIDADE DE USUCAPIR. Menos em casos de furto ou roubo. 
Na aquisição de bem furtado, de acordo com as decisões do STJ entendem ser isso impossível, bem como impossível a usucapião de bem gravado por alienação fiduciária. 
Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé.
Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos Arts. 1.243 e 1.244.
Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.
Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião.
VAI CAIR NA PROVA. 
OCUPAÇÃO
Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
Como acontece no abandono, sendo uma forma originaria de aquisição de propriedade. Exemplo como acontece na praia, que eu não quero um sofá e coloco na rua para quem passar pegar. 
O peixe é coisa sem dono, se por exemplo tem épocas que não pode pescar, e Adilson vai pescar nessa época ele não será dono do peixe. 
A mesma coisa é pegar um sagui no pantanal e querer levar para a casa, ele é considerado coisa sem dono, mas não tem permissivo legal que dispõe essa possibilidade de assenhorar-se de animais. 
Esquecer é diferente de coisa sem dono, e de abandonar.
	A arrematação em leilão se trata de uma aquisição originaria da propriedade, e não haveria uma sucessão derivada neste contexto, e por conta disso o arrematante não responderia pelos débitos condominiais, SALVO se houvesse menção em edital, no qual o sujeito adquiriu sabendo daquele ônus. Não responde o atual titular do domínio pelos débitos, mas aquele bem não responde por essa obrigação, responderia o anterior titular do domínio, neste caso teria que ter uma prova robusta de que houve abandono, ocupação, etc. Exemplo: carro. 
O menor pode ocupar mesmo sendo absolutamente incapaz, nesse caso o menor não precisa ser representado, independente da representação ele pode assenhorar. 
Res nullius – da coisa que não tem dono e que nunca foi objeto de assenhora mento tal como os animais bravios em liberdade.
Res derelicta – se a coisa já teve dono, mas não tem mais (aqui há necessidade de abandono, o qual não se presume). 
Exemplo:que o sujeito entrou com o pedido de usucapião de um bem que era do avô dele, que a mãe dele tinha adquirido por herança, e adquirida os demais herdeiros a sua quota parte, através de sessão de direitos hereditários, e para evitar de fazer o inventario e o recolhimento tributário, o sujeito entrou pleiteando a usucapião ordinário, foi o que fez ele cair, e que ele forjou com a mãe dele título, foi INDEFERIDA POR FRAUDE. 
DO ACHADO do TESOURO -aquilo que o proprietário perdeu e não tem mais memória daquilo. Faz muito tempo. 
Perdida que o dono não tem mais memória, sem um tempo mínimo para considerar que o sujeito não tem mais memória.
Exemplo: situação em que seu avô enterrou umas moedas, e com o passar do tempo ninguém mais lembra das moedas. 
Situação em que a pessoa que perdeu e nem sabe mais, e com o passar do tempo nem se lembra mais disso.
Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta (terreno de marinha, será do dono não da união), ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.
É proprietário quem acha, sendo uma forma originaria de aquisição da propriedade, exemplo se eu achar um tesouro de pirada, eu serei a dona. Se alguém achar no meu imóvel (achou casualmente) eu divido. Se o sujeito ordenou que procurasse é todo do proprietário do imóvel. Se o terceiro não for autorizado é todo do proprietário do imóvel. A propriedade do solo, traz por consequência a propriedade dos móvel que guarnecem (regra geral).
Se eu acho um tesouro da Maria Antonieta, e eu acho no meu imóvel, mesmo assim eu não tenho a obrigação de devolver, pois no momento da perda (memória do objeto) e tem a forma originaria de aquisição. Mas isso pode variar de acordo com a interpretação de “não tem mais memória”. 
Se eu achei o tesouro no parque, é 50% do município e 50% seu.
TRADIÇÃO
Tradição real é a entrega efetiva. É a tradição que transmite o domínio dos bens móveis. 
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
Tradição real: entrega efetiva. 
Tradição simbólica: não se realiza pela entrega e apreensão material da coisa, porém mediante a de algo que represente, como aquela que entrega as chaves do carro ao comprados como sinal de que o está transferindo ao mesmo. 
Tradição ficta: ocorre no caso constituto possessório 
Clausula constituti – transfere a posse. 
Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono.
§ 1° Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição.
§ 2° Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo.
ESPECIFICAÇÃO 
É uma forma originaria de aquisição da propriedade, no qual eu pego algo e transformo em uma outra coisa.
Exemplo: o Luan é proprietário de uma folha de caderno, e a Mayla tem dons artísticos e ela faz uma gravura, aconteceu um processo de especificação. No qual eu tinha uma matéria prima, e foi transformada em uma gravura. 
Quem adquire o que?
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.
Exemplo a Debora tem uma argila e eu pela parte e faço uma escultura, não dá para restituir, dessa maneira eu adquiro a propriedade da Debora, estando de boa-fé.
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.
§ 1° Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
§ 2° Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria-prima.
Quando eu pego toda a argila da Debora, mas eu não sabia que era dela, estando assim de boa-fé, e eu faço uma escultura, dessa maneira a escultura é minha e eu tenho que indenizar a Debora. 
Agora se eu estou de má-fé, e fiz a escultura sabendo que era dela, mas nesse caso eu perco a escultura. Não pode se falar em indenização. 
Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao especificador de má-fé, no caso do § 1o do artigo antecedente, quando irredutível a especificação.
Se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria prima. Exemplo eu roubei toda a argila da Debora e o valor da escultura é muito maior que o valor da argila, e eu estava de má-fé, neste caso a escultura ainda é minha e terei que ressarcir o valor da argila. Tanto de boa ou má-fé.
CONFUSÃO, COMISTÃO E ADJUNÇÃO
Coisas de diversos donos mesclarem-se. Confusão ocorrerá quando se acharem as coisas em estado líquido; mistura ou comissão se acharem em estado seco. A adjunção consiste na justaposição de uma ou outra coisa, impossibilitando-se destacar-se a acessória da principal e, conseguinte, resultando que o dono da primeira adquire a segunda, com observância das regras de acessão.
Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração.
§ 1o Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou agregado.
§ 2o Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros.
A 1ª regra é que se misturou sem o consentimento e dá para separar, é separado e cada um fica sendo dono do que tinha. Exemplo: sou dono de óleo e o outro da agua. 
Se não for possível separar ou ficar mais caro separar do que eventualmente manter as duas coisas juntas subsiste indiviso, cabendo a cada um dos donos o quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou agregado. Quotas iguais, a formação de um condomínio. 
2ª - Se uma das coisas for considera principal, será o dono do todo, tendo que indenizar os outros.
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher entre adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será indenizado.
No possuidor de boa-fé fica cada um com a sua quota, se não tiver diferença, tendo um condomínio, se eu quiser desfazer do condomínio, eu vendo a minha parte para o outro, ou o compro a parte do outro. Exemplo: eu e a Paula, somos donas de um carro, eu não quero mais ser a composse de fração ideal desde carro, a solução é ou comprar a minha parte ou eu compro a sua parte. 
No possuidor de má-fé, tem basicamente a mesma coisa, mas eu tenho a primazia com a parte de boa-fé na hora de comprar a parte do outro sujeito. 
Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa se formar espécie nova, à confusão, comissão ou adjunção aplicam-se

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