Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistemas Estruturais – Concreto CONCEITOS Concreto: é um material de construção proveniente da mistura, em proporção adequada, de: aglomerantes, agregados e água. Também é frequente o emprego de aditivos e adições. a) Aglomerantes Os aglomerantes unem os fragmentos de outros materiais. No concreto, em geral se emprega cimento Portland, que por ser um aglomerante hidráulico, reage com a água e endurece com o tempo. b) Aditivos Os aditivos são produtos que, adicionados em pequena quantidade aos concretos de cimento Portland, modificam algumas propriedades, no sentido de melhorar esses concretos para determinadas condições. CONCEITOS Os principais tipos de aditivos são: plastificantes (P), retardadores de pega (R), aceleradores de pega (A), plastificantes retardadores (PR), plastificantes aceleradores (PA), incorporadores de ar (IAR), superplastificantes (SP), superplastificantes retardadores (SPR) e superplastificantes aceleradores (SPA). c) Adições As adições constituem materiais que, em dosagens adequadas, podem ser incorporados aos concretos ou inseridos nos cimentos ainda na fábrica, o que resulta na diversidade de cimentos comerciais. Com a alteração da composição dos cimentos pela incorporação de adições, é comum eles passarem a ser denominados aglomerantes. Os exemplos mais comuns de adições são: escória de alto forno, cinza volante, sílica ativa de ferro-silício e metacaulinita. CONCEITOS d) Agregados Os agregados são partículas minerais que aumentam o volume da mistura, reduzindo seu custo, além de contribuir para a estabilidade volumétrica do produto final. Dependendo das dimensões características φ, dividem-se em dois grupos: • Agregados miúdos: 0,075mm < φ < 4,8mm. Exemplo: areias. • Agregados graúdos: φ ≥ 4,8mm. Exemplo: pedras. CONCEITOS e) Pasta A pasta resulta das reações químicas do cimento com a água. Quando há água em excesso, denomina-se nata. f) Argamassa A argamassa provém da mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou seja, pasta com agregado miúdo. PASTA CIMENTO + ÁGUA PASTA CIMENTO + ÁGUA + AREIA CONCEITOS g) Concreto simples O concreto simples é formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado graúdo, ou seja, argamassa e agregado graúdo. PASTA CIMENTO + ÁGUA + AREIA + PEDRA CONCEITOS No estado endurecido, o concreto apresenta: • boa resistência à compressão; • baixa resistência à tração; • comportamento frágil, isto é, rompe com pequenas deformações. Na maior parte das aplicações estruturais, para melhorar as características do concreto, ele é usado junto com outros materiais. h) Concreto armado O concreto armado é a associação do concreto simples com uma armadura, usualmente constituída por barras de aço. Os dois materiais devem resistir solidariamente aos esforços solicitantes. Essa solidariedade é garantida pela aderência. CONCRETO ARMADO CONCRETO SIMPLES + ARMADURA + ADERÊNCIA CONCEITOS i) Concreto protendido No concreto armado, a armadura não tem tensões iniciais. Por isso, é denominada armadura frouxa ou armadura passiva. No concreto protendido, pelo menos uma parte da armadura tem tensões previamente aplicadas, denominada armadura de protensão ou armadura ativa. j) Argamassa armada A argamassa armada é constituída por agregado miúdo e pasta de cimento, com armadura de fios de aço de pequeno diâmetro, formando uma tela. No concreto, a armadura é localizada em regiões específicas. Na argamassa, ela é distribuída por toda a peça. CONCRETO PROTENDIDO CONCRETO + ARMADURA ATIVA CONCEITOS k) Concreto de alto desempenho Um concreto de alto desempenho – CAD apresenta características diferenciadas do concreto tradicional, e deve ser entendido como um material que atende a expectativas para fins pré-determinados, relativos a comportamento estrutural, lançamento, adensamento, estética e durabilidade frente ao meio ambiente atual e futuro. Como exemplos podem ser citados: Concreto de Alta Resistência – CAR e Concreto Autoadensável – CAA. CONCEITOS Vantagens do concreto armado • É moldável, permitindo grande variabilidade de formas e de concepções arquitetônicas. • Apresenta boa resistência à maioria dos tipos de solicitação, desde que seja feito um cálculo correto e um adequado detalhamento das armaduras. • A estrutura é monolítica, com trabalho conjunto, se uma peça é solicitada. • Baixo custo dos materiais – água e agregados, graúdos e miúdos. • Baixo custo de mão de obra, pois, em geral, a produção de concreto convencional não exige profissionais com elevado nível de qualificação. • Processos construtivos conhecidos e bem difundidos em quase todo o país. CONCEITOS Vantagens do concreto armado • Facilidade e rapidez de execução, principalmente se forem utilizadas peças pré-moldadas. • O concreto é durável e protege as armaduras contra corrosão. • Os gastos de manutenção são reduzidos, desde que a estrutura seja bem projetada e adequadamente construída. • O concreto é pouco permeável à água, quando dosado corretamente e executado em boas condições de plasticidade, adensamento e cura. • É um material com bom comportamento em situações de incêndio, desde que adequadamente projetado para essas situações. • Possui resistência significativa a choques e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e a desgastes mecânicos. CONCEITOS Restrições do concreto • Retração e fluência (dependem da estrutura interna do concreto, para minimizar os efeitos atenção em todas as fases de preparação: escolha dos materiais, dosagem, adensamento e cura) - (fluência – dependem também das forças fases de carregamento); • Baixa resistência à tração (contornada com o uso adequado da armação); • Pequena ductilidade (peças comprimidas – utilização de estribos), • Fissuração (fase de projeto – armação adequada), • Peso próprio elevado, • Custo de formas para moldagem, • Corrosão das armaduras (controle da fissuração e cobrimento da armadura adequada). CONCEITOS Aplicações do concreto • Edifícios: mesmo que a estrutura principal não seja de concreto, alguns elementos, pelo menos, o serão; • Galpões e pisos industriais ou para fins diversos; • Obras hidráulicas e de saneamento: barragens, tubos, canais, reservatórios, estações de tratamento etc.; • Rodovias: pavimentação de concreto, pontes, viadutos, passarelas, túneis, galerias, obras de contenção etc.; • Estruturas diversas: elementos de cobertura, chaminés, torres, postes, mourões, dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais, fundações de máquinas etc. ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS Estrutura é a parte resistente da construção e tem as funções de suportar as ações e as transmitir para o solo. Em edifícios, os elementos estruturais principais são: • Lajes: são placas que, além das cargas permanentes, recebem as ações de uso e as transmitem para os apoios; travam os pilares e distribuem as ações horizontais entre os elementos de contraventamento; • Vigas: são barras horizontais que delimitam as lajes, suportam paredes e recebem ações das lajes ou de outras vigas e as transmitem para os apoios; • Pilares: são barras em geral verticais que recebem as ações das vigas ou das lajes e dos andares superiores as transmitem para os elementos inferiores ou para a fundação; • Fundação: são elementos como blocos, lajes, sapatas, vigas, estacas etc., que transferem osesforços para o solo. ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS Pilares alinhados ligados por vigas formam os pórticos, que devem resistir às ações do vento e às outras ações que atuam no edifício, sendo o mais utilizado sistema de contraventamento. Em edifícios esbeltos, o travamento também pode ser feito por pórticos treliçados, paredes estruturais ou núcleos. Os dois primeiros situam-se, em geral, nas extremidades, e os núcleos, em volta da escada e dos elevadores. Nos andares com lajes e vigas, a união desses elementos pode ser denominada tabuleiro, andar, piso ou pavimento. Nos edifícios com tabuleiros sem vigas, as lajes se apoiam diretamente nos pilares, sendo denominadas lajes lisas. Se nas ligações das lajes com os pilares houver capitéis, elas recebem o nome de lajes-cogumelo. ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte. Nos edifícios, são considerados elementos estruturais complementares: • escadas, • caixas d’água, • muros de arrimo, • consolos, • marquises etc. LAJES MACIÇAS Lajes são elementos planos, em geral horizontais, com duas dimensões muito maiores que a terceira, sendo esta denominada espessura. A principal função das lajes é receber os carregamentos atuantes no andar, provenientes do uso da construção (pessoas, móveis e equipamentos), e transferi-los para os apoios. Vamos ver o procedimento para o projeto de lajes retangulares maciças de concreto armado, apoiadas sobre vigas ou paredes. Esses apoios são admitidos indeslocáveis. Nos edifícios usuais, as lajes maciças têm grande contribuição no consumo de concreto: aproximadamente 50% do total. LAJES MACIÇAS Planta de fôrma simples com duas lajes maciças. Lajes maciças e laje em balanço (L2). LAJES MACIÇAS Lajes maciças sendo concretadas e em construção. LAJES LISA E COGUMELO LAJES LISA E COGUMELO Capitel de laje cogumelo Laje lisa (que se apoia diretamente no pilar) LAJES NERVURADA Laje nervurada moldada no local com enchimento em bloco de concreto celular autoclavado Lajes nervuradas sem material de enchimento LAJES PRÉ-FABRICADAS (tipo treliçada) Exemplo de laje nervurada pré-fabricada do tipo treliçada Laje pré-fabricada do tipo treliçada com enchimento em blocos cerâmicos e de isopor Laje pré-fabricada com nervura protendida LAJES PRÉ-FABRICADAS (tipo treliçada) Exemplo de laje nervurada pré-fabricada do tipo treliçada Laje pré-fabricada do tipo treliçada com enchimento em blocos cerâmicos e de isopor Laje pré-fabricada com nervura protendida LAJES ALVEOLAR (concreto protendido) Laje alveolar de Concreto Protendido VIGAS Vigas são elementos lineares (barras) onde a flexão é preponderante. Sua função básica é vencer vãos e transmitir as cargas para os apoios, geralmente pilares. Na maioria das aplicações são retas e horizontais, mas também podem ser curvas. Os carregamentos são provenientes de lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, de pilares, etc., geralmente perpendiculares ao eixo longitudinal. Os esforços atuantes são: momentos fletores, forças cortantes, forças normais de compressão ou de tração, e também podem ocorrer momentos de torção. As vigas, juntamente com as lajes e pilares, compõem a estrutura de contraventamento responsável por proporcionar a estabilidade global dos edifícios às ações verticais e horizontais. Geralmente tem duas armaduras diferentes, a longitudinal e a transversal, compostas respectivamente por barras longitudinais e estribos VIGAS VIGAS VIGAS VIGAS Vigas Baldrames para apoio das paredes da residência. Viga Invertida na base de uma parede. VIGAS Exemplo de vigas de edifícios de múltiplos pavimentos. VIGAS Exemplos de vigas em sobrado residencial. Vigas com mudança de direção, caso onde os momentos de torção devem ser considerados. PILARES Pilares são “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes.” (NBR 6118, item 14.4.1.2). As ações que recebem, geralmente de vigas e lajes, são transmitidas às fundações das edificações, na grande maioria dos casos. Pilar PILARES Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes. PILARES Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes. PILARES Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes. PILARES Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes. PILARES Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes. PILARES Os pilares são os elementos estruturais de maior importância nas estruturas, tanto do ponto de vista da capacidade resistente dos edifícios quanto no aspecto de segurança. Como elementos verticais, são os principais responsáveis na estabilidade global dos edifícios, compondo o sistema de contraventamento juntamente com as vigas e lajes. ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Os blocos de fundação são utilizados para receber as ações dos pilares e transmiti-las ao solo, diretamente ou através de estacas ou tubulões . Estacas são elementos destinados a transmitir as ações ao solo, o que ocorre por meio do atrito da superfície de contato da estaca ao longo do comprimento e pelo apoio da ponta inferior no solo. Há uma infinidade de tipos diferentes de estacas, cada qual com finalidades específicas. Os blocos podem ser apoiados em uma, duas, três, ou teoricamente para um número qualquer de estacas. Tubulões são também elementos destinados a transmitir as ações diretamente ao solo, por meio do atrito do fuste com o solo e da superfície da base. Os blocos sobre tubulões podem ser suprimidos, e neste caso é necessário reforçar com armadura a região superior do fuste, a cabeça do tubulão, que passa a receber o carregamento diretamente do pilar. ELEMENTOS DEFUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Bloco sobre estacas Bloco sobre tubulão ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Bloco sobre várias estacas ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Bloco sobre três estacas ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Blocos sobre tubulões e pilares diretamente sobre tubulão. ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Blocos sobre tubulões e pilares diretamente sobre tubulão. Vistoria em Tubulão Esquema de um Tubulão ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Blocos sobre tubulões e pilares diretamente sobre tubulão. Vistoria em Tubulão Esquema de um Tubulão Tubulões sendo escavados manualmente e com equipamento. Lançamento do concreto no tubulão e adensamento do concreto do topo do fuste. ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Blocos de fundação já concretados ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Tubulão e Bloco de Fundação Blocos de fundação já concretados Bloco sobre uma estaca em construção. ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Sapata As sapatas recebem as ações dos pilares e as transmitem diretamente ao solo. Podem ser localizadas ou isoladas, conjuntas ou corridas. A sapata isolada serve de apoio para apenas um pilar, a conjunta serve para a transmissão simultânea do carregamento de dois ou mais pilares. A sapata corrida tem este nome porque é disposta ao longo do comprimento do elemento que lhe aplica o carregamento, geralmente uma parede de alvenaria ou de concreto, sendo comum em construções de pequeno porte onde o solo tem boa capacidade de suporte de carga a baixas profundidades. ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Sapata Sapata isolada e detalhe da armação Ilustração de sapata isolada numa construção de pequeno porte ELEMENTOS DE FUNDAÇÃO Sapata Corrida Detalhe de sapata corrida. Detalhe de armação de sapata corrida.
Compartilhar