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LIPÓLISE E BETA OXIDAÇÃO A lipólise é o processo onde se ocorre a quebra de triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol. A situação metabólica em que a lipólise está ativada é em hipoglicemia e ocorre predominantemente no tecido adiposo. No tecido também há receptores de glucagon. Em hipoglicemia, esse receptor estará em altas concentrações na corrente sanguínea. O glucagon irá se ligar ao seu receptor de membrana formando um complexo hormônio-receptor. O receptor está acoplado a uma proteína G, que possui 3 subunidades (alfa, beta e gama), a sua subunidade alfa possui uma molécula de GDP ligada, que será trocada por uma GTP e essa troca faz com que ela perca a sua afinidade por suas subunidades e passe a interagir com a adenilil ciclase. A adenilil cilase irá converter ATP em AMPc, que em altas concentrações irá ativar uma proteína quinase, a PKA. No caso do tecido adiposo, a PKA irá fosforilar uma enzima chamada de LIPASE HOMÔNIO SENSÍVEL. A lipase atua na quebra do triglicerídeo em 3 MOLÉCULAS DE ÁCIDOS GRAXOS E UMA DE GLICEROL. O glicerol é uma molécula hidrossolúvel, portanto ela consegue circular livremente na corrente sanguínea até chegar ao tecido muscular. Ao chegar no tecido muscular, ele irá ser fosforilado pela GLICEROLQUINASE, formando a glicerol 3 fosfato. O glicerol 3 fosfato é convertido em diidroxicetona fosfato pela GLICEROL 3 FOSFATO DESIDROGENASE, com a utilização de um NAD+, produzindo um NADH. A diidroxicetona se isomeriza em gliceraldeído 3 fosfato pela trifosfato isomerase. O gliceraldeído 3 fosfato segue sendo oxidado na via glicolítica com o objetivo de formar piruvato e gerar energia, já que se trata de um caso de hipoglicemia. O ácido graxo é uma molécula lipossolúvel, ou seja, não é solúvel em água e necessita de proteínas plasmáticas transportadoras. A proteína responsável nesse caso serão as albuminas. Ao chegar ao tecido hepático, o acido graxo é quebrado por meio de reações de oxidação, esse processo é conhecido como β oxidação. O ácido graxo precisa ser ativado. Então a enzima ACIL COA SINTASE irá juntar covalentemente uma molécula de coenzima A ao ácido graxo, com o gasto de um ATP, formando-se Acil Coa. A quebra dos ácidos graxos é feita na mitocôndria, onde é o local de maior atividade energética. O Acil Coa de cadeia curta (menos de 8 carbonos) consegue atravessar facilmente a membrana interna mitocondrial, mas um Acil Coa de cadeia longa (mais de 8 carbonos) necessita de uma proteína transportadora específica. O transporte dos ácidos graxos é feito por proteínas translocases ligadas fortemente a um grupo prostético, esse grupo será a CARNITINA. O acil coa irá interagir com o grupo prostético, formando um complexo acilcarnitina, perdendo a sua molécula de COA. Com essa interação, a proteína muda de conformação expondo o acil para o lado interno da mitocôndria, uma molécula de COA irá atacar essa ligação, liberando um acil coa e regenerando a carnitina, que mudará de conformação novamente, voltando o citosol. No processo de oxidação são conhecido 4 reações: FAD+ DEPENDENTE, DESIDRATAÇÃO, NAD+ DEPENDENTE E QUEBRA TIOLÍTICA. Os produtos das reações são : Acetil Coa NADH FADH PROPEANIL COA ( em ácidos graxos de cadeia impar) É necessário que haja mecanismos para regenerar o NAD+ e FAD+ que estão sendo gastos, senão a beta oxidação irá parar. A alta concentração de NADH, FADH2 e Acetil coa, atua como moduladores negativos de algumas enzimas do ciclo de Krebs, fazendo que o mesmo fique lentificado. Com o alto acumulo de acetil coa, ele será desviado para outra via a fim de regenerar o NAD e o FAD. O acetil coa será o principal substrato para a formação de corpos cetônicos.
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