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Analise dos indicadores econômico-financeiros BRF

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24
FACULDADE DAS AMÉRICAS
Curso de Gestão Comercial
014344 – Jose Carlos M Souza
012820 – Mario Ferreira Pires
016150 – Micaele S Ferreira Alves
017317 - Ronaldo Santos Lima
PROJETO INTEGRADO
BRF
SÃO PAULO
JUNHO / 2017
014344 - Jose Carlos m Souza
012820 – Mario Ferreira Pires
016150 - Micaele da Silva Ferreira Alves
017317 - Ronaldo Santos Lima
PROJETO INTEGRADO
BRF
Trabalho apresentado no Curso Tecnólogo de Gestão Comercial da Faculdade das Américas – FAM
SÃO PAULO
JUNHO / 2017
Sumário
Resumo
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise econômico-financeira da empresa BRF, levando-se em consideração o período de 2014 a 2016. Para tanto utilizamos diversos métodos de análise financeira, como por exemplo, a análise vertical e horizontal e o termômetro de insolvência, por meio do cálculo de indicadores de liquidez, endividamento, atividade, rentabilidade e de over trading, além do EBITDA. Verificamos que a empresa BRF possui alto grau de endividamento, o que compromete a situação da empresa. Sugerimos, então, que a empresa evite contrair novas dívidas e que mantenha os aspectos positivos identificados, como por exemplo, a folga entre o prazo médio de recebimentos e de pagamentos. 
PALAVRAS-CHAVE: BRF. Análise econômico-financeira. Indicadores financeiros.
Introdução
O mundo dos negócios está a cada dia mais necessitado de ferramentas que auxiliem na gestão do negócio. Para tanto o conhecimento abrangente da situação financeira das empresas se faz necessário. A análise econômico-financeira, nesse contexto, se constitui em um instrumento de avaliação da empresa para auxiliar na tomada de decisão. 
Segundo Silva (2006, p. 26), “...a análise financeira de uma empresa consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que afetam financeiramente a empresa”. 
Assim, verificamos que a análise financeira nos permite a visualização da situação geral da empresa tanto interna quanto externamente. O produto final da análise (relatório) destina-se a vários tipos usuários internos e externos, como exemplos de usuários internos temos, a administração da empresa, acionistas e proprietários, e externos, fornecedores, clientes, investidores e instituições financeiras entre outros. 
Neste trabalho pretendemos fazer uma análise econômico-financeira da empresa BRF.
História da BRF
Fundada em 2009, A BRF – Brasil Foods S.A, é uma empresa brasileira do ramo alimentício, que surgiu com a fusão das ações da Sadia S.A ao capital social da Perdigão S.A. comercializa seus produtos em mais de 150 países e mais de 105 mil funcionários colaboram com a produtividade de 54 fábricas localizadas em: Argentina, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Holanda, Malásia, Reino Unido e Tailândia. As duas maiores unidades industriais do grupo estão localizadas em Uberlândia, no estado de Minas Gerais, e em Rio Verde, no estado de Goiás. Com mais de 30 marcas em seu portfólio, dentre elas: Sadia, Perdigão, Qualy, Paty, Dánica, Bocatti e Confidence.
Nos últimos três anos, a BRF investiu mais de US$ 1 bilhão na aquisição e construção de unidades e marcas. O investimento alterou o perfil da empresa de "grande exportadora de aves" para "multinacional do setor de alimentos". Anualmente, a companhia comercializa mais de 4 milhões de toneladas de alimentos. São milhares de produtos que cumprem um objetivo claro: o de alimentar o mundo.
O alimento é uma condição essencial para a sustentação da vida, pensando nisso, a BRF atua de forma a atingir excelência e qualidade nos seus produtos, provocando assim a satisfação em seus clientes, que é o grande foco de toda empresa.
Responsabilidade Social
Com a intenção de diminuir o impacto no meio ambiente e nas comunidades, preservando recursos ambientais e culturais. Sabemos o quanto isso é importante para a sociedade no geral e o quanto o consumidor tem tomado consciência de que através do produto que consome de determinada empresa, pode ajudar a preservar o ambiente em que vive. Pensando nisso, a BRF busca cada dia mais garantir uma atuação alinhada ao compromisso com a responsabilidade social, tendo como exemplo: 
Política de meio ambiente: a gestão ambiental da BRF é baseada nas diretrizes da ISO 14001 e orientada por uma Política de Meio Ambiente específica, que aborda os aspectos e possíveis impactos ambientais relacionados ao negócio da companhia e traz o cumprimento legal como patamar mínimo de desempenho.
Constantemente, os colaboradores da empresa recebem campanhas sobre a importância da reciclagem e consumo consciente, tendo também a oportunidade de participar do Programa Voluntários BRF, que trabalham em ações de revitalização e preservação do ambiente das comunidades onde a BRF está inserida.
Com o objetivo de estimular a mudança de hábitos dos seus colaboradores, não somente dentro da empresa, mas também fora dela, a BRF criou padrões de reciclagem nos prédios administrativos e nas fábricas, incentivando o uso consciente de papel toalha, papel para impressão e copos descartáveis.
 
Ter responsabilidade social acaba sendo uma vida de mão dupla, pois beneficia tanto a comunidade em que a empresa está inserida, quanto a própria empresa, agregando valor a sua marca. A BRF divulga todas as suas ações de responsabilidade social, aproveitando também a oportunidade de a cada dia melhorar a imagem perante seu público. Ser responsável socialmente é uma tendência empresarial contínua e definitiva, em que as empresas devem agir com ética e transparência; respeitar as leis; valorizar e preservar a vida das pessoas e a integridade do meio ambiente, além de contribuir para o desenvolvimento do País. 
Estruturas de Mercado
A estrutura de mercado visa identificar a forma que os mercados estão organizados. 
No mercado de bens e serviços, as formas de mercado são as estruturadas em concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio.
Na concorrência perfeita se tem um grande número de vendedores e compradores e o participante não tem tamanho suficiente e nem o poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo, ou seja, não existe diferenciação entre eles (Ex.: o mercado dos produtos hortifrutigranjeiros).
No monopólio existe apenas uma empresa em que o produto não tem substituto (Ex.: SABESP, ELETROPAULO).
A concorrência monopolística (ou imperfeita) é tida por ter várias empresas que vendem produtos diferenciados e que são substitutos próximos entre si (Ex.: empresas que fabricam cereais, os produtos podem ser iguais, mas cada empresa vai tentar diferenciar seus artigos).
O oligopólio é um pequeno número de empresas que dominam o setor com vários empreendimentos, sempre procurando alcançar a supremacia total.
Através do que aprendemos em sala, identificamos que a empresa BRF se trata de um oligopólio, que caracteriza um mercado onde existem poucas empresas para muitos consumidores. Dentro da empresa BRF existem várias marcas (Sadia e Perdigão, por exemplo), que com as ações de marketing e publicidade tentam cada vez mais conquistar e dominar o mercado atual.
Cartel, Holding e Truste
A concorrência que antes estava acirrada com a formação dos monopólios ficou mais leve, então, os empresários que tinham interesse em aumentar seus lucros acabaram criando grupos denominados: cartéis, trustes e holdings.
Os cartéis são grupos secretos de empresas pertencentes ao mesmo ramo, que concordam em fixar os preços dos produtos, acabando assim com a concorrência. Neste caso, o consumidor sai prejudicado, pois não tem a possibilidade de procurar preços mais competitivos no mercado.
Os holdings surgem quando o empresário decide comprar ações de empresas do mesmo ramo, desta forma, a concorrência acaba não existindo, pois o empresário é quem controla as ações destasempresas que são concorrentes no mesmo produto, configurando assim, uma farsa, como no caso do cartel.
Truste é a fusão de várias empresas grandes, com essa fusão, o empresário tem o controle de boa parte do mercado em suas mãos. Por consequência, isso diminui a concorrência e assim como no cartel, o cliente acaba impossibilitado de procurar melhores preços no mercado.
Com a fusão da Sadia S.A e Perdigão S.A, deu-se inicio a BRF, por conta disto a empresa é vista como truste no mercado. No Brasil, esta prática é proibida por lei, mas alguns setores ainda continuam formando os cartéis e trustes a fim de padronizar o preço dos mesmos produtos, evitando a concorrência.
ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL
Para analisarmos o Balanço Patrimonial utilizamos os métodos de análise horizontal e de análise vertical. Segundo Silva (2006), o objetivo da análise horizontal é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações contábeis e da análise vertical é mostrar a participação relativa de cada conta do demonstrativo contábil em relação a determinado referencial. No caso do Balanço Patrimonial esse referencial é o capital total da empresa. 
Analisando o Balanço Patrimonial da BRF (Anexo A) pela análise horizontal, percebemos que o patrimônio da empresa diminui ao longo do período verificado. Analisando o ativo, verificamos que apesar dessa diminuição o grupo “Circulante” se mantém em uma média constante, o que pode ser explicado pela diminuição que ocorre no subgrupo de créditos do “Realizável a longo prazo”, principalmente esse decréscimo pode significar que esses direitos foram pagos aumentando assim as disponibilidades, que foi o subgrupo do Circulante que mais cresceu. 
Pela análise vertical do Ativo, verificamos que o grupo mais representativo é o “Não Circulante”, neste, a participação do subgrupo “Permanente” é a mais significativa, principalmente na conta “participações em controladas” em “Investimentos”. Este fato significa que a maior parte do patrimônio da empresa depende de outras entidades. Analisando o Passivo, pela análise vertical, percebemos que o “Patrimônio Líquido” é o mais representativo, no entanto, essa representatividade vem diminuindo no período verificado, chegando às proximidades de 50%, se essa tendência permanecer em pouco tempo, a maior parte do capital da empresa será formada por capital de terceiros. 
ANÁLISE DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
No caso da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), o referencial da análise vertical é a receita líquida de vendas. 
Analisando a DRE da BRF (Anexo B) pela análise horizontal, verificamos que o lucro da empresa diminui no período analisado. Apesar disso, pela análise vertical, percebemos que a representatividade do lucro permanece praticamente inalterada, com exceção do ano de 2014 e 2015 no qual houve uma queda nesta representatividade, mesmo sendo este o ano com maior receita líquida. A maior representatividade das despesas está relacionada às operacionais, ou seja, o decréscimo do lucro está diretamente ligado às atividades próprias da empresa. Além disso, as despesas financeiras aumentam no período, contribuindo para essa queda, principalmente em 2016. 
INDICADORES DE LIQUIDEZ
Os Quocientes de Liquidez, no geral, indicam a capacidade da empresa em cumprir com as suas obrigações junto a terceiros, ou seja, a capacidade de pagamento das dívidas de longo e curto prazos. 
3.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE 
	
Liquidez Corrente = Ativo Circulante
 Passivo Circulante
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 17.488.240,00
 9.569.100,00
Total: 1.82
	
2015 = 19.180.000,00
 11.621.100,00
Total = 1.65
	
2016 = 18.893.700,00
 12.640.400,00
Total = 1.49
Este índice mede a capacidade de pagamento de dívidas de curto prazo. Representa quanto a empresa tem no ativo circulante para cada real de passivo circulante. Assim, indica a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo, ou seja, quanto a empresa dispõe em recursos de curto prazo para honrar suas dívidas circulantes de curto prazo.
A BRF demonstra ter capacidade para cumprir com suas obrigações em curto prazo, uma vez que o quociente de liquidez comum esteve acima de 1.
3.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA 
	
Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoque
 Passivo Circulante
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 17.488.240,00 – 2.941.400,00
 9.569.100,00
Total: 1.52
	
2015 = 19.180.000,00 – 4.032.900,00
 11.621.100,00
Total: 1.30
	
2016 = 18.893.700,00 – 4.791.600,00
 12.640.400,00
Total = 1.11
Este índice elimina a influência dos estoques sobre o circulante, pois nem tudo o que está nos estoques pode ser transformado em disponibilidades para que a empresa possa cumprir com as suas obrigações junto a terceiros. 
Mesmo com a exclusão do estoque como ativo de curto prazo a BRF demonstra capacidade em quitar suas obrigações de curto prazo, porém ao passar dos anos a uma diminuição deste índice de 37%.
3.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA 
	
Liquidez Imediata = Disponível___
 Passivo Circulante
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 6.006.900,00 + 587.500,00
 9.569.100,00
Total: 0.68
	
2015 = 5.362.900,00 + 734.700,00
 11.621.100,00
Total: 0,52
	
2016 = 6.356.900,00 + 622.300,00
 12.640.400,00
Total = 0,55
* Nesta situação foram somadas as contas Caixa e Aplicações Financeiras.
O índice de liquidez imediata é bastante volátil e indica se a empresa dispõe de recursos imediatos para cumprir com o total de suas obrigações em curtíssimo prazo. 
Porém a BRF não tem todo o potencial necessário demonstrado, possui apenas 50% de capacidade para pagar suas obrigações imediatas.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO E ESTRUTURA 
Estes índices revelam o grau de endividamento da empresa. A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo com Recursos Próprios (Patrimônio Líquido) ou de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e em que proporção.
4.1 ÍNDICE DE PARTICIPAÇÕES DE TERCEIROS – PCT
	
Endividamento por Financiamento = Exigível Total 
 Patrimônio Líquido
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 9.569.100,00 + 10.844.700,00
 15.689.900,00
Total: 1.30
	
2015 = 11.621.100,00 + 14.931.000,00
 13.835.900,00
Total: 1.92
	
2016 = 12.640.400,00 + 18.085.200,00
 12.219.400,00
Total = 2,51
Este índice indica o percentual de Capital de Terceiros em relação ao Patrimônio Líquido, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos. Indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros em relação ao seu capital próprio.
De 2014 a 2016 houve um aumento considerável na participação do capital de terceiros no financiamento da BRF, isto resultou em um aumento dos juros por empréstimos ajudando a diminuir o lucro operacional, como vimos no D.R.E do exercício de 2016.
4.2 ÍNDICE GRAU DE ENDIVIDAMENTO
	
Grau de Endividamento = Passivo Circulante +
 Passivo não Circulante . 100 
 Ativo Total
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 9.569.100,00 + 10.844.700,00
 36.103.700,00
Total: 56,54%
	
2015 = 11.621.100,00 + 14.931.000,00
 40.388.000,00
Total: 65,74%
	
2016 = 12.640.400,00 + 18.085.200,00
 42.944.900,00Total: 71,54%
Este índice revela se uma empresa é muito ou pouco endividada, ou seja, se usa muito ou pouco capital de terceiros onerosos. Expressa a proporção de recursos de terceiros financiando o Ativo e, complementarmente, a parcela do Ativo financiada pelos recursos próprios. Quanto maior o quociente, mais endividada está a empresa e maior será o risco de ela não conseguir pagar os seus compromissos.
Em 2016 o endividamento da empresa aumentou 26,5% em relação a 2014, sabemos que dívida não é sinônimo de problema e no nosso caso uma medida necessária para a continuação das operações. 
 
4.3 ÍNDICE DE COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO
	
Composição de Endividamento = Passivo Circulante x100 
 Passivo Circulante+ Passivo Não Circulante
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 9.569.100,00 x 100
 9.569.100,00 + 10.844.700,00
Total: 46,87%
	
2015 = 11.621.100,00 x 100
 11.621.100,00 + 14.931.000,00
Total: 43,76%
	
2016= 12.640.400,00 x 100
 12.640.400,00 + 18.085.200,00
Total: 38,62%
Indica quanto à empresa está comprometida com dívidas de curto prazo em relação às dívidas totais. Sua finalidade é identificar o perfil do endividamento, ou seja, que percentual das obrigações totais correspondem a dívidas de curto prazo. 
A BRF reduziu as dívidas de curto prazo proporcionando à empresa tempo para gerar recursos.
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Os índices de rentabilidade procuram evidenciar qual foi a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, o resultado das operações realizadas por uma organização, por isso, preocupam-se com a situação econômica da empresa.
5.1 ÍNDICE DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ROE
	
ROE = Lucro Líquido
 Patrimônio Líquido 
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 2.224.900,00
 15.689.900,00
Total: 14,1%
	
2015 = 3.130.900,00
 13.835.900,00
Total = 22,6%
	
2016 = -367.300,000,00
 12.219.400,00
Total = -3%
O retorno sobre o patrimônio líquido (em inglês, Return on Equity – ROE), indica quanto de prêmio os acionistas e proprietários estão obtendo em relação aos seus investimentos na empresa, isto é, o patrimônio líquido. 
Não demonstra um percentual baixo para nos anos de 2014 e 2015, porém em 2016 se torna extremamente ruim seu retorno comprometendo seu futuro, afastando os investidores. Neste ponto uma ação deve ser iniciada para que a empresa volte a dar lucro.
5.2 ÍNDICE DE RETORNO SOBRE O ATIVO TOTAL - ROA
	
ROA = Lucro Líquido
 Ativo Total
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 2.224.900.000,00
 36.103.700,00
Total: 6,1%
	
2015 = 3.130.900,000,00
 40.388.000,00
Total = 7,7%
	
2016 = -367.300,000,00
 42.944.900,00
Total = -0,85%
O retorno sobre o ativo total (em inglês, Return on Asset – ROA) também conhecido como retorno sobre o investimento, mede o retorno sobre o ativo total depois de juros e impostos. Este índice é considerado um dos mais importantes, pois indica a lucratividade da empresa em relação aos investimentos totais, representados pelo ativo total médio.
A BRF tem apresentado um baixo índice ao passar dos anos, ao analisarmos, podemos deduzir que: sua margem de lucro insuficiente somado ao aumento despesas com empréstimos e juros, fizeram despencar este índice em 2016.
5.3 ÍNDICE DE RECEITA OPERACIONAL
	
Índice de Receita Operacional = EBITDA
 Ativo Total
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 2.487.600,00 + 4.518.190,00
 36.103.700,00
Total: 19,4%
	
2015= 2.558.300,00 + 4.955.250,00
 40.388.000,00
Total: 18,6%
	
*2016= - 317.500.00
 42.944.900,00
Total: - 73,9%
- EBITDA é a soma do lucro operacional mais depreciação e amortização.
* A depreciação no ano de 2016 não foi apresentada no balanço patrimonial.
O índice de receita operacional mostra a capacidade de geração de receita operacional dos ativos de uma companhia antes dos impostos e alavancagem.
Em 2016 não tivemos nenhuma forma de geração de receita.
5.4 GRAU DE ALAVANCAGEM - GAF
	
GAF = Ativo Total
 Patrimônio Líquido
Sendo assim, temos as seguintes contas:
	
2014 = 36.103.700,00
 15.689.900,00
Total: 2.3
	
2015 = 40.388.000,00
 13.835.900,00
Total = 2.9
	
2016 = 42.944.900,00
 12.219.400,00
Total = 3.5
O grau de alavancagem financeira (GAF) é um importante indicador do grau de risco do qual a empresa está submetida, isto é, se há presença de capital de terceiros de longo prazo na estrutura de capital, identificando se a empresa está alavancada ou não.
No caso da BRF é a capacidade da empresa de elevar o lucro líquido por cota ou por ações, fazendo uso de recursos de empréstimo a juros constantes (fixos). Mesmo com a empresa transferindo a maior parte das suas obrigações para longo prazo, tivemos um tímido aumento em 2016.
INDICADORES DE LUCRATIVIDADE
A Lucratividade é um indicador de eficiência operacional obtido sob a forma de valor percentual e que indica qual é o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que desenvolve.
6.1 MARGEM DE LUCRO LIQUIDO
	
Lucro Líquido = Lucro Líquido
 Recita de Vendas
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 2.224.900,00 x100
 29.006.800,00
Total: 7.67%
	
2015 = 3.130.900,00 x100
 32.196.600,00
Total = 9.72%
	
2016 = -367.300,00 x100
 33.732.900,00
Total = -1,08%
A margem de lucro líquido, também chamado de margem de lucro sobre as vendas ou simplesmente margem líquida mede o percentual de lucro líquido que a empresa conseguiu obter em relação ao seu faturamento. Ela é demonstrada em percentual.
Nos anos de 2014 e 2015 mantivemos uma margem normal para o mercado, mas em 2016 tivemos grande redução no percentual, como será explicado nos próximos indicadores
6.2 MARGEM DE LUCRO OPERACIONAL
	
Lucro Operacional = EBITDA
 Recita de Vendas
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 2.487.600,00 + 4.518.190,00
 29.006.800,00
Total: 24.15%
	
2015= 2.558.300,00 + 4.955.250,00
 32.196.600,00
Total: 23.33%
	
*2016= - 317.500.00
 33.732.900,00
Total: - 0,94%
- Neste caso utilizamos EBITDA para o cálculo da margem. 
* A depreciação no ano de 2016 não foi apresentada no balanço patrimonial.
A margem de lucro operacional identifica o desempenho das operações de uma empresa antes do impacto das despesas com juros e imposto de renda, isto é, ela mede a eficiência operacional da companhia, identificando o quanto das receitas líquidas vieram das vendas e serviços de suas atividades operacionais.
6.3 MARGEM DE LUCRO BRUTO
	
Lucro Bruto = Lucro Bruto
 Recita de Vendas
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 8.509.400,00 x100
 29.006.800,00
Total: 29.33%
	
2015 = 10.088.900,00 x100
 32.196.600,00
Total = 31.33%
	
2016 = 7.526.400,00 x100
 33.732.900,00
Total = 22.31%
A margem de lucro bruto identifica a rentabilidade das vendas, após a dedução das despesas sobre vendas, como impostos sobre vendas, devoluções, abatimentos, custo dos produtos vendidos, entre outros. 
Neste ponto fica nítido que nos anos de 2014 e 2015 estávamos próximos do objetivo (conforme sala de aula 32% é considera um número bom para Margem de Contribuição), e caso continuássemosno mesmo ritmo em 2016 atingiríamos a meta de 32%, nota-se um crescimento de 2 pontos percentuais de 2014 para 2015, logo em 2016 teríamos 33,33%. 
Mas como não atingimos os 32% temos que analisar outros pontos, redução na mão de obra direta e matéria prima, esses dois fatores estão nos puxando para os percentuais negativos em 2016.
7.0 INDICADORES DE ATIVIDADE
Os indicadores de atividade visam à mensuração das diversas durações de um ciclo operacional, o qual envolve todas as fases operacionais típicas de uma empresa, que vão desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias até o recebimento das vendas realizadas.
7.1 PRAZO MÉDIO DE RECIBIMENTO 
	
PMR = Contas a Receber x 360
 Receitas
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 3.261.900,00 x 360
 29.006.800,00
Total: 40 d
	
2015 = 4.180.000,00 x 360
 32.196.600,00
Total = 46 d
	
2016 = 3.234.100,00 x 360
 33.732.900,00
Total = 34 d
No Prazo Médio de Recebimento de Vendas a empresa poderá avaliar se esse prazo de recebimento está de acordo com a média mais viável para o fluxo de caixa desejado do fluxo financeiro atual.
Nos anos de 2014 e 2015, trabalhamos com os padrões do mercado, pois a empresa tinha condições de dar mais prazo aos clientes, mas seria ideal reduzir o prazo ainda mais para conseguir ter mais fluxo em caixa e consequentemente aumentar nosso capital para cumprirmos com nossas obrigações.
7.2 PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM
	
PME = Estoques x 360
 C.M.V
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 2.941.400,00 x 360
 26.206.400,00
Total: 40 d
	
2015 = 4.032.900,00 x 360
 22.107.700,00
Total = 65 d
	
2016 = 4.791.600,00 x 360
 20.497.400,00
Total = 84 d
Então, o objetivo desse índice é calcular o prazo médio que os produtos ficam parados no estoque ao longo do ano, considerando o período desde a entrada da matéria-prima até a saída do produto acabado.
Para melhores resultados, reduzir o tempo em estoque. Com a crise impactando nas vendas no mercado interno e o escândalo da operação carne fraca diminuindo consideravelmente as exportações, talvez fabricar menos, se torne uma ótima opção.
7.3 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES
	
PMPF = C.M.V x 360
 Fornecedores
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 3.977.300,00x 360
 26.006.800,00
Total: 55 d
	
2015 = 5.619.600,00x 360
 32.196.600,00
Total = 62 d
	
2016 = 7.175.400,00 x 360
 33.732.900,00
Total = 76 d
Demonstra o tempo médio que a empresa demora em pagar suas compras a prazo. Quanto mais prazo a empresa conseguir, melhor para o seu fluxo de caixa.
A empresa vem aumentando este índice, conseguindo assim, mais fôlego com suas obrigações de curto prazo.
7.4 GIRO DO ESTOQUE
	
GIRO DO ESTOQUE =__ C.M.V___ X 100 
 Fornecedores
Sendo assim, temos as seguintes contas:
 
	
2014 = 3.977.300,00 X 100
 26.006.800,00
Total: 15 
	
2015 = 5.619.600,00 X 100
 32.196.600,00
Total = 17
	
2016= 7.175.400,00 X 100
 33.732.900,00
Total = 21
A rotatividade ou giro de estoque é um indicador que releva a velocidade em que o inventário foi renovado em um determinado período ou qual é o tempo médio de permanência de um produto antes da venda.
8.0 COMPARAÇÃO ENTRE O RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Para Assaf Neto (2009), o ROE trata-se da mensuração do retorno que a empresa tem dos recursos aplicados por seus proprietários (acionistas), ou seja, para cada $ 1,00 de recursos próprios (patrimônio líquido) investido na empresa, quanto os acionistas embolsam de retorno
	BRF
2016 = -367.300,000,00 
 12.219.400,00
Total = (-R$ 0,3)
	JBS*
2016 = 707.500,00 
 24.914.600,00
Total = R$ 0,03 
8.1 COMPARAÇÃO ENTRE LUCRO POR AÇÃO
	
LUCRO POR AÇÃO = Lucro Líquido 
 Nº de Ações
Sendo assim temos as seguintes contas:
	BRF
2016 = - 367.300,00 
 799.005.245
Total = (-R$ 4,57)
	JBS*
2016 = 707.500,00 
 1.530.902.471
Total = R$ 0,46 
*Dados obtidos do site www.econoinfo.com.br 
O índice LPA representa a parcela do lucro líquido pertencente a cada ação, sendo que sua distribuição aos acionistas é definida pela política de dividendos adotada pela companhia.
Caso a empresa tenha projetos de atrair capitais de investidores, sugerirmos uma tomada de decisão que mude os resultados destes indicadores.
9.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise financeira da empresa, nos permitiu verificar, sob diferentes aspectos, a situação da empresa quanto aos fatores internos. Por meio dos diversos indicadores cujas informações fornecidas associadas, possibilitam uma grande visão da estrutura da entidade
Conseguimos absorver a importância das análises e dos indicadores apresentados neste projeto, direcionando nossa atenção à análises verticais e horizontais do balanço e D.R.E, onde estão pontos bastantes divergentes.
Em nossa analise vimos uma margem de contribuição abaixo do mínimo esperado em 2016, (estamos considerando o visto em sala de aula 32%) sendo então o indicador que devemos enaltecer para conseguirmos o melhor resultado para a empresa BRF. 
Ao desenvolvimento deste trabalho verificamos que diversos fatores impactaram no resultado da BRF, como a crise de proporções macroeconômicas que afetou nosso país, o escândalo da operação carne fraca congelando a exportação da empresa, e a alta do preço do milho, encarecendo sua matéria prima. 
Notamos que a empresa não estava preparada para estas situações e foi “pega” de surpresa, com isso chegamos à conclusão que o ideal seria melhorar o seguinte aspecto: Diminuir os custos e as despesas operacionais, assim aumentando todos os indicadores de lucratividade gerando lucro, consequentemente valorização as ações e atraindo o investimento dos acionistas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonte: https://www.brf-global.com/brasil/sobre-brf/quem-somos-nossa-historia
Fonte: https://www.brf-global.com/brasil/responsabilidade-corporativa/meio-ambiente
Fonte Estruturas de mercado: http://webartigos.com/artigos/estruturas-de-mercado/80483 
Fonte Cartel, Holding e Truste: http://www.estudopratico.com.br/cartel-truste-e-holding-o-que-sao/
Fonte problemas no trajeto: https://www.brf-global.com/brasil/responsabilidade-corporativa/relatorio-anual
Impacto ás Famílias Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/brf-ve-necessidade-de-novos-aumentos-de-precos-no-brasil/
Fonte:	https://br.investing.com/equities/brf-foods-on-ej-nm-balance-sheet
Fonte: https://br.investing.com/equities/brf-foods-on-ej-nm-income-statement 
Fonte: https://br.investing.com/equities/brf-foods-on-ej-nm-cash-flow
Fonte: http://media.wix.com/ugd/570ade_b8a783162f4d49199fe27d1fc536fd39.pdf
Fonte: http://exame.abril.com.br/pme/como-analisar-os-demonstrativos-financeiros-da-sua-empresa/
Fonte: http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/03/Elane-Cristina-Teixeira-e-Maria-de-Nazar%C3%A9-Cruz-An%C3%A1lise-Econ%C3%B4mico-Financeira.pdf 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/prazo-medio-de-estocagem-pme/44001
http://ynvestimentos.com.br/2014/01/indices-e-indicadores-financeiros/
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/calculo-da-lucratividade-do-seu-negocio,21a1ebb38b5f2410VgnVCM100000b272010aRCRD
http://capitalevalor.com.br/artigo.php?id=119
Anexos
A - Balanço Patrimonial
B – Balanço Patrimonial 
C – DRE
D – Fluxo de Caixa

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