Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
‘ ALISON ALVES BATISTA BRUNA FERREIRA DANIEL RODRIGUES ROCHA DANIELE NUNES MARCELINO GREYCI POLLIANA IGOR CEZÁRIO DE SUZA INÁCIO GIOVANNI JOÃO AFONSO BEDAQUI JUNIOR LUANA WÁLLINA MENDES PIRES VICTÓRIA RABELO EULÁLIO BROMA UNIVERSIDADE PAULISTA NUTRIÇÃO ALISON ALVES BATISTA- B85HHJ-8 BRUNA FERREIRA CARVALHO – B776GG-9 DANIEL RODRIGUES ROCHA – B71616-9 ANIELE NUNES MARCELINO – B83687-3 GREYCI POLLIANA CARDOSO – B376GJ-5 IGOR CEZÁRIO DE SUZA – B79941-2 INÁCIO GIOVANNI – B867AC-8 JOÃO AFONSO BEDAQUI JUNIOR – B78066-5 LUANA WÁLLINA MENDES PIRES - B85JHF8 VICTÓRIA RABELO EULÁLIO – B8234A-0 BROMATOLOGIA DO CAFÉ BRASÍLIA MAIO 2013 ALISON ALVES BATISTA BRUNA FERREIRA CARVALHO DANIEL DE ALMEID ROCHA DANIELE NUNES MARCELINO IGOR CEZÁRIO DE SUZA INÁCIO GIOVANNI GREYCI POLLIANA MATTOS CARDOSO JOÃO AFONSO BEDAQUI JUNIOR LUANA WÁLLINA MENDES PIRES VICTÓRIA RABELO EULÁLIO BROMATOLOGIA DO CAFÉ Trabalho apresentado na instituição Universidade Paulista (UNIP), como requisito obrigatório às atividades de práticas supervisionadas, sob orientação do professor Antônio José de Rezende. BRASÍLIA MAIO 2013 RESUMO Esse trabalho tem por objetivo adquirir vivência e postura científica na busca de informações e elaboração de relatórios. Promover reflexões de ordem científica e técnica, favoráveis à construção do conhecimento. A partir de estudos sobre a Bromatologia e formas de analise. Inicialmente, são apresentados os conceitos de Bromatologia com a finalidade de apresentar sua importância à rotulagem nutricional, ao controle de qualidade dos alimentos, às regulamentações legais. E identificação dos tipos de analise e classificação dos alimentos. Ainda, propor direcionamento para a Bromatologia do Café em si. Finalmente é exposta a visão do grupo sobre o tema proposto. Palavras-chave: Bromatologia, Analise, Controle de Qualidade, Café. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................................5 1. Bromatologia.................................................................................................................6 1.1. Conceito e Finalidade.................................................................................................6 1.2. Controle de Qualidade dos Alimentos e Regulamentações Legais............................6 1.3. Analise de Alimentos..................................................................................................6 1.4. Métodos de Analises...................................................................................................7 1.5. Classificação dos Alimentos.......................................................................................7 2. Bromatologia do Café....................................................................................................8 2.1.Pureza do Café.............................................................................................................8 2.2. Analises do Controle de Qualidade do Café...............................................................8 2.3. Aminas Bioativas e Livres e Conjugadas no Café Solúvel........................................9 2.4. Atlas de Microscopia de Café Torrado e Moído......................................................10 2.5.Legislação Brasileira de Café....................................................................................11 Considerações Finais.......................................................................................................12 Referências......................................................................................................................13 INTRODUÇÃO A pesquisa sobre a Bromatologia é um estudo que nos traz um conhecimento mais abrangente sobre analise de alimentos. E em conseqüência desse conhecimento obtido tem a capacidade de nos direcionar para a Bromatologia do café. Grão que por sua vez é extremamente consumido pelos brasileiros. E que há muito faz parte da cultura desse país. Sendo que fizemos a nossa analise sobre a ótica da APS (Atividades Práticas Supervisionadas). Dentre a estrutura desse trabalho demos ênfase ao Café, pois é um alimento que o grupo desperta bastante interesse. E ainda defendemos a sua importância, visto que é um alimento dotado de vários benefícios. E de grande valor para a ciência da nutrição. Pretendemos desenvolver esse trabalho tendo em vista ser uma peça com relevância ao aprendizado de Bromatologia e Nutrição. Já que se tem como objetivo sanar qualquer eventual dúvida sobre o contexto. Para tanto, utilizamos o método de pesquisa. No primeiro capítulo abordaremos a Bromatologia em geral. Já no segundo iremos retratar uma área especifica, nesse caso, a Bromatologia do Café e suas competências. 1. BROMATOLOGIA. 1.1. CONCEITO E FINALIDADE; A palavra Bromatologia deriva do grego: Broma, Bromatos significa “dos alimentos”; e Logos significa Ciência. Portanto, pode-se definir Bromatologia como a ciência que estuda os alimentos. Esta ciência tem como finalidade buscar conhecer os alimentos de forma detalhada, analisando suas composições quantitativas e qualitativas, seus valores nutricionais e energéticos, suas propriedades químicas e físicas, seus efeitos no organismo, bem como características higiênicas e toxicológicas de possíveis alterações e/ou contaminações, suas causas e como evitar que ocorram. A Bromatologia está relacionada com o controle de qualidade dos alimentos, desde a coleta até a comercialização, passando pela produção/fabricação, transporte, processamento, conservação e armazenamento. O Bromatologista é responsável por verificar se os alimentos estão enquadrados nas regulamentações legais, procurando por adulterações e/ou aditivos que possam prejudicar a saúde. Estes profissionais, são capazes de realizar análises de laboratório da indústria alimentar e institutos relacionados à nutrição, com métodos convencionais ou automatizados. A escolha do método dependerá do que será analisado. 1.2. CONTROLE DE QUALIDADE DOS ALIMENTOS E REGULAMENTAÇÕES LEGAIS; O controle de qualidade dos alimentos se refere a toda e qualquer ação que visa melhorar as boas práticas nos procedimentos de higiene e manipulação de alimentos para que o alimento fique livre de qualquer contaminação e seja um “Alimento Seguro”, que não cause perigo à saúde de quem consumir. Atualmente o controle de qualidade dos alimentos tornou-se imprescindível em todos os locais de produção de alimentos, devido ao fato de o Brasil ser um grandeprodutor de alimentos para consumo interno e exportação. Ao mesmo tempo, há uma grande demanda por alimentos mais saudáveis e seguros para atender a um público que está cada vez mais exigente. As regulamentações especificas, o controle e a fiscalização de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública são incumbências da ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) 1.3. ANALISE DE ALIMENTOS; A analise de alimentos classifica-se em: • Controle de qualidade (fabricação e estocagem do alimento processado). • Caracterização de alimentos in natura: alimentos novos e desconhecidos • Pesquisa de novas metodologias analíticas • Pesquisa de novos produtos. • Controle de qualidade dos produtos existentes. 1.4. MÉTODOS DE ANALISE: A analise de alimentos pode ser realizada por métodos convencionais, os quais não necessitam de nenhum equipamento sofisticado ,utilizam vidrarias e reagentes. Ou por métodos instrumentais, os quais necessitam de equipamentos sofisticados, utilizam equipamentos eletrônicos. 1.5. CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS; Os alimentos são classificados em: ALIMENTO GENUINO: São os alimentos saudáveis, ou seja, que não possuem nenhum tipo de substância não autorizada e cumprem as especificações regulamentarias. ALIMENTO ADULTERADO É o alimento que é, geralmente, impuro, impróprio ou nocivo a saúde. De acordo com a Lei Federal 9.677/98, a adulteração de alimentos é configurada como crime hediondo contra a saúde pública. ALIMENTO ALTERADO: Aquele cuja composição química e as suas características organolépticas foram alteradas por processos físicos, químicos ou microbianos, que podem ocorrer durante a sua fabricação, conservação ou transporte. ALIMENTO FALSIFICADO: É o alimento elaborado com a finalidade de copiar a aparência e características gerais de outro alimento legítimo, e se denominam como este, porém não são. ALIMENTO CONTAMINADO: São alimentos que foram contaminados por germes patogênicos ou substâncias químicas capazes de causar doenças ou infecções. 2. BROMATOLOGIA DO CAFÉ: 2.1 PUREZA DO CAFÉ; Para que o café possa nos trazer todos estes benefícios, é preciso que tenhamos a certeza de estar consumindo um café puro, sem adulterações (milho ou cevada, por exemplo, misturados aos grãos de café). Pensando nisto, a Associação Brasileira da Indústria do Café - ABIC lançou, em 1989, o Programa de Controle de Pureza do Café Torrado e Moído, que concede às marcas de café que têm a sua pureza comprovada, através da análise de amostras coletadas aleatória e permanentemente nos pontos de venda de todo o país, o Selo de Pureza da ABIC. Entretanto, a possibilidade de se encontrar no mercado um café de má qualidade, em função da mistura de diversos tipos de impurezas, ainda é bastante real. Em 1998, o Inmetro realizou uma análise em CAFÉ TORRADO E MOÍDO, através da qual constatou-se a presença de marcas no mercado que apresentaram fraudes na composição do produto, devido à adição de matérias estranhas ao café, tais como milho, cevada, cascas e paus. 2.2. ANALISE DE CONTROLE DE QUALIDADE DO CAFÉ: Há três tipos de análises de controle de qualidade do café torrado e moído, em laboratórios diferentes: o de micologia, que realiza a contagem e identificação dos fungos; o de micotoxinas, que analisa a quantidade presente de substâncias produzida por fungos nas amostras do fruto, do grão, do café torrado e moído; e o de microscopia, que contabiliza impurezas. Todos os anos muitas amostras passam por esse último tipo de análise. Grande parte das vezes apresentam impurezas acima da taxa permitida, que é de 2%. Em algumas é identificado até mesmo presença de outros grãos. Essa é, inclusive, a fraude mais comum. A detecção de fraudes em café é feita por meio da análise microscópica do grão torrado e moído, o que permite uma visualização histológica de cada espécie vegetal presente no produto, permitindo avaliar o grau de pureza do café. Tais impurezas seriam imperceptíveis a olho nu em função da cor castanho-escura do grão, exigindo um desengorduramento prévio da amostra com solvente orgânico para que as substâncias tornem-se visíveis ao exame da lupa. 2.3. AMINAS BIOTIVAS LIVRES E CONJULGADAS NO CAFÉ SOLUVEL; O perfil e os teores de aminas bioativas livres em café solúvel, bem como a influência das etapas do processamento nos teores das aminas livres e conjugadas devem ser investigados. A metodologia para análise de aminas livres e conjugadas em café solúvel deve ser otimizada e o método par iônico com derivação pós-coluna e detecção fluorimétrica para análise de aminas bioativas livres deve ser validado. Amostras de café devem ser analisadas em relação ao perfil e aos teores de aminas bioativas livres, pH e características de cor. Amostras de café devem coletadas em quatro etapas durante a produção do café . Devem ser pesquisadas dez aminas (putrescina, cadaverina, tiramina, histamina, serotonina, agmatina, espermidina, espermina, feniletilamina e triptamina). Para um melhor rendimento na extração de aminas livres do grão cru, o procedimento deve ser conduzido com ácido tricloroacético (TCA) 5% (m/v) em três extrações sucessivas. A hidrólise das aminas conjugadas para liberação da sua forma livre deve ser executada com HCl 9 mol/L a 110 ºC por 18 horas. Deve ser observado se há influência das etapas do processamento do café no perfil e teores das aminas livres e conjugadas. A torrefação diminuiu os teores das aminas, sendo que a putrescina, tiramina, espermidina, espermina e triptamina não são facilmente detectadas no café torrado e a serotonina na maioria das vezes tem seus teores reduzidos. Também se deve observar a formação da agmatina durante a torrefação. Bem como se os teores totais das aminas aumentam com a concentração do extrato do café. E se as aminas conjugadas ácido solúveis são detectadas no café cru e torrado. 2.4. ATLAS DE MICROSCOPIA DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO; Atlas vai melhorar controle de qualidade e analise do café em todo a país. Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil terá agora uma importante ferramenta para o controle da qualidade dos grãos colhidos por aqui. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) lançaram o Atlas de microscopia de café torrado e moído, publicação que reúne informações sobre o processo produtivo do grão, plantio, colheita, processamento, armazenamento e, principalmente, a morfologia e histologia do fruto e a identificação de fraudes usuais. O material passa a ser fonte de consulta em todos os laboratórios brasileiros que fazem análises de vigilância sanitária de controle da qualidade do café consumido no país e também nos laboratórios da indústria cafeeira. O atlas ganha ainda mais importância em um período em que o Brasil caminha para ser também o maior consumidor de café do mundo, lugar hoje ocupado pelos Estados Unidos. Para apontar a origem da contaminação de um produto é necessário um trabalho de vigilância sanitária eficaz. Mas não basta identificar, é preciso apontar em que momento do processo de fabricação o problema aconteceu. Daí a importância do Atlas que, de forma ilustrativa e didática, apresenta a metodologia de análise para avaliação da qualidade desse produto tão comum na casa dos brasileiros. 2.5. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉ: LEGISLAÇÃO A- Boas Práticas de Fabricação Portaria 1.428/93, SVS/MS (Regulamento Téc. inspeção sanitária de alimentos)Portaria 326/97,SVS/MS (Reg. Téc. - "Condições Higiênico-Sanitárias e de BPF). Resolução 275/02, ANVISA (Regulamento Técnico de POP’s) B - Legislações Regionais Espírito Santo - Decreto Nº 1674-R, de 24/05/06 (fins procedimento licitatório) Minas Gerais – Decreto 44.661/2007, de 26/11/07 (fins procedimento licitatório) São Paulo - Resolução SAA-30, 31,19 (Padrões Mínimos de Qualidade para Café Torrado em Grão e Torrado e Moído – Café Superior, Gourmet e Tradicional C - Padrões de Identidade e Qualidade Resolução 12/01, ANVISA (Microbiologia) Resolução 277/05, ANVISA (Regulamento Técnico para Café, Cevada, Chá,...). Resolução 175/03, ANVISA/MS (Matérias Macro e Microscópicas Prejudiciais à Saúde Humana. Ex: Pelos (rato, morcego), penas, fragmentos de insetos, objetos pontiagudos, etc. Instrução Normativa 08/03, MAPA (Café Beneficiado Grão Cru) Matérias estranhas e impurezas < 1 % IN 16: Instrução Normativa nº16 , de 24/05/10 do MAPA Estabelece o Regulamento Técnico para o Café Torrado Café Torrado e Moído. DEFINIÇÕES: - impurezas: casca, pau e outros detritos provenientes do próprio cafeeiro; - matérias estranhas: detritos vegetais não oriundos do cafeeiro, grãos ou sementes de outras espécies, corantes, açúcar e borra de café solúvel ou de infusão; - película prateada: a porção externa da semente também chamada espermoderma, ou seja, a película que reveste o grão de café. Não é considerada impureza. - sedimentos: as partículas metálicas decorrentes do processamento, pedras, torrões e areia; IN 16: Instrução Normativa nº16, de 24/05/10 do MAPA. TOLERANCIAS: - Qualidade Global da Bebida > 4 pontos (prorrogado) - Umidade ( Café Torrado em Grão e no Café Torrado e Moído): < 5,0% -Conjunto de impurezas, sedimentos e matérias estranhas permitido no Café Torrado em Grão e no Café Torrado e Moído: < 1,0% - Isoladamente, o percentual máximo de matérias estranhas permitido no Café Torrado em Grão e no Café Torrado e Moído: < 0,1% CONSIDERAÇÕES FINAIS Predomina no imaginário coletivo a idéia que a bromatologia tem apenas um papel superficial. Conclui-se que, muito, além disso, a analise bromatologica está presente em diversas iniciativas que buscam prevenir diversas contaminações e possíveis fraudes. Contribui para a promoção da qualidade de vida e a segurança alimentar. REFERÊNCIAS: CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS 1° REGIÃO. Leis e Decretos. Disponível em: http://www.crn1.org.br/index.php/leis-e-decretos/. Acesso em: 01.11.2013. PENSA.ORG BR Disponível em: http://pensa.org.br/artigos-congressos/analise-das- preferencias-do-consumidor-brasileiro-de-cafe-um-estudo-exploratorio-dos-mercados- de-sao-paulo-e-belo-horizonte/ Acesso em: 01.11.2013 SBI CAFÉ. Disponível em: http://www.sbicafe.ufv.br/handle/10820/3927 Acesso em: 01.11.2013 INMETRO. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/cafe2.asp Acesso em: 01.11.2013 CONSORCIO E PESQUISA CAFÉ. Disponível em: http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php?option=com_content&view=articl e&id=130&Itemid=440 Acesso em: 01.11.2013 SAPC EMBRAPA. Disponível em: http://www.sapc.embrapa.br/index.php/view- details/i-simposio-de-pesquisa-dos-cafes-do-brasil/184-analise-sensorial-de-cafe- empregando-se-metodos-piezoeletricos-%E2%80%93-parte-i Acesso em: 01.11.2013
Compartilhar