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METODOLOGIA CIENTÍFICA AULA 02

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Aula 2
Conhecimento
OBJETIVOS DA AULA
Avaliar a importância do método para a prática científica;
Descrever a classificação das ciências.
INTRODUÇÃO
Depois de estudarmos os diferentes tipos de conhecimento, podemos destacar que o conhecimento científico se caracteriza como racional, sistemático e metódico. 
Quando pensamos em conhecimento racional, estamos tomando como ponto de partida a possibilidade de pensar a realidade, formulando indagações sobre o mundo e sobre a nossa própria existência, a fim de encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade.
A Razão
O que podemos entender pelo termo razão?
O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. 
Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: 
E racionalidade? O que é?
Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos.
Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles.
O Sistemático
O que significa Sistemático?
O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes. 
 
Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado.
Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. 
É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método.
O Método
E o que seria Método?
A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir.
Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provando que Aristóteles estava errado através da queda das esferas.”
Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os detalhes.
O que é o Método Científico?
“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44)
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes.
 
Na maioria das disciplinas científicas, o método científico consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica. 
Isso aconteceu no experimento que acabamos de ver. Nele se tornou observável a mudança do estado da água de sólido para líquido e depois para gasoso por meio do calor do fogo. Usou-se, então, a lógica aplicada à ciência, como defendem muitos autores.
No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. 
Mas você já analisou por que o método é tão importante? 
 
Veja, então, a sua utilidade:
Ajuda a compreender o processo de investigação;
Possibilita a demonstração;
Disciplina suas ações;
Ajuda a perceber erros;
Auxilia as decisões do cientista.
O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita.
CURIOSIDADE
Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59)
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos:
Método Dedutivo
Exemplo
�
O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe consumindo. Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela nem sabia da sua existência e vivia no seu mundo paralelo. Tudo era triste até o momento em que o cão escutou algo que mudou a sua vida...
��� SHAPE \* MERGEFORMAT �
O cão pensou:
Todo mamífero tem um coração;
Todos os cães são mamíferos;
Logo, todos os cães têm um coração.
�
Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a lógica ―  são verdadeiras? 
Concluir que todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, significa dizer que o argumento dedutivo enuncia uma informação ou ideia já conhecida, ou seja, o método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares.
Método Indutivo
Durante a manutenção de um poste de energia, o eletricista, ainda novo no ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com cobre, zinco e cobalto e pensou...
O cobre conduz energia.
O zinco conduz energia.
O cobalto conduz energia...
...Logo, todo metal conduz energia.
Observe que o Eletricista passa por 3 etapas:
Observação dos fenômenos;
Descoberta da relação entre eles;
Generalização da relação.
Uma crítica ao Método indutivo:
 
David Hume (1711-1776), empirista inglês, investigou o método de indução, colocando o seguinte problema: como podemos transportar uma informação particular (de um fato observado) para uma lei geral? Ou, dizendo de outro modo, como podemos fazer conexões lógicas e necessárias entre as coisas?
 
Sua resposta apontou para a ideia segundo a qual os conhecimentos oriundos da experiência podem ser considerados verdadeiros.
 
Todavia, partindo de tal constatação, não seria possível alcançar as generalizações feitas pelo intelecto, uma vez que não há garantias de veracidade nesse segundo momento, o que significa dizer que nada legitima a passagem de uma experiência singular para um enunciado universal, como acredita o empirismo clássico. 
Características que distinguem os argumentos:
Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). 
 
Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. 
 
Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação.
Assim, encontramos duas características que distinguem os argumentos: 
	DEDUTIVO
	INDUTIVO
	Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira.
	Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável.
	Toda a informação contida na conclusão já estava presente nas premissas.
	A conclusão apresenta informação que não estava presente nas premissas.
No método dedutivo, partimos de uma ideia geral para uma especifica. Já no método indutivo, partimos de experiências específicas para alcançarmosuma regra geral.
Método hipotético-dedutivo
Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade.
Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais do que se pode ver.
Como assim?
Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas.
Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese.
Atenção: as hipóteses científicas não podem ser vistas como verdades absolutas, mas, sim, como explicações plausíveis.
�
Nesta aula, você:
Estudou os tipos o processo de aquisição do conhecimento com base no método científico e nos seus
principais procedimentos - dedutivo e indutivo;
Analisou também o conceito de falseabilidade.
Registro de Participação
1. “Todos os metais conduzem eletricidade.
A prata é um metal.
Logo, a prata conduz eletricidade.”
 
Neste silogismo encontramos o argumento:
 1) ( ) Indutivo ― do particular para o geral. 
 2) ( ) Dedutivo ― do particular para o geral 
 3) ( ) Indutivo ― do geral para o particular. 
 4) ( ) Dedutivo ― do geral para o particular. 
 
2.
“Terra, Marte, Vênus e Júpiter são desprovidos de luz própria.
Terra, Marte, Vênus e Júpiter são planetas.
Logo, todos os planetas são desprovidos de luz própria.”
 
Neste silogismo encontramos o argumento:
 1) Dedutivo ― do particular para o geral. 
 2) Indutivo ― do geral para o particular. 
 3) Indutivo ― do particular para o geral. 
 4) Dedutivo ― do geral para o particular. 
 
3. Karl Popper, filósofo da ciência, afirmou que uma teoria só poderá ser considerada científica se puder ser falseável ou refutável.
Ser falseável significa, exceto:
 
 1) Que a ciência não oferece verdades, mas probabilidades. 
 2) Se há alguma verdade na ciência, esta será sempre provisória, enquanto não for testada e negada. 
 3) Há na ciência a absoluta convergência entre o pensamento científico e a realidade. 
 4) Que o objetivo da ciência não é a busca de certezas inabaláveis. 
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Aula 3
Metodologia aplicada à pesquisa
Reconhecer a importância da pesquisa e seus benefícios na construção científica;
Listar as classificações da pesquisa para fins de aplicabilidade;
Estabelecer os benefícios e riscos de se pesquisar na internet.
Você sabia...
...que brasileiros adoram reality shows?
Ficou comprovado que 2687 brasileiros adoram reality shows. E a maioria dos telespectadores dos chamados “shows da vida” são mulheres entre 18 e 35 anos.
Quer conhecer mais sobre a afinidade dos brasileiros com os reality shows? Então acesse o site Web2engagebrasil.
O texto acima nos dá margem para alguns questionamentos:
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows?
Como é feito esse levantamento?
Como vimos nas aulas passadas, tudo surge do conhecimento que se tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas.
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. Na tela anterior, por exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos:
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows?
Já pensou que a motivação para essa pesquisa pode partir das próprias emissoras interessadas no tipo de programa que atrai mais os telespectadores ou mesmo da área de humanas interessada em saber a influência desses programas na vida das pessoas? São muitos os tipos de interesse nesses dados.
Como é feito esse levantamento?
Como mostra o site Web2engagebrasil, ele é feito através de um painel online, em que os telespectadores preenchem suas considerações. Assim, o levantamento desses dados serve para comprovar a adoração dos brasileiros pelo estilo de programa em questão.
Então dizemos que pesquisa é…
.. uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico. 
Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos .
Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa: 
o levantamento de algum problema;
a solução à qual se chega; 
os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados.
Exemplo:
Pesquisa revela que custo para cultivar morango orgânico é menor do que o do convencional
Dados foram coletados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo
Um estudo realizado por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e da Embrapa apontou que o custo de produção do morango orgânico (R$ 18.967,04) é inferior ao custo do cultivo convencional (R$ 22.010,76), quando comparados em uma escala de 10 mil plantas.
Levantamento do problema:
Porque o custo de cultivo convencional é maior que o do orgânico?
Os pesquisadores coletaram dados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo. O morango orgânico tem uma produção média de 787 gramas por planta, com o custo de R$1,90 e índice de lucratividade de 60,74%. Já no cultivo convencional, a produção média foi de 871 gramas por planta e custo médio de R$1,93, com índice de lucratividade de 49,46%.
Método escolhido para chegar a uma conclusão:
Nos cálculos do custo de produção foram incluídos mão de obra de duas pessoas, colheita, embalagem e limpeza do cultivo, além de gastos com os insumos próprios para o cultivo. Segundo os pesquisadores, uma das soluções para diminuir os custos em ambos os sistemas é a produção de embalagens mais econômicas, ou ainda a aquisição de mudas de empresas certificadas, que ofereçam um preço melhor.
Solução a qual se chega
Diminuir os custos com a produção de embalagem mais econômica
Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegou a hora de defini-la:
 
A pesquisa...
é uma atividade essencial da ciência;
possibilita uma aproximação e o entendimento da realidade investigada;
é um processo permanentemente inacabado;
fornece informações para uma intervenção no real.
E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata?
Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações. 
 
Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência.  
De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer uma pesquisa:
As razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer, são comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nostrabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento. 
Já as razões de ordem prática, como próprio título diz, vem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade.
Quanto ao Pesquisador...
É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador.
Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador.
Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil 
É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar. 
Classificação da pesquisa
A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essência da pesquisa:
Pesquisa pura
Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
 
Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
Exemplo: A origem do universo.
Pesquisa aplicada
É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. 
 
Envolve verdades e interesses locais.
Exemplo:  A busca de uma vacina contra a AIDS.
Abordagem da pesquisa
Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em:
Qualitativa
Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. 
 
Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. 
 
É descritiva e utiliza o método indutivo. 
O processo é o foco principal.
Quantitativa
Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. 
 
Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los. 
Objetivo da pesquisa
Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser:
Descritiva - 
A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. 
 
Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais.
 
Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los.
Veja alguns exemplos: 
características de um grupo social; 
nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço;
levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; 
pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc.
Exploratória -
A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
 
Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. 
 
Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias.
Explicativa - 
Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. 
 
Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. 
 
Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. 
 
Nas ciências naturais, por exemplo, utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam-se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle.
Procedimentos da pesquisa
Os procedimentos estão relacionados à maneira de agir, ao modo de fazer a pesquisa. 
Pesquisa bibliográfica
É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  
 
Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. 
 
Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica. 
Há dois tipos de fontes: 
Primárias
Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. 
Secundárias
Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Pesquisa documental
Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. 
Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença:
“A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.”
Pesquisa de campo
É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
 
Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. 
Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123) 
Pesquisa histórica
Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. 
Os dados podem ser coletados por meio das:
Fontes Primárias
Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. 
Fontes Secundárias
Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Pesquisa comparada
A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. 
Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias.
Estudo de caso
É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. 
 
O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. 
 
Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentamsituações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação.
Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca.
Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis.
As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando.
Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte. 
Além disso, observe se as informações postadas na Web são verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público do seu trabalho.
Você sabia que propriedade intelectual e direitos autorais são coisas diferentes?
Nesta aula, você:
Analisou a importância da pesquisa e seus benefícios na construção científica;
Reconheceu as classificações da pesquisa para fins de aplicabilidade; e
Distinguiu os benefícios e riscos de se pesquisar na internet.
Registro de Participação
1.Do ponto de vista de sua natureza, podemos entender por pesquisa pura:
A busca por conhecimentos novos e úteis, sem aplicação prática prevista. 
A busca por gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. 
Traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los. 
Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa 
2.Quanto aos procedimentos, observe os tipos de pesquisas e correlacione as colunas:
	1. Bibliográfica;
	4. Histórica;
	2. Documental;
	5. Comparada;
	3. Pesquisa de Campo;
	6. Estudo de Caso;
( 5 ) Procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados.
( 4 ) Descreve o que era, o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente.
( 1 ) É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que der o embasamento teórico para o trabalho.
( 2 ) Trata-se de uma pesquisa realizada através de documentos que podem ser: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos e outros.
( 3 ) É a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações.
( 6 ) É o estudo circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país.
 1) 1-2-4-5-6-3 
 2) 5-4-1-2-3-6 
 3) 4-1-2-3-5-6 
 4) 3-2-1-4-5-1 
3. Do ponto de vista de sua abordagem, a pesquisa poderá ser:
Pesquisa Quantitativa, quando traduz em números opiniões e informações para classificá-las e organizá-las. Pesquisa Qualitativa, quando considera uma análise valorativa do fenômeno investigado. 
Pesquisa Qualitativa, quando motivada apenas pela curiosidade intelectual do pesquisador, sem aplicação prática. Pesquisa Quantitativa, quando considera uma análise valorativa do fenômeno investigado. 
Pesquisa Quantitativa, quando não traduz em números opiniões e informações para classificá-las e organizá-las. Pesquisa Qualitativa, quando considera a investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
Pesquisa Quantitativa, quando procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. Pesquisa Qualitativa, quando considera uma análise valorativa do fenômeno investigado. 
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Aula 4
Diferentes técnicas de estudo
Reconhecer a leitura como principal fonte de matéria-prima para o desenvolvimento do conhecimento;
Comparar técnicas de estudo;
Diferenciar as funções da Resenha e do Resumo na produção científica.
Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa experiência cotidiana, não é mesmo? 
Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem. 
Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não tenho é tempo!”
Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o hábito de ler? 
É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém tem tempo, no final das contas, mas todos querem saber tudo, não é?
Vamos descobrir nesta aula que a leitura não foi deixada de lado e que ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e desenvolver as atividades acadêmicas.
Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso.
E isso é muito gratificante, não é mesmo? 
  
Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. 
Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise.
Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, já que as mídias eletrônicas possibilitam a leitura em telas. 
Porém, mesmo com essa tecnologia, as principais fontes de pesquisa e conhecimento ainda são os bons e velhos livros, principalmente no meio acadêmico.
Por isso, vamos começar com a escolha deles.
O que você faz quando chega numa livraria?
Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro...
1. Título
Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor.
2. Orelha
Se o livro apresentar “orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas. 
Na que acompanha a capa,  geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de prestígio. 
3. Ficha Catalográfica
Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada.
4. Sumário
Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado.
Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando. 
5. Prefácio
Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro.
6. Orelha
Na “orelha” que acompanha a contracapa é comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas.
7. Contracapa
A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele.
Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo
Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas.
Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa fundamental do trabalho científico? É ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dáo alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. 
Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. 
O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. 
Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. 
Vamos lá? 
Fichamento: quando utilizar e como elaborar
Apresenta sobre como e quando se devem utilizar os fichamentos. Mostra como elaborar os fichamentos de forma adequada para cada tipo de documento ou trabalho a ser representado. Aborda de forma simples como confeccionar os textos em fichamentos. Para prosseguir selecione por onde deseja começar:
Quando utilizar os fichamentos
O fichamento é uma prática de redação que ajuda organizar estudos e pesquisas de forma mais efetiva. Agrega em suas características o resumo do documento ou texto consultado, sua referência, sua localização física e metodologia de arquivamento para posterior recuperação de todas estas informações. 
O fichamento é um meio de desenvolver as técnicas de redação como resumo e resenha dependendo de sua finalidade. Auxilia a treinar a elaboração de referências, redação científica (resumo e resenha), identificação de assuntos, pesquisa em centros de informação e bibliotecas e práticas de arquivamento. 
Os fichamentos feitos em meio acadêmico e em sala de aula, não necessitam da metodologia para armazenamento, sendo assim não precisam conter o local da obra (a não ser que seja pedido) e o espaço para identificação da ficha. 
As técnicas empregadas para o fichamento científico utilizado em meio acadêmico é muito semelhante à redação de resumos e resenhas científicas.
Já os fichamentos para fins de pesquisa e estudo levam mais em consideração identificar o assunto do que foi fichado logo no início da ficha, assim como seu código de armazenamento que pode ser numérico, alfabético ou alfanumérico e a localização física da obra original.
O meio mais utilizado para armazenagem das fichas é em papel, porém existem programas que auxiliam na confecção e armazenagem eletrônica de fichamentos. Neste módulo não vamos focar no meio físico utilizado para a armazenagem do fichamento e sim nas suas técnicas e regras de elaboração.
Para diferenciar as regras de um fichamento científico e o utilizado para estudo e pesquisas veremos como elaborar a redação de cada um e como estruturar a apresentação e disposição das informações em um fichamento.
É importante na prática de fichamentos seguir os conselhos de Medeiros (2000) que diz:
"... a prática eficaz do fichamento assusta o estudante que depara pela primeira vez com a metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse." (MEDEIROS, 2000, p. 97)
Como elaborar fichamentos
Elaboração do texto
A montagem e elaboração do texto de um fichamento dependerão do seu tipo. Para cada tipo de fichamento é necessário empregar diferentes regras devido a suas características.
O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico.
Após escolher o tipo de fichamento deve-se inserir o assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma que facilite o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento.
Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. As regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002). Basicamente os itens que compõem a referência bibliográfica são: 
Autor
Título
Local da edição
Editora
Data e número de páginas
O fichamento de resumos ou conteúdo utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resumo: quando utilizar e como elaborar.
O fichamento de comentário ou crítico utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resenha: quando utilizar e como elaborar.
Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a idenficação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca posterior pelas fichas.
Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de comentário ou crítico.
Para averiguar o modo correto em que estes elementos são dispostos na referencia e possíveis informações adicionais, deve ser consultada a norma NBR/ABNT 6023 (2002).
Para o fichamento de transcrição ou citação utilizam-se no início e no final do texto as aspas, pois o fichamento de transcrição é a passagem do texto original diretamente para a ficha.
Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os seguintes:
Fichamento de transcrição sem cortes
Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..." para indicar a omissão das palavras);
Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos)
Todo mundo sabe o que é um resumo (ou pelo menos acha que sabe).
Mas e a resenha? Você sabe o que é? 
Toda resenha deverá conter um resumo da obra e um juízo crítico a respeito dos argumentos do autor. 
Nesse sentido, a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em que se elabora uma crítica.
Mas fique tranquilo, nesta aula estudaremos com detalhes a resenha e você ficará craque no assunto.
O fichamento de leitura ajuda na construção de análises textuais como os resumos e resenhas. 
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre essas análises que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos.
RESENHA
Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura:
Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos.
Etapas para elaborar uma resenha
 
Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento;
Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento;
Desvelar os pressupostos  que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor;
Comparar as ideias do texto com ideias afins;
Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição.
O que uma resenha deve conter? 
Referência da obra;
Informações sobre o autor; 
Nome do resenhista e titulação; 
Perspectiva teórica da obra;
Brevesíntese e principais argumentos do autor;
Reflexão crítica da obra. 
No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa.
Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha.                    
RESUMO
Mas, afinal, o que significa resumir?
Seria copiar frases do texto?
Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura, buscando compreender o sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105).
Dentro do campo científico, a técnica de resumo pode ser:
Parte de um trabalho técnico-cientifico 
Produção seguida de palavras-chaves, que faz parte dos elementos pré-textuais de trabalho técnico científico e que deve estar em língua vernácula e língua estrangeira.
Um trabalho acadêmico 
Não tem número definido de palavras, deve apresentar um cabeçalho (nome da IES, curso, período, turma, disciplina, professor, aluno) e constar a referência completa da obra estudada.
Quando elaboramos um resumo, produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto, entendendo as ideias do autor.
 
Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas:
 
• Qual é o tema?  
• Qual a perspectiva da abordagem? 
• Como o assunto foi problematizado?
• Como o autor responde ao problema? 
• Que posição assume? 
• Que ideia defende? 
• O que quer demonstrar? 
• Como o autor comprova sua tese?
Na análise temática percebemos o raciocínio do autor e sua argumentação. O resumo de um texto é a síntese do raciocínio do autor e não a mera redução de parágrafos.
Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem.
Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros.
É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas.
Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores.
Você é o autor, valorize a sua escrita!
Nesta aula, você:
Analisou a leitura como principal fonte para as técnicas de estudo, relacionou as diferentes técnicas de estudo e diferenciou as funções da Resenha e do Resumo na produção científica.
Registro de Participação
1.Observe as afirmativas e depois marque a única opção possível.
A análise textual é o momento da compreensão do texto, refazendo as ideias do autor, sua ideia central, raciocínio e argumentos;
Na análise interpretativa há a possibilidade de um juízo crítico, uma tomada de posição, uma avaliação;
O fichamento é um trabalho que permite sistematizar a leitura e elaborar um material sintético para consulta permanente e, nesse sentido, aproxima-se da ideia de uma análise textual;
Uma das vantagens da análise interpretativa é que propicia informações e conhecimentos, tornando o texto mais claro.
II e IV estão corretas. 
III e I estão corretas. 
II e III estão corretas. 
III e IV estão corretas. 
2. Ao elaborarmos um trabalho científico como artigo, monografia, dissertação ou tese temos que apresentar em poucas linhas a síntese de nosso trabalho.
Definimos este item como:
Resumo 
Fichamento 
Epígrafe 
Resenha 
3. Identifique e relacione corretamente as partes de uma resenha:
1. Identificação
2. Resumo
3. Apreciação crítica
4. Conclusão
 
(4) Apresentação de informações acerca da leitura do documento, tais como: foi válida a leitura do livro? Por quê? Quais as principais contribuições? Quais as principais falhas?
(1) Referência bibliográfica completa do texto (conforme ABNT – NBR 6023/02) e o perfil básico.
(3) Vínculo teórico com os autores discutidos ou estudados nas disciplinas, a experiência profissional, a visão de mundo e a noção histórica do país e/ou região que possui o autor que está elaborando a resenha.
(2) Apresentação das ideias principais e das secundárias que sustentam o pensamento de quem escreveu a obra.
 1) 4/1/3/2 
 2) 2/1/4/3 
 3) 4/2/1/3 
 4) 3/4/1/2 
Amor...
Você tem coração!!!
Pesquisas comprovam a existência  de coração em todos os mamíferos. 
 Metodologia Científica � PAGE �1�
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