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Bactérias patogênicas de importância em alimentos Msc. Monique Lima Salmonella São bastonetes gram-negativos, anaeróbicos facultativos e não formadores de esporos; Seu habitat normal é o trato intestinal dos seres humanos e de muitos animais.; Patogenicamente, as salmonelas são divididas em Salmonella tifoide e Salmonella não tifoide, que causa uma salmonelose branda. Salmonella Salmonelose Período de incubação de cerca de 12 a 36 horas; Geralmente febre moderada, acompanhada de náuseas, dor abdominal, cólicas e diarreia; Ate 1 bilhão de salmonelas por grama pode ser encontrado nas fezes de uma pessoa infectada durante a fase aguda da doença. Salmonelose Taxa de mortalidade – baixa (menos de 1% ) Maior em lactentes e idosos; Morte geralmente e por choque séptico; A gravidade e o período de incubação podem depender do numero de Salmonella ingerido; Normalmente, a recuperação e completa em alguns dias, mas muitos pacientes continuam a disseminar o organismo em suas fezes por ate seis meses. Salmonelose Os produtos a base de carne; Galinhas são altamente suscetíveis a infecção e as bactérias contaminam os ovos; Estima-se que um em cada 20 mil ovos nos Estados Unidos esteja contaminado com Salmonella. Febre tifoide S. typhi, causa a febre tifoide. Este patógeno não e encontrado em animais; Disseminado somente nas fezes de outros seres humanos. Febre tifoide Não são destruídas pelas células fagociticas; S. typhi se multiplica dentro delas e se dissemina em múltiplos órgãos, especialmente no baço e no fígado. As células fagocíticas sofrem lise e liberam a S. typhi na corrente sanguínea. Período de incubação da febre tifoide (2 ou 3 semanas) O paciente com febre tifoide apresenta febre alta de 40°C e cefaleia continua. A diarreia surge somente na segunda ou terceira semana, e a febre tende a declinar. Febre tifoide Cerca de 1 a 3%, um numero substancial de pacientes recuperados, tornam-se portadores crônicos. Eles abrigam o patógeno na vesícula biliar e continuam a disseminar bactérias por vários meses Escherichia coli Grupo dos coliformes fecais, bastões curtos, anaeróbios facultativos, temperatura 7 a 46°C, pH >4,4, Aw >0,95, fermentam lactose com produção de gás. Fontes de contaminação TGI, água Escherichia coli Alimentos envolvidos Vegetais, carne moída, aves, leite cru, sucos E.coli diarreiogênica está agrupada de acordo com: Fatores de virulência; Padrões de adesão às celulas epiteliais; Manifestações clínicas; Diferenças epidemiológicas; Sorotipo O:H E. coli enterotoxigênica (ETEC) Não invasiva, mas produz uma enterotoxina que causa uma diarreia aquosa que lembra um caso leve de cólera. Diarreia do viajante E. coli enteroagregativa (EAEC) Este grupo de coliformes é assim denominado por uma forma de crescimento na qual as bactérias aderem-se umas as outras em uma configuração de “tijolos empilhados”. E. coli enteroinvasiva (EIEC) Invade a parede intestinal resultando em inflamação, febre e, algumas vezes, uma disenteria parecida com a causada pela Shigella. E. coli entero-hemorrágicas Causa de vários surtos de doença grave. O principal fator de virulência destas bactérias é a produção da toxina Shiga e algumas vezes elas são denominadas toxina Shiga de Escherichia coli STEC, de Shiga-toxin E. coli) E. coli entero-hemorrágicas Outro fator de virulência é sua capacidade de se aderir a mucosa intestinal. As bactérias destroem as microvilosidades e induzem a formação de projeções semelhantes a pedestais, onde se alojam. E. coli entero-hemorrágicas O Departamento de Agricultura Norte-Americano descobriu que cerca de 90% da carne moída esta contaminada, embora geralmente em baixos níveis. Essas carnes, se não forem bem cozidas, são uma fonte potencial de infecção. A carne de aves e de outros animais e folhagens vegetais também podem estar contaminadas. E. coli entero-hemorrágicas Em seres humanos, as toxinas Shiga frequentemente causam somente uma diarreia autolimitada; Mas em cerca de 6% das pessoas infectadas ela produz uma inflamação do colo (o intestino grosso acima do reto) com sangramento profuso, chamada de colite hemorrágica. E. coli entero-hemorrágicas Síndrome hemolítico-urêmica (HUS, de Hemolytic Uremic Syndrome) caracterizada por sangue na urina, frequentemente levando a insuficiência renal; HUS ocorre quando os rins são afetados pela toxina; Os cuidados destes pacientes envolvem principalmente a reidratação intravenosa e o monitoramento cuidadoso dos eletrólitos séricos. Entre os sobreviventes da HUS, alguns podem necessitar de dialise renal ou mesmo de transplantes. Estima-se que 200 a 500 óbitos ocorram anualmente. Campylobacter São bactérias gram-negativas, microaerófilas, curvadas em espiral, que emergiram como a principal causa de doenças transmitidas por alimentos nos Estados Unidos. Elas se adaptam bem ao ambiente intestinal de hospedeiros animais, especialmente de aves. Campylobacter Quase todos os frangos a venda em varejos estão contaminados com Campylobacter. Além disso, cerca 60% do gado excreta o organismo nas fezes e no leite, mas a carne vermelha a venda tem menos probabilidade de estar contaminada. Campylobacter A dose infectiva é menor que um milhão de bactérias. Clinicamente, ela e caracterizada por febre, cólica abdominal e diarreia ou disenteria. Normalmente, a recuperação ocorre dentro de uma semana. Brucella As bactérias Brucella são pequenos bacilos cocoides gram- negativos e aeróbicos. Existem três espécies de maior interesse. A Brucella abortus: É encontrada principalmente no gado, mas também infecta camelos e vários outros animais. A Brucella suis: É uma espécie que infecta principalmente suínos, mas é conhecida por infectar o gado quando mantido em contato com rebanhos suínos. O patógeno mais grave é a causa da maioria dos casos humanos, é a Brucella melitensis - Cabras e ovelhas. Brucelose Alimentos contaminados - Produtos alimentícios não pasteurizados, como o queijo de pasta mole mexicano feito de leite de cabra; O período de incubação geralmente é de 1 a 3 semanas, Os sintomas apresentam um amplo espectro, dependendo do estágio da doença e dos órgãos afetados; Tipicamente, eles incluem febre (em geral subindo e descendo, o que conferiu à doença o nome alternativo de febre ondulante), indisposição, sudorese noturna e dores musculares. Brucelose A prova diagnóstica final é o isolamento da Brucella do sangue ou do tecido do paciente. A antibioticoterapia é possível, uma vez que as bactérias não têm apresentado desenvolvimento de resistência Entretanto, o tratamento deve ser prolongado, de pelo menos seis semanas, envolvendo uma combinação de, no mínimo, dois antibióticos.
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