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2ª parte penal.pdf

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Furto 
 
Art. 155, CP = Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a 
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena 
de multa. 
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor 
econômico. 
 Furto qualificado 
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; 
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
III - com emprego de chave falsa; 
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que 
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
§ 6​o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente 
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. 
 
- Furto Simples = quando não é qualificado ou privilegiado. 
 
- Conduta: 
- Núcleo = Subtrair 
1º) o agente, sem autorização do proprietário se apodera da coisa e vai embora; 
* Forma furtiva \ dissimulada = o agente pega sem alarde; 
EX: mão leve; 
* Forma abrupta = a pessoa passa correndo e leva o bem; 
EX: trombadinha; 
2º) A vítima entrega a “res” para o agente, porém não autoriza que deixe o local em sua 
posse; 
- Posse vigiada = a vítima observa o bem; 
EX: emprestar o vade para o colega; 
- Posse desvigiada = a vítima te entrega a posse do bem para que deixa as “vistas dela”, 
mas tu não devolve mais; 
EX: tu vai na biblioteca e pega um livro emprestado, dai leva pra casa e não volta mais; 
 
- Coisa móvel = 
- §3º = energia elétrica entra; 
EX: fazer gato de eletricidade; 
 
* TV a cabo e Internet = 1ª corrente diz que não há furto (§3º) ; já a 2º corrente, afirma que há 
furto sim = não é analogia, e sim uma interpretação analógica; 
= Analogia = “falha” na lei, lacuna na lei; 
= Interpretação Análogica = dá exemplos e depois o termo geral \ forma genérica; 
 
* STF \ TJSC = acreditam que não; 
* STJ = acredita que sim; 
 
- Coisa alheia = 
- “Res Desperdicta” = coisa perdida = apropriar-se de coisa achada, ​não é furto;​ ACHADO 
NÃO É ROUBADO = é crime de apropriação de coisa achada = Art. 169, II, CP = Art. 169 - 
Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da 
natureza: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: 
 Apropriação de tesouro 
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem 
direito o proprietário do prédio; 
 Apropriação de coisa achada 
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de 
restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no 
prazo de quinze dias. 
 
- Para que caracterize ​apropriação de coisa achada​, o bem deve sair da esfera de 
vigilância da vítima; 
- Caso tu esteja no bar bebendo, tua carteira cai no chão, dai alguém passa e leva, é 
furto​; pois o bem ainda está na esfera de vigilância da vítima; 
 
- Elemento subjetivo = 
- Intenção = dolo de subtrair e se ​tornar​ ​dono da coisa, ​ou dar a 3º (vender o bem tb entra) 
- “Animus furandi” = disposição para praticar o furto; 
- Dolo de assenhorar-se da coisa; 
 
- ​Furto de Uso = 
- EX: pega o vade do colega para fazer uma prova e depois devolver; não é furto pq não tem 
o dolo de se ​tornar dono do objeto; 
 
- ​Requisitos: 
- Ordem Subjetiva = ligado a sujeito = a intenção do agente é a restituição da coisa desde o 
início, desde o momento da apropriação; 
- Ordem Objetiva = efetiva e integral restituição do bem; 
 
 
- Distinção entre furto de uso e arrependimento posterior = no furto de uso, a 
intenção é apenas usar o bem e depois entregar o bem para seu dono; já no 
arrependimento posterior, o agente pega o bem com a intenção de ficar para si 
ou outrem, mas se arrepende depois; 
 
- Sujeito: 
- Passivo = 
- Independente se a posse era lícita ou ilícita, se o bem é subtraído, ocorre o crime de furto; = 
Ladrão que rouba ladrão, NÃO tem 100 anos de perdão; 
- A vítima é o proprietário inicial da situação; 
- Crime COMUM = qualquer pessoa pode ser vítima; 
 
- Ativo = 
- Qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo; 
- Crime COMUM = qualquer pessoa pode ser autor; 
 
- Consumação e tentativa = EX: FURTA CARNE NO MERCADO; 
1ª Teoria) Contrectatio = não prevalece; = Consuma no momento em que toca no objeto; 
EX: consuma no momento que pega a carne; 
 
2ª Teoria) Amotio \ Apprehensio = PREVALECE; = Consuma no momento em que pega o 
objeto (que a coisa passe para o poder do agente! Deve ocorrer a inversão da posse = O 
FURTO OCORRE NA INVERSÃO DA POSSE, DISPENSANDO QUE SEJA MANSA E 
PACÍFICA) 
EX: consuma no momento que pega a carne e sai do supermercado; 
 
3ª Teoria) Ablatio = não prevalece; = Inversão da posse + posse mansa e pacífica = não pode 
ter ninguém perseguindo o agente; 
EX: consuma no momento que pega a carne e sai do supermercado sem ninguém correndo 
atrás, mesmo que capturado depois; 
 
4ª Teoria) Ilatio = não prevalece; = Inversão da posse + posse mansa e pacífica + levar o bem 
para o local desejado e lá deixa salvo; 
EX: consuma no momento que pega a carne e sai do supermercado, sai sem ninguém 
seguindo e chega em casa; 
 
- Conduta Vigiada = 
- O agente que tem sua conduta vigiada; 
EX: tu chega no supermercado, pega a garrafa de tequila, e tenta sair do mercado (TODA 
AÇÃO DENTRO DO SUPERMERCADO É VIGIADA POR CÂMERA OU OS 
SEGURANÇAS), antes que tu saia, o segurança te aborda e te pega em flagrante; 
 
- Aqui, não há hipótese de crime impossível; ​Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, 
por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime. 
- CASO A PESSOA SAIA DO MERCADO, É CONSUMADO!!! CASO SEJA 
PARADA NA PORTA, É TENTATIVA!!!! 
- Responde por crime de furto; 
- Súmula 567, STJ = Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou 
por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não 
torna impossível a configuração do crime de furto; 
 
- Absorção = 
- EX: quebra o vidro do carro para pegar a bolsa = o dano é absorvido por ser um crime meio; 
 
- “Post factum impunível”= exasperação do crime = tu furta o objeto pra vender = a venda é 
exasperação do tipo; 
 
- Furto noturno = 
- Furto que ocorre a noite; 
- Durante repouso noturno; 
 
- Furto Privilegiado = 
- §2º 
- ​Requisito = 
- Primário = não pode ser reincidente; 
- Coisa de pequeno valor = até 1 salário mínimo; 
 
- ​Consequência = 
- Juiz troca a pena de reclusão por detenção; 
- Juiz pode diminuir de 1\3 a 2\3 de pena; 
- Juiz pode aplicar pena de multa; 
- Aplica-se insignificância = mínima lesividade do bem; 
 
- Qualificado = 
- §4º 
- Pena de 2 a 8 anos; 
 
I = cometido via rompimento ou destruição de obstáculo; 
- O obstáculo deve estar lá para proteção do bem; se quebra o vidro para furtar o carro, é só 
furto; 
EX: arrombar porta\cadeado; 
EX: arrombamento de caixa eletrônico; 
EX: quebra de janela do carro para pegar a bolsa; dano é absorvido; 
 
 
II = Abuso de Confiança; 
- A vítima tem especial confiança no agente; 
- o agente quebra a confiança; 
- o agente se prevalece para fazer o furto; 
EX: empregado que furta o patrão;II = Mediante Fraude; 
- agente aplica um engodo \ farsa \ mentira \ engano; 
- agente cria uma situação enganosa para subtrair o bem; 
Estelionato = a vítima entrega o bem; 
Furto mediante fraude = o erro apenas facilita o furto; 
ERRO = falsa percepção da realidade; 
 
II = Mediante escalada; 
- utilização da via (entrada) anormal para entrar no local para furtar; 
EX: pode ser caso de cavar um túnel; 
EX: usar uma escada; 
EX: subir no 3º andar de um prédio; 
 
II = Destreza; 
- Especial habilidade manual = o agente subtrai o bem sem que a vítima perceba; 
EX: batedor de carteira = punguista; 
 
III = Chave falsa; 
- cópia da chave verdadeira feita de forma clandestina; 
- qualquer outro objeto que abra fechadura sem ser com chave; 
 
IV = Concurso de 2 ou mais pessoas; 
 
- Transporte de veículo para outro Estado ou país; 
- §5º; 
- pena de 3 a 5 anos; 
- ​Requisitos: 
- ​Intenção ​de transportar o bem para outro Estado \ país ​no momento do furto; 
- efetivamente atravessa a fronteira; 
EX: gaúcho vir furtar carro em SC, para levar de volta pra lá; 
 
- Semovente; 
- §6º 
- Semovente domesticado não entra; 
- furto de gato, cachorro não entra; 
 
- furto de animal para produção; 
- furto de gado; 
 
Furto de coisa comum; 
 
- Art. 156, CP = Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para 
outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
§ 1º - Somente se procede mediante representação. 
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a 
que tem direito o agente. 
 
- Furtar a coisa que duas pessoas são donas; 
- Furto que um dos donos pega o bem; 
- Tem que ser um dos donos a furtar o bem; 
 
- Excludente de ilicitude = 
- §2º 
- não há crime se tu pega tua quota parte; 
- Bem fungível = bem que pode ser substituído; 
- Ação penal condicionada a representação da vítima; 
 
 
Roubo 
 
- Art. 157, CP = Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, 
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer 
meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência 
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da 
coisa para si ou para terceiro. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado 
ou para o exterior; 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, 
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. 
 
 
- Caput = roubo próprio (antes da posse) 
 
Assalto = roubo a mão armada; 
Assalto = não condicionado no CP; 
 
- Subtração 
- Ato de subtrair algo; 
- Coisa móvel alheia; 
- Via violência = emprego de força física = “VIS ABSOLUTA” = EX: empurrão, soco, chute, 
pontapé; 
 
- Via grave ameaça = promessa de mau grave e iminente a ser provocado no dono do bem ou 
em 3º = “VIS RELATIVA” = EX: emprego de arma de fogo para pegar o bem; 3 ou 4 
pessoas te ameaçam dar uma surra se não dar o bem; 
● Simulacro tb entra; 
 
- Via violência imprópria = ou reduzida à impossibilidade de resistência = o agente que reduz 
a capacidade de resistência = EX: uso de sonífero para pegar o bem; 
 
- Sujeito: 
- Passivo = 
- Independente se a posse era lícita ou ilícita, se o bem é subtraído ocorre roubo; 
- A vítima é o proprietário inicial da situação; 
- Crime COMUM = qualquer pessoa pode ser vítima; 
 
- Ativo = 
- Qualquer pessoa pode ser o sujeito ativo; 
- Crime COMUM = qualquer pessoa pode ser autor; 
 
- Consumação e tentativa 
 
Amotio \ Apprehensio = PREVALECE; = Consuma no momento em que pega o objeto (que 
a coisa passe para o poder do agente! Deve ocorrer a inversão da posse = O FURTO 
OCORRE NA INVERSÃO DA POSSE, DISPENSANDO QUE SEJA MANSA E 
PACÍFICA) 
EX: consuma no momento que pega a carne e sai do supermercado; 
 
- Aqui, não há hipótese de crime impossível; ​Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, 
por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível 
consumar-se o crime. 
 
- CASO A PESSOA SAIA DO MERCADO, É CONSUMADO!!! CASO SEJA 
PARADA NA PORTA, É TENTATIVA!!!! 
 
- Elemento subjetivo = 
- Intenção = dolo de subtrair e se ​tornar​ ​dono da coisa, ​ou dar a 3º (vender o bem tb entra) 
- “Animus furandi” = disposição para praticar roubo; 
- Dolo de assenhorar-se da coisa; 
 
● NÃO EXISTE ROUBO DE USO; 
 
- Roubo Impróprio (depois da posse) 
 
- Art. 157, §1º = § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, 
emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime 
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
 
- Logo depois de subtrair a coisa emprega violência ou grave ameaça 
- para assegurar a impunidade ou a detenção da coisa; 
- Aqui, 1º pratica o crime e depois pratica a violência \ grave ameaça 
EX: tício entra em uma casa, pega a TV, e quando tá saindo o dono da casa chega, dai tício 
bate no dono => pratica o furto 1º, mas depois com a violência, vira roubo impróprio; 
 
- Requisito \ Condição = 
- O agente já se apoderou da coisa 
- emprega violência ou grave ameaça 
- a finalidade da violência ou grave ameaça seja para assegurar a impunidade ou a detenção 
da coisa; 
 
- Condição = 
- Quando se emprega violência ou grave ameaça; 
- Simulacro vale para caracterizar a grave ameaça, mas não vale para causar aumento de 
pena; = Habeas Corpus nº 96.099; 
 
- Causas de aumento de pena 
- Art. 157, §2º, CP = § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; = 
- Vale arma branca e arma de fogo; 
- Súmula 174 STJ = vale simulacro; ​mas​ hoje em dia não vale; 
*- Arma desmuniciada 
*- Simulação de Arma 
*- Simulacro 
*- Arma quebrada 
 
* = Não valem para aumento de pena por não apresentar risco de vida a pessoa; 
= Caso a arma não seja encontrada, só o testemunho da vítima já aceita-se que seja causa de 
aumento de pena; 
 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 
III - se a vítima está em ​serviço​ de ​transporte de valores ​ e o agente conhece tal circunstância. 
- O agente tem que saber que a vítima realiza o serviço de transporte de valores; 
EX: carro forte; moto boy; malote de loja; 
 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado 
ou para o exterior; 
- Requisitos: 
- ​Intenção ​de transportar o bem para outro Estado \ país ​no momento; 
- efetivamente atravessa a fronteira; 
EX: gaúcho vir furtar carro em SC, para levar de volta pra lá; 
 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 
- Restrição​ = por ​curto espaço de tempo​; tempo relativamente curto; só o necessário para 
fazer o roubo; 
- Privação​ = longo espaço de tempo; 
- Se o agente trancar a vítima no banheiro, não é aumento de pena; 
- O agente tem que ter a vítima em seu poder; 
EX: trancar a vítima no porta malas; 
 
- Roubo Qualificado 
- Art. 157, §3º = § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 
sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem 
prejuízoda multa. 
- Se resulta ​lesão corporal grave ​= pena de reclusão de 7 a 15 anos e multa (c\c 129, §1º e §2º, 
CP = Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incuravel; 
 
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos.) 
 
- Se resulta ​morte​ = pena de 20 a 30 anos = latrocínio = mata para roubar (é crime contra 
patrimônio) = súmula nº 603, STF(*abaixo) = A competência para o processo e julgamento 
de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri. 
 
- Se for doloso ou culposo, incide o roubo qualificado = independe do momento do resultado; 
 
- Pluralidade de vítima 
- Independentemente da pluralidade de vítimas, havendo lesão a ​apenas 1 patrimônio, haverá 
crime único; 
 
- Consumação e tentativa 
- Morte e subtração consumadas = latrocínio consumado* = EX: atira e subtrai o bem; 
- Morte e subtração tentadas = latrocínio tentado = EX: atira e pega de raspão pq a policia ta 
vindo; 
- Subtração tentada e morte consumada = latrocínio consumado* = EX: atira e mata a pessoa, 
mas quando vai pegar o bem, não consegue pq a policia tá vindo e sai correndo, sem pegar o 
objeto; 
- Subtração consumada e morte tentada = tentativa de latrocínio = EX: atira e pega de raspão, 
não mata, mas pega o bem e sai (c\c art. 157, CP e art. 121, §2º, V, CP) 
 
 
Extorsão 
 
 
- Art. 158, CP = Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e 
com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se 
a pena de um terço até metade. 
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. 
§ 3 ​o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é 
necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 
(doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas 
previstas no art. 159, §§ 2​o​ e 3 ​o​, respectivamente. 
 
- Conduta 
 
- Constranger alguém - mediante de violência \ grave ameaça 
- Fim de obter vantagem econômica; 
- A fazer = EX: entregar dinheiro; 
- Tolerar que se faça = EX: usar teu carro; 
- Deixar de fazer algo = EX: deixar de abrir um processo contra a pessoa; 
 
EX: Tício ameaça matar o filho de mariazinha para que ela mantenha relação sexual com ele. 
É crime de ESTUPRO!!! não é extorsão pq não tem vantagem econômica!!!!! 
 
- Especial finalidade de agir 
- EXTORSÃO = fim de vantagem econômica; 
- CONSTRANGIMENTO ILEGAL = sem fim específico; 
 
- Consumação 
- Não há necessidade de obter de fato o resultado; 
- Só o fato de constranger a pessoa, já consuma o delito; 
- Crime formal = 
- Súmula 96 STJ = O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da 
vantagem indevida. 
- Há necessidade de a vítima se sentir constrangida; 
 
- Distinção 
- Roubo ​ = 
- O agente “pega a coisa”; 
- Não necessita da participação da vítima; 
EX: roubar o celular; 
 
- ​Extorsão​ = 
- Haverá extorsão quando a vítima entregar o bem, e ficar demonstrado que a sua colaboração 
era imprescindível para o agente obter a vantagem visada; 
- Há participação da vítima; 
EX: pegar o cartão e precisar da senha; 
 
- Causa de aumento de pena 
- § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, 
aumenta-se a pena de um terço até metade. 
 
- Qualificadora 
- §2º = § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo 
anterior. 
- Lesão corporal grave (pena de 7 a 15 anos) e morte (pena de 20 a 30 anos) 
 
 
- Qualificadora sob restrição de liberdade 
- A restrição é necessária para obter a vantagem; 
- SEQUESTRO RELÂMPAGO; 
- Se resultar lesão corporal grave ou morte, vira pena de 20 a 30 anos; 
- §3º = § 3 ​o​ Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa 
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 
(seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as 
penas previstas no art. 159, §§ 2​o​ e 3​o​, respectivamente. 
 
 
Extorsão mediante sequestro 
 
- Art. 159, CP = Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para 
outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: 
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. 
§ 1 ​o​ Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. 
§ 3º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 
§ 4​º ​- Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, 
facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. 
 
- Sequestrar pessoa e exigir resgate; 
 
- Conduta 
- Sequestrar 
- Alguém = pessoa!! 
 
EXTORSÃO = cachorro entra!!!! 
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO = cachorro não entra!!!! 
 
- Especial finalidade de agir 
- Fim de obter vantagem econômica; 
- Deve ser vantagem econômica; 
- SEQUESTRAR O FILHO DA MARIAZINHA PARA MANTER RELAÇÃO SEXUAL 
NÃO ENTRA AQUI!!! 
 
- Diferença entre ​sequestro​ e ​extorsão mediante sequestro; 
 
- Sequestro = Não tem finalidade específica; 
- Extorsão Mediante Sequestro = tem a finalidade de vantagem econômica; 
 
- Diferença entre ​extorsão mediante sequestro​ e ​extorsão qualificada por restrição de 
liberdade​; 
- Extorsão Mediante Sequestro = o espaço de tempo que a vítima passa com o agente é longo; 
- Extorsão qualificada por restrição de liberdade = o espaço de tempo é curto; 
 
- Qualificadora 
- Mais de 24 horas; 
- Se a vítima tem menos de 18 ou mais de 60 anos; 
- Se praticada por associação criminosa (quadrilha \ bando) 
- §1º = § 1​o​ Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor 
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou 
quadrilha. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
 
- §2º = § 2º - Se do fato​ resulta lesão corporal de natureza grave​: Pena - reclusão, de 
dezesseis a vinte e quatro anos. 
 
- §3º = § 3º - Se ​resulta a morte ​: Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. 
 
- Delação Premiada 
- Concurso de pessoas = duas ou mais; 
- Lei nº 12.850\13; 
- §4º = § 4​º ​- Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à 
autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua ​pena reduzida de um a dois 
terços. 
 
 
Dano 
 
 
- Art. 163, CP = Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Dano qualificado 
Parágrafo único - Se o crime é cometido: 
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; 
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais 
grave; 
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresaconcessionária de serviços 
públicos ou sociedade de economia mista; 
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: 
 
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
 
- Conduta 
- Destruir 
- Inutilizar = não é qualificado como dano; 
EX: pichação; 
 
- Elemento subjetivo 
- Deve haver DOLO!! 
- Se existe finalidade especial finalidade de agir; 
 
=> STF = HC. nº 73.189 (há especial finalidade de agir = o preso não pratica o crime) 
 
=> 5º T. STJ = HC. nº 25.658 (há especial finalidade de agir = o preso não pratica crime) 
 
=> 6º T. STJ = HC. nº 48.284 (não há especial finalidade de agir = o preso pratica o crime) 
 
- Crime Meio 
- É absoluto; 
EX: Tício arromba o portão para furtar TV; o dano é absorvido; 
 
- Qualificadora 
- P.Ú. = Parágrafo único - Se o crime é cometido: 
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; 
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais 
grave (ou caso de art. 251, CP = EXPLOSÃO) 
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços 
públicos ou sociedade de economia mista; 
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
 
 
Apropriação Indébita 
 
- Art. 168, CP = Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Aumento de pena 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: 
I - em depósito necessário; 
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou 
depositário judicial; 
 
III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
 
- Conduta 
- A vítima entrega a coisa, e após essa entrega, o agente se apodera da coisa e não devolve; 
- Caso de posse não vigiada; 
EX: ir na locadora e alugar um filme, e não devolver mais; 
EX: ir na biblioteca e pegar um livro e não devolver mais; 
 
- Consumação 
- A partir do momento que se considera dono do objeto, passa a agir 
 
- Requisito 
- Entrega da coisa de forma livre e espontânea; 
- Caso não seja, pode ser roubo ou extorsão; 
- Entrega deve ser consciente = a vítima não pode estar em erro (falsa percepção da realidade) 
- Caso a vítima esteja em erro, é estelionato!! EX: Marina vende TV para Tício, mas Mário se 
passa por Tício e Marina entrega a TV = É ESTELIONATO; 
- No momento em que o agente recebe a coisa, esse está de boa fé e depois, “muda de ideia” e 
resolve ficar com o bem \ agir de má-fé; 
- Caso o agente já vai com a intenção (dolo) de ficar com a coisa, é caso de estelionato; 
 
- Aumento de pena 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: 
I - em depósito necessário; 
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou 
depositário judicial; 
III - em razão de ofício (trabalho manual - marceneiro \ pedreiro \ jardineiro), emprego ou 
profissão (EX: caixa de supermercado \ advogado que não repassa o $$) 
 
 
Previdenciário 
 
 
- Art. 168 - A CP = ​ Apropriação indébita previdenciária​ = Art. 168-A.​ Deixar de 
repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e 
forma legal ou convencional​: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1 ​o​ Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social 
que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do 
público; 
 
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas 
contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem 
sido reembolsados à empresa pela previdência social. 
§ 2 ​o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o 
pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
§ 3​o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for 
primário e de bons antecedentes, desde que: 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o 
pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
- Empregado que não repassa ao INSS; 
 
- Extinção de Punibilidade 
- §2º = § 2 ​o​ É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua 
o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
- Se o agente ​espontaneamente​, declara, confessa e efetua o pagamento; 
- DEVE SER ​ANTES​ DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL; 
 
- Perdão Judicial 
- §3º = Agente primário e de bons antecedentes; 
- É facultado ao juiz, desde que = após a ação fiscal e antes de oferecida a denúncia E valor é 
igual ou inferior para ajuizamento da execução (custo do processo é maior que o valor) 
 
- Formas de apropriação 
 
- Por erro = Art. 169 = Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por 
erro, caso fortuito ou força da natureza: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: 
 Apropriação de tesouro 
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem 
direito o proprietário do prédio; 
 Apropriação de coisa achada 
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de 
restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no 
prazo de quinze dias. 
 
 
- Conduta 
- Força maior 
- Erro 
- Dolo posterior 
 
- De tesouro = ​Art. 169, I, CP \ Art. 1264, CC = Art. 1.264. O depósito antigo de 
coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual 
entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente. \ Art. 1265, CC = 
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado 
por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado. 
- De coisa achada = ​Art. 169, P.Ú. II, CP \ Art. 1234, CC = Art. 1.234. Aquele que 
restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a uma 
recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas 
despesas que houver feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não 
preferir abandoná-la. 
Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o esforço 
desenvolvido pelo descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as 
possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos. 
 
 
Estelionato 
 
 
- Art. 171, CP = Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer 
outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contosde réis. 
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena 
conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: 
Disposição de coisa alheia como própria 
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de 
ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em 
prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; 
Defraudação de penhor 
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia 
pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; 
Fraude na entrega de coisa 
 
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, 
ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor 
de seguro; 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o 
pagamento. 
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de 
direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. 
Estelionato contra idoso 
4​o​ Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. 
 
- Conduta 
- Obter 
- Vantagem Ilícita 
- Em prejuízo de alguém 
- Induzindo ou mantendo em erro 
- Mediante = 
- Ardil 
- Artifício 
- Outro meio fraudulento 
EX: vender bilhete de loteria “premiado” 
EX: criar ONG falsa para obter dinheiro 
EX: troco errado (mantem em erro) 
 
Momento da Apropriação => estelionato 
Após a Apropriação => apropriação de coisa havida por erro; 
 
- Cartão Clonado 
- Não é estelionato, pois não induz alguém a erro, induz a máquina a erro; 
- É furto mediante fraude; 
- RHC. 21.412 
 
* Falsificação de moeda GROSSEIRA = estelionato e não falsificação de moeda; 
 
- Distinção 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTELIONATO = 
- Vítima ​entrega 
pois estava em 
situação de ​erro ​, 
provocada pelo 
agente, ou, quando 
não provocado, 
mandado por ele; 
DOLO 
ANTECEDENTE 
FURTO (FRAUDE) 
= 
- Agente aplica uma 
fraude e essa facilita 
que ele ​subtraia​ a 
coisa da vítima (não 
esta em erro); 
- DOLO 
ANTECEDENTE 
APROPRIAÇÃO 
INDÉBITA = 
- Vítima ​entrega​ ao 
agente sem estar em 
erro (posse 
desvigiada) 
- Posteriormente, o 
agente decide não 
devolver mais; 
- DOLO 
POSTERIOR 
APROPRIAÇÃO DE 
COISA HAVIDA 
POR ERRO = 
- A vítima ​entrega​ o 
bem por erro, mas 
não foi provocado 
pelo ​agente, 
posteriormente em 
psse da coisa, o 
agente resolve não 
mais devolver; 
- DOLO 
POSTERIOR 
EX: deposito em 
conta errada e 
pessoa não corrige; 
 
 
- Estelionato x Falsificação de documento 
- Súmula STJ 17 = Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é 
por este absorvido. 
- Se a falsificação não tem potencial para produzir outros crimes, responde apenas pelo 
estelionato; 
EX: falsifiquei documentos para bolsa; 
- Se pode servir para outros crimes, ocorre concurso material e responde pelos 2 
EX: identidade falsa; 
 
=> Art. 171 e incisos; 
 
- Súmula 246 STF = ​Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de 
emissão de cheque sem fundos. 
- Súmula 554 STF = ​O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o 
recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal. 
 
● Se pagar antes do oferecimento do MP extingue-se a ação na esfera penal; 
 
 
- Causa de aumento de pena 
- §3º = aumento de um terço 
- Detrimento de entidade de direito público \ instituto de economia popular \ assistência social 
ou beneficiária 
 
 
- Contra idoso a pena é em dobro; 
 
Receptação 
 
 
- Art. 180, CP = Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em 
proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que 
terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Receptação qualificada 
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, 
remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou 
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de 
crime: 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. 
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de 
comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. 
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o 
preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. 
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de 
que proveio a coisa. 
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as 
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do 
art. 155. 
§ 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, empresa 
concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista no 
caput​ deste artigo aplica-se em dobro. 
 
- Simples 
- ​Própria ​ = Receptação própria = Art. 180, caput, 1ª parte = Adquirir, receber, transportar, 
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, 
 
- Conduta 
- Adquirir 
- Receber 
- Transportar (somente transportar) 
- Conduzir (guiar \ dirigir) 
- Ocultar 
- Em ​proveito​ próprio ou alheio; 
 
- Coisa que ​sabe​ ser produto de crime; (objeto material = a coisa que sabe ser produto 
de crime) 
 
- Crime Acessório 
- Precisa de crime antecedente; 
EX: tu furta uma moto e vende para alguém que sabe que é produto de crime; = 1ª pessoa 
responde por furto e outro responde por receptação; 
EX: tu furta a moto e pede para esse amigo esconder a moto; = 1ª pessoa responde por furto e 
o amigo responde por receptação; 
- Crime antecedente = não precisa ser necessariamente contra o patrimônio, mas deve 
ter cunho patrimonial; 
= Art. 184, CP = Propriedade imaterial = Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são 
conexos: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
- Sujeito Ativo 
- Caso tu peça pra pessoa furtar algo pra ti, tu te torna partícipe do crime; 
- O sujeito ativo é qualquer pessoa, desde que não seja, coautor e partícipe 
 
- Distinção 
- Favorecimento real - Art 349, CP = auxilia o criminoso a ​tornar seguro o produto do crime 
= Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio 
destinado a tornar seguro o proveito do crime: Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. 
EX: tu furta o carro, pede pra esconder na casa da pessoa, e no dia seguinte tu vai buscar o 
carro e vai embora = é favorecimento real; 
- Receptação - a ​pessoa precisa ter proveito; 
EX: tu furta o carro, pede pra esconder na casa do amigo, no dia seguinte tu vai buscar e o 
amigo pede $$ por ter guardado = é receptação; 
 
- Nota Explicativa 
- §4º = § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do 
crime de que proveio a coisa. 
- O receptador é punido, ainda queo autor do crime antecedente seja desconhecido ou que 
não tenha sido punido; 
 
- ​Imprópria​ = Art. 180, caput, 2ª parte = u influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, 
receba ou oculte 
- Suposição de 3 pessoas; 
- É o intermediador da troca de posse para um terceiro de boa-fé; 
EX: Tício furtou um celular, dai Mévio vai intermediar para que Caio adquira a coisa, dai 
Caio é a 3ª pessoa, e essa deve ser de boa-fé; 
 
- ​Qualificada​ = 
 
- §1º = § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, 
montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio 
ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto 
de crime: 
- Crime próprio; 
- No exercício de atividade comercial ou industrial; 
- “Robautos” = EX: desmanche que comercializa peças de coisas furtadas \ roubadas; 
- Pena de 3 a 8 anos; 
- Recai sobre a pessoa que realiza atividade comercial ou industrial; 
- §2º = § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer 
forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. = 
COMÉRCIO INFORMAL 
- Caso tu mesma furte o objeto e venda = é exaurimento do crime de furto; NÃO CABE 
RECEPTAÇÃO; 
 
- Receptação Culposa 
- §3º = § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o 
valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio 
criminoso; 
- A pessoa deveria saber \ presumir que o objeto era produto de crime; 
- Seja por sua natureza; 
- Seja por desproporção entre valor e preço; 
- Seja pela condição de quem oferece; 
- Sem dolo; 
 
- Receptação Privilegiada 
- §5ª = § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em 
consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o 
disposto no § 2º do art. 155. 
- Se culposa = é caso de perdão judicial; 
- Caso de réu primário; 
- Caso de bons antecedentes; 
- Se dolosa = mesmas regras do disposto no §2 do 155; 
- Agente primário; 
- Coisa de pequeno valor; 
 
- Causa de aumento de pena - deve saber que é produto de furto 
- § 6º = § 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município, 
empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista 
no ​caput​ deste artigo aplica-se em dobro. 
- Bem da administração pública; 
- Bem de empresa concessionária de serviço público; 
 
- Bem de sociedade de economia mista; 
 
- Receptação de animal - receptação qualificada 
- Art. 180 - A CP = Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em 
depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente 
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser 
produto de crime: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
- Adquirir 
- Receber 
- Transportar 
- Conduzir 
- Ocultar 
- Ter em depósito ou vender 
- Com a finalidade de produção ou de comercialização 
- Semovente domesticável de produção (EX: boi, vaca, galinha… ) 
- Ainda que abatido ou dividido em partes 
- Que deve saber ser produto de crime; 
 
- Disposições Gerais 
- Escusas absolutórias - IMUNIDADES 
 
- Absoluta 
- Isento de pena \ título = crimes contra o patrimônio \ na esfera penal ​apenas​; 
- Cônjuge \ companheiro; 
- Ascendente; 
- Descendente; 
EX: o filho fura o carro da mãe é isento de pena; 
- Art. 181, CP = Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste 
título, em prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou 
natural. 
 
- Relativa 
- Mediante representação 
- Cônjugue separado; 
- Irmão; 
- Tio \ Sobrinho que ​coabita​ (mora junto) 
- Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é 
cometido em prejuízo: 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
 
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
- Exceção 
- Caso que não se aplica a isenção de pena; 
- Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
I - se o crime é de ​roubo ou de extorsão​, ou, em geral, quando haja emprego de ​grave ameaça 
ou violência à pessoa; 
II - ao estranho que participa do crime. = pessoa fora da relação de parentes; 
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. = 
qualquer tipo de crime fica sujeito a punição; 
 
 
Crimes Contra a Dignidade Sexual 
 
Crimes contra a Liberdade Sexual 
 
Estupro 
 
 
- Art. 213, CP = Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato 
libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos 
.§ 1 ​o​ Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2 ​o​ Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
 
- Conduta 
- Constranger 
- Alguém 
- Mediante violência ou grave ameaça 
- A ter conjunção carnal (pênis-vagina) 
- OU praticar ou permitir que pratique qualquer outro ato libidinoso; 
 
 
Ato libidinoso = ato revestido de sexualidade; 
EX: Sexo oral; Ananl; Introduzir dedo; Masturbação; 
 
 
 
- Sujeitos 
 
ATIVO PASSIVO 
Homem Mulher 
Homem Homem 
Mulher Homem 
Mulher Mulher 
 
EX: Passar a mão na bunda de alguém = - Art. 61, Lei de Contravenção Penal = Art. 61. 
Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor: 
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
- Lesões Corporais 
- Lesão leve, é absorvida pelo crime de estupro; 
 
- Qualificadoras 
- §1º = lesão corporal grave = pena de 8 a 12 anos; 
- Vítima menor de 18 anos; 
- Vítima maior de 14 anos; 
- §2º = se resulta morte = pena de 12 a 30 anos. 
- Resultado preterdoloso; 
 
 
Violação Sexual Mediante Fraude 
 
 
- Art. 215, CP = Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com 
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação 
de vontade da vítima: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se 
também multa. 
 
- Conduta 
- Ter conjunção carnal - ato sexual entre homem \ mulher, penis \ vagina; 
- OU qualquer ato libidinoso; 
- Mediante fraude; 
- OU qualquer outro meio que impossibilite ou dificulte a livre manifestação de vontade; 
PENA = 2 a 6 anos; 
 
- A vítima se encontra em erro - falsa percepção da realidade; 
EX: enfermeiro que se passa por ginecologista e toca nas partes íntimas da vítima; 
EX: líder religioso que diz a seus fiéis para ter relações consigo se quiserem ir para o céu; 
- A vítima tem que “querer”, por estar induzida a erro; 
- O autor ​deve​ induzir a vítima a erro; 
 
 
Assédio Sexual 
 
 
- Art. 216 - A, CP = Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem 
ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior 
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
Parágrafo único. VETADO 
§ 2 ​o​ A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. 
 
- O agente tem que ter posição hierárquica maior que a vítima; 
- Não há grave ameaça; 
- Promessa de um mau grave e iminente;EX: patrão \ empregada ; professor \ aluno; juiz \ estagiária; 
- Constranger no sentido de importunar; 
 
 
Capítulo II - Contra Vulneráveis 
 
Estupro de vulnerável 
 
 
- Art. 217 - A, CP = Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso 
com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1 ​o​ Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no ​caput​ com alguém que, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, 
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
§ 2 ​o​ vetado 
§ 3 ​o​ Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. 
§ 4 ​o​ Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
 
- Vulnerável 
 
- Menor de 14 anos; 
- Alguém que tem enfermidade 
- Ou deficiência mental 
- Que ​não tem o necessário discernimento​ para a prática do ato; 
* Por qualquer outra causa não pode oferecer resistência - vulnerável por curto espaço de 
tempo; 
EX: coma; bêbado; drogado; 
- Independe de consentimento; 
- Qualquer ato libidinoso; 
 
- Qualificadora 
- §3º e §4º 
 
- Se resulta lesão corporal grave = pena de 10 a 20 anos; 
- Se resulta morte = pena de 12 a 30 anos; 
DEVE SER EM DECORRÊNCIA DO ESTUPRO; SE 1º AGRIDE E DEPOIS ESTUPRA, É 
2 CRIMES; SE 1º ESTUPRA E DEPOIS MATA, É 2 CRIMES; SE TA ESTUPRANDO E 
MATA, É 1 CRIME QUALIFICADO; 
 
 
Mediação para satisfazer a luxúria de outrem com pessoa menor de 14 anos; 
 
 
- Art. 218, CP = Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a 
lascívia de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
Parágrafo único. vedado 
 
- Lascívia 
- Ato contemplativo; 
- O agente faz o menor “se exibir para um 3º” 
EX: tarado; strip tease; sexo via telefone; 
 
 
Satisfação da lascívia na presença de menor de 14 anos 
 
 
- Art. 218 - A, CP = Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) 
anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de 
satisfazer lascívia própria ou de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos 
 
 
 
- O agente pratica ato libidinoso na presença de menor de 14 anos, para satisfazer 
lascívia do agente; 
 
 
 
Favorecimento à prostituição, de criança ou adolescente 
 
 
- Art. 218 - B, CP = Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra 
forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática 
do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
§ 1 ​o​ Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também 
multa. 
§ 2 ​o​ Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) 
e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no ​caput​ deste artigo; 
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas 
referidas no ​caput​ deste artigo. 
§ 3 ​o​ Na hipótese do inciso II do § 2​o​, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação 
da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. 
 
PROSTITUIÇÃO NÃO É CRIME, MAS TUDO AO REDOR É!! 
 
- O agente atrai para a prostituição menor de 18 anos; 
- O agente dificulta a saída da prostituição; 
- Prostituição = comercialização do próprio corpo = $$ 
 
- Figuras equiparadas 
- §2º = I = quem paga para ter o ato; 
 = II = o dono do local onde acontece o ato; 
 
 
Capítulo IV - Disposições Gerais 
 
 
- Art. 226, CP = Art. 226. A pena é aumentada: 
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o​ concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; 
 
II – de metade, se o ​agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, 
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título 
tem autoridade sobre ela; 
III - REVOGADO 
 
- Ação Penal 
- Art. 225, CP = Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se 
mediante ação penal pública condicionada à representação. 
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a 
vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. 
 
- Necessita da representação da vítima; 
- Por ter a possibilidade de resguardar a vítima; 
 
P;.Ú. = Se for menor de 18 anos ou pessoa vulnerável - é ação incondicionada; 
- Caso seja vulnerabilidade passageira, é condicionada a representação; 
 
 
Casa de prostituição 
 
 
- Art. 229, CP = Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento 
em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do 
proprietário ou gerente: 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 
- “Dono de Zona” 
- Crime habitual, quando demonstra a habitualidade; 
- HC. 104467 \ 2011 - STF 
 
 
Rufanismo 
 
 
- Art. 230, CP = Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando 
diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a 
exerça: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1 ​o​ Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é 
cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou 
curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, 
obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: 
 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
§ 2 ​o​ Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que 
impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência. 
 
- Rufião = cafetão \ cafetina 
- Crime habitual 
- Quem tira proveito da prostituição 
- Quem agencia a pessoa 
- Quem explora a prostituição 
 
 
Ato Obsceno 
 
 
- Art. 233, CP = Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto 
ao público: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
- Ato obsceno = ato revestido de sexualidade; 
- Ato obsceno = ato que fere o sentimento de pudor;

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