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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ Disciplina: Português IV Coordenador: Ronaldo Amorim Lima AD2 – 2016. 1 Estudante: _________________________________________________________ Polo: _______________________________ Matrícula ________________ Nota: _______________ Revise suas respostas com muita atenção, evitando cometer erros ortográficos, discursivos e/ou gramaticais, pois eles serão considerados na sua avaliação. Leia o texto a seguir. Nós e os bichos (Ivan Ângelo) – Texto adaptado Leio otimista a notícia de que a tartaruga-das-galápagos da Ilha de Pinta, espécie terrestre declarada extinta em 2012, quando morreu o famoso George Solitário, poderá ser “desextinta” por uma sucessão de reproduções manipuladas por cientistas que visam a conseguir uma sequência genética igual à de George, a partir do sêmen dele e de óvulos de um grupo com DNA parecido encontrado em uma ilha próxima. Parece coisa de cientista maluco de filmes de Hollywood, daqueles parques jurássicos, mas a informação é positiva, como se estivéssemos consertando um malfeito. Tantas espécies estão ameaçadas, tantas desapareceram — quem sabe um banco genético dos animais em extinção possa existir um dia? Preservacionistas internacionais vivem acusando o Brasil, onde se encontram mais de 20% do total de espécies terrestres e aquáticas do planeta, de não cuidar bem do meio ambiente. Isso depois de gerações passadas terem destruído a vida natural nas terras deles. Com razão, e de consciência pesada, agora nos ajudam a preservar a fauna e a flora, para não se repetir o que aconteceu com a linda ararinha- azul, que hoje só existe em cativeiro, e não venha a acontecer com o mico-leão, o lobo-guará, o cervo-do-pantanal, a ariranha, a onça-pintada e outros. Não foi aqui, no entanto, que aconteceu a mais gigantesca, mais brutal e mais sistemática destruição de uma espécie animal jamais vista no mundo. As vítimas foram os pombos-passageiros, da América do Norte, que constituiam a maior população de aves já vista e descrita. Estima-se que tenham existido 5 bilhões desses pombos selvagens; faz 100 anos que não há um único exemplar vivo. As descrições da migração de um bando de pombos-passageiros são impressionantes. O primeiro relato data de 1534. Eram aves grandes, cinzentas de peito alaranjado, e mediam até 40 centímetros de comprimento. Viviam a leste das Montanhas Rochosas e no inverno migravam para o sul dos Estados Unidos. Calcula- se que o maior bando avistado em migração tinha 1,5 quilômetro de largura e 500 quilômetros de comprimento; voando a 60 quilômetros por hora, levava mais de oito horas passando; a quilômetros de distância ouvia-se o ruflar das asas; o bando eclipsava o sol e as galinhas iam dormir. Colonos tremiam à aproximação, colheitas enormes eram destruídas quando o bando pousava à noite para se refazer; fezes fertilizavam o solo por muitos anos, mas isso não compensava o estrago. No fim do século XIX, o fim. Em um único dia de 1896, cerca de 250 000 pombos foram mortos na grande caçada. Como foi possível acabar com tamanha quantidade de pássaros? Os pombos já eram caçados para alimentação pelas tribos americanas, antes da chegada dos brancos europeus, mas não de modo predatório. Os colonos e conquistadores tinham outros motivos: alimentação, defesa das lavouras, vingança, redução da subsistência do habitante nativo, esporte, exibicionismo, alimentação de porcos — era comida barata e farta. Os meios de extermínio? Espingardas de chumbo em eventos quase esportivos durante as migrações (como os bandos eram densos, um único tiro, conta-se, derrubou 132 aves de uma vez), atear fogo sob os ninhais, pauladas nos ninhos das árvores, armadilhas com redes — criatividade não faltou. Então, em setembro de 1914, no Jardim Zoológico de Cincinnati, morreu a última ave da espécie, Martha, idosa de 19 anos. Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/materia/ivan-angelo-nos-e-os-bichos-cronica. Acesso em: 25 mar.2016. Questões 1) Comente o fragmento a seguir. (2,0 pontos) “Mattoso Câmara faz uma crítica severa à forma como as gramáticas tradicionais expõem a flexão de gênero dos substantivos em português. O principal ponto criticado por Câmara Júnior está no fato de, segundo ele, as gramáticas associarem gênero a sexo”. (CUNHA, 2008) 2) Detalhe a formação de gênero e como este gênero é marcado, tomando como exemplo as palavras “pombo”, “tartaruga”, “tribo”, “leão” e “cientista” e “ave”. (1,5 ponto) 3) Explique como se dá a formação do plural das palavras “pássaro”, “conquistador”, “animal” e “migração”. (1,5 ponto) 4) Cite e descreva os elementos mórficos que podem fazer parte da constituição de um substantivo e a de uma forma verbal. Utilize exemplos do texto. (1,5 ponto) 5) Considerando os infinitivos de formas verbais presentes no texto – “visar”, “poder”, “estar” e “morrer”, discuta a regularidade e a irregularidade dos verbos da Língua Portuguesa. (1,5 ponto) 6) Observe as formas verbais “fertilizavam”, “tremiam” e “constituíam” e faça o que se pede a seguir. (2,0 pontos) (a) Informe a que conjugação verbal cada uma delas pertence. (b) Determine o tempo verbal em que estão flexionadas. (c) Compare as respectivas desinências. (d) Comente os resultados que foram encontrados.
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