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Da classificação das obrigações

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Da classificação das obrigações
QUANTO AO VÍNCULO
Obrigações civis
Obrigações morais
Obrigações naturais
QUANTO AO OBJETO
Obrigações de dar
Obrigações de fazer
Obrigações de não fazer
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3. QUANTO AOS SEUS ELEMENTOS
 Obrigações simples
 Obrigações compostas
3.1 Obrigações compostas pela multiplicidade de objetos:
 Obrigações cumulativas ou conjuntivas
 Obrigações alternativas ou disjuntivas
 Obrigações facultativas
3.2 Obrigações compostas pela multiplicidade de vínculos:
 Obrigações divisíveis
 Obrigações indivisíveis
 Obrigações solidárias
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4. QUANTO À CONTEÚDO
 Obrigação de meio
 Obrigação de resultado
5. QUANTO AOS ELEMENTOS
Obrigações puras e simples
 Obrigações condicionais (art.121, CC)
Obrigações a termo (art.131, CC)
Obrigações modais (art. 136,CC)
6. QUANTO AO MOMENTO
Obrigações de execução continuada
Obrigações de execução diferida
Obrigações de execução continuada ou trato sucessivo
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7. QUANTO À LIQUIDEZ
 Obrigações líquidas
 Obrigações ilíquidas
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
OBRIGAÇÕES PROPTER REM
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OBRIGAÇÕES CIVIS, MORAIS E NATURAIS
São três os elementos essenciais da obrigação:
SUJEITOS
OBJETO
VÍNCULO JURÍDICO
DEBITUM
OBLIGATIO
OBRIGAÇÃO CIVIL (possui os três elementos) 
Aquí existe um vínculo que sujeita o devedor a realizar uma prestação positiva ou negativa em proveito do credor, estabelecendo um líame entre os dois sujeitos, abrangendo o dever da pessoa obrigada (debitum) e sua responsabilidade em caso de pagamento (obligatio), o que possibilita ao credor recorrer à intervenção estatal para obter a prestação, tendo como garantia o patrimônio do devedor. 
 
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OBRIGAÇÃO MORAL
CONSTITUI MERO DEVER DE CONSCIÊNCIA. 
O seu cumprimento se faz por mera liberalidade.
Em caso de inexecução da obrigação, será impossível constranger o devedor a cumprí-la. O credor carece do direito de ação. Não existe obligatio. A reprimenda para o descumprimento será meramente social.
Mas se houver o cumprimento espontâneo, a ordem jurídica o torna irrevogável, conferindo soluti retentio a quem recebeu a prestação, ainda que por liberalidade. Assim, quem pagou, não terá direito de reclamar a restituição.
EXs: esmola, doação, determinação 
de última vontade
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OBRIGAÇÃO NATURAL (arts. 814 e 882, CC)
É aquela em que o credor não pode exigir do devedor uma certa prestação, embora, em caso de adimplemento espontâneo ou voluntário, possa retê-la a título de pagamento e não mera liberalidade.
Obrigação sem obligatio, também chamada de obrigação judicialmente inexigível, pois não possui direito de ação para compelir o devedor a pagar. Está despida de execução forçada.
Enquanto na obrigação MORAL o cumprimento da obrigação é tido por mera liberalidade, na obrigação NATURAL é considerado pagamento.
Trata-se de PAGAMENTO VÁLIDO. A prestação pode ser retida pelo credor e não pode ser repetida pelo devedor. EXS: jogo, aposta, dívida prescrita, gorgetas, juros não convencionados.
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CARACTERÍSTICAS
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OBRIGAÇÕES DE DAR, FAZER E NÃO FAZER
 DA OBRIGAÇÃO DE DAR
A obrigação de dar é aquela em que o devedor compromete-se a entregar uma coisa móvel ou imóvel ao credor, quer para constituir novo direito, quer para restituir a coisa a seu titular.
A obrigação de dar consiste na tradição de algo pelo devedor ao credor. Desdobra-se em:
 Obrigação de dar coisa certa (art. 233 e s.CC)
 Obrigação de dar coisa incerta (art. 243-6,CC)
 Obrigação de restituir (art. 238 e s.CC)
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A obrigação de dar constitui um COMPROMISSO DE ENTREGA.
Gera direito a um crédito e não direito real.
A obrigação de dar só confere DIREITO REAL com:
TRADIÇÃO
TRANSCRIÇÃO
A entrega da coisa tem por escopo a transferência do direito real. Doador e vendedor que se obrigam a transferir a propriedade da coisa vendida são donos e possuem jus in re sobre a coisa enquanto não efetuarem a tradição (art.1267,CC)
O ADQUIRENTE É MERO CREDOR ANTES DA TRADIÇÃO.
 ALIENANTE
 ADQUIRENTE
Res perit domino
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 OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA (art.233 e s.CC) 
Quando o objeto da prestação é constituído por um corpo certo e determinado, estabelecendo entre as partes um vínculo em que o devedor deverá entregar ao credor uma coisa individualizada. Trata-se de uma coisa inconfundível. v. 313, CC.
Pacta sunt servanda.
RESPONSABILIDADE PELA PERDA E PELA DETERIORAÇÃO
PERDA – desaparecimento completo
DETERIORAÇÃO – perda parcial
O CC separa a perda e a deterioração em dois momentos – antes e depois da tradição. Até a tradição a responsabilidade é do devedor. Se perece após a tradição, a responsabilidade é do adquirente. A coisa desaparece junto com o dono.
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 PERDA sem culpa: art.234,CC
 PERDA com culpa: art.234,402,CC
 DETERIORAÇÃO sem culpa: art.235,CC
 DETERIORAÇÃO com culpa: art.236,CC
 OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR (art.238 e s.CC)
A obrigação de restituir caracteriza-se por envolver uma devolução, como ocorre com as obrigações do depositário ou do comodatário, assim como do locatário, que estão obrigados a devolver coisa alheia. Aquí, o credor é dono da coisa.
Na obrigação de dar, se o devedor não cumprir a obrigação, o credor pode requerer judicialmente o cumprimento da obrigação, enquanto na obrigação de restituir, o credor possui direito real, podendo requerer a apreensão judicial da coisa.
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PERDA sem culpa: art.238,CC
PERDA com culpa: art.239,CC
DETERIORAÇÃO sem culpa: art.240,CC
DETERIORAÇÃO com culpa: art.240,CC
 OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA (art.243 a 246,CC)
Consiste na relação em que o objeto, indicado de forma genérica no início da obrigação, vem a ser determinado, mediante escolha, por ocasião de seu adimplemento. Normalmente só existe referência ao gênero e quantidade.
A escolha se efetiva com a concentração.
Genus nunquam perit.
Não se fala em caso fortuito/força maior, perda ou deterioração antes da escolha, v.246,CC.
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DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
A obrigação de fazer é aquela que vincula o devedor à prestação de um serviço ou ato positivo, seu ou de terceiro, em benefício do credor ou de outra pessoa.
Possui por objeto qualquer comportamento humano, lícito e possível, do devedor ou de terceiro (trabalho físico, intelectual, artístico, científico ou a prática de um ato que não vincula trabalho algum.
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São DUAS as espécies das obrigações de fazer:
OBRIGAÇÃO DE FAZER DE NATUREZA INFUNGÍVEL
Aquela que só pode ser executada pelo próprio devedor. Trata-se de uma obrigação intuitu personae ou personalíssima Leva-se em conta as qualidades pessoais do devedor, que deverá ser insubstituível em função de sua capacidade, idoneidade, reputação, entre outras qualidades, art.247,CC.
OBRIGAÇÃO DE FAZER DE NATUREZA FUNGÍVEL
Aquela em que a prestação do ato pode ser realizada indiferentemente pelo devedor ou por terceiro, art.249,CC.
DO INADIMPLEMENTO NAS OBRIGAÇÕES DE FAZER
SEM CULPA : art.248 e 393,CC 
COM CULPA: art.248 e 249,CC
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DA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
É aquela em que o devedor assume o compromisso de abster-se de algum ato, que poderia praticar livremente se não tivesse se obrigado. Trata-se de uma obrigação negativa.
É uma obrigação de caráter PESSOAL, que vincula apenas o devedor. Por sua vez, a obrigação de não fazer poderá ser geral ou abstrata, configurando um DIREITO REAL, atingindo a todos (erga omnes). Ex: a obrigação de não construir um prédio em determinado terreno pode configurar uma servidão negativa (direito real) ou mera obrigação de não fazer.
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
SEM CULPA: art.250,CC
COM CULPA: art.251,CC

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