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Aulas digitadas - fatos e negócios jurídicos

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FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS
Prof. Viviane
Aula 04 – 14/02/14
CLASSIFICAÇÃO DOS NEGOCIOS JURIDICOS
Quanto ao número de participantes: 
UNILATERAIS (ex. testamento)
BILATERAIS (ex. compra e venda, locação – vide obs.abaixo)
PLURILATERAIS (ex. assunção de dívida, sociedade, consórcio)
Obs.: parte é diferente de polo da ação – No mesmo polo podem ter várias partes.
Exemplo da doação – é bilateral na formação e unilateral quanto a obrigação
Quanto a forma: 
FORMAIS – “na forma da lei” - exceção
NÃO FORMAIS – a regra é que os negócios jurídicos sejam não-formais, ou seja, a vontade das partes é manifestada de qualquer forma.
Quanto a publicidade:
SOLENE (ex. casamento)
NÃO SOLENE (regra)
Atenção: não confundir forma com publicidade: o casamento é um ato formal e solene; tem toda uma formalidade e depende de uma solenidade. Já a doação de imóvel é apenas formal, mas não precisa de uma solenidade (tornar publico)
Quanto a eficácia:
“INTER VIVOS” – entre pessoas vivas
“CAUSA MORTIS” – são constituídos em vida, mas produzem seus efeitos após a morte. (ex. testamento, seguro de vida)
Quanto a vantagem:
ONEROSOS – tem ônus (não é custo e nem dinheiro, é obrigação de contraprestação, de direitos e deveres recíprocos) (ex. todos os contratos de prestação de serviços, compra e venda, etc)
GRATUITOS – uma parte tem obrigação e não há contraprestação (ex. doação)
Quanto a complexidade
SIMPLES – um único ato para sua constituição
COMPLEXOS – diversos atos para sua constituição, para se aperfeiçoar (ex. compra e venda de imóvel: até registrar na matrícula, no cartório de registro imobiliário, há uma série de atos necessários, não é só ir lá e registrar)
Quanto a vontade das partes:
CONSENSUAIS – são considerados formados pelo consenso das partes, independente da entrega do objeto. (ex. eu quero vender um objeto e outra pessoa quer comprar – a nossa vontade faz o negócio. A entrega do objeto é a execução do contrato)
REAIS – não há necessidade de entrega de objeto (ex. eu vou me mudar e deixo os móveis em um depósito da transportadora. O negócio só se concretiza quando eu deixo os móveis lá).
Essa classificação esta vinculada a necessidade, ou não, da entrega do objeto para se constituir o negócio. 
AULA DIA 20/02
Quanto ao equilíbrio do negócio:
COMUTATIVOS ou SINALAGMATICOS – equilíbrio entre direitos e deveres das partes envolvidas, reciprocidade de prestações (direitos e obrigações)
ALEATÓRIOS – vem de “álea”, que significa sorte, risco, eventualidade. Nele os direitos e deveres não são equivalentes. (ex.: seguro de vida – eu pago e a seguradora só paga se eu morrer. Seguro de carro – eu pago e a seguradora só paga se eu sofrer acidente. Se eu não sofrer acidente, só paguei, sem contraprestação da seguradora).
Quanto a oportunidade do negócio:
PRELIMINARES ou PRE-CONTRATOS – é um primeiro negócios jurídico onde as partes assumem obrigação de celebrar um segundo negócio, em momento posterior, caracterizado como definitivo. (ex. compromisso de compra e venda) 
DEFINITIVOS – negócio jurídico propriamente dito.
Quanto a existência
PRINCIPAL – existe e tem eficácia independente de qualquer outro negócio
ACESSORIOS – terão a sua existência, validade e eficácia submetidas a um negócio principal. (ex. locação de imóvel com fiança. A fiança – negocio acessório – só existe se houver locação – negocio principal – ela não existe sozinha)
Quanto a onerosidade
NEUTROS – não se pode classificar como onerosos ou gratuitos (nem ônus, nem bônus). (Ex. As clausulas de incomunicabilidade, impenhorabilidade e inalienabilidade em doação; o bem de família)
BIFRONTES – negócios que tanto podem ser onerosos ou gratuitos (ex. contrato de mandato – eu posso passar uma procuração para alguém que não me cobre pelo “favor”, mas também posso passar uma procuração e o mandatário cobrar pelos serviços)
ELEMENTOS ESSENCIAIS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Escada Ponteana (da doutrina de Pontes de Miranda)
							
EXISTÊNCIA
Elementos essenciais:
- Vontade – seriedade; vontade capaz de criar, modificar, transmitir ou extinguir.
- agentes – sujeito, pessoa física ou jurídica.
- objeto – passível de figurar como objeto de determinado negócio; idôneo, lícito. (ex. comodato – bem infungível; contrato de mútuo – bem fungível). Cada negócio jurídico exige um tipo específico de objeto.
- forma – expressão da vontade sob a forma da lei ou que a lei não impeça. (regra é que a forma é livre, exceto para aqueles negócios que a lei exige formalidade)
VALIDADE
Requisitos da validade: (CC, art. 104)
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
I - agente capaz - capacidade civil “aptidão para exercer e gozar dos direitos e deveres na órbita civil, conferida àqueles que não se enquadram em nenhuma das hipóteses excepcionais estabelecidas pela lei, as quais tipificam as hipóteses de incapacidade. Portanto, os maiores de idade que não apresentam incapacidade psíquica.”
Os negócios jurídicos celebrados por absolutamente incapazes sem representante, são NULOS; ao passo que os negócios jurídicos celebrados por relativamente incapazes sem assistência são ANULÁVEIS. 
Código Civil (CC)
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
O que é legitimação? Capacidade específica para prática de certos atos considerando-se determinados objetos ou certas pessoas. Ex. compra e venda de imóvel, precisa da outorga uxória ou marital. Prestação de fiança, depende se o fiador é casado, e se for, necessária a anuência do cônjuge, sob pena de ser anulável.
A legitimação são atos para os quais preciso de autorização ou anuência de outra pessoa.
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável 
Lícito – de acordo com o ordenamento jurídico (ex. drogas)
Possível – física e juridicamente (ex. terreno no céu)
Determinado – (ex. venda do imóvel da rua tal, número tal, com as seguintes características; ou, carro tal, placa tal, ano tal, chassis tal)
Determinável – (ex. safra, rebanho. Não é aquele boi específico, mas é um boi)
III – Forma prescrita ou não defesa em lei.
AULA DIA 27/02/14
(pulamos a EFICÁCIA na escada Ponteana, por enquanto )
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
A parte capaz não pode alegar a incapacidade da outra para desfazer o negócio
A parte interessada em desfazer é a do incapaz
Se o objeto é divisível – não podem (ex. $, cada um paga a sua parte)
Se o objeto é indivisível – podem (ex. casa)
Quando num negócio jurídico o relativamente incapaz age sem assistência, tendo como coobrigados outros agentes capazes, não poderão estes últimos alegar a incapacidade do codevedor para desconstituir a obrigação (anular o negócio), em regra.
Todavia, se o objeto da prestação caracterizar-se como bem indivisível, caberá a eles o direito de anular o negócio com base na falta de capacidade do primeiro deles.
Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.
Se no momento da celebração do negócio o objeto semostrar impossível por, por exemplo, não pertencer a parte que figura como alienante (promitente vendedor) mas, que posteriormente venha a adquiri-lo, passará a ser possível, dando validade aquele primeiro contrato.
Ex. João promete vender um terreno a Maria, o qual pertence a José. No momento da contratação, o objeto se mostra impossível, porque João não é o seu dono, porém, quando João adquire o imóvel de José, convalida ou confirma a promessa de venda feita a Maria.
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
Da necessidade de escritura pública para transação de imóveis acima de 30 S.M.
Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.
O artigo estabelece a necessidade de forma especial para o negócio jurídico determinada pela vontade das partes, e não pela lei.
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Reserva mental - ? pesquisar
Ex. típico: evento de caridade sem intenção de repasse para entidade
Se o agente declara a sua vontade num determinado sentido, mas resguarda para si (RM) a sua verdadeira intenção, reservando mentalmente seu verdadeiro desejo, terá validade a vontade exteriorizada, não podendo a outra parte ser prejudicada pela alegação do manifestante de não querer realmente aquilo que foi expressado; portanto, a RM não interfere na validade do negócio.
AULA DIA 28/02/14
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.
Havendo divergência entre a verdadeira intenção das partes e a vontade declarada, deve prevalecer a primeira.
Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
Vontade real sobre a forma literal – ortográfica.
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Boa-fé (objetiva e subjetiva - conceituar) e costumes – boa-fé objetiva / cláusula gera boa-fé objetiva.
					Objetiva – (*)informação, colaboração, proteção
		Boa-fé
					Subjetiva
A boa-fé objetiva traz deveres conexos*, ou seja, o comportamento antes, durante e depois do negócio dever ser ilibado, probo, íntegro, escorreito, etc.
A boa-fé deve estar presente na fase preliminar e também após a conclusão do negócio, ou seja, no seu cumprimento ou execução.
A falta de boa-fé é ilícita.
Ex. Boa-fé objetiva: (*)
Informação
Colaboração (com o exercício dos direitos do outro) 
Proteção (assistência técnica)
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
Negócios jurídicos benéficos (testamento / doação)
Ex: fazenda – sem pertenças
Ex: Renuncia herança/bens imóveis – os quadros, não!
Da Representação
Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.
Não é a legal (dos incapazes) é o mandato.
Procuração (poderes específicos) é o instrumento do mandato.
MUITO IMPORTANTE
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Ex: compra / venda de imóvel – passo procuração para ele vender ou comprar para ele mesmo.

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