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TRABALHO FINAL DE ESTAGIO II SINDROME DE DOWN

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Introdução:
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estarem sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas. É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evitá-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos desde o nascimento da criança. As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. Se você é pai ou mãe de uma pessoa com síndrome de Down, o mais importante é descobrir que seu filho pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ele é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever deverá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. 
Entenda a trissomia
Os seres humanos têm, normalmente, 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo. Esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais, no momento da fecundação. Vinte e três vêm dos espermatozoides fornecidos pelo pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe. Juntos, eles formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula, então, começa a se dividir, formando o novo organismo. Isso quer dizer que cada nova célula é, em teoria, uma cópia idêntica da primeira. Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características. Desses cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois constituem o par de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos meninos. Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, ou o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.
As diferentes formas da trissomia 21
Trissomia livre ou simples – A forma mais comum ou frequente da síndrome de Down é chamada de trissomia livre ou simples. Noventa e cinco por cento das pessoas com síndrome de Down nascem com 47 cromossomos, dos quais três completos correspondem ao par 21. Os seres humanos são formados por células com 46 cromossomos que se separam durante a divisão celular: 23 seguem para uma célula e seus pares correspondentes seguem para outra. No entanto, às vezes essa divisão e separação dos pares de cromossomos não ocorrem da maneira correta, ou seja, um dos pares de cromossomo (no nosso caso o par 21) não se separa: os dois cromossomos 21 permanecem unidos e ficam em uma das células (óvulo ou espermatozoide) divididas. Acontece, neste caso, o que os técnicos chamam de “não disjunção” ou “não separação”. Assim, essa célula fica com 24 cromossomos, dois dos quais do par 21. Ao se unir a outra célula embrionária comum, com 23 cromossomos, a nova célula, resultante da fusão no momento da concepção, terá 47 cromossomos, três dos quais 21. A partir desta, serão originadas todas as demais células do novo organismo, que igualmente possuirão 47 cromossomos.
Translocação - Por volta de 3,5% das pessoas com síndrome de Down apresentam dois cromossomos do par 21 completos (o comum) e um pedaço mais ou menor de um terceiro cromossomo 21, que geralmente está colado a outro cromossomo de outro par (o 14, o 22 ou algum outro, embora geralmente seja o 14). Por que isso acontece? Porque o pai ou a mãe dessa pessoa apresenta, nas células do seu organismo, no lugar de cromossomos 21 completos, que é o usual, um cromossomo 21 completo e um pedaço de outro cromossomo 21 que se soltou e se colou a outro cromossomo (suponhamos que a outro do par 14). Assim, o pai ou a mãe tem um cromossomo 14, um cromossomo 14 com um pedaço de 21 colado, e um cromossomo 21: por isso não apresentam a síndrome. Quando se formam seus óvulos ou seus espermatozoides, o par 14 se separa: o cromossomo 14 inteiro vai para uma célula e o cromossomo “misto” (14 + pedaço de 21) vai para outra, e o 21 que não tinha par vai para uma das duas. Desse modo, algum óvulo ou espermatozoide ficará com um cromossomo 14 com um pedaço do 21 e outro 21 completo, ou seja, já tem dois elementos de 21. Ao se unir com o parceiro, na concepção, esse parceiro contribui com o seu cromossomo 21 comum, o que resultará em dois cromossomos 21 completos mais um pedaço do terceiro colado (translocado é o termo correto) ao outro cromossomo. Geralmente as consequências orgânicas da translocação costumam ser similares às da trissomia simples e aparece a síndrome de Down com todas as suas manifestações (a menos que o pedaço translocado seja muito pequeno e de uma região do cromossomo pouco rica em genes). No entanto, o mais importante da trissomia por translocação é que o pai ou a mãe se comportam como portadores: eles não apresentam a trissomia porque têm somente duas unidades 21. Mas como uma se encontra colada a outro cromossomo, é possível que os fenômenos que acabamos de descrever possam repetir-se em mais óvulos ou espermatozoides e, por um lado, transmitir essa diferença a outros filhos, que também seriam portadores, e, por outro lado, ter mais filhos com síndrome de Down. Se o cariótico (EXAME XXX) do bebê com síndrome de Down demonstra a existência de uma translocação, seus pais e irmãos devem fazer o exame também para avaliar se poderão ter filhos com a trissomia.
Mosaicismo - Ocorre em 1,5% das crianças com síndrome de Down. Correspondem à situação em que o óvulo e o espermatozoide possuem os 23 cromossomos comuns, e, portanto, a primeira célula que se forma da fusão de ambos é normal e possui 46 cromossomos. No entanto, no curso das divisões dessa célula e nas que virão a seguir, surge, em algumas delas, o mesmo fenômeno de não disjunção ou não separação do par de cromossomos 21 que comentamos antes, de modo que uma célula terá 47 cromossomos, três dos quais serão do par 21. A partir daí, todos os milhões de células que derivem dessa célula diferente terão 47 cromossomos (serão trissômicas), enquanto os demais milhões de células que se derivem das células normais terão 46, e serão também normais. Dependendo de quando apareça a não disjunção no curso das sucessivas divisões, a porcentagem final de células trissômicas e normais naquele indivíduo será diferente. Quanto mais no início a ocorrência genética aparecer, maior será a porcentagem de células trissômicas e vice-versa.
Como são os bebês com Síndrome de Down?
Os médicos frequentemente são capazes de reconhecer os bebês com síndrome de Down imediatamente após o seu nascimento. Tipicamente, os recém-nascidos com síndrome de Down têm diferenças na face, pescoço, mãos e pés, bem como no tônus muscular. O conjunto dessas características dá início às suspeitas do médico. Depois de examinarem seu bebê, os médicos geralmente irão solicitar estudos cromossômicos, para confirmar o diagnóstico. As seguintes características são associadas mais frequentemente à síndrome de Down. Tenham em mente, no entanto, que existe uma enorme variação entre os bebês com tal síndrome; nem todos os bebês possuem os mesmos aspectos característicos. Ainda mais importante, não se evidenciou conexão algumaentre o número de características da síndrome de Down que um bebê apresenta e a sua capacidade cognitiva. Tônus muscular baixo Os bebês com síndrome de Down têm tônus muscular baixo, denominado de hipotonia. Isso significa que seus músculos são relaxados e dão a impressão de serem “frouxos” ou “moles”. O tônus baixo geralmente afeta todos os músculos do corpo. Esse é um aspecto físico significativo, que alerta os médicos para procurarem outros sinais da síndrome de Down. O que é mais notável é que o tônus muscular baixo afeta os movimentos, a força e o desenvolvimento de seu bebê. A maioria das características físicas ligadas à síndrome de Down não afeta a capacidade de crescimento e aprendizagem de seu filho, porém o tônus muscular baixo prejudica o desenvolvimento de habilidades como rolar, sentar, levantar e caminhar. Outra área em que o tônus muscular baixo pode afetar o desenvolvimento de seu bebê é a alimentação e aceitação de alimentos sólidos, pois os músculos da boca têm tônus muscular baixo. A hipotonia não tem cura, isto é, o tônus muscular de seu filho provavelmente será sempre um tanto mais baixo do que o das outras crianças. Entretanto, muitas vezes pode melhorar ao longo do tempo, e pode ser melhorado por meio de fisioterapia. Dessa maneira, é atribuída uma grande importância à boa fisioterapia para ajudar as crianças com tônus muscular baixo a se desenvolver adequadamente, em especial quando são muito jovens. 
Características faciais: 
A face de seu bebê pode ter algumas ou todas as feições características da síndrome de Down. 
Nariz: A face de seu bebê pode ser levemente mais alargada e sua ponte nasal mais plana do que o usual. Frequentemente, as crianças com síndrome de Down possuem narizes menores do que os das outras crianças. As vias nasais também podem ser menores e tornar-se congestionadas mais rapidamente.
Olhos: Os olhos de seu filho podem parecer inclinados para cima; é por isso que a síndrome de Down foi anteriormente chamada de “mongolismo”, devido à sua aparência oriental. Seu médico pode denominá-los de fissuras palpebrais oblíquas. Os olhos também podem ter pequenas dobras de pele, chamadas de pregas epicânticas, nos seus cantos internos. A parte externa da íris (ou parte colorida) de cada olho pode apresentar manchas claras chamadas manchas de Brushfield. Essas manchas são vistas mais frequentemente em crianças com olhos azuis. Não afetam a visão de seu bebê, nem são imediatamente perceptíveis. No entanto, é muito importante que a visão de seu bebê seja examinada, pois os problemas de visão tendem a ser mais comuns em crianças com síndrome de Down do que nas outras. 
Boca: A boca de seu bebê pode ser pequena, e o céu da boca pode ser pouco profundo. Quando essas características são acompanhadas de tônus muscular baixo, a língua pode projetar-se ou parecer grande em relação à boca. 
Dentes: Os dentes de seu filho podem nascer com atraso e fora da ordem usual. Os bebês geralmente erupcionam seus dentes na mesma sequência, mas os dentes de bebês com síndrome de Down parecem ter uma sequência toda própria. Seus dentes também podem ser pequenos, de formas incomuns e fora de lugar; e esses problemas podem continuar, quando nascerem os dentes permanentes. 
Orelhas: As orelhas podem ser pequenas e suas pontas podem dobrar-se. Além disso, as orelhas de alguns bebês com síndrome de Down têm localização levemente inferior na cabeça. As vias auditivas também tendem a ser menor, o que pode dificultar seu exame pelo pediatra, para detectar infecções. Devido ao seu tamanho reduzido, as vias auditivas podem tornar-se bloqueadas, causando perda auditiva. Por essa razão, é importante incluir os exames audiológicos iniciais na agenda de exames médicos de seu filho. 
Forma da cabeça: As crianças com síndrome de Down têm cabeças menores do que as normais. Em geral, o seu tamanho cefálico situa-se entre os 3% inferiores, nas tabelas de crescimento padronizadas para as crianças. Isso é denominado tecnicamente de microcefalia. A diferença em tamanho, no entanto, não é frequentemente perceptível. Alguns estudos mostraram que a cabeça, embora menor do que a média, ainda está dentro da variação normal em relação ao resto do corpo. A parte posterior da cabeça pode ser mais achatada (braquicefalia). Além disso, o pescoço pode parecer mais curto e, em recém-nascidos, podem existir dobras de pele frouxa na região posterior do pescoço, que tendem a desaparecer com o crescimento. As áreas moles da cabeça (fontículos), que estão presentes em todos os bebês, podem ser maiores nos bebês com síndrome de Down e podem levar mais tempo para se fechar, durante o curso normal de desenvolvimento. 
Estatura: Os bebês com síndrome de Down geralmente têm peso e comprimento médio ao nascerem, porém, não crescem com a mesma rapidez das outras crianças. Por esse motivo, são usadas tabelas de crescimento especiais para meninos e meninas com síndrome de Down. Durante os exames de rotina, o médico medirá seu bebê e anotará sua altura e peso em uma tabela de crescimento, para ter certeza de que ele está ganhando peso satisfatoriamente e crescendo bem. Os adolescentes com síndrome de Down alcançam sua estatura final em torno dos 15 anos. A altura média adulta para os homens é de aproximadamente 1,57m e para as mulheres, aproximadamente 1,37m. 
Mãos e pés: As mãos de seu filho podem ser menores e seus dedos podem ser mais curtos do que os de outras crianças. A palma de cada mão pode ter apenas uma linha atravessando-a (prega palmar transversal ou linha simiesca), e o quinto dedo da mão pode curvar-se levemente para dentro, apresentando apenas uma linha de flexão (clinodactilia). Geralmente, os pés das crianças com síndrome de Down parecem normais, mas pode existir um grande espaço entre o primeiro e o segundo dedos dos pés, espaço no qual, com frequência, há um sulco profundo nas plantas dos pés. Outras características físicas 
Tórax: O tórax de seu filho pode ser um tanto afunilado (quando o esterno, osso do tórax, é achatado) ou como o peito de pombo (quando o esterno é proeminente). Nenhuma dessas diferenças morfológicas resulta em problemas clínicos. 
Pele: A pele de seu filho pode ser mosqueada (manchada), clara e sensível a irritações. Cabelos. As crianças com síndrome de Down têm, tipicamente, cabelos finos, lisos e às vezes esparsos. A maioria dos recém-nascidos que têm síndrome de Down não mostra todas as características físicas aqui descritas. Em geral, os traços mais comuns são o tônus muscular baixo, as fissuras palpebrais oblíquas e as orelhas pequenas. Com a única exceção do tônus muscular baixo, essas características não prejudicam a saúde, nem o funcionamento adequado de seu bebê. Devido ao fato da criança com síndrome de Down possuir o cromossomo 21 extra, ele pode apresentar, de algum modo, características semelhantes às de outros bebês com síndrome de Down. Entretanto, como seu filho também tem 22 pares de cromossomos completamente normais, ele se parecerá com seus pais, irmãos e irmãs, e também possuirá suas próprias características singulares.
Tratamento fisioterapêutico:
Criança portadora da Síndrome de Down é muito dócil depois de conquistada, o que torna a terapia uma troca muito gratificante para o terapeuta, pelo relacionamento com essas crianças especiais, e para crianças com o alívio que traz a terapia. Antes de qualquer técnica específica de estimulação, a convivência saudável com a criança deve ser uma das prioridades da estimulação, pois é a partir dela que ocorre o desenvolvimento. O desenvolvimento do bebê é manifestação eminentemente motora, por isso o programa nessa área é fortemente desenvolvido respeitando os níveis de rendimento da criança, possibilitando maior postura, melhor tonicidade e melhor equilíbrio. Dependendo das deficiências específicas, técnicas de fisioterapia são aplicadas para inibição de reflexos patológicos. Chegar o mais cedo possível aos profissionais que tratam do problema, principalmente o fisioterapeuta, vai fazer todadiferença no desenvolvimento da criança já nos primeiros meses de vida, nesta fase, com exceção dos traços físicos, a defasagem não é muito evidente, por isso, é vital que essa criança comece a ser estimulada imediatamente. Uma das características principais da Síndrome de Down, e que afeta diretamente o desenvolvimento psicomotor, e a hipotonia generalizada, presente desde o nascimento. A hipotonia origina-se no sistema nervoso central e afeta toda a musculatura e a parte ligamentar da criança. Com o passar do tempo, a hipotonia tende a diminuir espontaneamente, mas ela permanecerá presente por toda a vida, em graus diferentes. O tônus é uma característica individual, por isso há uma variação entre as crianças com esta síndrome. A criança que nasceu com Síndrome de Down vai controlar a cabeça, rolar, sentar, arrastar, engatinhar, andar e correr, exceto se houver algum comprometimento além da síndrome. Quando ela começa a andar, há necessidade ainda de um trabalho específico para o equilíbrio, a postura e a coordenação de movimentos. A hipotonia muscular faz com que haja um desequilíbrio de força nos músculos da boca e face, ocasionando alterações na arcada dentária, projeção no maxilar inferior e posição inadequada da língua e lábios com a boca aberta e a língua sempre para fora, a criança respira pela boca, o que acaba alterando a forma do palato. Esses fatores, dentre outros, fazem com que os movimentos fiquem mal coordenados. É essencial que nesta fase, na qual há maior independência motora, a criança tenha espaço para correr e brincar e possa exercitar sua motricidade global. A brincadeira deve estar presente em qualquer proposta de trabalho infantil, pois é a partir dela que a criança explora e internaliza conceitos, sempre aliados inicialmente à movimentação do corpo.
O desenvolvimento global da criança portadora de Síndrome de Down acontece com retardo ao padrão da normalidade, no entanto a criança pode chegar a progressos consideráveis com boa estimulação do meio facilitados por profissionais capacitados e, sobretudo, pela família com a qual convive diariamente. Na sequência do desenvolvimento do indivíduo, em primeiro lugar vem a postura, depois a ação motora, para depois vir ação mental. Isto quer dizer que qualquer ação mental, organizada, dependerá de um sistema postural bem estruturado e consequentemente de movimentos intencionais bem organizados e para que isso plenamente será preciso não só a integridade do cérebro, das vias que se comunicam com ele, como também do aprendizado através do ambiente. Se a estimulação é importante para qualquer criança com ou sem atraso no desenvolvimento, a criança Down tem essa necessidade muito mais inerente de experimentar situações e conviver com pessoas diferentes às de seu ambiente. O desenvolvimento de uma criança se dá através de descobertas de si mesmo e do mundo que a rodeia. 
O interesse que ela manifesta pelo movimento dos objetos, faz dos brinquedos um bom suporte para estimulá-la a passar de uma posição para outra. Os jogos e as brincadeiras, além de serem úteis para a aquisição da motricidade, têm grande importância para que a criança se desenvolva do ponto de vista mental e afetivo. O portador da Síndrome de Down apesar de ter características que o diferencia dos indivíduos ditos "normais", é semelhante a estes no processo de desenvolvimento. Através de atividades com jogos e brincadeiras, a criança se envolve com o desejo de descobrir o mundo que a rodeia e de se autodescobrir, essa motivação desperta a vontade de se movimentar, tornando esses movimentos mais espontâneos, mais prazerosos e as conquistas mais evidentes. O profissional fisioterapeuta ajuda no processo de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down em todos os aspectos, porque a criança com essa Síndrome tem que ser abordada como um todo, e isso é imprescindível para o desenvolvimento. É importante começar o mais cedo possível a fisioterapia nas crianças portadoras dessa síndrome. Existem pontos a ter cuidados com a Síndrome de Down, que seria cardiopatias graves que pode ser encontrada. Outros aspectos que o fisioterapeuta tem que ter cuidado é com alguma alteração cervical, que pode vir acompanhada. A equipe multidisciplinar que trabalha junto a portadores da Síndrome de Down compreende o neurologista, fisioterapeuta, assistente social, dentista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e pedagogo.
Tratada precocemente, a SD não traz comprometimentos ao desenvolvimento motor. É importante salientar que, em se tratando da SD há grande variação no desenvolvimento, destas crianças. O ritmo e a velocidade delas devem ser respeitados, o que leva sempre a pensar mais na fase do seu desenvolvimento do que na idade cronológica. O tratamento precoce tem que acontecer porque a Síndrome de Down já pode ser constatada dentro da barriga da mãe, então quanto mais rápido a fisioterapia atuar mais ganho esta criança vai ter. Assim que a criança recebe uma alta pediátrica no hospital já pode começar o tratamento. Acredita-se ainda que a criança com Síndrome de Down tenha que ser estimulada dentro do berçário, dentro da maternidade e, por isso é importante a presença do fisioterapeuta no ambiente hospitalar, para que possa orientar a mãe na hora de colocar o bebê com SD no colo, pois o modo de segurar a criança é importante. Se essa orientação for feita na maternidade, muitos problemas podem ser eliminados. As crianças submetidas à estimulação apresentam maior estabilidade no desenvolvimento do que crianças não submetidas a um programa desse tipo. A vida dos portadores da Síndrome de Down não é tão limitada quanto se acredita. O índice de mortalidade de crianças com lesão neurológica é muito menor, porque hoje a abordagem fisioterápica está sendo feita muito mais cedo, a criança que recebe estimulação desde bebê tem uma sobrevida maior.
Nada é impossível para um portador com Síndrome de Down ter a independência motora, mas não se devem fixar metas muito elevadas que possam de alguma forma inibir ou desmotivar a criança o que realmente conta é a superação dos seus próprios limites no dia-a-dia, por menor que seja. Nada impede que a criança com Síndrome de Down tenha problemas para conseguir a independência motora, pois, antigamente, a falta de estimulação é o que trazia problemas, a criança ficava sem uma perspectiva de ter um lugar dentro da sociedade, o que já não ocorre nos dias de hoje. Para tanto varias especialidades da fisioterapia trabalha com a Síndrome de Down. A maioria das crianças com Síndrome de Down apresentam constantes resfriados e pneumonias de repetição, isto se deve a uma predisposição imunológica e à própria hipotonia da musculatura do trato respiratório. Como o problema é crônico, desaconselha-se o uso repetitivo de antibióticos, o ideal é trabalhar na prevenção das doenças respiratórias, através de exercícios específicos de sopro, da prática de atividades físicas que aumentem a resistência cardiorespiratória, da higiene nasal e do uso de manobras específicas como tapotagem, vibração e drenagem postural para evitar o acúmulo de secreção.
A fisioterapia respiratória atua na prevenção e tratamento, usa recursos terapêuticos que visam o conforto respiratório do paciente. Fazendo manutenção de higiene brônquica, prevenindo complicações por hipersecreção que podem acarretar prejuízo à ventilação da criança. Dentre os procedimentos fisioterapêuticos fazem parte à avaliação fisioterapêutica pulmonar. Sendo essas manobras realizadas em uma seqüência lógica e devidamente utilizada a cada patologia respiratória e sempre observando o estado geral da criança.
Massagens com o vibrador ou com as mãos ajudam a dar maior tonicidade na musculatura orofacial. Brinquedos coloridos e sonoros estimulam a visão, a audição e a coordenação de movimentos no bebê. Exercícios específicos de equilíbrio com o uso da bola de Bobath e da prancha de equilíbrio também são importantes. As manobras realizadas para mudanças de posição, estímulo da propriocepção ou ainda os exercíciosrespiratórios constituem elementos básicos das terapias individuais. Atividades que envolvam o balanço estimulam os órgãos do equilíbrio. Assim, desde cedo à criança deverá experimentar estas sensações, tanto na terapia, como em casa. O balanço na bola de Bobath facilita as reações de controle de cabeça e tronco. O uso de redes, balanças e brincadeiras com o corpo devem ser estimulados e orientados à família. A hidroterapia poderá ser útil aos portadores da SD, pois o ganho de força muscular para pacientes com Síndrome de Down pode ser conseguido através da resistência da água ao movimento, o que pode ser incrementado com o aumento da velocidade durante a execução destes e, consequentemente possibilitar o trabalho muscular. A flutuação é outra propriedade que pode oferecer resistência, e neste caso o movimento deve ser realizado no sentido da superfície para o fundo da piscina. A viscosidade é outro fator que proporciona resistência ao movimento e está intimamente ligada à velocidade.
O trabalho de fortalecimento e equilíbrio muscular e determinadas posturas pode utilizar a turbulência da água, provocada em diferentes velocidades, permitindo o desafio do equilíbrio para diferentes tipos de déficits motores. A adequação do tônus muscular pode ser realizada co-contração através de exercícios resistidos contra a flutuação e a viscosidade da água, durante algumas atividades lúdicas. A densidade corporal destas crianças está diminuída pela hipotonia, fato este que leva a uma facilitação da posição de flutuação, possibilitando a realização de atividades como o nado adaptado, trazendo diversos benefícios, como o fortalecimento muscular global e o treino respiratório. A pressão hidrostática oferece estímulos proprioceptivos e táteis, que auxiliam na adequação do tônus, no trabalho sensorial, e também na resistência aos movimentos.
Na SD pode haver diminuição da interação do indivíduo com o meio ambiente, limitando oportunidades derivadas de experiências sensoriais como visuais, vestibulares, táteis e proprioceptivas; e a hidroterapia promove liberdade dos movimentos e aumenta a sociabilização, uma vez que representa ser um ambiente agradável e rico em estímulos, onde são realizadas atividades lúdicas que envolvem objetivos terapêuticos, de forma individual ou em grupo. A hidroterapia pode ser benéfica ao fornecer métodos alternativos para estimular a reeducação dos padrões respiratórios. Através de brincadeiras lúdicas como realização de bolhas na água com a boca, a utilização de canudos e diferentes objetos para soprar, estimulam-se a musculatura orbicular da boca e favorece sua oclusão, além do fato da musculatura respiratória ser estimulada pela pressão hidrostática exercida constantemente sobre o corpo imerso. Um dos vários recursos utilizados é a equoterapia, abordagem terapêutica relativamente nova no Brasil que visa utilizar o cavalo como facilitador para um melhor desenvolvimento neuropsicomotor do indivíduo. A interação com o animal propicia ao paciente atingir novas formas de comunicação, socialização, concentração, equilíbrio, coordenação motora, conscientização postural e ganho da autoestima. Apesar de ser indicada também aos adultos, a criança é a grande maioria, principalmente as que apresentam déficit motor nas doenças neurológicas. O trabalho motor realizado na equoterapia é muito importante e de primordial importância que os profissionais da fisioterapia envolvidos com as crianças portadoras de SD tenham total conhecimento científico sobre a síndrome, com o objetivo de fornecer informações precisas e atualizadas para a família, bem como se aprimorarem constantemente no que tange ao tratamento específico multidisciplinar e suporte emocional. Na criança Down todo o trabalho cerebral se processa mais lentamente. A atenção é mais pobre, não se concentra o tempo suficiente para guardar as ordens dadas.
Há uma fadiga muito rápida e com o cansaço, a energia necessária para manter a concentração, desaparece. Surge-se então para seu melhor desenvolvimento, que desde cedo seja encaminhada a um processo de estimulação. O progresso da criança Down depende muito da dedicação do fisioterapeuta, de outros profissionais e da família. Por isso o objetivo deste trabalho foi descrever a importância do tratamento fisioterapêutico, detectando a possibilidade do profissional fisioterapeuta auxiliar no processo de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. A criança especial bem estimulada, aquela que não fica escondida dentro de casa e comparece a eventos sociais e familiares, pode ter um desenvolvimento muito mais satisfatório. Garimpar o que ela sabe de melhor e reforçar essas tendências é um meio de oferecer condições para que chegue à idade adulta com uma profissão que o torne relativamente independente.
Conclusão:
Concluindo, a estimulação global deve ser compreendida no sentido de que a criança é um ser único, influenciada não só pelas suas características neuromaturacionais e genéticas, mas pelo ambiente que a cerca. Desta a forma, os profissionais envolvidos no processo devem estar atentos para orientar os cuidadores destas crianças a fim de que a estimulação seja continuada em casa, proporcionando um ambiente favorável para a aquisição de suas potencialidades. A fisioterapia motora tem grande representatividade dentro da estimulação precoce para criança portadora de síndrome de Down, que além do retardo mental apresentam um importante atraso no desenvolvimento motor. Esta estimulação é o primeiro passo no longo percurso de programas educacionais para este tipo de criança, uma vez que as crianças portadoras de síndrome de Down apresentam potencial para se tornarem adultos independentes em suas atividades de vida diária e se integrarem à sociedade. A criança com Síndrome de Down terá por boa parte de sua vida um acompanhamento da fisioterapia para trata-lo e auxiliar nas atividades de vida diária para ser o mais independente possível. A síndrome de Down tem sua própria linguagem. É importante compreender os termos relacionados ao cuidado e ao desenvolvimento de seu filho, para uma boa comunicação com os médicos, professores e outros profissionais.
Bibliografia:
Chahira Kozma. Disponível em: 
< http://www.larpsi.com.br/media/mconnect_uploadfiles/c/a/cap_01_64_.pdf>. Acesso em 29 de maio de 2017.
Portal Educação. Disponível em: 
< https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/abordagem-fisioterapeutica-para-ganho-da-marcha-na-sindrome-de-down/58249>. Acesso em 29 de maio de 2017.
Ebah. Disponível em: 
< http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAlQ0AB/intervencao-fisioterapeutica-na-sindrome-down?part=2>. Acesso em 29 de maio de 2017.
Dr. Arthur Frazão. Disponível em: 
< https://www.tuasaude.com/sindrome-de-down/>. Acesso em 29 de maio de 2017.
Carakushanky G, Mustacchi Z. Síndrome de Down. In: Carakushanky G. Doenças Genéticas em Pediatria. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Revista Neurociências. Disponível em: 
<https://www.researchgate.net/profile/Acary_Oliveira/publication/237737299>. Acesso em 29 de maio de 2017.
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