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Adesão Dental: Materiais e Técnicas

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Título do artigo: Adesão dental
Adriana Bona Matos, Sérgio Brossi Botta, Angela Mayumi Shimaoka, 
Alessandra Pereira de Andrade
INTRODUÇÃO
Em Odontologia, o termo adesão é frequentemente utilizado para definir 
o processo que estabelece a união micromecânica entre os materiais 
odontológicos e os substratos dentais. 
Grande número de procedimentos clínicos odontológicos é intermediado 
por sistemas adesivos. O profissional deve estar apto não somente a utilizar 
adequadamente os materiais disponíveis no mercado, como também ser capaz 
de entender o mecanismo de ação de cada um deles, para que este 
conhecimento seja capaz de guiar a escolha do sistema adesivo frente a cada 
caso clínico em particular.
Uma adesão efetiva e duradoura esta totalmente relacionada com a 
interrupção do ciclo restaurador repetitivo, em que restaurações são 
periodicamente trocadas por outras cada vez maiores e de maior 
complexidade. Assim, a escolha do sistema adesivo deve estar fundamentada 
em conhecimento aprofundado do material, bem como das características dos 
tecidos dentais quando preparados com diferentes instrumentos e sua 
interação com os sistemas adesivos.
A degradação da interface adesiva ocorre freqüentemente e ainda não 
há procedimento estabelecido capaz de evitá-la. Neste capítulo, estratégias 
sugeridas na literatura serão apresentadas com o objetivo aumentar a 
durabilidade das interfaces adesivas.
OBJETIVOS
Após a leitura deste capítulo o leitor deverá ser capaz de:
• conhecer a classificação dos diferentes tipos de sistemas 
adesivos e sua forma de interação com o substrato dental;
• distinguir as características morfológicas dos tecidos dentais 
preparados por diferentes instrumentos;
• entender estratégias sugeridas para aumentar a durabilidade das 
interfaces adesivas.
DESENVOLVIMENTO
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS ADESIVOS
Durante algum tempo os adesivos dentais foram classificados por 
gerações. Com a profusão de sistemas desenvolvidos essa classificação 
tornou-se complexa e confusa. Atualmente os adesivos dentários podem ser 
classificados de acordo com a estratégia utilizada durante o procedimento 
adesivo, esta classificação foi proposta por Van Meerbeek et al. (2003)1 e tais 
estratégias foram divididas em três grandes grupos: (1) condicione e lave, (2) 
auto-condicionante e (3) cimento de ionômero de vidro.
1. Sistemas adesivos do tipo condicione e lave
O sistema adesivo tipo condicione e lave é a técnica mais comum e 
difundida para conseguir adesão à estrutura dental. Estes sistemas têm sido 
utilizados de acordo com a técnica do condicionamento total.
Os adesivos do tipo condicione e lave são caracterizados por um passo 
inicial de condicionamento do substrato, seguido do procedimento de lavagem 
obrigatória que é responsável pela remoção completa do condicionador e 
outras estruturas removidas dos substrato dental, subsequentemente o 
substrato desmineralizado será infiltrado pelos monômeros resinosos. 
Estes sistemas podem estar divididos em primer e bond (3 passos ou 
multicomponentes) ou ambos os componentes associados em um único frasco 
(2 passos ou monocomponentes) (Figura 1).
Figura 1 – Classificação dos sistemas adesivos condicione e lave segundo 
número de passos de aplicação clínica. Arquivo pessoal dos autores
Estes sistemas utilizam um ácido, mais comumente ácido fosfórico entre 
30 e 40% sendo extremamente estável e de baixo custo. Apesar de muitos 
condicionadores já terem sido avaliados, os géis de ácido fosfórico (35-37%) 
produzem padrões de condicionamento ácido que propiciam uma adequada 
microrretenção.
Este agente desmineralizante deverá ser aplicado passivamente sobre 
os tecidos dentais, permanecendo por um tempo que varia entre 15 e 20 
segundos sobre o esmalte e de 10 a 15 segundos sobre a dentina. Ao final 
deste tempo de ação, o condicionador deve ser lavado abundantemente com 
jato de ar/água por tempo igual ao utilizado para condicionamento. 
No esmalte, o condicionamento tecidual promove dissolução seletiva 
dos cristais de hidroxiapatita acarretando aumento dos espaços inter e intra-
prismáticos (Figura 2), ocasionando aumento da superfície de contato, da 
rugosidade e consequentemente da energia livre de superfície, elevando assim 
sua capacidade de molhamento, proporcionando uma superfície mais receptiva 
para a infiltração dos monômeros resinosos.
Em dentina, a aplicação do condicionador ácido irá desmineralizar a 
dentina peritubular e intertubular expondo a rede de fibrilas colágenas, 
completamente desprovida de hidroxiapatita e remover completamente a 
camada de esfregaço (smear layer) e os tampões de esfregaço (smear plugs) 
(Figura 2).
Figura 2 - Fotomicrografia de esmalte dental condicionado por ácido fosfórico a 
35%, por 20 segundos (A); aspecto da dentina desmineralizada pelo ácido 
fosfórico 35% por 15 segundos, onde se observa completa remoção da 
camada de esfregaço e túbulos dentinários abertos (B). Arquivo pessoal dos 
autores
O passo subsequente será a aplicação de monômeros resinosos que 
permearão o substrato condicionado, criando uma retenção micro-mecânica 
entre estes monômeros e o substrato dental. 
Prolongamentos resinosos formados em esmalte preenchem as 
microporosidades produzidas pelo seu condicionamento2. Os cristais de 
hidroxiapatita do esmalte são envolvidos pelos monômeros e, por meio de um 
processo de polimerização in situ, forma-se uma zona híbrida, que é 
denominada camada hibrida do esmalte.
No tecido dentinário, o passo seguinte ao condicionamento do substrato 
consiste na aplicação de um primer contendo monômeros específicos com 
propriedades hidrofílicas, tais como HEMA, dissolvido em solventes orgânicos 
como etanol, acetona ou água. Enquanto o composto HEMA é responsável por 
aumentar a capacidade de molhamento e promover a re-expansão da rede de 
colágeno, os solventes são capazes de deslocar a água da superfície da 
dentina, preparando a rede de colágeno para a subseqüente infiltração de 
resina adesiva3. 
Ressalta-se que para uma adequada formação de camada híbrida deve-
se utilizar a técnica de adesão úmida4. Neste caso, a água remanescente sobre 
a dentina pós-condicionamento irá preservar a arquitetura da rede de fibrilas 
colágenas mantendo espaços entre elas, permitindo que o monômero resinoso 
permeie a trama colágena.
O conceito de janela de oportunidade foi preconizado por Gwinnett e 
colaboradores (1996)5 para definir a umidade ideal da dentina para uma 
adequada hibridização e selamento tubular. A quantidade de água ideal está 
intimamente relacionada com o tipo de solvente utilizado na composição do 
sistema adesivo utilizado. Cada solvente se comporta de forma distinta durante 
o procedimento adesivo.
Os sistemas adesivos à base de acetona apresentam alto grau de 
volatilização e devem ser aplicados imediatamente ao tecido dental 
mineralizado. Os sistemas adesivos que contêm acetona como solvente são os 
mais suscetíveis à ausência de umidade da dentina, pois os seus componentes 
se evaporam rapidamente, acarretando uma inadequada difusão dos 
monômeros na rede colágena. 
Já os sistemas adesivos que contêm água e álcool em sua composição 
apresentam menor susceptibilidade em relação à umidade dentinária, pois 
caso haja certa desidratação da dentina as fibrilas de colágeno poderão ser 
reidratadas pela água constituinte do sistema adesivo. Por outro lado, os 
adesivos dissolvidos em água apresentam uma maior dificuldade na eliminação 
do excesso deste solvente por evaporação após sua aplicação. A incompleta 
evaporação do solvente resulta em diluição, pobre polimerização ou separação 
de fase dos componentes do adesivo6. 
O solvente é um componente importante do sistema adesivo e sua 
função é deslocar a quantidade de água presente na dentina e carrear os 
monômeros hidrófilos do primer,facilitando sua penetração na dentina 
desmineralizada. Assim, os solventes diminuem a tensão superficial do 
adesivo, permitindo um bom molhamento do tecido dentinário pelo adesivo 
hidrófobo.
É importante ressaltar que caso a água permaneça em excesso no 
tecido dentinário não sendo adequadamente evaporada pelos componentes 
voláteis do primer e permanecendo na base da camada híbrida poderá 
ocasionar uma plastificação da camada híbrida originando o processo de 
degradação da interface adesiva7. Por outro lado, quantidade insuficiente de 
água sobre a superfície de dentina ou sua secagem excessiva promove o 
colapso da rede de fibrilas colágenas, prejudicando diretamente a formação da 
camada híbrida.
Esta questão acerca da adesão úmida se apresenta como um grande 
desafio para os clínicos, suscitando a dúvida clínica de qual seria a umidade 
ideal da dentina para a realização do procedimento adesivo, pois apesar da 
técnica da adesão úmida sugerir que a dentina se apresente clinicamente com 
um aspecto brilhante esta decisão depende do operador tendo, portanto, um 
caráter inerentemente subjetivo. Assim este aspecto é considerado como um 
dos pontos frágeis da utilização deste tipo de sistema adesivo.
A principal desvantagem da técnica condicione e lave é a possibilidade 
de colapso das fibrilas da matriz de colágeno exposta, na ocorrência de uma 
secagem excessiva da dentina desmineralizada e a incompleta penetração dos 
monômeros adesivos. Essas falhas na camada híbrida podem acarretar a 
redução da força de união entre material restaurador e elemento dental e 
diminuição da longevidade da interface adesiva.
2. Sistemas adesivos do tipo autocondicionantes
Uma alternativa de abordagem dos sistemas adesivos é baseada na 
utilização de monômeros ácidos que simultaneamente condicionam e preparam 
a dentina, sendo denominados adesivos autocondicionantes, podendo ser 
divididos em um ou dois passos de aplicação1. 
Esses sistemas adesivos foram desenvolvidos na tentativa de criar uma 
técnica menor sensível e com um menor número de passos clínicos. 
Diferentemente da estratégia condicione e lave, a estratégia adesiva 
autocondicionante não requer um passo clínico separado de condicionamento 
do substrato dental. O condicionamento do tecido dental mineralizado ocorre 
pela aplicação de um primer ácido que promoverá, além da desmineralização 
do substrato, a modificação e incorporação da camada de esfregaço no interior 
da camada híbrida.
Estes sistemas podem ser divididos em sistemas autocondicionante de 2 
passos (primer e bond aplicados separadamente) e autocondicionante de 1 
passo também chamados all-in-one (ambos os componentes, primer e bond, 
associados em um único frasco ou aplicados em um único passo clínico (Figura 
3).
Figura 3 - Classificação dos sistemas adesivos auto condicionantes segundo 
número de passos de aplicação clínica. Arquivo pessoal dos autores
Nos sistemas autocondicionantes de 2 passos o primer ácido é aplicado 
de forma ativa em esmalte e dentina (Figura 4) com a finalidade de executar 
sua ação de desmineralização do substrato e modificação da camada de 
esfregaço. Um suave jato de ar é aplicado com a finalidade de evaporar o 
solvente. O monômero adesivo contido em outro frasco é aplicado para a 
efetiva formação da camada híbrida. 
Figura 4 – Fotomicrografia de esmalte dental condicionado por primer ácido por 
20 segundos (A); aspecto da dentina tratada pelo primer ácido por 15 
segundos, onde se observa desorganização da camada de esfregaço e dos 
smear plugs (B). Arquivo pessoal dos autores
De forma semelhante, os adesivos autocondicionantes de 1 passo 
podem se apresentar em dois frascos, um contendo o primer ácido e outro o 
adesivo, sendo que uma gota de cada frasco deve ser vertida em um casulo, 
misturadas e então imediatamente aplicadas no elemento dental. 
Existem ainda sistemas que apresentam todos seus componentes em 
um único frasco, desta forma uma gota é dispensada diretamente em um pincel 
descartável para aplicação imediata no elemento dental. Ambas as 
apresentações devem ser aplicadas de forma ativa. É importante ressaltar que 
todos os sistemas adesivos, independentemente da classificação e estratégia 
adesiva, devem ser aplicados estritamente conforme as instruções dos 
fabricantes.
Desta forma, a inexistência da remoção do ácido por meio de lavagem e 
posterior secagem do substrato, exime o clínico da decisão a respeito da exata 
umidade que deve ser mantida sobre a dentina no momento da aplicação do 
sistema adesivo, diminuindo drasticamente a possibilidade de colabamento da 
trama colágena2.
Com a infiltração de monômeros resinosos simultaneamente ao 
processo de desmineralização da dentina ocorre uma otimização na formação 
da camada híbrida sendo toda a zona desmineralizada infiltrada por 
monômeros resinosos.
 A camada híbrida formada pelos adesivos autocondicionantes tem 
características distintas da interface formada da interação físico-química com 
adesivos do tipo condicione e lave. As características morfológicas estão 
diretamente relacionadas com a acidez destes sistemas adesivos. Sistemas 
com diferentes pHs podem produzir diferentes padrões de condicionamento do 
esmalte e dentina por sua diferença de acidez e agressividade 8,9. 
Fundamentado nestas características os adesivos autocondicionantes podem 
ser classificados em forte, suave e ultra-suave10.
A quantidade de microporosidades criadas no esmalte pode variar de 
acordo com a acidez do adesivo. Primers mais ácidos têm a capacidade de 
formar camadas mais profundas e superfícies de esmalte mais porosas por 
terem maior capacidade de desmineralização.
São considerados fortes aqueles que apresentam um pH ≤ 1, produzindo 
uma desmineralização do esmalte e dentina semelhante ao padrão morfológico 
de condicionamento promovido pelo ácido fosfórico.
Os adesivos suaves apresentam pH ≈ 2 e não são capazes de promover 
graus de desmineralização semelhantes os conseguidos pela utilização do 
ácido fosfórico, alcançando a profundidade de apenas 1 µm em dentina quando 
comparada a profundidade de 3–5 µm promovidos pelo ácido fosfórico. 
Os adesivos classificados como ultra-suaves apresentam pH ≈ 2,7 e sua 
interação com uma camada de esfregaço espessa não resulta em uma camada 
híbrida autêntica. Estudos demonstram por meio de Microscopias Eletrônicas 
de Varredura e Transmissão que este tipo de sistema não é capaz de atingir e 
desmineralizar a dentina, promovendo apenas uma hibridização do esfregaço. 
Mesmo na possibilidade de ausência de esfregaço há uma mínima interação 
com a dentina formando uma camada que pode ser denominada camada 
nanohíbrida.
Apesar dos sistemas adesivos autocondicionantes promoverem a 
formação de uma camada híbrida de menor espessura e comprimento de 
prolongamentos resinosos quando comparados aos sistemas condicione e 
lave, geralmente além da retenção mecânica, alguns destes adesivos 
proporcionam uma adesão química com o conteúdo mineral do substrato 
parcialmente desmineralizado. Esta interação ocorre graças à presença de 
monômeros funcionais específicos na composição dos adesivos, tais como 10-
MDP, 4-META e Fenil-P. Estes monômeros contêm grupos carboxílicos e 
fosfato, que são capazes de criar uma ligação iônica com cálcio da 
hidroxiapatita. No entanto, tem sido demonstrado que a ligação química 
promovida pelo 10-MDP não é só mais eficaz, mas também mais estável em 
um ambiente aquoso do que atingido pelos monômeros 4-META e Fenil-P11, 12.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS TECIDOS DENTAIS 
PREPARADOS COM DIFERENTES INSTRUMENTOS E SUA INTERAÇÃO 
COM OS SISTEMAS ADESIVOS
 Tradicionalmente os preparos cavitários são realizados com 
Instrumentos Cortantes Rotatórios (ICR) – pontas diamantadas e brocas - 
impulsionados por canetas de alta ou baixa rotação refrigerados.Nos tecidos dentais assim preparados forma-se a camada de esfregaço 
sobre a qual serão aplicados os materiais adesivos. Esta camada se deposita 
sobre a dentina obliterando a abertura dos túbulos dentinários e reduzindo sua 
permeabilidade. A espessura e a rugosidade da camada de esfregaço estão 
diretamente relacionadas com o tipo de instrumento rotatório utilizado. Ao 
utilizar pontas diamantadas, a camada de esfregaço produzida é mais espessa 
e rugosa do que a camada obtida quando da utilização de brocas de aço 
carbide (Figura 5). 
Figura 5 – Fotomicrografia de dentina trabalhada com broca carbide (A) e 
ponta diamantada (B). Observa-se maior homogeneidade na dentina 
trabalhada com broca e menor espessura de camada de esfregaço, devido à 
presença de ranhuras correspondente à abertura dos túbulos dentinários (A). 
Na dentina tratada com ponta diamantada observa-se maior rugosidade e 
maior espessura da camada de esfregaço (B). Arquivo pessoal dos autores
Torna-se fundamental entender as características da camada de 
esfregaço, pois elas influenciam na escolha do tipo de sistema adesivo. Ao 
utilizar um sistema adesivo do tipo condicione e lave, o condicionador ácido 
aplicado por 15 segundos deverá ser capaz de remover a camada de 
esfregaço e expor a dentina subjacente, onde se formará a camada híbrida. 
Ressalta-se que quanto menos espessa esta camada se apresentar, maior a 
probabilidade do ácido, de fato, remover toda a camada de esfregaço e aderir à 
dentina desmineralizada. Uma estratégia proposta consiste na utilização de 
broca carbide ou instrumento cortante manual com o objetivo de refinar a 
camada de esfregaço e, desta forma, permitir que os monômeros resinosos 
penetrem na dentina desmineralizada e livre de remanescentes de esfregaço 
dentinário. Entende-se que esta recomendação é essencial quando da 
utilização de sistemas adesivos autocondicionantes, uma vez que estes devem 
atravessar a camada de esfregaço e aderir à dentina subjacente, sendo 
altamente desejável que a camada de esfregaço depositada no assoalho e 
paredes cavitárias seja a mais fina e homogênea possível.
 Os sistemas adesivos disponíveis no mercado são desenvolvidos para 
utilização sobre superfície dental preparada por instrumentos convencionais. 
Contudo, outros equipamentos e tecnologias de preparo cavitário estão 
disponíveis no mercado, tais como, jato abrasivo, ponta CVD associadas a 
equipamentos de ultrassom, lasers de alta intensidade. Estas novas 
possibilidades produzem superfície dental com diferentes características 
morfológicas e ultra estruturais, sendo necessário discorrer sobre estas 
diferenças correlacionando-as com os sistemas adesivos.
 O método de abrasão a ar preconiza a utilização de um jato de ar que 
impulsionada partículas abrasivas de óxido de alumínio com 27,5µm de 
diâmetro que são capazes de desgastar tecidos dentais. A literatura mostra que 
os tecidos dentais submetidos ao jato abrasivo, mesmo após condicionamento 
ácido seguido de lavagem permanecem com restos de óxidos depositados 
sobre a superfície, não havendo redução na resistência de união13. Assim, 
sugerimos que quando da utilização do jato abrasivo esforços redobrados 
quanto à limpeza cavitária devem ser empreendidos, bem como, seleção de 
sistema adesivo do tipo condicione e lave.
 As pontas CVD são pontas diamantadas desenvolvidas por um método 
diferente de crescimento de diamante, podendo ser utilizadas em canetas de 
alta rotação ou impulsionadas por aparelhos de ultrassom. O método de 
propulsão destas pontas produz dentina com diferentes características, como 
se pode observar na Figura 6. Quando a ponta CVD é utilizada em caneta de 
alta rotação, observa-se a formação de uma camada de esfregaço irregular, 
com regiões de vales, onde há esfregaço de menor espessura com clara 
marcação da abertura dos túbulos dentinários, e regiões de picos, com camada 
de esfregaço mais espessa. Por outro lado, quando as pontas CVD são 
utilizadas em ultrassom, observa-se uma dentina livre de esfregaço, com a 
abertura de túbulos dentinários exposta. Nestas condições, os sistemas 
adesivos do tipo condicione e lave estão indicados para uso em ambas as 
situações, enquanto o sistema adesivo autocondicionante parece ser o adesivo 
mais indicado para a dentina preparada com ponta CVD em ultrassom.
 
Figura 6 – Fotomicrografia de dentina tratada com ponta CVD, impulsionada 
por alta rotação (A) e ultrassom (B). A dentina instrumentada com ponta CVD 
impulsionada com alta rotação apresenta camada de esfregaço fina, porém 
irregular, com clara marcação da abertura dos túbulos dentinários e regiões de 
pico com maior deposição de esfregaço (A). Ao impulsionar a ponta CVD com 
aparelho de ultrassom, a dentina preparada apresenta-se livre de camada de 
esfregaço, com abertura dos túbulos dentinários exposta. Fonte: Cardoso MV. 
Estudo da influência de instrumentos e técnicas alternativas de preparo 
cavitário na resistência de união de sistemas adesivos à dentina [tese]. São 
Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia; 2006.
 Os lasers de alta potência mais indicados para a realização de preparos 
cavitários são os de Erbium – laser de Er:YAG e laser de Er,Cr:YSGG – que 
possuem afinidade pela água e hidroxiapatita. A ablação promovida é capaz de 
executar preparos cavitários em que se observa superfície de dentina irregular, 
com picos e vales, totalmente livre de esfregaço dentinário, com abertura de 
túbulos dentinários exposta (Figura 7a e 8). A princípio esta característica 
tecidual levou os pesquisadores a supor que a dentina irradiada seria uma 
superfície susceptível à permeação pelos monômeros resinosos dos sistemas 
adesivos. Entretanto, estudos de resistência de união demonstraram queda da 
resistência adesiva quando sistemas adesivos do tipo condicione e lave e 
autocondicionantes são aplicados sobre dentina irradiada com lasers de 
Erbium14.
 A irradiação altera o arranjo espacial dos cristais de hidroxiapatita15, 
tornando-os mais resistentes à desmineralização por ácidos. Quando a dentina 
irradiada com laser de Er:YAG é condicionada com ácido fosfórico (Figura 7b) 
ou com primer ácido (Figura 7c) observa-se a preservação de região 
correspondente à dentina peritubular, onde está presente a maior concentração 
de minerais. Desta forma, fica demonstrado porque a resistência de união fica 
prejudicada quando os sistemas adesivos disponíveis no mercado são 
aplicados em dentina irradiada. Como não há opção restauradora adesiva 
específica para dentina irradiada com lasers de Erbium, sugerimos que as 
restaurações adesivas realizadas nestas circunstancias sejam submetidas a 
acompanhamento clínico cuidadoso até que se desenvolva um sistema adesivo 
específico para ser usado em cavidades preparadas com lasers de Er:YAG e 
Er,Cr:YSGG.
 Do exposto, ressaltamos ser essencial que os profissionais se 
mantenham atualizados não somente sobre a forma correta de utilizar os 
sistemas adesivos, como também de selecionar o método do preparo cavitário 
de forma que o adesivo selecionado seja capaz de interagir efetivamente com 
os tecidos dentais preparados.
Figura 7 – Fotomicrografia de dentina irradiada com laser de Er:YAG: (A) 
dentina irradiada com laser de Er,Cr:YAG apresenta-se irregular, com túbulos 
dentinários expostos e leve marcação da dentina peritubular; (B) quando esta 
dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 35%, a dentina peritubular foi 
mantida em posição, enquanto a dentina intertubular teve sua dimensão 
reduzida; (C) a dentina intertubular foi desmineralizada pelo primer acídico, 
enquanto a dentina peritubular foi mantida em posição. Arquivo pessoal dos 
autores
Figura 8 – Fotomicrografia de dentina irradiada com laser de Er,Cr:YSGG: a 
dentina irradiada com laser de Er,Cr:YSGG apresenta superfície irregular com 
túbulosdentinários abertos e clara marcação da dentina peritubular. Arquivo 
pessoal dos autores
ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR A DURABILIDADE DA INTERFACE 
ADESIVA
Durante os procedimentos restauradores a dentina é condicionada 
previa ou simultaneamente à aplicação do sistema adesivo, expondo uma rede 
de fibrilas de colágeno, onde os monômeros resinosos se difundem formando a 
camada híbrida. No entanto, se o sistema adesivo hidrofílico não for capaz de 
preencher completamente os espaços presentes ao redor da rede de fibrilas 
colágenas desmineralizadas forma-se uma zona fragilizada dentro da camada 
híbrida16, responsável pelo inicio da nanoinfiltração17, ocasionando a hidrólise 
das fibrilas colágenas18 concomitantemente com a degradação hidrolítica do 
adesivo19. 
As fibrilas colágenas expostas são submetidas à ação das enzimas 
endógenas da matriz extracelular, conhecidas como metaloproteinases (MMP) 
que participam do processo de degradação. A degradação da interface adesiva 
implica em redução da resistência de união entre substrato e sistema 
restaurador, comprometendo o selamento da cavidade, resultando em 
manchamento marginal, cárie secundária, ocasionando a perda prematura de 
restaurações diretas e indiretas. 
Com o intuito de melhorar a durabilidade da adesão, alguns 
pesquisadores propõem duas principais frentes de atuação: (1) inibir a ação 
das MMPs no tecido dentinário ou (2) tornar as fibrilas de colágeno mais 
resistentes à ação das MMPs. 
(1) Estratégias para inibir a ação das MMPs no tecido dentinário
As atividades colagenolíticas e gelatinolíticas das MMPs presentes na 
dentina podem ser inibidas pela ação de substâncias químicas inibidoras da 
ação de proteases20. Dentre estas substâncias, destaca-se o digluconato de 
clorexidina21, 22, 23, que mimetiza a ação de inibidores teciduais naturais 
(TIMPs)24.
A utilização da clorexidina é atraente do ponto de vista clínico, pois já 
tem sido frequentemente utilizada para limpeza de preparos cavitários, atuando 
como agente desinfetante sobre esmalte e dentina previamente à inserção das 
restaurações21. Devido à composição da solução em 98% de água, a 
clorexidina pode ainda atuar na manutenção da expansão da rede de fibrilas 
colágenas desmineralizadas, requisito necessário à infiltração dos monômeros 
hidrofílicos do sistema adesivo para a adequada formação da camada híbrida.
Por um mecanismo de quelação de cátions, o digluconato de clorexidina 
tem se mostrado efetivo na inibição de pelos menos três tipos de 
metaloproteinases: MMP-2, MMP-8 e MMP-925. Acredita-se que a clorexidina 
interaja com os grupos sulfidril e/ou cisteína presentes nos sítios ativos de 
algumas MMPs (MMP-8), ou ainda, que possa quelar os íons cálcio presentes 
nos tecidos desmineralizados, inativando outras MMPs (MMP-2 e MMP-9), 
inibindo, assim, a atividade colagenolítica dessas enzimas25.
Apesar da solução de clorexidina ser encontrada no mercado em 
diferentes concentrações (4%, 2,0%, 0,2%, 0,12%, 0,02% ou 0,002%), estudos 
relatam que independente da concentração utilizada os valores de resistência 
de união obtidos são similares a curto e a longo prazo26, 27, 23. Quanto ao tempo 
de aplicação da solução de digluconato de clorexidina, resultados mais efetivos 
têm sido encontrados quando esta permanece em contato com a dentina por 
60 segundos22, 28.
Desta forma, sugerimos que a solução de digluconato de clorexidina 2% 
pode ser aplicada após lavagem do condicionador ácido, devendo permanecer 
por 60 segundos sobre a dentina, sendo seu excesso removido, mantendo a 
umidade do substrato dentinário, clinicamente observado por meio de brilho na 
superfície da dentina. 
Quando da utilização de sistemas adesivos auto-condicionantes de 1 
passo a utilização da solução de clorexidina não é indicada pois reduzem os 
valores de adesão obtidos imediatamente ou após envelhecimento de 6 
meses26, 29. Quando da utilização de sistemas adesivos auto-condicionantes de 
2 passos, deve-se evitar concentrações de clorexidina acima de 0,2%, por 30 
segundos29.
(2) Estratégias para aumentar a resistência das fibrilas de colágeno à 
ação das MMPs
 O colágeno no tecido biológico pode ser reforçado pela formação de 
ligações cruzadas, que oferece maior resistência fibrilar contra a degradação 
enzimática e melhoria das propriedades mecânicas. Várias substâncias 
químicas sintéticas e naturais podem aumentar o número de ligações cruzadas 
inter- e intramolecular do colágeno, dentre as quais se destacam o 
glutaraldeído, o genipin, a etildimetilaminopropil carbodiamida, o ácido tânico e 
proantocianidina30,31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39.
A desvantagem da aplicação destas substâncias é o tempo clinico 
necessário de cerca de 1 hora. Além disso, o glutaraldeído apresenta 
citotoxicidade, devendo ser evitado seu uso clínico40. Desta forma, esta 
abordagem se apresenta como uma possibilidade, porém estudos clínicos 
longitudinais são necessários para viabilizar sua utilização clínica.
CONCLUSÃO
É fundamental que o cirurgião dentista esteja sempre familiarizado e 
atualizado quanto aos tipos de sistemas adesivos, entendendo seu mecanismo 
de ação e sua interação com o substrato dental, de maneira que estes 
conhecimentos norteiem sua escolha quando da aplicação clínica. 
Ademais, as estratégias para reduzir a degradação da interface adesiva 
ainda não estão consolidadas, porém o profissional deve sempre utilizá-las de 
forma consciente para minimizar este processo sempre que possível.
 
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