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Lei da Ficha Limpa

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Equipe: 
COMPONENTES:
ÂNGELA GADELHA
LUIS LENO
NATALÍCIO FERREIRA
DISCIPLÍNA: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
PROFESSORA: ANNA CÂNDIDA
Lei da Ficha Limpa
 Fruto de iniciativa popular
 Sancionada em 04/06/10
 Marco na história da Justiça Eleitoral brasileira
Principais modificações
 LC 135/2010 altera LC 64/90
 Cidadania: capacidade eleitoral ativa + passiva
 inelegibilidades
Ficha Limpa
Lei Complementar nº. 135/2010
Criada em 05 de maio de 2010;
Ratificada em 04 de junho de 2010;
Autores Iniciativa popular (Márlon Reis como idealizador);
Propósito Impedir a eleição de candidatos condenados por órgão colegiados a cargos políticos.
Ficha Limpa ou Lei Complementar nº. 135 de 2010 é uma legislação brasileira que foi emendada à Lei das Condições de Inelegibilidade ou Lei Complementar nº. 64 de 1990 originada de um projeto de lei de iniciativa popular idealizado pelo juiz Márlon Reis entre outros juristas que reuniu cerca de 1,6 milhão de assinaturas com o objetivo de aumentar a idoneidade dos candidatos
Dia 5 de maio de 2010 - O Projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados.
Dia 19 de maio de 2010 – O projeto foi aprovado no Senado Federal.
4 de junho de 2012 – O Projeto foi sancionado pelo Presidente da República, transformando-se na Lei Complementar nº 135.
Enunciado da Lei - Esta lei proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar.
 Lei da Ficha Limpa
A Lei da Ficha Limpa foi criada em 2010 e até hoje é pauta dos principais jornais em âmbito nacional. Isso porque ela mexe com a possibilidade da candidatura de políticos em eleições e também porque ela ainda é discutida, em termos de sua constitucionalidade, no Supremo Tribunal Federal, enquanto outros setores da sociedade discutem sua aplicação e consequências.
COMO SURGIU A LEI DA FICHA LIMPA?
Essa lei nasceu em dezembro de 2010 por iniciativa popular, com a campanha da ficha limpa, pelo movimento de combate à corrupção eleitoral (MCCE). Eles desenvolveram esta campanha por conta das manifestações de diversos setores da sociedade, pedindo maior rigor para as candidaturas políticas e no combate à corrupção.
A Lei da Ficha Limpa é, na verdade, a Lei Complementar nº 135 de 2010, que altera algumas questões da Lei Complementar nº 64, de 1990. A LC nº 64 era a lei que dispunha sobre as condições, os motivos e as situações em que uma pessoa não poderia se eleger para um cargo público. A LC nº 135 veio para conceder mais rigidez às regras já existentes e impor algumas outras.
A coleta de assinaturas físicas para a Campanha Ficha Limpa foi iniciada em 2008, pois era necessário alcançar mais de 1,3 milhões de assinaturas para que o projeto fosse levado ao Congresso Nacional. A adesão popular foi tanta que em poucos meses o projeto foi levado ao então presidente da Câmara de Deputados, Michel Temer. Mesmo depois de entregue, o número de adesões continuou aumentando, chegando a 1,6 milhão de assinaturas.
Assim, tramitou como qualquer outra lei no Brasil: passou pela câmara dos deputados – numa comissão que reunia pessoas de todos os partidos políticos que discutiram amplamente seu conteúdo -, pelo senado federal – com apenas uma alteração na redação – e foi sancionada pelo então presidente lula em 4 de maio de 2010.
O QUE É SER FICHA LIMPA E, POR OUTRO LADO, SER FICHA SUJA?
Por mais que algumas atividades sejam ilícitas, muitas vezes continuam a ser praticadas por representantes do poder público. A Lei da Ficha Limpa pretende impedir a eleição de pessoas que realizam tais práticas, que foram condenadas por crimes, que tenham processos em andamento na Justiça Eleitoral, entre vários outros motivos.
Quando estava em tramitação na Câmara dos Deputados, foi mudado um ponto muito importante: originalmente, no projeto de lei constava que uma condenação em qualquer órgão do Judiciário implicaria na inelegibilidade de uma pessoa. Isso, porém, mudou. Só é inelegível a pessoa que foi condenada por um órgão colegiado, ou seja, se no mínimo três juízes participaram da decisão.
A Lei da Ficha Limpa reúne as condições em que os políticos ficam impedidos de concorrer nas eleições. Algumas delas já haviam sido citadas na Lei Complementar nº 64, outras foram criadas pela nova lei. Normalmente, os políticos ficam inelegíveis por oito anos após sua condenação ou após terem incorrido em alguma das práticas elencadas na lei. Listamos abaixo algumas situações citadas na LC 135. Não poderão se eleger os políticos que:
Renunciam ao seu cargo a fim de não mais serem processados ou para fugir de condenação – esses não poderão se candidatar nas próximas duas eleições;
descumpriram prerrogativas de seus cargos previstas na constituição, como de não serem donos de empresas que tenham contratos com o poder público, por exemplo;
que foram condenados por qualquer má prática relativa ao seu serviço no governo, que tenha a ver com a administração pública;
Foram condenados por crimes de várias naturezas, variando entre improbidade administrativa, crimes contra o patrimônio público, de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, abuso de autoridade, entre vários outros.
Que perderam seus cargos por alguma infração que cometeram durante seus mandatos;
Os que têm processos em andamento (que já foram aprovados) na Justiça Eleitoral;
Os que têm processo de apuração de abuso de poder econômico ou político para a eleição na qual concorrem.
O QUE O STF DISSE SOBRE A LEI QUANDO ELA FOI SANCIONADA?
O primeiro órgão do Judiciário brasileiro em que foi discutida a Lei da Ficha Limpa foi o Tribunal Superior Eleitoral, antes das eleições gerais de 2010. Lá, a lei saiu vitoriosa e, inclusive, ministros do TSE foram visitar os Tribunais Regionais Eleitorais pedindo sua aplicação na lei já naquelas eleições.
A lei seguiu para o STF, que precisava decidir se a Lei da Ficha Limpa valeria para as eleições de 2010. Se isso acontecesse, vários políticos estariam em posição de inelegibilidade. Como o Tribunal decidiu, no primeiro momento, a validade da lei para aquelas eleições, vários processos chegaram até eles, de políticos – que estavam na condição de não poderem se candidatar – alegando que a aplicação das leis naquela eleição não era válida.
Uma nova votação foi feita, e foi decidido que a lei não valeria para as eleições gerais de 2010, só para a de 2012. Dessa forma, ela estaria válida para todas as eleições seguintes, como a de 2016. O STF também julgou a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, ou seja, se ela foi redigida de acordo com os preceitos constitucionais. Os ministros decidiram que a lei estava, sim, de acordo com a Constituição e poderia ser aplicada.,
QUAL FOI A ÚLTIMA DECISÃO DO STF QUE “ENFRAQUECEU” A LEI?
A Ficha Limpa determina que os chefes do Executivo que tiverem suas contas rejeitadas por “órgãos competentes” serão inelegíveis por uma “decisão irrecorrível”.
 O que isso significa? 
Vamos explicar!
o Tribunal de Contas é responsável por fazer o parecer das contas do prefeito. Já o julgamento das contas cabe à Câmara de Vereadores e tem um prazo determinado para ser feito. Esse era, basicamente, o trâmite previsto para a aprovação ou rejeição das contas do chefe do Executivo.
Caso a Câmara não fizesse o julgamento a tempo e o Tribunal de Contas tivesse considerado as contas improcedentes, o então Prefeito (ou chefe de qualquer âmbito do Executivo) seria impedido de se candidatar às eleições – seria “ficha suja”.
Em 2016, esse ponto da lei foi colocado em discussão no Supremo Tribunal Federal. Ficou decidido que a rejeição das contas do chefe do Executivo só pode torná-lo inelegível se o julgamento da Câmara for realizado. O parecer feito pelo Tribunal de Contas não tem o poder de impedir o político de se candidatar, apenas a Câmara. Essa medida já vale para as eleições municipais de 2016.
E se o julgamento da Câmara nunca acontecer, o prefeito continua com a ficha limpa, mesmo que o Tribunal de Contas tenha rejeitado suas contas.
A
inelegibilidade alcança, ainda, os que forem condenados pelos crimes contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; contra o meio ambiente e a saúde pública; crimes eleitorais, para os quais a lei determine a pena de prisão; de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; de redução à condição análoga à de escravo; contra a vida e a dignidade sexual; e delitos praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.
A Lei da Ficha Limpa ainda torna inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure improbidade administrativa. Estão na mesma condição aqueles detentores de cargos públicos que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político.
Estão incluídos na condição de inelegíveis os que forem condenados por corrupção eleitoral, compra de votos, doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma.
LEI DA FICHA LIMPA
ANTES
HOJE
Condenado (trânsito em julgado)
Condenado (órgão colegiado)*
Prazo de 3 anos
Prazo de 8 anos
 Aplicação desde eleição de 2012
Ampliação das restrições (inelegibilidades)
* Nos casos elencados na LC 135/2010
 Declarara inelegibilidade;
 Cassa registro ou diploma de candidato;
 Irrelevância do marco temporal da decisão;
Suspensão da decisão sobre inelegibilidade;
 Órgão colegiado do tribunal que julga recurso pode 
 suspender inelegibilidade em caráter cautelar.
EFEITOS DA DECISÃO SOBRE INELEGIBILIDADE
O Voto da Limpeza
A Lei da Ficha Limpa nasceu para purificar o processo eleitoral. Porém, antes de vingar, terá de varrer muita sujeira escondida debaixo do tapete.
Fim

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