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Sistemas Construtivos em Concreto Pré Moldado

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
TIAGO BORGES IGLESIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO 
PRÉ-MOLDADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2006 
TIAGO BORGES IGLESIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO 
PRÉ-MOLDADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Professor Engenheiro Fernando José Relvas 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2006 
Trabalho de conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para obtenção do título de graduação 
do curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi. 
TIAGO BORGES IGLESIA 
 
 
 
SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO 
PRÉ-MOLDADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho_____________________em:_____de_________________de 2006 
 
 
________________________________________________________ 
Professor Engenheiro Fernando José Relvas 
 
________________________________________________________ 
Nome do professor da banca 
 
Comentários:_________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________ 
Trabalho de conclusão de Curso 
apresentado como exigência parcial 
para obtenção do título de graduação 
do curso de Engenharia Civil da 
Universidade Anhembi Morumbi. 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a Deus por 
estar sempre comigo me dando força 
e determinação para superar os 
desafios e as dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço aos professores Célio Daroncho e Fernando Relvas pelo apoio e 
orientação na elaboração desse trabalho. Aos meus amigos da Duratex, da WTorre, 
as pessoas que sempre estiveram próximas e ao mesmo tempo distantes devido à 
correria do dia a dia e principalmente ao companheirismo e incentivo dos amigos de 
graduação que através dessas atitudes tornaram possível a concretização desse 
trabalho. 
 
RESUMO 
 
 
A utilização de tecnologias construtivas inovadoras, como os painéis pré-fabricados 
de concreto, tem-se configurado numa prática freqüente do mercado brasileiro. 
Devido a grande velocidade em que acontecem as coisas, a evolução se faz 
presente em todas as áreas no mundo e na construção civil não poderia ser 
diferente. A proposta desse estudo é apresentar os diversos sistemas construtivos 
em pré-moldados de concreto, exemplificado nesse trabalho, através do sistema de 
fechamento estrutural Tilt-up e assim realizar uma comparação crítica com os 
sistemas existentes no mercado atual. 
 
 
Palavras chaves: Tilt-up, pré-moldado, sistemas construtivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
ABSTRACT 
 
 
The use of new constructive technologies, like precast concret panels has been a 
frequent pratice in Brazilian market. Due to the great speed things have been 
happening, the evolution is present in all areas of the world and in the civil 
construction could not be different. The propose of this study is to show several 
constructive systems in precast concret, exemplified in the work throught the system 
of structural closing Tilt-up and therefore accomplish the critical comparison with the 
conventional systems in the current market. 
 
 
Keywords : Tilt-up, precast concrete, constructive systems. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 5.1 – Fluxograma de produção de elementos em concreto armado 
(MELHADO, 1998)........................................................................................20 
Figura 5.2 – Custo comparativo de uma estrutura de concreto armado 
(FAJERSZTAJN, 1987). ...............................................................................21 
Figura 5.3 – Detalhe de uma forma para pilar racionalizada (SENAI, 1980). ............23 
Figura 5.4 – Produção de armadura em estruturas de concreto (MELHADO,1998). 24 
Figura 5.5 – Preparo de armadura e formas em pré-moldado (ACERVO WTORRE, 
2005). ...........................................................................................................25 
Figura 5.6 – Sistema estrutural em “esqueleto” (ACERVO WTORRE, 2005). ..........28 
Figura 5.7 – Paredes estruturais – “Tilt-up” (ACERVO WTORRE, 2005)..................29 
Figura 5.8 – Montagem de lajes alveolares...............................................................31 
Figura 5.9 - Frontal da Igreja Metodista de Zion, Illinois - USA (EMPÓRIO DO PRÉ-
MOLDADO, 2006) ........................................................................................35 
Figura 5.10 - Pista para execução do Tilt-up.............................................................39 
Figura 5.11 - Inserts metálicos para fixação da estrutura metálica. ..........................39 
Figura 5.12 - Fixação de cabos de aço nas placas. ..................................................40 
Figura 5.13 - Vista de um sistema típico de construção em Tilt-up. ..........................41 
Figura 5.14 - Detalhe de escoramento das placas. ...................................................42 
Figura 5.15 - Sistema estrutural de travamento do Tilt-up (PEREIRA, 2005) ...........42 
Figura 5.16 - Prédio administrativo Vivo SP (ACERVO WTORRE, 2005).................46 
Figura 5.17 - Estádio Olímpico João Havelange - Rio de Janeiro (RACIONAL, 2006)
......................................................................................................................48 
Figura 6.1 – Crescimento do Wal Mart no mercado brasileiro (O COMERCIÁRIO, 
2005) ............................................................................................................50 
Figura 6.2 – Utilização do Tilt-up no mundo (PEREIRA, 2005) .................................51 
Figura 6.3 – Etapas de execução da pista para execução do Tilt-up. .......................54 
Figura 6.4 – Preparo da forma e armação de placas. ...............................................55 
Figura 6.5 – Placas com arranques para solidarização laje x placa..........................55 
Figura 6.6 - Lançamento de concreto e acabamento. ...............................................56 
Figura 6.7 - Representação diversas das forças no içamento da placa (PEREIRA, 
2005) ............................................................................................................57 
 9
Figura 6.8 – Rigging de um guindaste utilizado para montagem de placas ..............58 
Figura 6.9 – Seqüência de montagem de uma placa. ...............................................59 
Figura 6.10 - Detalhe da ligação entre estrutura metálica e a placa. ........................60 
Figura 6.11 - Vista geral da placa acabada com textura acrílica. ..............................60 
Figura 7.1 - Comparativo custo x prazo de execução para Tilt-up (IBRACON, 2004)
......................................................................................................................61 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABCP - Associação brasileira do cimento Portland. 
ACI - American concrete institute. 
IBRACON - Instituto Brasileiro de concreto. 
NBR - Norma Brasileira. 
TCA - Tilt-up concrete association.LISTA DE SÍMBOLOS 
 
cm - Centímetro. 
fck - Resistência à compressão do concreto. 
kg - Quilograma. 
kn/m² - Quilonewton por metro quadrado. 
m - Metro. 
m² - Metro quadrado. 
mm - Milímetro. 
MPa - Mega Pascal. 
Pa - Pascal. 
ton - Tonelada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................14 
2 OBJETIVOS.......................................................................................................15 
2.1 Objetivo geral ..............................................................................................15 
2.2 Objetivo específico......................................................................................15 
3 MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................16 
4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................17 
5 SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM PRÉ-MOLDADOS.......................................18 
5.1 Estudo de produção de uma estrutura de edifício em concreto armado.....19 
5.1.1. Produção das formas e escoramentos ................................................20 
5.1.2. Armadura .............................................................................................23 
5.1.3. Concretagem .......................................................................................25 
 
5.2 Sistemas construtivos em concreto pré-moldado .......................................27 
5.2.1. Sistemas estruturais em esqueleto e sistemas aporticados ................27 
5.2.2. Estruturas de painéis estruturais – paredes e fachadas ......................28 
5.2.3. Pisos ....................................................................................................30 
 
5.3 Método construtivo de painel vertical “Tilt-up”.............................................34 
5.3.1. Vantagens do sistema .........................................................................35 
5.3.2. Projetando com o sistema tilt-up..........................................................37 
5.3.3. Descrição do sistema...........................................................................37 
5.3.4. Fabricação do Painel ...........................................................................38 
5.3.5. Içamento do painel...............................................................................40 
5.3.6. Finalização...........................................................................................40 
5.3.7. Tilt-up como sistema estrutural ............................................................41 
 
5.4 Diferentes aplicações do sistema ...............................................................43 
5.4.1. Residências .........................................................................................43 
5.4.2. Edifícios comerciais, residenciais e industriais. ...................................45 
5.4.3. Complexos esportivos..........................................................................47 
 
 13
6 ESTUDO DE CASO...........................................................................................49 
6.1 Wal-Mart Brasil ...........................................................................................49 
6.2 WTorre Engenharia e Construção ..............................................................50 
6.3 A escolha do método ..................................................................................52 
6.4 Processo executivo .....................................................................................52 
6.4.1. Pista de preparo...................................................................................52 
6.4.2. Forma, armação e concretagem..........................................................54 
6.4.3. Içamento e montagem dos painéis ......................................................56 
6.4.4. Solidarização estrutural e acabamento................................................60 
7 ANÁLISE OU COMPARAÇÃO CRÍTICA ..........................................................61 
8 CONCLUSÕES..................................................................................................62 
 
 14
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A história da industrialização está diretamente associada à história da mecanização, 
com a evolução das ferramentas e máquinas para produção de bens. De forma 
gradativa, as atividades exercidas pelo homem com o auxílio de máquina foram 
sendo substituídas por mecanismos, como aparelhos mecânicos ou eletrônicos, ou 
genericamente por sistemas automatizados (SERRA, 2004). 
 
Na construção civil, podemos observar a “industrialização” desse setor através do 
uso de peças de concreto pré-moldadas (SERRA, 2004), que será nosso principal 
enfoque neste estudo. O pré-moldado na obra civil possibilitou uma maior rapidez no 
processo construtivo, além de um enorme salto de qualidade nos canteiros de obras, 
pois através de componentes industrializados com alto controle ao longo de sua 
produção, com materiais de boa qualidade, fornecedores selecionados e mão de 
obra treinada e qualificada, as obras tornaram-se mais organizadas e seguras. 
 
Atualmente, o desenvolvimento dos sistemas pré-fabricados também está ligado aos 
processos de transporte, montagem, métodos de inspeção e controle, à criação dos 
novos materiais e o controle das conseqüências desses processos ao meio 
ambiente (SERRA, 2004). 
 
Podemos dizer que, os sistemas pré-moldados de concreto em conjunto com outras 
séries de inovações, transformam uma obra em uma “linha de produção” da 
construção civil onde, como numa indústria automotiva, os processos de montagens 
de diversos componentes irão resultar no produto final, que, nesse exemplo, seria o 
carro e, no nosso tema, seria a obra civil. É importante lembrar que o pré-moldado é 
um pedaço na cadeia de evolução construtiva. Há outros tipos de terceirização da 
fabricação de componentes em uma obra, como o concreto, argamassa, armadura, 
pilares, vigas e para que haja um ganho de tempo e espaço, devemos realizar a 
combinação desses elementos, junto com o pré-moldado, deixando para o local da 
obra somente a junção e montagem de todos os elementos. 
 15
2 OBJETIVOS 
 
 
Esta pesquisa abordará e demonstrará os diferentes sistemas construtivos em 
concreto pré-moldado já consagrados no mercado e amplamente utilizados na 
construção civil brasileira. 
 
 
2.1 Objetivo geral 
 
 
Serão abordados os diferentes processos de fabricação em suas diversas 
modalidades (pré-moldagem “in-loco” e industrial), problemas, desafios e soluções. 
 
Em paralelo, serão avaliadas informações e dados a respeito de gerenciamento, 
planejamento, montagem, logística e suas aplicações em obras de pequeno, médio 
e grande porte. 
 
 
2.2 Objetivo específico 
 
 
Pretende-se avaliar os diversos sistemas construtivos e detectar os melhores 
processos para cada uma das especialidades indicando alternativas e soluções para 
problemas usualmente encontrados no emprego dessa tecnologia. 
 
Será dado um enfoque principal sobre o método de paredes em concreto armado 
pré-moldado, conhecida por Tilt-up. Realizaremos um estudo de caso, avaliando as 
etapas de fabricação, montagem e realizando uma avaliação de viabilidade da 
adoção desse método na construção civil. 
 
 
 16
3 MÉTODO DE TRABALHO 
 
 
O método de trabalho utilizado se baseará em estudos de caso, pesquisas em 
campo, livros, apostilas, internet e teses de domínio público que demonstrarão de 
forma satisfatória assuntos relevantes ao temaproposto para essa pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17
4 JUSTIFICATIVA 
 
 
A demanda do mercado em busca de prazos cada vez menores e alta qualidade 
vem forçando a construção civil a buscar novos desafios e tecnologias nos mais 
diversos setores. Os componentes estruturais em concreto, pela sua facilidade e 
rapidez na aplicação, têm sido cada vez mais empregados em edifícios comerciais, 
indústrias, galpões e residências construídos no Brasil e no mundo. Para isso torna-
se necessário o aprimoramento do conhecimento de técnicas e sistemas 
construtivos para absorver toda essa necessidade mercadológica e ao mesmo 
tempo, com o maior domínio das mesmas, realizar novas descobertas e avanços em 
busca de uma excelência construtiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
5 SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM PRÉ-MOLDADOS 
 
 
A norma NBR 9062 define pré-moldado da seguinte forma: 
• PRÉ-MOLDADO – Elemento que é executado fora do local definitivo de 
utilização, produzido em condições menos rigorosas de controle de qualidade, 
sem a necessidade de pessoa, laboratório e instalações congêneres próprias. 
 
A mesma norma também define o pré-fabricado da seguinte forma: 
• PRÉ-FABRICADO – Elemento produzido fora do local definitivo da estrutura, em 
usina ou instalações análogas que disponham de pessoal e instalações 
laboratoriais permanentes para o controle de qualidade. 
 
Considera-se o marco histórico inicial da pré-fabricação em concreto armado o 
Cassino de Biarritz (RIVERA, 2005). 
 
No Brasil, a primeira grande obra com a utilização de elementos pré-moldados foi o 
Hipódromo da Gávea na cidade do Rio de Janeiro. A obra foi executada em 1926 e 
os elementos pré-moldados foram aplicados às estacas nas fundações e cercas no 
perímetro do hipódromo.Cada material ou sistema construtivo tem suas próprias 
características. Isso também ocorre no caso dos sistemas construtivos em concreto 
pré-moldado. Teoricamente, todas as juntas e ligações entre os elementos pré-
moldados deveriam ser executadas de modo que a estrutura tivesse novamente o 
mesmo conceito monolítico de uma estrutura moldada no local. Todavia, esta pode 
se tornar uma solução mais cara e trabalhosa, onde muitas das vantagens da pré-
moldagem podem ser perdidas. 
 
Para que todas as vantagens do concreto pré-moldado sejam potencializadas, a 
estrutura deve ser concebida de acordo com uma filosofia específica do projeto: 
grandes vãos, um conceito apropriado para estabilidade, detalhes simples, etc. Os 
projetistas devem, desde o início do projeto, considerar as possibilidades, as 
restrições e as vantagens do concreto pré-moldado, seu detalhamento, produção, 
 19
transporte, montagem e os estados limites em serviço antes de finalizar um projeto 
de uma estrutura pré-moldada. 
 
Do ponto de vista do comportamento estrutural, a presença das ligações é o que 
diferencia basicamente uma estrutura de concreto pré-moldado de uma estrutura 
convencional moldada no local (NÓBREGA, 2004). Desta forma, o desempenho do 
sistema estrutural e o êxito nas suas aplicações estão relacionados com o 
desempenho das suas ligações. 
 
 
5.1 Estudo de produção de uma estrutura de edifício em concreto 
armado 
 
 
Neste estudo realizou-se uma pesquisa mais abrangente sobre os variados sistemas 
construtivos em concreto, podendo realizar uma escolha sobre o melhor método. 
 
“Os edifícios produzidos em concreto armado muitas vezes recebem a denominação 
de edifícios convencionais ou tradicionais, isto é, aqueles produzidos com uma 
estrutura de pilares, vigas e lajes de concreto armado moldados no local” 
(MELHADO, p.4, 1998). 
 
“A execução de elementos com concreto convencional deve seguir um esquema 
básico de produção (Figura 5.1) que possibilite a obtenção das peças previamente 
projetadas e com a qualidade especificada, apresentado no esquema a seguir” 
(MELHADO, p.4, 1998): 
 20
 
Figura 5.1 – Fluxograma de produção de elementos em concreto armado (MELHADO, 1998). 
 
 
5.1.1. Produção das formas 
 
 
A forma pode ser considerada como o conjunto de componentes cujas funções 
principais são: 
• Dar forma ao concreto (molde); 
• Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência; 
• Proporcionar textura à superfície do concreto (MELHADO, 1998). 
 
As formas devem apresentar algumas propriedades ou requisitos de desempenho 
para que possam atender a função designada, dentre as quais podemos destacar: 
• Resistência mecânica à ruptura; 
• Resistência à deformação; 
• Estanqueidade; 
• Regularidade geométrica; 
• Textura superficial adequada; 
• Estabilidade dimensional; 
• Possibilitar o correto posicionamento da armadura; 
 21
• Baixa aderência ao concreto; 
• Proporcionar facilidade para o correto lançamento e adensamento do concreto; 
• Não influenciar nas características do concreto; 
• Segurança; 
• Economia. 
 
“Uma forma para desempenhar adequadamente as suas funções apresentará de 
modo geral, o seguinte percentual de custo com relação ao edifício (Figura 5.2): 
• Custo da forma = 50% do custo de produção do concreto armado; 
• Custo do concreto armado = 20% do custo da obra como um todo; 
• Custo da forma = 10% do custo global da obra” (MELHADO, p.6, 1998). 
 
“A forma é um elemento transitório, isto é, não permanece incorporado ao edifício, 
tendo uma significativa participação no custo da obra como um todo. É uma parte da 
obra que merece estudos específicos para a sua racionalização e, portanto, melhor 
aproveitamento e, conseqüente, redução de custos” (MELHADO, p.6, 1998). 
 
 
Figura 5.2 – Custo comparativo de uma estrutura de concreto armado (FAJERSZTAJN, 1987). 
 
Os elementos constituintes de um sistema de formas e seus respectivos materiais 
utilizados são: 
• Molde: caracteriza a forma da peça; 
• Estrutura do molde: é o que dá sustentação e travamento ao molde; 
 22
• Escoramentos: é o que dá apoio à estrutura da forma, utilizado basicamente em 
estruturas moldadas “in-loco” (FAJERSZTAJN, 1987); 
• Acessórios: componentes utilizados para nivelamento, prumo e locação das 
peças. Ex: elementos metálicos (aço) e cunhas de madeira (MELHADO, p.7, 
1998). 
 
As formas são estruturas provisórias, porém, são estruturas e, como tais, devem ser 
concebidas. Os esforços atuantes em quaisquer peças constituintes do sistema de 
formas são dados por: 
• Peso próprio das formas; 
• Peso do concreto e do aço; 
• Sobrecarga: trabalhadores, jericas e outros equipamentos; 
• Empuxo adicional devido à vibração (MELHADO, 1998). 
 
“Definido o esforço atuante, tem-se que o mesmo: 
• Atua sobre o painel que constitui o molde, isto é, sobre a chapa de madeira, de 
compensado, metálica ou mista; 
• A chapa do molde, enrijecida por um reticulado de barras (estrutura do molde); 
• Complementando e equilibrando a estrutura do molde têm-se as escoras 
(pontaletes e pés-direitos) transmitindo a carga para o solo ou para a estrutura já 
executada” (MELHADO, p.8, 1998). 
 
A racionalização do sistema de formas surgiu com a idéia da padronização das 
estruturas, ou seja, pavimentos tipos iguais, podendo haver o reaproveitamento de 
um mesmo conjunto de formas em diversos momentos. Essas padronizações 
ocorrem em diversos elementos da estrutura como pilares (Figura 5.3), lajes e vigas. 
 
 
“O sistema de racionalização do sistema de formas tem por objetivo: 
• O máximo de aproveitamento da capacidade resistente dos componentes;• O aumento da segurança nas operações de utilização; 
• O aumento da vida útil e reaproveitamento dos componentes da forma; 
 23
• A redução do consumo de mão de obra em recortes, montagens e 
desmontagens” (MELHADO, p.12, 1998). 
 
Figura 5.3 – Detalhe de uma forma para pilar racionalizada (SENAI, 1980). 
 
O princípio e os componentes da estrutura desse tipo de forma em comparação as 
formas convencionais são os mesmos, sendo que, alguns elementos diferem em 
razão da facilidade de resistência a montagens e desmontagens freqüentes. 
Podemos citar como diferenciais a utilização de fechos, ao invés de pregos, a 
utilização de chapas plásticas e, metálicas, ao invés das de madeira, e o uso de 
escoras metálicas telescópicas, ao invés dos “antiquados” troncos de eucalipto. 
 
 
5.1.2. Armadura 
 
 
“O concreto tem boa resistência à compressão, da ordem de 25 MPa, enquanto o 
aço tem excelente resistência à tração e à compressão da ordem de 500 MPa 
chegando em aços especiais para concreto protendido a 2000 MPa. No entanto, a 
resistência à tração dos concretos é muito baixa, cerca de 1/10 da sua resistência a 
compressão, o que explica o seu emprego solidariamente com o aço” (MELHADO, p 
24, 1998). O concreto armado é, portanto, a aliança de materiais com características 
 24
mecânicas diferentes e complementares, por isso seu emprego em estruturas como 
as de nosso estudo. 
Abaixo observamos um fluxograma do processo de produção clássico da armadura 
em uma estrutura de concreto armado (Figura 5.4). 
 
 
Figura 5.4 – Produção de armadura em estruturas de concreto (MELHADO,1998). 
 
A primeira etapa para preparo da armadura é corte dos fios e barras. Os fios e 
barras são cortados com talhadeiras, tesourões especiais, máquinas de corte 
(manuais ou mecânicas) e, eventualmente discos de corte” (MELHADO, p.27, 1998). 
 
Terminada a operação de corte do aço, é necessário que se preceda o controle da 
mesma, verificando as dimensões do cortado, com o especificado em projeto 
(MELHADO, 1998). Esse procedimento é importante para que não haja nenhuma 
peça fora das especificações. 
 
Após a liberação da armadura cortada, dá-se início o processo de dobra. Esse 
processo é realizado sobre uma bancada de madeira com pregos (pinos) e com a 
ajuda de uma ferramenta própria para essa função (MELHADO, 1998). 
 
Assim como para corte, também temos máquinas de dobramento automático, que 
tem o uso justificado num pedido ou numa obra de grandes proporções, pois além 
 25
de apresentar uma maior qualidade, ainda gera um grande rendimento do serviço 
por ela executado (MELHADO, 1998). 
 
Após a dobra das peças é feita a montagem do aço na forma já preparada (Figura 
5.5), onde a armadura deverá ser posicionada corretamente através de 
espaçadores, que garantirão a posição correta e o cobrimento do concreto. 
 
 
Figura 5.5 – Preparo de armadura e formas em pré-moldado (ACERVO WTORRE, 2005). 
 
 
 
5.1.3. Concretagem 
 
 
“O concreto utilizado poderá ser produzido na obra ou comprado de alguma central 
de produção, no entanto, seja qual for a sua procedência, deverá ser devidamente 
controlado antes de sua aplicação, sendo que, os ensaios mais comuns para o 
recebimento do concreto são o “slump-test” e o controle de resistência à compressão 
(fck) (MELHADO, p.36, 1998). 
 
 26
Uma vez liberado, o concreto deverá ser transportado para o pavimento ou para a 
posição onde se localiza a forma e que, por conseqüência, estará ocorrendo a 
concretagem através de elevadores de obra, gruas, caçambas ou bombeamento 
(MELHADO, 1998). 
 
É recomendável o lançamento do concreto em camadas, principalmente, facilitando 
assim, a vibração e o adensamento uniforme do concreto no interior da forma 
(MELHADO, 1998). 
 
Após o término da concretagem e ultrapassado um tempo mínimo para cura do 
material, deve ser realizado o seguinte procedimento para desforma: 
• Respeitar o tempo de cura para início da desforma: três dias para formas laterais; 
• Retirada dos painéis com cuidado para não haver quebra da peça; 
• Fazer a limpeza dos painéis; 
• Verificar o concreto das peças deformadas (MELHADO, 1998). 
 
 27
5.2 Sistemas construtivos em concreto pré-moldado 
 
 
“Não é possível falar em projeto executivo ou mesmo em anteprojeto sem conhecer 
o sistema construtivo da empresa. A obra deve ser o local em que um sistema de 
execução é colocado em prática e não desenvolvido de forma aleatória.” A frase do 
arquiteto Gianfranco Vannucchi, um dos autores do projeto arquitetônico do flat 
Caesar Towers Nações Unidas, na zona sul de São Paulo (REVISTA TÉCHNE, 
p.28, 1998), reflete bem o nosso estudo e é baseado nesse conceito que 
avaliaremos alguns sistemas estruturais, buscando extrair dos mesmos seus pontos 
positivos e negativos. 
 
 
5.2.1. Sistemas estruturais em esqueleto 
 
 
“Sistemas em esqueleto consistem de elementos lineares – vigas, pilares, de 
diferentes formatos e tamanhos combinados para formar o esqueleto da estrutura. 
Estes sistemas são apropriados para construções que precisam de alta flexibilidade 
na arquitetura. Isto ocorre pela possibilidade do uso de grandes vãos e para 
alcançar espaços abertos sem a interferência de paredes. Isto é muito importante 
para construções industriais, shopping centers, estacionamentos, centros esportivos 
e, também, para construções de escritórios grandes” (ABCP, p.2, 1994). 
 
O conceito da estrutura em esqueleto oferece maior liberdade no planejamento e 
disposição das áreas do piso, sem obstrução de paredes portantes internas ou por 
um grande número de pilares internos (Figura 5.6). 
 
 28
 
Figura 5.6 – Sistema estrutural em “esqueleto” (ACERVO WTORRE, 2005). 
 
Pelo fato de que nas estruturas em esqueleto o sistema portante ser normalmente 
independente dos subsistemas complementares da edificação, como os sistemas de 
fechamento, sistemas hidráulicos e elétricos, etc., é fácil adaptar as edificações para 
mudanças no seu uso, com novas funções e inovações técnicas. 
 
“O conceito de esqueleto também oferece uma grande liberdade para o arquiteto na 
escolha do sistema de fechamento. Os elementos estruturais são bem adaptáveis 
para uma produção racional e processos de montagem” (ABCP, p.4, 1994). 
 
 
5.2.2. Estruturas de painéis estruturais – paredes e fachadas 
 
 
Painéis pré-fabricados são utilizados para fechamentos internos e externos, para 
caixas de elevadores, núcleos centrais, etc. Os sistemas de painéis pré-fabricados 
são muito utilizados em construções residenciais e pequenos prédios comerciais 
(Figura 5.7). “Essa solução pode ser considerada como uma forma industrializada de 
paredes moldadas no local, tijolos convencionais ou paredes de alvenaria. Os 
painéis pré-fabricados podem ser portantes ou de fechamento. A superfície dos 
elementos é lisa nos dois lados, e pronta para receber pintura ou papel de parede” 
(ABCP, p.4, 1994). 
 29
 
Figura 5.7 – Paredes estruturais – “Tilt-up” (ACERVO WTORRE, 2005). 
 
Os sistemas de fechamento pré-fabricados oferecem as vantagens de rapidez na 
construção, de acabamento liso, de isolamento acústico e de resistência ao fogo. 
“Sistemas modernos fazem parte das chamadas técnicas de construções abertas, os 
quais significam que, a arquitetura é livre para criar o projeto de acordo com as 
exigências do cliente. A tendência é construir espaços abertos livres entre as 
paredes portantes e usar divisórias leves para definir o layout interno. Com essa 
técnica é possível mudar o projeto futuramente, sem maiores custos” (ABCP, p.4, 
1994). 
 
“Fachadaspré-fabricadas são adequadas para qualquer tipo de construção. Podem 
ser executadas em diversas cores, além do concreto cinza, e podem ser projetadas 
como elementos estruturais ou somente de fechamento. As fachadas que suportam 
carga têm função dupla, decorativa e estrutural. Estas suportam as cargas verticais 
dos pavimentos e dos painéis superiores” (ABCP, p.5, 1994). Os sistemas de 
fachadas com painéis estruturais constituem uma solução econômica, uma vez que 
isto dispensa o uso de pilares nas bordas e as vigas para apoio de pisos. Outra 
vantagem dos painéis estruturais é o fato de que a construção fica protegida 
internamente num estágio bastante inicial da obra. 
 30
As fachadas arquitetônicas de concreto são geralmente empregadas em 
combinação com as estruturas de esqueleto, onde a estrutura interna é composta de 
pilares e vigas. Uma tendência moderna dos países Escandinavos é construir 
escritórios sem pilares internos, onde painéis alveolares protendidos para piso 
cobrem vãos de uma fachada para outra, acima de 16 a 18 m de comprimento 
(ABCP, 1994). 
 
Os painéis não estruturais para fachadas possuem funções de fechamento e de 
acabamento. São fixados na estrutura, que pode ser de concreto pré-moldado, 
concreto moldado no local ou metálica. 
 
 
5.2.3. Pisos 
 
 
“Os elementos pré-moldados para pisos são um dos produtos pré-moldados mais 
antigos” (ABCP, p.6, 1994). O mercado oferece uma variedade de sistemas para 
piso e cobertura pré-moldados, dos quais podemos distinguir cinco tipos principais: 
sistemas de painéis alveolares protendidos (Figura 5.8); sistemas de painéis com 
nervuras protendidas (seções T ou duplo T); sistemas de painéis maciços de 
concreto; sistemas de lajes mistas; sistemas de laje com vigotas pré-moldadas. As 
principais vantagens dos sistemas pré-moldados para pavimentos são: a rapidez da 
construção, a ausência de escoramento, a diversidade de tipos, a alta capacidade 
de vencer os vãos e a sua economia. 
 31
 
Figura 5.8 – Montagem de lajes alveolares. 
 
“Os pisos pré-moldados são utilizados extensivamente para todos os tipos de 
construção, não somente para estruturas pré-moldadas, mas também em 
combinação com outros materiais, por exemplo, em estruturas metálicas de concreto 
moldado no local, etc. A escolha do sistema de pavimentos varia para cada tipo de 
construção e de país para país, dependendo do transporte, das facilidades de 
montagem, disponibilidade no mercado, da cultura construtiva etc.” (ABCP, p.6, 
1994). 
 
A escolha do tipo mais apropriado dos elementos para pisos é definida por um 
número de fatores intervenientes: disponibilidade de mercado, disponibilidade de 
transporte, facilidade de montagem, custo de serviços, etc. Os critérios mais 
importantes são analisados a seguir: 
 
Capacidade portante para o vão: 
• Sistemas de lajes com nervuras protendidas são bastante apropriados para 
grandes vãos e cargas em construções industriais, armazéns, centros de 
distribuição, etc.; 
• Sistemas de lajes alveolares protendidas são apropriados para grandes vãos 
com cargas moderadas, para apartamentos, escritórios, estacionamentos etc. 
 32
 
• Sistemas de lajes com placas pré-moldadas são utilizados para vãos menores 
com cargas moderadas, como por exemplo, residências, apartamentos, hotéis, 
etc. 
• Sistemas de lajes com vigotas pré-moldadas são principalmente utilizados para 
vãos e cargas menores, principalmente para residências. 
 
Tipologias das faces inferiores dos elementos de laje: As faces inferiores dos 
elementos pré-fabricados para lajes de piso podem ser nervuradas ou planas, lisas 
ou rugosas para revestimento, com ou sem isolamento térmico. Os elementos com 
nervuras aparentes inferiores oferecem a possibilidade da embutimento de dutos e 
tubos entre essas nervuras. No caso das lajes alveolares protendidas, com faces 
planas, o uso combinado da protensão com as nervuras internas possibilita uma 
menor altura dos painéis. Entretanto, as juntas longitudinais aparentes entre os 
painéis alveolares nem sempre são aceitáveis em construções residenciais. 
Sistemas de lajes com vigotas pré-moldadas necessitam de revestimento para 
acabamento. Finalmente, as lajes alveolares protendidas podem ter uma camada de 
isolamento térmico na face inferior. Essa solução é muito aplicada em regiões mais 
frias, onde se utiliza em residências com pisos elevados acima do solo sobre 
espaços abertos. 
 
Peso próprio: O peso próprio dos elementos para piso pode variar muito, como no 
caso dos painéis em duplo T para grandes vãos. Assim, a escolha do sistema para 
piso depende das dimensões dos vãos no projeto e da capacidade dos 
equipamentos de montagem que estão disponíveis no mercado. 
 
Isolamento próprio: A propriedade acústica é um critério muito importante na 
escolha do tipo de piso, especialmente em construções residenciais. A capacidade 
de isolamento de ruídos propagados no ar depende da massa dos painéis por m². 
Assim, os pisos de concreto podem facilmente atender aos requisitos mínimos de 
desempenho para isolamento de ruídos com propagação atmosférica. Entretanto, a 
situação é diferente da transmissão para ruídos causados por impactos, onde 
 33
geralmente medidas adicionais devem ser consideradas, por exemplo, no caso de 
mezaninos suspensos, etc. 
 
Resistência ao fogo: normalmente, os pisos pré-moldados de concreto armado ou 
protendido conseguem resistir ao fogo durante 60 a 120 minutos, ou mais. Assim, 
todos os tipos de pavimentos de concreto podem resistir até 60 minutos, sem 
nenhuma medida especial. Para uma proteção de incêndio acima de 90 minutos é 
necessário aumentar o recobrimento de concreto das armaduras. 
 
Custos com a mão de obra: nos países onde os custos da montagem são baixos, 
existe uma menor necessidade de se utilizar sistemas industrializados para pisos 
como são os casos dos painéis em duplo T ou dos painéis alveolares, comparados 
com sistemas mais tradicionais e com maior utilização de mão-de-obra, como as 
lajes com vigotas pré-moldadas. No mesmo contexto, também a rapidez na 
execução pode desempenhar um papel importante na escolha do sistema (ABCP, 
p.7-8, 1994). 
 
 
 34
5.3 Método construtivo de painel vertical “Tilt-up” 
 
 
“Pode-se definir o sistema Tilt-up como um sistema construtivo estrutural baseado 
na execução de paredes pré-moldadas em concreto armado, moldadas na própria 
obra utilizando uma laje” (RIVERA et al., p.5, 2005), piso, ou outra superfície 
extremamente plana e sem imperfeições designada para esse fim, como forma. 
Após preparada a superfície e ultrapassado o período mínimo estabelecido para 
cura do concreto, o elemento é içado e posicionado. Essas peças podem ter 
somente função de vedação como painéis já utilizados em grande escala no 
mercado, ou então, função estrutural, permitindo o redimensionamento ou até 
mesmo a eliminação de alguns elementos estruturais. 
 
“A origem do sistema Tilt-up não é claramente definida entre os pesquisadores. Uma 
das primeiras citações que encontramos ocorre no livro “A survey of the Turkish 
Empire” de 1799, escrito pelo historiador Willian Eton. No livro o historiador cita um 
exemplo de construção onde um pedreiro com pregos e cordas marcava um semi-
círculo no chão, posicionava os blocos, fixava-os cm um tipo de gipsita formando um 
arco e então erguia o arco em sua posição final” (RIVERA et al., p.5, 2005). 
 
“No início do século XX, para a realização da obra do Camp Logan Rifle Range, em 
Illinois nos EUA, o americano Robert Aiken projetou e executou paredes de 
sustentação armadas e escoradas. As paredes foram construídas nochão e então, 
posteriormente, foram erguidas e colocadas na fundação já pronta. Aiken aplicou 
essa técnica em diversos projetos dentre os quais se destaca o projeto para a 
construção de uma Igreja Metodista em Zion, Illinois/EUA, em 1910 (Figura 5.9)” 
RIVERA et al., p.5, 2005). 
 
 35
 
Figura 5.9 - Frontal da Igreja Metodista de Zion, Illinois - USA (EMPÓRIO DO PRÉ-MOLDADO, 2006) 
 
As paredes foram moldadas in-loco em uma base lisa composta de areia, com o 
concreto lançado envolta das armações das portas e janelas. Com as paredes 
finalizadas e com o auxílio de uma talha e um primitivo guindaste, as paredes eram 
então içadas na posição final (RIVERA et al., 2005). 
 
 
5.3.1. Vantagens do sistema 
 
 
Dentre inúmeras vantagens que encontramos no sistema podemos destacar: 
• Rapidez: Com a construção horizontal das paredes, a ausência de colunas e 
fundações simplificadas, é fácil observarmos o benefício financeiro que 
representa uma obra entregue em tempo muito menor. Em alguns casos, este 
fator significa a solução para uma aparente inviabilidade, graças à eficácia de 
custos. 
• Qualidade: Concreto armado, construído em condições que permitem maior 
controle e homogeneidade, acabamento e tratamentos específicos para cada 
indústria, piso padrão superior, coberturas em sistemas avançados. Do primeiro 
dia de terraplenagem, à última mão de pintura, qualidade não é apenas uma 
vantagem, mas uma regra. 
• Economia: Não é necessário o uso de calculadora para saber o significado de 
custo zero em pilares e vigas laterais, além da significativa economia em 
fundações e maior velocidade de construção. 
 36
• Segurança: As paredes são moldadas no nível do piso, eliminando formas 
verticais, significando maior segurança para a equipe de construção, e maior 
segurança de qualidade homogênea. 
• Versatilidade: Na confecção de paredes, na inclusão de sistemas especiais, na 
aplicação de coberturas sofisticadas. 
• Beleza: Com Tilt-up a estrutura do edifício pode ser muito atrativa. Grandes 
painéis Tilt-up poderão receber uma enorme variedade de tratamentos 
decorativos, tais como colorações ilimitadas, que podem ser adicionadas à 
mistura do concreto ou às pinturas texturizadas, ou moldes superficiais em 
diversos tipos, como aletas, pedras, tijolos, além de muitos outros efeitos 
decorativos. 
• Durabilidade: Muitos edifícios, construídos na década de 50, mostram poucos 
sinais de idade, mesmo após meio século de vida. De fato, edifícios construídos 
em 1908 ainda se encontram em serviço. 
• Conforto Acústico e Térmico: Se o edifício estiver em área ruidosa, ou abrigar um 
processo industrial ruidoso, você contará com todas as vantagens das 
propriedades acústicas do concreto. A massa absorve com mais eficácia que 
qualquer edifício de fechamento metálico. E a massa térmica inerente aos painéis 
reduzirá os picos e cargas térmicas do sistema de refrigeração. Indústrias que 
exigem controle de temperatura interna próxima de zero, podem, contar com 
painéis tipo sanduíche, com isolante térmico entre duas camadas de concreto. 
• Expansão: Um edifício em Tilt-up pode ser projetado e construído permitindo fácil 
expansão, simplesmente destacando e re-locando os painéis ou cortando novas 
aberturas sobre os mesmos. 
• Custos com seguro menores: O concreto fornece maior resistência ao fogo que 
outras estruturas convencionais, principalmente estruturas metálicas. 
 
 
 
 
 
 37
5.3.2. Projetando com o sistema tilt-up 
 
 
“Para arquitetos e engenheiros projetistas, o sistema Tilt-up oferece grande 
flexibilidade de projeto e, praticamente não impõe limitações” (RIVERA et al., p.10, 
2005). 
 
“Os painéis de Tilt-up podem ser agrupados e modulados com inúmeras 
combinações para alcançar qualidade e atratividade” (RIVERA et al., p.10, 2005). 
 
“Para que seja possível atingir parâmetros de economia adequados, faz-se 
necessário à integração do engenheiro estrutural e do arquiteto. Tal integração é 
essencial para que seja possível dividir as paredes em painéis que possam ser 
içados” (RIVERA et al., p.10, 2005), além da determinação da localização das 
aberturas das portas e janelas dentro dos painéis (local das juntas; qual altura clara 
do prédio; decidir a disposição do telhado, para que ocorra a determinação das vigas 
do telhado e do piso onde se conectam ao painel). 
 
O aspecto mais importante do projeto de uma edificação em sistema Tilt-up é o 
painel. Por mais simples que um painel seja, seu projeto e análise são altamente 
complexos. 
 
Por diversas vezes, o painel trabalha como uma placa, coluna ou mesmo, muro de 
arrimo e muitas vezes todas estas funções, simultaneamente. 
 
 
5.3.3. Descrição do sistema 
 
 
A idéia básica do sistema consiste na construção de paredes de concreto armado 
sobre um piso nivelado que funciona como uma forma. Portanto, o piso é de grande 
 38
importância para o sistema Tilt-up e, ao contrário dos outros tipos de sistemas onde 
o piso é executado no final da obra, no sistema Tilt-up é o marco inicial da obra. 
 
Após a confecção do piso, as formas e a armação dos painéis são montadas sobre o 
piso. Deve-se utilizar um desmoldante adequado que seja suficientemente eficaz. 
Ainda, nesta etapa são incluídas as aberturas das portas e janelas, bem como, os 
frisos e texturas decorativas. 
 
Após a execução dos painéis e a cura, os mesmos são içados por um guindaste e 
posicionados sobre as fundações e, escorados. Mais tarde, as escoras são retiradas, 
quando da execução das lajes ou coberturas que, fornecerão aos painéis o 
travamento e estabilizações necessárias. 
 
 
5.3.4. Fabricação do Painel 
 
 
O processo de fabricação assemelha-se muito ao de execução de um piso de 
concreto, mas com algumas peculiaridades. 
 
A primeira etapa do processo consiste na preparação da base que servirá como 
forma para a placa. Definidas as dimensões, prepara-se uma pista para produção, 
essas pistas geralmente são constituídas por pisos de concreto concluídos e, que 
devido a sua planicidade, apresentam características próprias para realização do 
processo. Caso não haja nenhum piso executado ou não haja possibilidade 
executiva de realização, executa-se uma pista, que nada mais é do que um piso de 
concreto magro de espessura variável de 5 a7 cm. com um acabamento liso. (Figura 
5.10). 
 39
 
Figura 5.10 - Pista para execução do Tilt-up. 
 
Na concretagem inserimos em determinadas posições inserts na forma. Um dos 
inserts que existem é o “lift”, porém há outros tipos, que por serem metálicos, atuam 
como ponte de ligação através de solda entre a cobertura e o painel (Figura 5.11), 
entre pilares e painéis e até mesmo entre duas placas. 
 
 
Figura 5.11 - Inserts metálicos para fixação da estrutura metálica. 
 
Aplica-se o desmoldante no piso para evitar que o painel seja aderido, facilitando 
desta forma, o içamento do painel quando concluído. O concreto especificado com 
base no dimensionamento do painel é lançado, adensado, nivelado e a sua 
superfície regularizada. 
 40
5.3.5. Içamento do painel 
 
 
Durante a cura do painel, geralmente no período de 5 a 7 dias, as formas são 
retiradas, juntamente com todas as aberturas. Itens e pontos de conexão são 
expostos para fixação de elementos de içamento (Figura 5.12). 
 
 
Figura 5.12 - Fixação de cabos de aço nas placas. 
 
Utilizam-se grandes guindastes para essa operação. A preparação para o içamento 
também inclui o trabalho de fundação, marcação, nivelamento de juntas e qualquer 
pino de conexão. 
 
 
5.3.6. Finalização 
 
 
No dia seguinte ao içamento,todas as conexões entre os painéis e as fundações 
são concluídas. As juntas entre os painéis são seladas e protegidas contra 
intempéries. 
 
A estrutura do telhado é erguida proporcionando estabilidade e conexão para as 
paredes e estas proporcionam o suporte ao telhado, ou quando da execução de 
 41
painéis com maiores dimensões onde as lajes executam este papel de estabilidade 
e conexão (Figura 5.13). 
 
 
Figura 5.13 - Vista de um sistema típico de construção em Tilt-up. 
 
As lajes podem ser executadas tanto no sistema de steel deck, ou com lajes pré-
moldadas do tipo alveolares, que são solidarizadas nos painéis. 
 
 
5.3.7. Tilt-up como sistema estrutural 
 
 
Como já dito anteriormente, o Tilt-up não tem somente uma função de vedação nas 
estruturas do qual faz parte; ele tem uma função estrutural. Costuma-se dizer que 
num prédio em que temos paredes de concreto com função de vedação, se tirarmos 
uma placa ou outra o prédio continuará de pé, ao contrário do que acontece com o 
sistema Tilt-up , em que se ocorrer a simples retirada de uma peça sem avaliação 
previa, a edificação poderá sofrer grandes danos. 
 
 42
O Tilt-up é um sistema composto que atua estruturalmente em conjunto com a 
cobertura da edificação. No momento em que a placa é posicionada verticalmente, 
ela deve ser escorada, pois não está travada no sentido horizontal, podendo vir a 
tombar. Para esses procedimentos utilizamos elementos chamados de escoras, 
especialmente designadas para esse fim (Figura 5.14), essas peças atuam no 
travamento da placa até a chegada e ligação da estrutura metálica com o painel. 
Realizada essa ligação podemos dizer que a estrutura estará completamente 
estabilizada e concluída(Figura 5.15). 
 
 
Figura 5.14 - Detalhe de escoramento das placas. 
 
 
Figura 5.15 - Sistema estrutural de travamento do Tilt-up (PEREIRA, 2005) 
 
 43
5.4 Diferentes aplicações do sistema 
 
 
Os sistemas em concreto pré-moldado geram muitos benefícios às obras e são 
aplicados das mais diversos lugares dentro da engenharia civil. Dentre eles vale 
destacar alguns que serão relatadas logo mais. 
 
 
5.4.1. Residências 
 
 
“Residências e edifícios de apartamentos pré-fabricados são geralmente projetados 
com sistemas estruturais com painéis, onde uma parte dos painéis são estruturais e 
outra parte possui apenas função de fechamento. Esses sistemas são muito 
utilizados nos países do Norte Europeu. As fachadas são executadas com painéis 
sanduíches, com uma camada interna estrutural, com uma camada intermediária de 
isolamento entre 50 a 150 mm de espessura e com uma camada externa não 
portante de concreto arquitetônico” (ABCP, p.9, 1994). 
 
As vantagens do sistema são: a rapidez de instalação, o bom isolamento acústico e 
resistência ao fogo, onde a superfície pode estar preparada para receber pintura. As 
inconveniências estão relacionadas com uma menor flexibilidade no projeto, onde é 
quase impossível fazer adaptações futuras. 
 
Soluções mais racionalizadas utilizam painéis pré-fabricados só para os 
fechamentos externos entre apartamentos ou nas fachadas, assim como para os 
sistemas de lajes, cobrindo toda a largura da residência ou apartamento com vãos 
de até 11 m. Neste caso, as divisões internas podem ser feitas com materiais 
tradicionais, tais como blocos de gesso, blocos de alvenaria etc., ou com sistemas 
mais industrializados como as divisórias de gesso acartonado (ABCP, p.10, 1994). 
 
As estruturas de painéis podem ser projetadas com tipologias em paredes cruzadas 
(transversais) ou com paredes de contorno. No primeiro caso, as paredes que 
 44
suportam cargas pré-fabricadas são apenas fornecidas na direção perpendicular 
para a fachada frontal, e a blindagem exterior pode ser executada em concreto pré-
fabricado, ou tijolos de alvenaria tradicionais, ou qualquer outro material da fachada. 
No segundo, as paredes pré-fabricadas só constituem o contorno total da 
construção, mais conhecidos como paredes para fachada frontal de apartamentos 
(ABCP, 1994). 
 
Os sistemas de lajes para pisos, normalmente, se estendem na direção dos maiores 
vãos. Para os sistemas integrais de paredes, as lajes podem ser posicionadas em 
ambas as direções, mas a solução ideal é ter todos os elementos de laje em uma 
mesma direção (ABCP, 1994). 
 
A solução mais simples para pisos é utilizar as lajes com vigotas pré-moldadas. Os 
elementos são leves e fáceis de serem montados, a superfície inferior da laje é 
áspera e necessita de reboco. O escoramento durante a execução depende do tipo 
da vigota. Qualquer layout para o pavimento pode ser conseguido, onde a 
modulação não é sempre necessária, mas desejável. Esse tipo de piso é bastante 
empregado no Brasil e em outros países onde o custo da mão-de-obra é baixo na 
construção civil (ABCP, 1994). 
 
Pequenos elementos de lajes alveolares em concreto armado ou protendido são 
provavelmente os sistemas de piso mais utilizados para residências na Europa. Essa 
solução é mais industrializada que as lajes com vigota e pode ser montada com 
equipamentos leves, sendo freqüentemente utilizado um caminhão com guindaste 
com braço mecânico. O layout do pavimento deve ser preferencialmente retangular e 
também há a necessidade de reboco. Não são necessários escoramentos 
intermediários durante a construção (ABCP, 1994). 
 
As placas grandes para pisos em concreto armado só são empregadas para 
importantes séries de casas porque é necessário o uso de equipamentos de 
suspensão de maior capacidade. As placas precisam de apoio temporário para o 
preenchimento no local de uma camada de concreto a superfície inferior da laje é 
 45
lisa, e o layout do pavimento não precisa ser totalmente retangular. Aberturas para 
tubulações, escadas, etc. podem ser planejados em qualquer local (ABCP, 1994). 
 
Os elementos da laje alveolar protendida de 1,20 m de largura são apenas 
empregados para casas em países industrializados, com uma grande tradição em 
pré-fabricados. As vantagens estão na montagem seca e rápida, mas também na 
capacidade de vencer maiores vãos. Nos países do Norte Europeu, a presença da 
juntas longitudinais na superfície inferior da laje não significa problema algum. A 
superfície é sempre acabada com uma pintura granular (texturizada) (ABCP, 1994). 
 
Em edifícios de apartamentos o volume do empreendimento é geralmente grande o 
suficiente para instalar uma grua (guindaste alto), e a tipo de piso escolhido será 
normalmente maior e mais pesado do que no caso de residências. O nível da carga 
é moderado. Além disso, a esbeltez do piso, o tipo da superfície inferior do elemento 
de laje e a rapidez da montagem são fatores com um papel importante na escolha 
do sistema de piso. No caso de edifícios de apartamentos, os sistemas mais 
apropriados serão as lajes alveolares protendidas e as estruturas mistas para pisos 
com painéis de concreto (ABCP, 1994). 
 
 
5.4.2. Edifícios comerciais, residenciais e industriais. 
 
 
Normalmente, os modernos edifícios para escritórios requerem alto grau de 
flexibilidade e adaptabilidade, onde o espaço interior deve ser livre. Geralmente, os 
edifícios de escritório são concebidos como sistemas de estruturas com núcleos de 
contraventamento. As fachadas podem ser executadas em qualquer material. As 
fachadas pré-fabricadas em concreto arquitetônico podem ou não ser portadores de 
carga. No caso das paredes estruturais, a solução mais clássica é o uso de painéis 
sanduíche na fachada, enquanto no caso das paredes só para fechamento, 
emprega-se mais os painéis maciços de concreto (ABCP, 1994).46
A tendência atual para edifícios de escritórios (Figura 5.16) é criar grandes espaços 
internos com os vãos dos pisos de até 18 a 20 m. Quando a largura total do edifício 
se encontra dentro dessas dimensões, a solução mais apropriada é utilizar paredes 
estruturais nas fachadas, onde os elementos de piso estão apoiados diretamente 
nos elementos de fachada. Para pavimentos muito largos, o mesmo sistema é 
completado por uma ou mais linhas de vigas e pilares internos. Os núcleos de 
contraventamento são executados com painéis pré-moldados (ABCP, 1994). 
 
 
Figura 5.16 - Prédio administrativo Vivo SP (ACERVO WTORRE, 2005). 
 
As lajes alveolares protendidas compõem o sistema para piso mais apropriado para 
edifícios de escritório, devido à sua grande capacidade de alcançar grandes vãos e 
por permitir pisos com menores espessuras nos pavimentos. É uma prática comum 
empregar um elemento de laje alveolar com 400 mm de espessura para um vão de 
17 m para uma sobrecarga de 5 kN/m². Elementos de laje com 500 mm de 
espessura permitem vãos de 21 m para a mesma sobrecarga, mas esse tipo de 
elemento ainda não está disponível no mercado em qualquer lugar. A redução da 
 47
altura da construção é, na verdade um parâmetro muito importante para edifícios de 
escritórios, especialmente, em áreas urbanas (ABCP, 1994). 
 
Para vãos menores, com até 6 m, sistemas mistos com elementos de placa também 
são empregados. Todavia, eles precisam de escoramento durante a fase da 
construção. 
 
 
5.4.3. Complexos esportivos 
 
 
“Existem diferentes tipologias para complexos esportivos, cada uma com suas 
próprias exigências de projeto. As seguintes soluções em concreto pré-moldado são 
empregadas em complexos esportivos: 
 
• Saguões grandes são projetados com estruturas com traves aporticadas. A 
largura máxima destas traves é de aproximadamente 40 m. 
• Arenas e arquibancadas são normalmente compostas por sistemas em esqueleto 
combinadas com paredes estruturais. Os sistemas de pisos são compostos por 
elementos protendidos de laje alveolar ou em duplo T” (ABCP, p.17, 1994). 
 
“As coberturas em balanço para arquibancadas podem ser compostos por vigas 
protendidas (Figura 5.17), fixadas no topo dos pilares por meio de chumbadores 
especiais parafusados (chumbadores rosqueados protendidos tipo Dywidag ou 
similares). As vigas para as arquibancadas possuem dentes sobre o seu topo para 
apoiar os elementos de piso. Os elementos de piso são geralmente projetados em 
elementos da laje alveolar com espessura reduzida” (ABCP, p.17, 1994). 
“Há exemplos para pista de esqui no gelo, em que a laje da fundação da pista é feita 
com elementos de laje alveolar na fundação das vigas” (ABCP, p.18, 1994). 
 
 48
 
Figura 5.17 - Estádio Olímpico João Havelange - Rio de Janeiro (RACIONAL, 2006) 
 
 
 
 
 
 
 
 49
6 ESTUDO DE CASO 
 
 
O objeto de estudo de caso desse trabalho é a obra do grupo americano Wal-Mart. A 
obra foi realizada na cidade de Guarulhos entre os meses de Maio e Outubro do ano 
de 2006. Trata-se de dois hipermercados com funções distintas, o Sam’s Club, 
voltado para ao mercado atacadista e o Supercenter, hipermercado varejista aberto 
ao público em geral. 
 
Apesar de serem prédios geminados e com características semelhantes, 
apresentam uma composição estrutural independente. Juntos somam uma área de 
aproximadamente 40.000 m² de área construída. 
 
 
6.1 Wal-Mart Brasil 
 
 
Atualmente o Wal-Mart é o maior grupo comercial no mundo, com um faturamento 
anual na casa de US$ 300 bilhões por ano (REVISTA O COMERCIÁRIO, 2006). 
Eles chegaram no Brasil em 1995. A proposta do grupo é a de conseguirem preços 
até 7% menores do que os concorrentes no Brasil e até 15% mais baixos do que a 
concorrência nos Estados Unidos. 
 
A filosofia empregada é simples: é impossível cobrar pouco pelos produtos vendidos 
na loja se a empresa não mantiver seus custos lá embaixo. E custos baixos implicam 
pagar salários 20% menores do que os concorrentes a seus associados. 
 
A rede adquiriu parte das lojas da rede multinacional portuguesa Sonae, presente na 
região sul do país, por cerca de 635 milhões de euros. Antes de chegar à região sul, 
a rede atacou pelo nordeste e comprou a rede Bompreço em fevereiro de 2005, 
compra esta que lhe fez saltar do sexto lugar no ranking das maiores empresas do 
setor para o terceiro (Figura 6.1). Agora, com a compra do Sonae, o Wal-Mart 
 50
duplica sua penetração no mercado brasileiro, passando de 155 para 295 lojas em 
17 estados do país e encurtando a distância que lhe separa do Pão de Açúcar e do 
Carrefour, líderes do setor por faturamento (REVISTA O COMERCIÁRIO, 2006). 
 
 
Figura 6.1 – Crescimento do Wal Mart no mercado brasileiro (O COMERCIÁRIO, 2005) 
 
Alguns observadores argumentam que a Wal-Mart deve seu retorno superior ao seu 
imenso tamanho e, como conseqüência, a seu poder de compra. Alternativamente, o 
Wal-Mart é considerado um modelo de eficiência operativa, que segundo os críticos, 
algumas vezes só é atingido, à custa da força de trabalho (HARVARD BUSINESS 
REVIEW, 2005). 
 
 
6.2 WTorre Engenharia e Construção 
 
 
A construtora WTorre Engenharia (antiga Walter Torre Jr.), teve o início de suas 
atividades no mercado de galpões industriais com a idéia de fazer imóveis para 
locação, com projetos personalizados e que atendessem às necessidades 
específicas de cada cliente. Esses contratos são fechados por um período de tempo 
grande, variando de 10 a 20 anos cada um. Após o fechamento de um contrato 
nesses parâmetros é que o construtor partia à procura de investidores que fossem 
 51
financiar o empreendimento com a garantia de recebimento do investimento através 
do contrato de locação firmado entre as partes. 
 
Para que essa sistemática funcionasse, rapidez na construção era imprescindível. 
Por esse motivo os métodos tradicionais não atendiam plenamente essa condição, 
então a solução foi a adoção de sistemas construtivos baseados na utilização de 
pré-moldados. 
 
Em 1993, em uma viagem aos Estados Unidos, o empresário descobriu o Tilt-up e 
percebeu que aquele era um método construtivo utilizado em grande escala (Figura 
6.2) e que teria um resultado satisfatório para seu tipo de negócio. Associou-se a 
dois institutos americanos especializados em construção com Tilt-up, o American 
Concrete Institute (ACI) e a Tilt-up Concrete Association (TCA). Hoje já existem 
projetistas contratados e até mesmo um corpo de engenharia dentro da empresa 
que conhece e pode auxiliar na etapa de projetos. 
 
 
 
Figura 6.2 – Utilização do Tilt-up no mundo (PEREIRA, 2005) 
 
 
 52
6.3 A escolha do método 
 
 
O grupo Wal-Mart vive um momento de expansão das suas atividades no Brasil, não 
somente pela aquisição de grupos já existentes, mas também pelo aumento de seus 
pontos de venda. Nesse contexto foi necessário a busca de uma empresa para 
construção das lojas que aliasse um alto capital de giro, rapidez e alta tecnologia em 
processos construtivos, aí surge a parceria com a construtora WTorre. 
 
O “Combo” (nome dado ao conjunto das lojas Sam’s Club e Supercenter) Guarulhos 
é o primeiro de uma série de empreendimentos em conjunto das duas empresas. O 
prazo contratual para realização da obra foi de 150 dias para o Sam’s Club e 180 
dias para o Supercenter, razão essa que levou a escolha de métodos pré-moldados 
para execução da obra, dentre eles, o Tilt-up. Os métodos em pré-moldados além de 
serem a principal tecnologia da construtora, possibilitariam o atendimento do prazo 
contratual sem maiores transtornos.6.4 Processo executivo 
 
 
As placas de tilt-up foram dimensionadas uma a uma, cada qual a suportar as 
solicitações sobre elas empregadas. As dimensões variam de, aproximadamente, 
6,00m a 8,50m de largura por 13,00m a 15,00m de altura, resultando num peso de 
aproximadamente 30 ton/placa. 
 
 
6.4.1. Pista de preparo 
 
 
Normalmente, utiliza-se o próprio piso de concreto do prédio como forma para 
execução das placas de tilt-up. Na obra do Wal-Mart Guarulhos, não foi possível 
 53
esse formato. A concepção arquitetônica da loja é de um prédio sobre pilotis, sendo 
que, o estacionamento, na parte inferior, seria de pavimento flexível (asfalto), 
impossibilitando qualquer aproveitamento do mesmo para esse fim. 
 
Devido às restrições impostas pelo projeto, foi necessária a realização de pistas para 
execução das placas. A disposição dessas pistas baseou-se no processo executivo 
de içamento e montagem, resultando em pistas paralelas as faces externas e 
dispostas por todo o perímetro do prédio (Figura 6.3). 
 
As pistas não possuem qualquer função estrutural, para tanto, não houve 
necessidade de nenhum projeto específico. O concreto utilizado para fabricação foi o 
de fck 20Mpa. Um detalhe interessante é que, antes da realização da pista foram 
determinados os pontos de apoio das escoras e, nesses locais foram feitos blocos 
em concreto para fixação dessas peças e que, devido à interferência com as pistas, 
foram sobrepostos logo após a realização das pistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6.3 – Etapas de execução da pista para execução do Tilt-up. 
 
6.4.2. Forma, armação e concretagem 
 
 
A produção das formas para o tilt-up, baseiam-se nas técnicas utilizadas para 
execução de pisos de concreto. Todas as placas possuem uma espessura de 15 cm 
e suas formas foram executadas com sarrafos de 15 cm, sustentados através de 
cantoneiras metálicas. Para execução dos diversos frisos e acabamentos de bordas 
que foram determinados pelo projeto arquitetônico, utilizaram-se cantoneiras em 
 55
madeira de 2x2 cm nas bordas e, friso trapezoidais também em madeira de 5 cm de 
altura (Figura 6.4). 
 
 
Figura 6.4 – Preparo da forma e armação de placas. 
 
A armação obedeceu a um projeto específico para cada placa por serem montadas 
sobre pilotis e não diretamente apoiadas sobre o solo, como convencionalmente se 
utiliza o tilt-up. Criaram-se arranques no nível das lajes, possibilitando após a 
execução do capeamento, a solidarização da laje com as placas (Figura 6.5). 
 
 
Figura 6.5 – Placas com arranques para solidarização laje x placa. 
 
 56
O lançamento e adensamento do concreto obedeceram aos padrões estabelecidos, 
sendo utilizados equipamentos de bombas com lança (Figura 6.6). O concreto 
determinado para as placas foi o de fck 25MPa, o que acabou não sendo realizado 
na prática. O projeto estrutural teve uma grande alteração na sua concepção, 
visando uma maior redução de custos na obra. Porém, essas alterações implicaram 
num grande atraso no recebimento dos projetos. Para manutenção do cronograma 
contratual e atendimento das condições mínimas para manuseio da placa, optou-se 
pela alteração do concreto para o de fck 40Mpa, conseguindo assim, alcançar valores 
mínimos de resistência da peça e realizar a desforma e içamento dos painéis com 
segurança e num tempo bem menor que o convencionalmente realizado. 
 
 
Figura 6.6 - Lançamento de concreto e acabamento. 
 
 
6.4.3. Içamento e montagem dos painéis 
 
 
As placas são dimensionadas conforme sua disposição e esforços recebidos. 
Porém, como na maioria dos pré-moldados, um dos momentos de maior esforço 
 57
localizados e de importante consideração nos cálculos estruturais, é o do içamento 
da placa ocorrendo assim, uma atuação concentrada de esforços (Figura 6.7). Como 
dito anteriormente, esse fator até contribuiu decisivamente para a alteração na 
especificação do concreto dos painéis. 
 
 
Figura 6.7 - Representação diversas das forças no içamento da placa (PEREIRA, 2005) 
 
A montagem das placas é, normalmente, realizada pro guindastes com uma 
capacidade de carga de 120 ton. Esses guindastes, devido ao seu plano de rigging 
(Figura 6.8), suportam nas situações oferecidas pela obra placas de, no máximo, 30 
ton.(peso de uma placa convencional). Na obra avaliada, no entanto, foi necessário 
a contratação de um guindaste de capacidade de carga de 160 ton. pela existência 
de placas com quase 45 ton. 
 
Após a montagem das placas sobre os pilares foi realizado o trabalho de 
escoramento, feito por escoras metálicas fixadas na face externa das placas e, na 
outra extremidade, em blocos concreto executados no solo (Figura 6.9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 58
 
 
 
Figura 6.8 – Rigging de um guindaste utilizado para montagem de placas 
(CATÁLOGO LIEBHERR, 2006) 
 
 
 59
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6.9 – Seqüência de montagem de uma placa. 
 
 60
6.4.4. Solidarização estrutural e acabamento 
 
Após a execução da estrutura metálica realizou-se a ligação entre a mesma e as 
placas. Essa ligação foi feita através de soldagem em diversos inserts metálicos pré-
determinados no lado interno da placa de tilt-up (Figura 6.10). 
 
 
Figura 6.10 - Detalhe da ligação entre estrutura metálica e a placa. 
 
Depois de realizado esse procedimento, o prédio começou a receber o acabamento 
final das paredes. Utilizou-se textura acrílica na face externa e, pintura acrílica na 
face interna (Figura 6.11). 
 
 
Figura 6.11 - Vista geral da placa acabada com textura acrílica. 
 61
7 ANÁLISE OU COMPARAÇÃO CRÍTICA 
 
 
Para, efetivamente e economicamente usarmos o Tilt-up como sistema construtivo 
alguns critérios básicos precisam ser considerados: 
• O prédio precisa ser maior do que 500 m2 para permitir espaço suficiente para 
moldar os painéis, utilizar eficazmente o guindaste e otimizar o trabalho da 
equipe especializada; 
• Deve haver uma superfície extensa da parede que possam ser divididos em 
painéis e erguidos. A princípio, a regra é não usar painéis que superem o peso 
de 40 a 60 ton., cada painel e as aberturas não devem superar, cerca de, 
aproximadamente, 50% da área dos painéis. 
 
Somente obedecendo a esses dados conseguiremos uma relação satisfatória entre 
o custo e o prazo de execução (Figura 7.1). 
 
Estimativa de preços p/m²
274,65275,92282,22286,18288,49296,36300,47
308,67346,23 320,27
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Área (m² x1000)
R$
 (R
ea
is
R$ p/m²
 
Estimativa de prazos por área
19 20 20,5
22 22,8 23,2
24,1 24,8 25 25,2
0
5
10
15
20
25
30
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Área (m² x 1000)
Se
m
an
a
Semanas/m²
 
 Figura 7.1 - Comparativo de custo e prazo de execução para Tilt-up (IBRACON, 2004) 
 62
 
8 CONCLUSÕES 
 
 
Devido a grande necessidade por prazos que o mercado nos impõe, devemos cada 
vez mais estar à procura de novos e práticos métodos construtivos que nos atendam 
tanto financeiramente, quanto em rapidez. 
 
Os sistemas construtivos em concreto pré-moldado, em geral, apresentam um custo 
bem mais elevado quando comparado a um sistema convencional, levando a uma 
análise complicada sobre a adoção ou não desse método. Em termos de 
planejamento, controle e agilidade não há a menor dúvida sobre a adoção de pré-
moldados, pois eles terão um resultado bem mais satisfatório que outro método.O 
tilt-up, tema do estudo de caso, é um sistema muito prático, porém dispendioso, 
principalmente, no que se refere a montagem, onde se utilizam elementos 
específicos não utilizados em quaisquer outros métodos e, equipamentos cujo valor 
de compra ou locação são muito caros. 
 
Por outro lado, vemos cada vez mais, a construção civil partindo para a modulação e 
pré-fabricação dos mais variados elementos, nos levando a crer que dentro de 
alguns anos conseguiremos valores razoáveis para execução desses métodos, 
também em construções de pequeno e médio porte. 
 
É necessário antes da definição dos métodos construtivos a serem adotados, que 
analisemos o objetivo do empreendimento e o valor disponível para realização do 
mesmo, chegando assim, a um meio termo que atenda todos as necessidades da 
obra.
 63
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