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Vol 01 ANAIS FAEF Veterinaria 2014 FINAL 2

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Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 1
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
VOLUME 01
MEDICINA VETERINÁRIA
GARÇA/SP - 2014
ISSN 1676-6814
VOLUME 01
MEDICINA VETERINÁRIA
XVII
4 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Exemplares desta publicação podem ser solicitados à:
SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO - FAEF
Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de
acesso a Garça, km 1, CEP 17400-000, Garça/SP
www.grupofaef.edu.br / florestal@faef.br
Telefone: (14) 3407-8000
Os autores são responsáveis pelo conteúdo das
palestras e trabalhos científicos.
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
Ficha Catalográfica elaborada pela biblioteca da
Faculdade de Ensino Superior e Formação - FAEF
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF.
XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF. Anais... – Garça:
Editora FAEF, 2014.
427 p. vol 01 - (07 vols.)
15x22cm.
 ISSN 1676-6814
1. Ciências Agrárias 2.Ciências Contábeis 3. Administração 4.
Agronomia 5. Engenharia Florestal 6. Medicina Veterinária 7. Pedagogia
8. Psicologia 9. Direito. 10 Turismo. 11 Comércio Exterior
630
S621a
EDIÇÃO, EDITORAÇÃO ELETRÔNICA, ARTE FINAL e CAPA
Aroldo José Abreu Pinto
Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça, km 1.
CEP 17400-000, Garça/SP
www.grupofaef.edu.br / florestal@faef.br
(14) 3407-8000
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 5
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
XVII
SUMÁRIO
Apresentação ............................................................... 13
Comissão Organizadora ................................................... 15
Agradecimentos ............................................................ 17
Programação ................................................................ 19
TRABALHOS APRESENTADOS
MEDICINA VETERINÁRIA .................................................. 21
ADENITE EQUINA – REVISÃO DE LITERATURA
MARZOLA, Nayara Colombo; ZAPPA, Vanessa ........................ 23
BEM-ESTAR ANIMAL EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO – REVISÃO DE
LITERATURA
Jéssica C. D. MENCK; João Pedro TOSIN; Suzana Más ROSA ........ 27
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE – REVISÃO DE LITERATURA
Luara Maria BORDA; Ana Paula PINAS, Thiago Ferreira da SILVA .. 35
CADEIA PRODUTIVA DO MEL – REVISÃO DE LITERATURA
SCARAMUCCI, Cynthia Pirizzotto; SILVA, Thiago Ferreira da ....... 43
6 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA EM FELINOS – REVISÃO DE
LITERATURA
Vanessa Yurika MURAKAMI; Felipe Gazza ROMÃO; Gisele Fabrícia
Martins dos REIS3 ......................................................... 53
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: ESTENOSE PULMONAR EM CÃES -
REVISÃO DE LITERATURA
Isabela Regina de Oliveira HONÓRIO; Isabella Rio FELTRIN; Roque
RAINERI NETO ............................................................. 61
CINOMOSE EM CÃES – REVISÃO DE LITERATURA
Sara Regina Tonon BARROS; Marina Chaves CABRINI; Vanessa
ZAPPA ...................................................................... 71
COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO – REVISÃO DE LITERATURA
Flávia Tavares Sampaio PAULA; Adriana Resmond Cruz
ROMERA;................................................................... 79
CRIPTOCOCOSE EM FELINOS – POTÊNCIAL ZOONÓTICO
Francyelle TOYAMA; Raquel Beneton FERIOLI; Gisele REIS ........ 87
DEFORMIDADE FLEXURAL CONGÊNITA DO BOLETO EM POTROS-
REVISÃO DE LITERATURA
Marcelo Fagali ARABE FILHO; Roque RAINERI NETO2 ................ 95
DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA DA VALVA MITRAL EM CÃES – RELATO
DE CASO
Reinaldo Kazuiti SHIOSI; Gisele F. Martins REIS ..................... 105
DEMODICOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA
Lara Cristina Alcalde ANDRADE; Angélica Cristina Mourão
GUIMARÃES; Vanessa ZAPPA ............................................ 113
DERMATOFITOSE FELINA - RELATO DE CASO
 Tatiana Cristina Longo FREDERICO; Yuri Sandei INFANTE; Gisele
Fabrícia Martins REIS .................................................... 125
DESEMPENHO DE TOURINHOS JOVENS EM PASTEJO COM DUAS
ESTRATÉGIAS DE SUPLEMENTAÇÃO MINERAL
Ricardo Silva LUIZ; Vitor Andrade FRANCISCANI; Daniel Aparecido
MARZOLA; Ernani Nery de ANDRADE .................................. 131
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 7
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
DIARRÉIA VIRAL BOVINA – REVISÃO DE LITERATURA
Patrícia Serignoli FRANCISCONI; Vanessa Yurika MURAKAMI; Vanessa
ZAPPA3 .................................................................... 137
DIOCTOPHYMA RENALE – REVISÃO DE LITERATURA
Matheus Daniel Burato BERNO; Vanessa ZAPPA ..................... 145
DIROFILARIOSE EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA
Vanessa Yurika MURAKAMI; Patrícia Serignoli FRANCISCONI; Victtor
José MAGRO; Vanessa ZAPPA........................................... 153
DOENÇA INFECCIOSA DA BOLSA DE FABRÍCIO (DIB) – REVISÃO DE
LITERATURA
Suzana Más ROSA; Fabrício Zoliani ARAÚJO ......................... 161
ENTERÓLITOS EM EQUINOS – REVISÃO DE LITERATURA
Maithê Bazaglia ALVES; Nataly Chimini SOBRAL; Fernanda T. N.
Mobaid A. ROMÃO........................................................ 171
FEBRE AFTOSA – REVISÃO DE LITERATURA
Ana Claudia SITTA; Marina Gonçalves AVANTE; Vanessa ZAPPA ... 179
GLAUCOMA EM ANIMAIS DE COMPANHIA – REVISÃO DE LITERATURA
Jaqueline Aparecida MARTINS; Letícia Sponton de CARVALHO;
Roque RAINERI NETO .................................................... 187
HORMONIOTERAPIA APLICADA EM EGUÁS CICLICAS - REVISÃO DE
LITERATURA
SOUZA, Jessica F. O.; TEIXEIRA, Flavia R.; DELFIOL, Diego
J. Z. ....................................................................... 203
LEISHMANIOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA
Yasmin Garcia MARANGONI; Reinaldo Kazuiti SHIOSI; Fernanda
Ignácio SAULES3 ......................................................... 219
LEPTOSPIROSE – REVISÃO DE LITERTURA
Lara C. Alcalde ANDRADE; Angélica C. Mourão GUIMARÃES; Vanessa
ZAPPA ...................................................................... 229
LEPTOSPIROSE, UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA – REVISÃO DE
LITERATURA
Fabrício Zoliani de ARAUJO; Fernanda Saules IGNÁCIO ........... 235
8 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
MANEJO E CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES EM CATIVEIRO –
REVISÃO DE LITERATURA
João Pedro Tosin da SILVA; Jéssica C. D. MENCK; Suzana Más
ROSA ...................................................................... 247
MANEJO PRÉ ABATE DE BOVINOS NO PANTANAL: TRAJETO-
FAZENDA/FRIGORÍFICO
Lucas Bispo BOTARI; Ernani Nery de ANDRADE ...................... 259
MÉTODOS DE INSENSIBILIZAÇÃO EM BOVINOS DE CORTE
Nataly Chimini SOBRAL; Maithê Alves BAZAGLIA; Ernani Nery de
ANDRADE .................................................................. 267
MICOBACTERIOSE CANINA – RELATO DE CASO
Fabiana Pereira RIBEIRO; Adriana Resmond Cruz ROMERA ........ 275
MORMO EM EQUINOS
Débora J. MARQUES; Diego José Z. DELFIOL ........................ 283
NOVAS PERSPECTIVAS EM DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO
MASTOCITOMA CANINO – REVISÃO DE LITERATURA
Matheus Daniel Burato BERNO; Analy Ramos MENDES ............. 293
NUTALIOSE – REVISÃO DE LITERATURA
Luiz Felipe de AZEVEDO NETO; João GuilhermeSOUZA; Vanessa
ZAPPA ...................................................................... 305
OSTEOSSARCOMA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA
Damaris CARVALHO; Gisele Fabrícia Martins dos REIS ............. 313
OTITE MÉDIA EM CÃO – RELATO DE CASO
Maria Gabriela Picelli de AZEVEDO; Gisele Fabricia Martins
dos REIS .................................................................. 319
PIOMETRA CANINA – REVISÃO DE LITERATURA
Reinaldo Kazuiti SHIOSI; Yasmin Garcia MARANGONI; Roque RAINERI
NETO ....................................................................... 327
PODODERMATITE ASSÉPTICA DIFUSA EM EQUINOS - REVISÃO DE
LITERATURA
Carolina de Brito,GRANDINO; Joice Franciele, SOARES; Roque,
RAINERI NETO ............................................................ 345
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 9
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
RAIVA EM PEQUENOS ANIMAIS – REVISÃO DE LITERATURA
Matheus Daniel Burato BERNO; Vanessa ZAPPA ..................... 363
SÍNDROME DA DILATAÇÃO VÔLVULO-GÁSTRICA EM CÃES – RELATO
DE CASO
Yasmin Garcia MARANGONI; Angélica Cristina Mourão GUIMARÃES;
 Raquel Beneton FERIOLI ............................................... 371
TOXOPLASMOSE – REVISÃO DE LITERATURA
Marina Chaves CABRINI; Sara Regina Tonon BARROS; Vanessa
ZAPPA ..................................................................... 383
TRÍADE NEONATAL EM PEQUENOS ANIMAIS
Giovana Paula Antunes Ribeiro de SOUZA; Gisele Fabrícia Martins
do REIS .................................................................... 389
UROLITÍASE EM CÃES – REVISÃO DE LITERATURA
Natália Gallerani CAMILO; Gisele F. Martins dos REIS .............. 399
UTILIZAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL NA CLÍNICA DE
ANIMAIS DE COMPANHIA
SIQUEIRA, Tabatha Vivielle; REIS, Gisele ............................. 407
TÉTANO EM EQUINOS – REVISÃO DE LITERATURA
Luiz Felipe de AZEVEDO NETO; João Guilherme SOUZA; Vanessa
ZAPPA ...................................................................... 415
Normas para elaboração de artigo científico do Simpósio da
FAEF ....................................................................... 423
10 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 11
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
APRESENTAÇÃO
 
O décimo sétimo Simpósio de Ciências Aplicadas é um marco
histórico para todos os membros da nossa prestigiada FAEF.
Chegamos às vésperas de duas décadas de existência, tratando-
se do mais relevante evento anual de ensino, pesquisa e
extensão da nossa IES, momento em que todos os membros da
direção, coordenações, corpo administrativo, funcionários,
colaboradores, docentes e discentes estão unidos para um único
objetivo, qual seja, a construção e a divulgação do
conhecimento. Prova dessa assertiva é a inscrição de
aproximadamente 2000 pessoas entre alunos e profissionais
das diversas áreas e um número elevado de trabalhos
científicos, entre artigos, comunicações científicas e técnicas,
relatos de casos, revisões de literatura e outros. A cada ano,
felizmente, majora o volume e a qualidade dos trabalhos
inscritos e aprovados para publicação nos anais.
Todavia, para quem pensa que alcançamos tudo, vale
aguardar para participar desses quatro dias de evento, pois,
aspiramos continuar “mudando a história” da melhor maneira
que sabemos: produzindo e divulgando conhecimento (tríade:
ensino, pesquisa e extensão de excelência).
Assim sendo, com muita dedicação, paixão e
profissionalismo ao que fazemos, temos a certeza de que a
décima sétima edição do Simpósio de Ciências Aplicadas da
FAEF, leva-nos, a cada ano, a buscar o conhecimento como
XVII
12 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
que pela primeira vez, pois objetivamos atingir a nossa parcela
neste processo essencial para a formação dos nossos alunos,
profissionais que já estão no mercado de trabalho e a população
externa que nos visita para abrilhantar este grandioso evento
científico.
Sejam todos bem-vindos!
PROF. MSC. OSNI ÁLAMO PINHEIRO JÚNIOR
PRESIDENTE EXECUTIVO DO XVII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS DA FAEF
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 13
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
COMISSÃO ORGANIZADORA
Presidente de Honra do Simpósio
Profª. Drª. Dayse Maria Alonso Shimizu
Presidente Executivo do Simpósio
Prof. MSc. Osni Alamo Pinheiro Junior
Vice Presidente
Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto
Comissão Científica do Simpósio
Prof. MSc. Felipe Camargo de Campos Lima
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Profª. MSc. Vanessa Zappa
Profª. Drª. Letícia de Abreu Faria
Comissão de Infraestrutura do Simpósio
Prof. Esp. Daniel Aparecido Marzola
Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. Esp. Fernando Rocha
Prof. Esp. Alexandre Luis da Silva Felipe
Prof. Dr. Ernani Nery de Andrade
Sr. Rodrigo Pinheiro de Azevedo
XVII
14 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Prof. MSc. Felipe Camargo de Campos Lima
Sra. Maria Aparecida da Silva
Comissão de Captação de Parceiros
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto
Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque
Sr. Mateus Souza Avelar
Prof. Esp. Paulo César Jacobino
Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura
Comissão de Marketing, Comunicação Visual e Mídias Sociais
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Srta. Andréia Travenssolo Mansano
Profª. MSc.Vanessa Zappa
Sr. Rodrigo Pinheiro de Azevedo
Sr. Anderson de Oliveira Cardoso Moraes
Comissão de Documentação e Expedição de Certificados
Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Profª. MSc. Raquel Beneton Ferioli
Srta. Ana Stela Agostinho Costa
Srta. Andréia Travenssolo Mansano
Srta. Suellen Sossolote
Comissão de Cultura e Entretenimento
Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 15
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho
Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto
Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura
Srta. Andréia Travenssolo Mansano
Prof. Dr. Ernani Nery de Andrade
Sra. Maria Aparecida da Silva
Profª. MSc. Gisele Fabricia Martins dos Reis
Prof. Msc.Diego José Zanzarini Delfiol
Comissão de Secretaria e Tesouraria do Simpósio
Profª. Msc. Priscilla dos Santos Bagagi
Profª. Msc. Gisleine Galvão Bosque
Prof. Msc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Profª. Esp. Amaly Pinha Alonso
Srta. Rosilene Pedroso de Oliveira
Srta. Ana Stela Agostinho Costa
Sr. Wilson Shimizu
Comissão Editorial do Simpósio
Prof. Dr. Aroldo José de Abreu Pinto
16 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
COMISSÃO CIENTÍFICA DOS CURSOS
Administração
Prof. MSc. Ricardo Alves Perri
Prof. Esp. Jorge Toshio Fushimi
Agronomia
Prof. Dr. Edgard Marino Júnior
Prof. Esp. GiovanaPaiva Azevedo
Profª. Drª. Letícia de Abreu Faria
Ciências Contábeis
Prof. Esp. Nildemar Andrade Gonçalves Gonzaga
Prof. Esp. Cristiano dos Santos Dereça
Direito
Prof. Esp. Diogo Simionato Alves
Prof. Dr. Silvio Carlos Alvares
Profª. MSc. Simone Doreto Campanari
Profª. Drª. Érika Cristina de Menezes Vieira Costa Tamae
Profª. MSc. Claudia Telles de Paula
Engenharia Florestal
Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo
Prof. MSc. Murici Carlos Candelaria
Prof. Esp. Victor Lopes Braccialli
Medicina Veterinária
Profª. Esp. Fernanda Tamara Neme Mobaid Agudo Romão
Profª. Msc. Raquel Beneton Ferioli
Profª. Msc. Vanessa Zappa
Pedagogia
Prof. MSc. Odair Vieira da Silva
Profª. MSc. Neuci Leme de Camargo
Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi
Psicologia
Prof. MSc. Rangel Antonio Gazzolla
Profª. MSc. Juliana Baracat
Turismo
Profª. Msc. Talita Prado Barbosa
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 17
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
XVII
AGRADECIMENTOS
A Comissão Organizadora e a Administração Superior da Sociedade
Cultural e Educacional de Garça agradecem imensamente a todos aqueles
que participaram do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF e, em
especial, aos palestrantes, apoios e/ou patrocínios das empresas e órgãos
públicos que contribuíram para o sucesso do evento.
18 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 19
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
XVII
PROGRAMAÇÃO
20 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF - Entretenimento
Além de enriquecer o conhecimento profissional, no XVII Simpósio
de Ciências Aplicadas os participantes puderam participar de atividades
culturais, de entretenimento, de lazer e de educação ambiental.
 Confiram a programação:
 - Dia 6 de maio, a partir das 19h, na Estância FAEF: Concurso Miss e
Mister FAEF e Nossos Talentos;
- Dia 7, 8 e 9 de maio, das 17h30 às 19h, no campo: Campeonato de
futebol;
- Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, no Haras: Atividades Equestres;
- Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, na Estância FAEF: Dog Fashion Day;
- Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, no NUEMA: Oficina Ambiental.
MINICURSOS
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 21
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
TRABALHOS
APRESENTADOS
Medicina Veterinária
XVII
22 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 23
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
ADENITE EQUINA – REVISÃO DE LITERATURA
MARZOLA, Nayara Colombo1
ZAPPA, Vanessa2
1 Discente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP-Brasil.
nayara_marzolinha@hotmail.com
2 Docente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP-Brasil.
profvanessa@yahoo.br
RESUMO
A Adenite Equina popularmente conhecida como garrotilho, é
uma doença infecto-contagiosa que afeta o trato respiratório de
equideos, com maior prevalência em animais jovens, ela é causada
por uma bacteria denominada: Streptococcus equi, onde sua entrada
se dá pelas vias aéreas. É relatada no mundo inteiro, proporciona
perdas econômicas e um custo para tratamento. Deve-se utilizar de
meios de controle para evitá-la.
Palavras-chave: Adenite bactéria, respiratório.
ABSTRACT
The Equine Strangles popularly known as Strangles is an infectious
disease that affects the respiratory tract of equine, with higher
prevalence in young animals, it is caused by a bacteria called
Streptococcus equi, where entry is given by the airways. It is reported
worldwide, provides economic losses and a cost for treatment. You
must use the means of control to prevent it.
24 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Keywords: adenitis, bacteria, respiratory.
1. INTRODUÇÃO
A Adenite Eqüina, ou Garrotilho como é conhecida, recebe este
nome devido à aparência que o animal acometido assume, parecendo
estar sendo estrangulado (garroteado) devido ao aumento de volume
dos linfonodos (SANTOS, 2011).
Esta doença é específica de dos equideos, e atinge o trato
respiratório, causando abcessos nos linfonodos retrofaringeano e
submandibular, pode invadir a mucosa oral da nasofaringe causando
anorexia, queda de temperatura e descarga nasal purulenta. Esta
situação, sem que se faça um tratamento adequado, pode evoluir
para uma infecção das bolsas guturais, pneumonia por aspiração,
entre outras complicações, podendo levar o animal á óbito
(THOMASSIAN, 2005).
Geralmente, acomete animais mais jovens, mas também pode
acometer os animais adultos (THOMASSIAN, 2005).
Aparece, geralmente em locais de agrupamento animais, pois o
microorganismo é facilmente transmitido através em recipiente com
agua e comedouros de uso comum, pois chega ao o organismo com
os alimentos e água contaminados. Há animais resistentes portadores,
que não apresentam sintomas da doença, mas a disseminam, dando
origem a surtos inesperados. Os animais doentes precisam ser isolados
(TORRES,1981).
O diagnóstico é geralmente realizado de acordo com os sinais
clínicos, ou com a presença do agente em culturas a partir do
exsudato nasal ou do pus(THOMASSIAN, 2005).
O objetivo deste trabalho, foi produzir uma revisão de literatura,
sobre a Adenite eqüina e mostrar a importância de tratar os animais
infectados.
2. DESENVOLVIMENTO
A Adenite Eqüina, ou garrotilho é um escandescência purulenta
catarral das mucosas da cabeça, garganta e trato respiratório, onde
os linfonodos , formam inchaços que podem drenar e produzir seios
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 25
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
cutâneos, ou sofrer rompimento para a bolsa gutural. Estão
comprometido principalmente os nodos retrofaríngeanos e
mandibulares (WINTZER, 1990).
É ocasionada pela bactéria Streptococcus equi, e acomete os
animais mais jovens pelas freqüentes baixas na resistência,
especialmente nas alterações climáticas, desmama, transporte e
treinamento intensivo. Então o contágio e a proveniencia de infecção
do garrotilho é o corrimento nasal de animais infectos, pois quando
relincham, tossem ou espirram, espalham pus como se fossem um
jato sobre a água e os alimentos, facilitando a propagação da
enfermidade (THOMASSIAN, 2005).
O período de preparação da doença vai de 4 a 10 dias, após
contágio de outro animal. Começa com anoxeria, abatimento e
hipertermia (40-41ºC), respiração ofegante e acelerada, mucosa
avermelhada, aparecendo depois de 2-3 dias uma descarga
mucopurulenta eem seguida purulenta, pelas narinas. Podendo
haver tosse, por várias semanas. Os gânglios da face apresentam-
se firmes, aquentados e doloridos, transformando-se em
abcessos que supuram e liberam pus amarelo e cremoso
(TORRES,1981).
O Diagnóstico, geralmente é clinico e baseia-se nas características
de surto da doença, idade dos animais, rinorréia purulenta e tosse.
E os animais infectados devem ser isolados (THOMASSIAN, 2005).
O tratamento é relativamentesimples e eficaz, e o antibiótico
mais utilizado é a penicilina benzatina na dose de 20.000 a 40.000
UI/Kg, por VI, repetindo se a dose 72 horas após a primeira aplicação
(THOMASSIAN, 2005).
Eventualmente, no decorrer da doença, quando se tem um grande
aumento do volume dos linfonodos, pode haver asfixia por
compressão laríngea, levando o animal a dispnéia e descoloração
azulada das mucosas (cianose). Nestas condições deve ser realizada
a traqueotomia, sob pena de acontecer a morte por asfixia
(THOMASSIAN, 2005).
Discute-se o uso da vacina profilática, porem encontrou-se pouca
evidencia de sua eficácia clinica (WINTZER,1990).
Mas, quando o animal é vacinado e contrai a doença, ela se
manifesta de forma amena (THOMASSIAN, 2005).
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no que foi desenvolvido neste trabalho, pode-se
considerar que é de extrema importância isolar o animal infectado
do restante dos animais sadios, pois a enfermidade é facilmente
transmitida, e o tratamento da doença é simples mas deve ser feito
assim que descoberto a doença. E a vacina profilática pode amenizar
a gravidade da enfermidade quando contraída.
4. REFERENCIAS
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
BEM-ESTAR ANIMAL EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO
– REVISÃO DE LITERATURA
Jéssica C. D. MENCK1
João Pedro TOSIN2
Suzana Más ROSA3
1Discente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP – BRASIL-
jessica.menck@hotmail.com
2 Discente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP – BRASIL-
3 Docente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP-BRASIL-
suzana_masrosa@yahoo.com.br
RESUMO
A saúde animal envolve questões relacionadas a enfermidades
dos animais, saúde pública, controle dos riscos na cadeia
alimentar, assegurando a oferta de alimentos e bem-estar animal.
Por isso compreender a relação entre reprodução, comportamento
e bem-estar vêm sendo um desafio. A principal razão é a
dificuldade em estabelecer e avaliar o bem-estar. Alguns autores
sugerem a análise do estado geral de saúde, do nível de estresse
e dos padrões comportamentais como medidas indiretas. Vários
pesquisadores acreditam que o enriquecimento ambiental parece
ser efetivo na redução de condições estressantes e de
comportamentos anormais, podendo propiciar melhor desempenho
reprodutivo em diferentes espécies.
Palavras-chave:Bem-estar, Animais, Produção.
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
ABSTRACT
Animal health, involves issues related to animal diseases, public
health, controlling risks across the food chain, ensuring the supply
of safe food and animal welfare. Therefore understanding the
relationship between reproduction, behavior and well-being has been
a challenge. The main reason is the difficulty in establishing and
evaluating welfare. Some author ssuggest the analysis of general
health, level of stress and behavioral patterns as indirect measures.
Several researchers believe that environmental enrichment may be
effective in reducing stressful conditions and abnormal behavior,
and may provide better reproductive performance in different
species.
Key-words:Welfare, Animal, Production.
1. INTRODUÇÃO
O avanço da ciência do bem-estar animal aguçou o senso crítico
da necessidade de prevenção e tratamento da dor em animais,
adicionado ao olhar atento do consumidor, às boas práticas de
produção e a preservação ambiental. Desta forma, o bem-estar
animal agrega valor ao produto e pode favorecer a produtividade. É
dever do ser humano prover condições para que os animais não sejam
submetidos a procedimentos dolorosos sem a devida anestesia e
analgesia e repensar o uso de práticas que causam dor e sofrimento
em animais de produção (LUNA, 2008).
O termo bem- estar pode ser utilizado aos animais silvestres ou
a animais cativos em fazendas produtivas, a zoológicos, à animais
de experimentação ou à animais domésticos. Os efeitos sobre o bem-
estar incluem aqueles provenientes de doença, traumatismos, fome,
estimulação benéfica, interações sociais, condições de alojamento,
tratamento inadequado, manejo, transporte, procedimentos
laboratoriais, mutilações variadas, tratamento veterinário ou
alterações genéticas através de seleção genética convencional ou
por engenharia genética (BROOM; MOLENTO, 2004).
É forte a relação existente entre bem estar animal e outros temas
relacionados com a produção animal intensiva, principalmente o uso
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 29
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
de promotores de crescimento e outras drogas. Como é de
conhecimento geral, a produção de animais contemplando os
conceitos de bem estar custa mais caro, por isso este tem sido o
principal fator diminuidor da velocidade de avanço do movimento
(CRUZ, 2008).
O objetivo deste trabalho é demonstrar o sofrimento que muitas
vezes acomete os animais de produção para nosso próprio benefício,
e fazer-nos repensar se muitas das técnicas usadas são realmente
necessárias, e se sim, quais seriam alternativas para diminuir a dor
e o estresse causado.
2. DESENVOLVIMENTO
Atualmente o consumidor está atento para o alimento que
respeite as boas práticas e a preservação ambiental. Fazendo o bem-
estar animal passar de um empecilho às práticas de produção, a um
aliado importante para viabilidade financeira do agronegócio,
agregando maior valor ao produto. Algumas práticas realizadas em
animais de produção têm sido questionadas, aumentando a
preocupação com o bem-estar animal e o controle da dor nestas
espécies pode ser vantajoso para a própria produtividade (LUNA,
2008).
No Brasil, as preocupações com o bem-estar animal crescem
paralelamente ao desenvolvimento socioeconômico, mudando o perfil
dos consumidores aos quais estão cada vez mais preocupados com a
qualidade do produto, a segurança do alimento e o respeito ao meio
ambiente e ao animal (ROCHA, 2008).
Os animais de produção são os que mais sofrem dor, pois sempre
são submetidos a diversos procedimentos cruéis sem a devida
anestesia ou analgesia. As principais causas de dor são a marcação à
quente ou frio, orquiectomia, descornia, a debicagem, caudectomia
e o corte de dentes (LUNA, 2008).
Adicionalmente, o próprio manejo dos animais pode desencadear
um estímulo nocivo, como em casos de traumas durante o transporte
e a falta de espaço pelo confinamento, neste caso principalmente
em aves de postura e de corte e em criações intensivasde suínos e
“baby beef” (LUNA, 2008).
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
No lado da produção de alimentos, pelo fato de serem criadas
em gaiolas, aves de postura são percebidas como a espécie que mais
sofre com as praticas predominantes no mercado. Suínos
provavelmente em segundo lugar, e na sequência frangos e perus de
corte (CRUZ, 2008).
2.1 Avaliação de bem estar
A avaliação do bem-estar envolve uma abordagem
multidisciplinar, que considera as características comportamentais,
a sanidade, a produtividade, as variáveis fisiológicas e as preferências
dos animais pelos diversos componentes do ambiente que os rodeiam.
O estresse fisiológico é um dos principais indicadores usados na
avaliação do bem-estar animal, pois de maneira geral, é considerado
a resposta fisiológica do organismo a um estímulo do ambiente, na
tentativa de manter a homeostasia.O estresse prolongado ou crônico
pode causar falhas no sistema imunológico, reprodutivo e no
crescimento, pode interferir com a memória dos animais e acarretar
uma menor capacidade cognitiva, gerando comportamentos que irão
afetar negativamente o bem estar (HOTZEL; MACHADO FILHO, 2004).
Através da incidência de comportamentos anômalos também é
possível avaliar o bem estar, pois são considerados um
redirecionamento de desempenhos para os quais o animal tem forte
motivação, mas cuja realização está impedida por fatores ambientais.
Outras vezes, o comportamento dos animais numa situação é
comparado com o de animais que têm a possibilidade de desenvolver
um repertório comportamental mais próximo do considerado natural
para a espécie em condições ambientais apropriadas (HOTZEL;
MACHADO FILHO, 2004).
Em um estudo realizado por Broom e Molento (2004), foram
observadas as preferências dos animais como forma de obter a opinião
dos mesmos em relação a certas situações de manejo ou ambiente,
como por exemplo, porcas pré-parturientes que pressionavam um
painel para ter acesso a uma sala contendo palha ou à outra sala
contendo alimento. Até dois dias antes do parto as porcas
pressionaram muito mais frequentemente para ter acesso ao alimento
do que à palha. Neste momento, o alimento era mais importante
para as porcas do que a palha para manipulação ou construção do
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ninho. Entretanto, no dia anterior ao parto, quando normalmente
seria construído um ninho, as porcas pressionaram o painel com
similar frequência para obtenção de palha e de comida. Galinhas
preferem bater suas asas de vez em quando; porém, este
comportamento é impossível em gaiolas industriais. Bezerros criados
para produção de vitela e alguns animais de laboratório engaiolados
tentam exaustivamente limpar-se, porém isto não é possível em baias
ou gaiolas muito pequenas, ou em gaiolas metabólicas e aparelhos
de contenção (BROOM; MOLENTO, 2004).
2.3 Enriquecimento ambiental
Quando um animal se encontra em desajuste homeostático real
ou potencial, ou quando tem de executar uma ação devido a alguma
situação ambiental, diz-se que este animal tem uma necessidade.
Quando essas necessidades não são satisfeitas, o bem-estar é mais
pobre do que em situações nas quais as necessidades são satisfeitas.
Existem necessidades de recursos em particular, tais como água ou
calor; entretanto, os sistemas de controle nos animais evoluíram de
tal forma que o modo de obtenção de um objetivo específico tornou-
se importante (BROOM; MOLENTO, 2004).
Algumas necessidades são associadas a sentimentos, que
provavelmente se alteram quando a necessidade é satisfeita. Se a
existência de um sentimento aumenta as chances de realização de
uma ação adaptativa por parte do indivíduo, aumenta as chances de
sobrevivência. Os sentimentos são parte de um mecanismo para se
atingir um objetivo, exatamente da mesma forma que respostas
adrenais ou regulação comportamental da temperatura corporal
também são. Outras informações sobre necessidades são obtidas pela
observação de anormalidades comportamentais ou fisiológicas, as quais
resultam de necessidades não satisfeitas (BROOM; MOLENTO, 2004).
Enriquecimento ambiental é sinônimo de aumento de
complexidade de ambientes, possibilitando uma melhoria da
funcionalidade biológica dos animais. Consiste em uma série de
medidas que modificam o ambiente físico ou social, melhorando a
qualidade de vida dos animais cativos, permitindo a mensuração do
bem-estar, considerando os efeitos do ambiente no crescimento e
no desenvolvimento (GUIMARÃES et al., 2009).
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Ambientes que lembram o habitat natural mostram uma maior
facilidade de expressão de comportamentos típicos da espécie e um
aumento da reprodução, no caso da criação das aves, as gaiolas
eliminam o contato com as fezes, e melhoram o ambiente de
trabalho, com a diminuição dos níveis de poeira e amônia, permitem
reduzir o grupo de aves alojadas, minimizando assim o canibalismo
e previnem o consumo dos ovos pelas galinhas, já que estes rolam
para o aparador após a postura, ficando longe do alcance das mesmas
(ROCHA et al., 2008).
No entanto, as aves apresentam comportamentos naturais
causando estresse, sendo que o espaço limitado ainda restringe a
movimentação e as atividades das aves, contribuindo para a
“osteoporose por desuso”, que torna o osso mais frágil e
susceptível a fraturas dolorosas. Pesquisas recentes têm
desenvolvido gaiolas enriquecidas ou convencionais modificadas
visando atender às necessidades de bem-estar. Dentre estas se
observam a incorporação de poleiros para melhorar a resistência
óssea, a utilização de repartições inteiras entre as gaiolas para
reduzir os danos ao empenamento, colocação de fita ou pintura
abrasiva junto à base do aparador de ovos para permitir que as
aves reduzam o tamanho das unhas, enquanto se alimentam, e
consequentemente as lesões de pele, área para ninhos e banhos
de areia (ROCHA et al., 2008).
2.4 Alguns resultados positivos proporcionados através do bem
estar animal
Observou-se maior ganho de peso em leitões castrados sob o
efeito de anestesia local na semana após a cirurgia, em relação
àqueles não anestesiados, superando inclusive os gastos com o
procedimento anestésico (LUNA, 2008).
Na área de bovinocultura, muitos trabalhos demonstram que as
práticas operativas e de manejo corretas asseguram um maior bem-
estar do animal e obtêm melhores resultados econômicos, evitando
ineficiência e perda de valor em toda a cadeiade corte e produzindo
um produto que não deixa de ser uma commodity, mas que apresenta
diferenciação por sua qualidade melhorada, pois o manejo
inadequado pode passar despercebido e ocasiona deficiência do
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sistema produtivo, por falhas na alimentação, enfermidades, etc
(BORTOLI, 2008).
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os animais estão sob nossa responsabilidade, por isso é dever do
ser humano e particularmente do médico veterinário, prover
condições para que os animais não sejam submetidos a procedimentos
dolorosos sem a devida anestesia e analgesia. Animais de produção
sofrem muito, então deve-se repensar o uso de práticas que causam
dor e sofrimento considerando que eles são criados para o nosso
benefício. Por isso, o mínimo que se deve ser feito é tratá-los de
forma digna e com respeito. Muitas práticas deveriam ser reavaliadas
quanto à necessidade, a forma de realização e o custo do sofrimentoanimal deve ser levado em consideração, já que a emoção e
inteligência animal podem ser questionadas, mas é inquestionável
que os animais sofram.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ROCHA, J. S. R.LARA, L. J. C. BAIÃO, N. C. Produção e bem-estar
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OLIVEIRA, C. B. BORTOLI, E. C. BARCELLOS, J. O. J. Diferenciação
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
CADEIA PRODUTIVA DO LEITE – REVISÃO DE
LITERATURA
Luara Maria BORDA¹
Ana Paula PINAS¹
Thiago Ferreira da SILVA²
RESUMO
O leite teve sua história iniciada há 20 mil anos a.C a partir do
primeiro contato humano com o mesmo. No RIISPOA o leite é o
produto vindo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de
higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite é
uma fonte de vitaminas A, E e K. Também são encontradas no leite
as vitaminas hidrossolúveis como: B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico
e niacina. O objetivo desta revisão de literatura é descrever pontos
importantes sobre a cadeia produtiva do leite, ramo crescente no
Brasil que cria emprego para a população, renda para produtores,
além de ser um alimento que participa da rotina das pessoas por
possuir um alto poder nutritivo.
Palavras-chave: higiene, produtores, renda, vitamina.
ABSTRACT
The milk had his story started 20,000 years BC from the first
human contact with it. In RIISPOA milk is the product from the
complete, uninterrupted milking, in conditions of hygiene, well fed
and rested healthy cows. The milk is a source of vitamins A, E and K
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
are also found in milk water-soluble vitamins such as B1, B2, B6,
B12, niacin, and pantothenic acid. The aim of this review is to
describe important points about the milk chain, increasing branch
in Brazil that creates jobs for the population, income for producers,
besides being a food that part of the routine of the people have a
high nutritional value.
Keywords: hygiene, producers, income vitamin.
1.INTRODUÇÃO
O leite teve sua história iniciada a 20 mil anos a.C a partir do
primeiro contato humano com o mesmo. Somente por volta de 3
mil anos a.C. é que passa a ser usado como alimento. Desenhos
rupestres testemunham a aproximação do homo sapiens com o leite
que teria ocorrido provavelmente com as cabras. A primeira
ordenhaé na data de 10 mil anos a.C.. A partir de 3100 a.C. acontece
o primeiro registro histórico e concreto da utilização do leite como
alimento. Durante as grandes navegações do século XVI, bovinos,
cabras e ovelhas serviam para fornecer o leite, e o queijo. Por
volta de 1650 enquanto as classes mais abastadas preferiam o café
puro, a mistura de café com leite era popular. Durante o século
XVII o leite teve importante papel nas preparações culinárias na
alimentação da maior parte da população (SOARES & NICOLAU,
2012).
No Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos
de Origem Animal, leite é o produto vindo da ordenha completa,
ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem
alimentadas e descansadas. Assim, fatores como: espécie, raça,
indivíduo, idade da vaca, estágio da lactação, alimentação, estações
do ano, estado de saúde do animal, dentre outros, afetam a
composição do leite (BRASIL, 2012).
A cadeia produtiva do leite é uma das mais valiosas do complexo
agroindustrial brasileiro. Movimenta por ano cerca de US$10 bilhões,
possuem mais de 1 milhão de produtores, e produz aproximadamente
26 bilhões de litros de leite anualmente, provenientes de um dos
maiores rebanhos mundiais, com grande potencial para abastecer o
mercado interno e externo (PACHECO et al., 2012).
Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 37
Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
A Bovinocultura Leiteira exerce um importante papel no
desenvolvimento econômico nacional de países em
desenvolvimento, principalmente nas regiões que predominam a
agropecuárias, isso tem ocorrido devido a crescente inserção do
Agronegócio na “Economia Globalizada”. Contudo, para atingir bons
resultados, as atividades agropecuárias, estão cada vez mais
expostas aos desafios impostos pela mundialização da economia
de modo que é preciso manter um elevado nível de competitividade
em termos de custos, preços, qualidade, condizente com os padrões
do dinâmico mercado atual, o que, por sua vez, tem tornado cada
vez mais importante à eficiência na gestão dessas atividades (VIANA
& FERRAS, 2007).
Dados obtidos da apuração dos custos de produção são utilizados
para várias finalidades, como: estudo da rentabilidade da atividade
do leite, redução dos custos, planejamento e controle das operações
do sistema de produção leiteira, identificação e determinação da
rentabilidade do produto, identificação do ponto de equilíbrio. A
cadeia produtiva do leite: um estudo sobre a organização da cadeia
e análise de rentabilidade de uma fazenda com opção de
comercialização de queijo ou leite do sistema de produção de leite,
e instrumento de apoio ao produtor no processo de tomada de
algumas decisões certas (LOPES et al., 2001).
Acrescentando-se a importância nutritiva do leite como
alimento, pode-se estar diante de um dos produtos mais importantes
da agropecuária brasileira. O leite é rico em nutrientes essenciais
ao crescimento e à manutenção de uma vida saudável. A indústria
de laticínios tem potencializado o valor nutritivo deste produto.
Existe no mercado uma série de bebidas lácteas enriquecidas com
vitaminas, minerais e ômegas 3 e 6, assim como leites especiais
para as pessoas que não podem digerir e metabolizar a lactose.
Além da sua importância nutritiva, o leite desempenha um relevante
papel social, principalmente na geração de serviços e empregos
(PACHECO et al., 2012).
O objetivo desta revisão de literatura é descrever pontos
importantes sobre a cadeia produtiva do leite, ramo crescente no
Brasil que cria emprego para a população, renda para produtores,
além de ser um alimento que participa da rotina das pessoas por
possuir um alto poder nutritivo.
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
2.DESENVOLVIMENTO
O leite é uma importante fonte de vitaminas A, D, E e K. Também
são encontradas no leite as vitaminas hidrossolúveis como: B1, B2,
B6, B12, ácido pantotênico e niacina. Quanto aos sais minerais, o
leite possui os essenciais à dieta humana e concentra em maior
quantidadeos fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio
e magnésio (SOARES & NICOLAU, 2012).
O País tem, hoje, acima de um milhão e cem mil propriedades
que vivem do leite, ocupando diretamente 3,6 milhões de indivíduos.
Para ter-se uma ideia mais clara do impacto deste setor na nossa
economia, a elevação na demanda final por produtos lácteos em um
milhão de reais gera 195 empregos permanentes. Este impacto supera
o de setores automobilístico, o de construção civil, o siderúrgico e o
têxtil. A expectativa é de que se tenha produzido próximo a 21 bilhões
de litros em 2001 (PACHECO et al., 2012).
A indústria de laticínios no Brasil é composta de empresas
multinacionais, cooperativas e empresas nacionais, sendo este um
dos maiores produtores mundiais de leite, mas com baixa
produtividade devido à utilização de vacas de raças impróprias para
a produção de leite e pela não utilização de confinamento. No caso
da modernização da pecuária leiteira, os grandes pecuaristas
pressionam as cooperativas para a adoção de novas tecnologias
usadas com fim de valorizar o produto final. A coleta a granel
representa esse esforço, embora não tenha sido totalmente
implantada no país (RIBEIRO, 1999)
O Censo Agropecuário do IBGE indica que no Brasil existem
aproximadamente 5,2 milhões de produtores rurais e em 25% deles
ocorre a produção de leite. O maior percentual de propriedades
com leite em relação ao número total de estabelecimentos rurais
ocorre nas Regiões Sul (41%) e no Centro-Oeste (39%). No Sudeste
33% do total de estabelecimentos trabalham com leite, no Norte
18% e no Nordeste apenas 16% deles se dedicam à atividade (BARROS
et al, 2010).
O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes
da agropecuária brasileira, ficando a frente de produtos como café
beneficiado e arroz. O agronegócio do leite e seus derivados
desempenham um papel relevante no suprimento de alimentos e na
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
geração de emprego e renda para a população (PACHECO et al.,
2012).
Tradicionalmente o Brasil sempre foi um grande importador de
produtos lácteos, chegando a registrar um déficit anual de quase
meio bilhão de dólares no final dos anos 90. A partir de 2004, com o
cenário mundial favorável o País passou a fazer parte do mercado
internacional, como exportador líquido de produtos lácteos. Com o
aumento da renda da população nacional, principalmente das classes
C e D, o consumo de produto laticínios aumentou e a balança
comercial voltou a ser negativa. Em 2011, até outubro, já importamos
meio bilhão de dólares com 132.457 toneladas de produtos lácteos e
exportamos aproximadamente US$ 100 milhões (BARROS et al, 2010).
No caso do leite, existem cerca de cinco figuras que podem vir a
desempenhar o papel de ligação entre produtores e consumidor final
do produto: cooperativa, indústria, representante, distribuidores e
varejista. O fluxo pode ser considerado ainda de duas maneiras: o
fluxo por canais mais comuns da mercadoria, situação esta que ocorre
predominantemente durante a comercialização do produto e liga
todos os elos da cadeia, desde o produtor até as cooperativas,
indústrias e distribuidores; e o fluxo por meio de canais alternativos,
o qual ocorre em menor proporção, podendo ligar intimamente o
produtor ao consumidor final (VIANA & FERRAS, 2007).
O volume de leite produzido em nosso país é suficiente para que
cada pessoa tenha disponível diariamente 0,441 litros. Para atender
o consumo recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 210
litros/ano ou 0,575 litros/dia, o volume total da produção leiteira
deveria ser de 40 bilhões de litros, considerando a população
brasileira constituída de 190,8 milhões de habitantes (BARROS et al,
2010).
A renda gerada pela atividade também incentiva a demanda
interna por outros produtos, gerando empregos também de forma
indireta. Finalmente, a atividade também é importante na geração
de recursos públicos, através da agregação de valores, contribuindo
para a disponibilidade de recursos que podem também ser revertidos
em investimentos (VIANA & FERRAS, 2007).
A constituição das cadeias produtiva não segue padrões pré-
estabelecidos. Pois, cada arranjo depende de inúmeras variáveis,
que normalmente estão associadas aos contextos regionais e as
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
exigências de mercado. Isto significa que fluxos de insumos, matérias
primas, produtos e capitais, bem como, os repasses de tecnologia
ocorrem sob regências contratuais. E estes são estabelecidos para
garantir a fidelidade entre os segmentos e elementos da cadeia (DA
SILVA, 2010).
3.CONCLUSÕES
Tendo em vista a importância do leite enquanto produto
alimentício para todas as sociedades, é necessário um melhor
acompanhamento das atividades produtivas. Com isso pode-se
concluir que o Brasil está cada vez mais incentivando os produtores
de leite, isso gera rendas altas para o pais e emprego para a
população. Com isso aumenta a demanda deste produto já é
considerado um alimento altamente nutritivo e essencial para a saúde
dos indivíduos. Para tanto, a análise da história dos dados é de
suma importância estratégica para a cadeia produtiva do leite, na
medida em que servirá para apoiar a tomada de decisão para
investimentos no setor.
4.REFERÊNCIAS
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
CADEIA PRODUTIVA DO MEL – REVISÃO DE
LITERATURA
SCARAMUCCI, Cynthia Pirizzotto¹
SILVA, Thiago Ferreira da²
¹Acadêmica do curso de Medicina Veterinária da FAEF- Garça – SP - Brasil.
email: cypsvet@gmail.com
²Docente do curso de Medicina Veterinária da FAEF- Garça – SP - Brasil.
email: thiago.fersi@bol.com.br
RESUMO
O agronegócio vem sendo uma das ferramentas de extrema
importância para o Brasil e para o Mundo, com isso o estudo das cadeias
produtivas estão sendo de grande valia para o desenvolvimento do
mercado interno e externo. A cadeia produtiva do mel é bastante visada
no mercado externo, porem ainda exista uma grande dificuldade para o
Brasil em ambos os mercados. O Brasil possui uma grande capacidade
territorial e uma excelente qualidade técnica para o avanço da produção
de mel e seus derivados, contudo ainda é um mercado novo para o país,
possuindo muitos gargalos a serem solucionados. Este trabalho tem como
finalidade o estudo da cadeia produtiva do mel, os produtos e subprodutos
e os aspectos desta a cerca do agronegócio no Brasil e no mundo.
Palavras-chave: agronegócios, abelhas, cadeia, mercado, mel.
ABSTRACT
Agribusiness has been one of the very important tools for Brazil
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and the world, therefore the study of production chains are of great
value to the development of domestic and foreign market. The
productive chain of honey is quite targeted in the foreign market,
however there is still a great difficulty for Brazil in both markets.
Brazil has a large territorial capacity and an excellent technical
quality to advance the production of honey and its derivatives,
however, is still a new market for the country, owning many
bottlenecks to be solved. This work aims to study the productive
chain of honey, products and by-products and about aspects of
agribusiness in Brazil and worldwide.
Keywords: agribusiness, bees, chain market, honey.
1. INTRODUÇÃO
O conhecimento sempre foi um insumo importante para o
agronegócio, tanto na produção quanto na comercialização, e com
o crescimento do porte e da competitividade e consequente a isso a
complexidade da agricultura brasileira ao passar dos anos, este virou
uma ferramenta ainda mais essencial (BUAINAIN & BATALHA, 2007).
O conceito de cadeias produtivas é um processo de maior
complexidade do desenvolvimento da agricultura, onde esta passa a
ter um conjunto de relações de dependência cada vez mais estreita
com outras condições para a sua realização, tais como, o uso de
insumos industrializados como o uso de fertilizantes sintéticos,
máquinas e equipamentos, agrotóxicos, medicamentos e outros, para
a produção propriamente dita. Esta nova forma de fazer agricultura
vem acompanhada do processamento, em maior ou em menor grau,
das matérias primas produzidas, para o consumo humano e animal e
está sujeita a canais cada vez mais sofisticados e distantes para a
chegada aos consumidores finais, onde se estabelece uma integração
crescente com o mundo da cidade e dos negócios (SILVA & PEIXE,
2006).
Das cadeias produtivas que cresceram em importância mais
recentemente, esta a de orgânicos e mel. Nos últimos 25 anos, os
mercados de produtos alimentares vêm sofrendo grandes
transformações, de um lado emerge uma nova institucionalidade,
marcada por consumidores mais conscientes do seu poder, e que
buscam nos alimentos atributos específicos desde a qualidade, sabor,
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cor, segurança nutricional, identificação de origem e associação com
a natureza e assim por diante. De outro, as tecnologias de produção,
gestão e comercialização registraram progressos substanciais, seja
no quesito de atendimento às novas demandas dos consumidores,
ou seja, para adequação em exigências da sociedade como um todo,
resultando em um novo espaço aberto para a diferenciação dos
produtos agropecuários que aos poucos vem deixando de ser tratados
como commodities (BUAINAIN & BATALHA, 2007).
Essas mudanças favoreceram a expansão de um conjunto de
produtos que tem apelo natural, funcional e relação com a saúde
dos consumidores. O consumo do mel, produto tradicionalmente
associado ao padrão de consumo das camadas de renda mais elevada
e ao uso como insumo pelas indústrias de alimentos, cresceu de
forma sustentável nas ultimas décadas, estimulado principalmente
pelas chamadas qualidades terapêuticas, nutricionais e funcionais
(BUAINAIN & BATALHA, 2007).
Este presente trabalho tem como finalidade a abordagem de um
breve histórico sobre a cadeia produtiva do mel, discorrendo sobre
o mercado de consumo deste produto e de seus subprodutos,
destacando os principais produtores internos e externos, suas
dificuldades dentro do mercado e a projeção deste produto no
mercado futuro
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Apicultura: breve histórico
As abelhas fazem parte do planeta terra há milhões de anos.
Elas são descendentes das vespas, e se alimentavam de pequenos
insetos, sendo que posteriormente estas passaram a consumir pólen
das flores silvestres. Muitos povos primitivos se alimentavam dos
produtos das abelhas sem uma classificação adequada, comendo o
favo misturado com mel, cera, pólen e larvas (SILVA & PEIXE, 2006).
Há 2.400 anos a. C., cultivando abelhas em colmeias de barro, o
Egito foi um dos primeiros apicultores mundiais, os Gregos e Romanos
aperfeiçoaram o processo de cultivo. A importância das abelhas para
estes povos podia ser evidenciada no comércio e na literatura, já
que eram estampadas em roupas, medalhas e moedas. O filósofo
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Aristóteles foi o primeiro a realizar um estudo sobre esta espécie,
mesmo assim, durante séculos foram mantidas em estado rudimentar
e primitivo. Após o desenvolvimento do microscópio, no século XVII,
começam as primeiras investigações sobre os aspectos biológicos
das abelhas, criando-se equipamentos especiais para a sua cultura
racional e exploração econômica (SILVA & PEIXE, 2006).
A apicultura caracteriza-se pela exploração econômica e racional
da abelha do gênero Apis e espécie Apis mellifera. Sua introdução
no Brasil ocorreu por volta da data de 1939 (CAMARGO, 1972). É
praticada com mais intensidade a partir da imigração dos europeus
(italianos e alemães) que, em meados do século XIX, trouxeram as
abelhas européias. Em 1956, ocorreu à introdução de uma espécie
africana (Apis mellifera scutellata), que se multiplicou e se
disseminou rapidamente na natureza, cruzando-se com as espécies
europeias de várias origens, alterando-lhes as características (FLECK
& BELLINASO, 2008).
No Brasil, todas as abelhas encontradas na natureza são mestiças
(polihíbrido chamado de abelha africanizada) entre as raças europeias
e a africana. A apicultura é a atividade de criação racional de abelhas
do gênero Apis, com o intuito de obter produção dos diversos produtos
que as abelhas podem nos fornecer de forma sustentável. Dentre
esses produtos destaca-se o mel, como sendo o principal produtoexplorado mundialmente pela prática da apicultura (SOUZA et. al.,
2009).
2.1 Produtos e Subprodutos do mel
O produto “mel de abelhas” é diferenciado em duas categorias:
o mel de mesa e o mel industrial. O mel consumido in natura
misturado com frutas, cereais ou mesmo em preparações culinárias
pela dona de casa é o mel de mesa. O mel industrial é utilizado na
industria alimentar (como adoçante ou aromatizante), farmacêutica,
cosmética e tabacarias. O mel de abelhas é composto por uma rica
composição de vitaminas e nutrientes minerais que ajuda no
suplemento alimentar, como fonte de calorias. O mel de abelhas é
também usado na fabricação de xampus e no tratamento de beleza
(cartilha). Outros produtos tais como, o própolis, a cera de abelha,
a geleia real, também são comercializados (SOUZA et. al., 2009).
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Para estimar o consumo de mel é usado o conceito de cosumo
aparente, que é a soma da produção interna, mais as importações,
menos s exportações. Ao pensar em cosumo aparente de mel no
Brasil é importante lembrar que no período de 1996-2003 houve uma
mudança drástica, pois se saiu de um patamar em que a produção
não era suficiente para atender o consumo interno, para em menos
de dez anos corresponder a apenas 36% da produção (JUNIOR & SILVA,
2007).
O consumo de mel no Brasil é estimado em aproximadamente
200g/pessoa/ano, o que é considerado muito baixo se comparado a
alguns países da Europa, como a Alemanha e Suíça, onde se calcula
um consumo de 2,400g/pessoa/ano. O consumidor do mel no Brasil
é muito exigente e pertencente à classe A e B, sendo o mel consumido
principalmente como medicamentos, os consumidores não se
preocupam com marcas comerciais e prefere adquirir diretamente
do produtor. O principal local de compra é o supermercado e grande
parte adquire os produtos em estabelecimentos que exigem
certificação (SIF ou SIE), rótulos e demais exigências. O maior fator
de decisão de compra é o aspecto/cor/densidade, o consumidor
geralmente sente ausência de informações sobre os produtos apícolas
e considera que o mel como medicamento não é caro, mas o mel
como alimento é caro (JUNIOR & SILVA, 2007).
2.2 A produção no Brasil
O Brasil figura entre o 11º e 17° produtor mundial de mel e
ocupa a 5ª posição no ranking mundial de exportação. Na década de
50, o Brasil produzia apenas 4 mil toneladas de mel por ano e,
atualmente, produz entre 32 e 50 mil toneladas (IBGE, 2006; CBA,
2006). O valor das exportações brasileiras de mel em 2007 foi de
US$ 21,2 milhões, com uma queda em relação a 2006 na ordem de
9,3% em consequência de uma redução de 11,6% na quantidade
exportada em 2006 (12,9 mil toneladas de mel). Vários estados se
destacam como maiores exportadores brasileiros, principalmente
da região sudeste (São Paulo), sul (Santa Catarina e Rio Grande do
Sul) e nordeste (Piauí e Ceará) (SOUZA et. al., 2009).
A apicultura no Brasil é predominantemente familiar, são no geral
pequenos apiários mantidos por famílias de agricultores com base
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de produção da agroecologia e inseridos nas dinâmicas da economia
solidaria. Uma das características da atividade é que ela é pouco
exigente em Mao de obra e em recursos. Desta forma, a apicultura
vem sendo desenvolvida como uma atividade que gera possibilidades
de renda adicional e que favorece o consumo mais frequente de mel
na dieta familiar, sem falar nos benefícios da polinização das plantas
nativas, frutíferas e exóticas que induz a ampliação do volume de
frutos e sementes, e, consequentemente crescimento da cobertura
vegetal de maior produtividade (JUNIOR & SILVA, 2007).
Embora a apicultura esteja passando por uma fase de grande
desenvolvimento a partir do início das exportações em 2001, ainda
existe um grande potencial apícola (flora e clima) a ser explorado e
grande possibilidade de se maximizar a produção, com a melhoria
das práticas de manejo e produção, de forma a melhorar nossa
produtividade por colméia/ano, que ainda é muito baixa em função
do potencial apícola que o país dispõe (SOUZA et. al., 2009).
Para a garantia da qualidade do mel, durante a extração e
decantação é necessária a utilização de equipamentos específicos
de aço inox, além dessas praticas serem realizadas em ambientes
exclusivos, como casa de mel e entreposto de mel, o que muitos
produtores ainda não possuem. A fase de extração do mel é feita
normalmente na propriedade e a maioria das vezes esta não é feita
dentro das condições de higiene, devido à falta de um espaço
apropriado para esta finalidade, correndo então riscos de
contaminação do produto (JUNIOR & SILVA, 2007).
No estudo conduzido por VILELA, (2000) o autor definiu o apicultor e
o consumidor como os dois principais elos na cadeia produtiva do mel,
em torno dos quais se encontra estruturado um conjunto de outros sujeitos
com funções intermediarias, normalmente vinculadas a atividades de
prestação de serviço, objetivando o aperfeiçoamento da qualidade do
produto do apicultor ao consumidor final (SILVA & PEIXE, 2006).
É indispensável que se proceda à detecção dos principais gargalos
(entraves ou problemas), que afetam cada elo da cadeia produtiva,
procedimento que se passa a fazer na sequência deste artigo (FLECK
& BELLINASO, 2008).
A flora apícola que é determinada pelo conjunto de plantas que
fornecem alimento (néctar e pólen) as abelhas em uma determinada
região no Brasil tem como base a vegetação nativa, portanto as
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vegetações nativas carecem de políticas de defesa e preservação
(FLECK & BELLINASO, 2008).
Outro ponto a ser discutido é o baixo consumo interno do produto,
inibindo o crescimento da produção, bem como também a conquista
definitiva do mercado externo, especialmente se as vendas forem
em forma de produtos fracionados (marcas) e não a granel como
ocorres nos dias de hoje. Assim os atuais gargalos do elo mercado
interno são: o consumo do mel, mais como medicamento e menos
como alimento, falta de campanhas publicitárias, visando o aumento
do consumo de mel como alimento nas refeições diárias da população,
baixa qualidade do produto, devido à manipulação deficiente, que
deixa o consumidor insatisfeito, preços baixos e desestimulantes
aos apicultores, falta de organização na produção (redução dos custos
de produção com a compra coletiva de insumos e fatores de produção)
e comercialização (venda direta aos consumidores, criação de
marcas, embalagens especiais, outros produtos, etc.) falta de
diferenciação do mel para o consumo humano direto e para as
indústrias (produção de alimentos, medicamentos, cosméticos, etc.)
(FLECK & BELLINASO, 2008).
Ate recentemente praticamente toda produção nacional de mel
era destinada ao mercado interno, a mudança radical desta realidade
deveu-se a fatores externos (problemas com China e Argentina), que
acabaram por beneficiar a apicultura nacional, com a elevação
abrupta das exportações a partir de 2002. Segundo NETO et. al.
(2006), citando dados da CBA, o embargo internacional á China e
Argentina criou um déficit de 50.000 toneladas de mel no mercado
internacional (SILVA & PEIXE, 2006).
Assim o ingresso do Brasil no mercado internacional de mel e
produtos apícolas é muito recente, o país também exporta, mas
ainda em pequenos volumes, a cera de abelha, a própolis, o pólen,
a geleia real e a própria apitoxina. Assim os gargalos que acometem
este elo da cadeia produtiva do mel são: desconhecimento da
legislação e mecanismos paraa exportação, a demanda do mercado
externo de me a granel ao invés de produtos fracionados, baixo nível
tecnológico, falta de tradição no mercado e pequena demanda,
retorno na China e Argentina ao mercado internacional, com méis
de baixa qualidade e preço baixo, dificuldade em comercializar o
mel embalado (FLECK & BELLINASO, 2008).
50 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814
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Outros entraves na cadeia produtiva do mel estão situados em
outros elos tais como: a profissionalização do produtor, treinamento
e capacitação dos funcionários, linhas de creditos, insumos e fatores
de produção, indústrias de máquinas e equipamentos, pesquisa
agropecuária, inspeção sanitária, defesa e fiscalização dos produtos,
entre outros (FLECK & BELLINASO, 2008).
2.2 Produção Interna e Externa
Estima-se que a produção mundial de mel durante o a no de
2001 foi em torno de 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior
produtor (256 mil toneladas). Segundo os dados do IBGE, a produção
de mel em 2005 no Brasil foi de 33.749.666,00 kg, gerando um
faturamento de R$169.542.943,00. A região Sul foi a que mais se
destacou, com 15.815.522,00 quilos seguida do Nordeste com
10.910.916,00 quilos, observada na tabela abaixo (JUNIOR & SILVA,
2007).
Tabela I: Situação das regiões brasileiras 
Quantidade do valor da produção de mel de abelha, segundo as grandes regiões – 
2005 
Regiões Quantidade (kg) Valor (reais) 
Brasil 33.749.666 169.542.943 
Norte 653.467 3.899.963 
Nordeste 10.910.916 37.201.751 
Sudeste 5.272.302 36.781.309 
Sul 15.815.522 82.291.778 
Centro-Oeste 1.097.459 9.368.142 
Fonte: IBGE, 2005. 
O Brasil vem nos últimos anos conquistando novos mercados,
apesar do embargo da união europeia (2006-2007), a exportação de
mel segue crescendo. Os principais compradores de mel o pais são:
Alemanha, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e México
(JUNIOR & SILVA, 2007).
Considerando a produção e a exportação brasileira no ano de
2007, observa-se que o País comercializou internacionalmente em
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
torno de 37% da sua produção. A produção de mel nos Estados Unidos
vem declinando ao longo da última década. Em parte, essa diminuição
ocorreu por uma doença denominada colony colapse disorder, que
ataca as abelhas daquele país e que causou a destruição de um terço
de suas colmeias, sendo que outros países também detectaram
problemas devido a essa enfermidade. Esse país se alterna com a
Alemanha como principal importador mundial (BORGES & LEONARDI,
2014).
Dinamismo singular acontece com a Alemanha, na medida em
que não é grande produtora, porém, aparece como a quinta maior
exportadora e segunda maior importadora de mel no ano de 2007.
Esse país pratica a reexportação, importando méis a um determinado
preço, agregando valor ao produto e o exportando a um preço mais
elevado (BORGES & LEONARDI, 2014).
Por fim, identifica-se que pelas características produtivas o Brasil
apresenta enorme potencial de se estabelecer como importante
player nesse mercado. Ações vêm sendo realizadas para o
desenvolvimento da cadeia apícola brasileira. Cita-se, por exemplo,
o plano de Sanidade Apícola, ainda em fase de implementação, e
que representa um avanço considerável para garantia da qualidade
do produto brasileiro (BORGES & LEONARDI, 2014).
3. CONCLUSÕES
O estudo sobre a cadeia produtiva do mel e dos produtos apícolas
no Brasil revela a existência de potencialidade, seja pela grande
área territorial disponível com sua cobertura vegetal, pelo volume
de tipos de abelhas existentes na natureza. Porem o mercado interno
ainda é um grande desafio para essa cultura, pois há falta de incentivo
para os consumidores ao consumo do mel e seus derivados, este é
um dos grandes problemas, sem a exigência do produto no mercado
interno, não há exigência na produção. Falta então um grande apoio
ao marketing para que o produto seja introduzido à mesa do
consumidor.
 Quanto ao mercado externo, após o embargo dado aos produtores
mundiais o Brasil aumentou as suas exportações em grande
quantidade, porém ainda é pequena em relação à capacidade deste
país em território e em qualidade técnica.
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Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA
Conclui se que a cadeia produtiva do mel é uma das cadeias que
podem ter uma projeção de excelentes resultados para o Brasil, mas
a falta de investimento, tanto na parte de manejo, quanto de incentivo
na parte financeira e na parte legislativa em adequação das normas
técnicas e exigências para o comercio interno e externo, ainda são
grandes barreiras para que essa cultura seja alavancada no país.
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CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA EM FELINOS –
REVISÃO DE LITERATURA
Vanessa Yurika MURAKAMI1
Felipe Gazza ROMÃO2
Gisele Fabrícia Martins dos REIS3
1 Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da FAEF Garça-SP. E-mail:
neessa_murakami@hotmail.com
2 Docente do Curso de Medicina Veterinária da FIO – Ourinhos-SP. E-
mail:felipe.g.romao@hotmail.com
3 Docente do Curso de Medicina Veterinária da FAEF Garça-SP. E-
mail:fabricia_dl@yahoo.com.br
RESUMO
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a cardiopatia mais comum
em felinos domésticos, classificada como uma enfermidade primária
ou secundária do músculo cardíaco, onde uma das principais causas
primárias é a falha congênita nas estruturas contráteis de alguns
miócitos, o que sobrecarrega os miócitos normais, provocando sua
hipertrofia concêntrica. Pode ser secundária a outras doenças, como
estenoses valvulares e hipertireoidismo. A maior complicação da CMH
é a ocorrência de tromboembolismo arterial, principalmente na
região aórtica a trifurcação ilíaca.O objetivo do presente trabalho
foi abordar em uma revisão de literatura sobre a cardiomiopatia
hipertrófica.
Palavra – Chave: Cardiopatia, Tromboembolismo, Aorta,
Trifurcação, Ilíaca.
Tema – Central: MedicinaVeterinária.
54 Garça/SP: Editora

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