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DIREITO PROCESSUAL PENAL I Aula-02/05/2016 AÇÃO CIVIL “EX DELICTO” GENERALIDADES (CONTINUAÇÃO) Ação Civil e Ação Penal: com a condenação penal definitiva, prejudicado estará o julgamento da ação civil. Suspensão da ação civil: para evitar decisões conflitantes, o Juiz do cível poderá suspender o curso da ação civil ex delicto até julgamento definitivo da ação penal (art. 64, p.ú. c/c o art. 165, IV, a e § 5º). 1 ano. Autor de contravenção: embora a lei refira-se tão somente a autor de crime, nada impede que o autor de contravenção penal seja alvo da ação civil ex delicto. Prazo prescricional: 3 anos, mas não é iniciado a contagem enquanto a sentença penal não transitar em julgado. O prazo só começará a correr, ainda, quando o titular do direito de ação completar 16 anos (idade em que se torna relativamente capaz) – arts. 200 e 206, § 3º, V do CC. ABSOLVIÇÃO DO RÉU Categoricamente: a absolvição na ação penal só impedirá a ação civil ex delicto quando tiver sido categoricamente reconhecida a inexistência material do fato. Hipóteses que NÃO IMPEDEM a actio civilis ex delicto: O despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; A decisão que julgar extinta a punibilidade; A sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime; A sentença absolutória por insuficiência de provas; A sentença absolutória em face de causa de excludente de culpabilidade. Hipóteses que IMPEDEM a actio civilis ex delicto: Quando o juiz criminal reconhecer a inexistência do fato; Quando o juiz criminal reconhecer que o sujeito não participou do fato; Quando o juiz criminal reconhecer uma causa excludente da ilicitude (legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito ou estrito cumprimento do dever legal), causas que excluem a ilicitude penal e civil. Exceções: Estado de necessidade agressivo: se o agente sacrifica bem de terceiro inocente, este pode acioná-lo civilmente, restando ao causador do dano regressiva contra quem provocou a situação de perigo (arts. 929 e 930 do CC); Legítima defesa: se, por erro na execução (aberractio ictus), vem a ser atingido terceiro inocente, este terá direito a indenização contra quem o atingiu, ainda que este último estivesse em situação de legítima defesa, restando-lhe apenas a ação regressiva contra seu agressor (art. 930, p.ú. c/c o art. 188, I do CC). EXECUÇÃO CIVIL Liquidação: a sentença penal condenatória, com trânsito em julgado, poderá ser executada no juízo cível (art. 63), mas como o juiz criminal não fixa o quantum a ser indenizado, e preciso que se faça a liquidação da sentença. Juízo cível: a Ação civil de conhecimento ou a executória serão propostas perante o juízo cível. Escolha do foro pelo autor: o autor da ação civil tem o privilégio de escolher, para intentar a ação civil ex delicto ou mesmo a ação de execução, os seguintes foros: de seu domicilio (art. 53, V do CPC); do local do fato (art. 53, V do CPC); ou de domicílio do réu (regra geral – art. 46 do CPC). MP e a pobreza do titular do direito de reparação: a execução da sentença condenatória ou a ação civil será promovida, caso o ofendido requeira, pelo Ministério Público (art. 68). Substituto processual: o MP atua como substituto processual do ofendido. Obs.: O STF decidiu que o MP só poderá funcionar como substituto processual nos Estados onde não houver defensoria pública organizada (STF, RE’s 135.328/SP e 341.717/SP). Pobreza: é considerado pobre aquele que não pode prover as despesas do processo sem prejuízo de sua subsistência e de sua família (art. 32, § 1º do CPP).
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