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Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 1 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA VOLUME 01 MEDICINA VETERINÁRIA GARÇA/SP - 2014 ISSN 1676-6814 VOLUME 01 MEDICINA VETERINÁRIA XVII 4 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Exemplares desta publicação podem ser solicitados à: SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE GARÇA FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO - FAEF Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça, km 1, CEP 17400-000, Garça/SP www.grupofaef.edu.br / florestal@faef.br Telefone: (14) 3407-8000 Os autores são responsáveis pelo conteúdo das palestras e trabalhos científicos. Reprodução permitida desde que citada a fonte. Ficha Catalográfica elaborada pela biblioteca da Faculdade de Ensino Superior e Formação - FAEF Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF. XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF. Anais... – Garça: Editora FAEF, 2014. 427 p. vol 01 - (07 vols.) 15x22cm. ISSN 1676-6814 1. Ciências Agrárias 2.Ciências Contábeis 3. Administração 4. Agronomia 5. Engenharia Florestal 6. Medicina Veterinária 7. Pedagogia 8. Psicologia 9. Direito. 10 Turismo. 11 Comércio Exterior 630 S621a EDIÇÃO, EDITORAÇÃO ELETRÔNICA, ARTE FINAL e CAPA Aroldo José Abreu Pinto Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros km 420, via de acesso a Garça, km 1. CEP 17400-000, Garça/SP www.grupofaef.edu.br / florestal@faef.br (14) 3407-8000 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 5 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA XVII SUMÁRIO Apresentação ............................................................... 13 Comissão Organizadora ................................................... 15 Agradecimentos ............................................................ 17 Programação ................................................................ 19 TRABALHOS APRESENTADOS MEDICINA VETERINÁRIA .................................................. 21 ADENITE EQUINA – REVISÃO DE LITERATURA MARZOLA, Nayara Colombo; ZAPPA, Vanessa ........................ 23 BEM-ESTAR ANIMAL EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO – REVISÃO DE LITERATURA Jéssica C. D. MENCK; João Pedro TOSIN; Suzana Más ROSA ........ 27 CADEIA PRODUTIVA DO LEITE – REVISÃO DE LITERATURA Luara Maria BORDA; Ana Paula PINAS, Thiago Ferreira da SILVA .. 35 CADEIA PRODUTIVA DO MEL – REVISÃO DE LITERATURA SCARAMUCCI, Cynthia Pirizzotto; SILVA, Thiago Ferreira da ....... 43 6 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA EM FELINOS – REVISÃO DE LITERATURA Vanessa Yurika MURAKAMI; Felipe Gazza ROMÃO; Gisele Fabrícia Martins dos REIS3 ......................................................... 53 CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: ESTENOSE PULMONAR EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA Isabela Regina de Oliveira HONÓRIO; Isabella Rio FELTRIN; Roque RAINERI NETO ............................................................. 61 CINOMOSE EM CÃES – REVISÃO DE LITERATURA Sara Regina Tonon BARROS; Marina Chaves CABRINI; Vanessa ZAPPA ...................................................................... 71 COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO – REVISÃO DE LITERATURA Flávia Tavares Sampaio PAULA; Adriana Resmond Cruz ROMERA;................................................................... 79 CRIPTOCOCOSE EM FELINOS – POTÊNCIAL ZOONÓTICO Francyelle TOYAMA; Raquel Beneton FERIOLI; Gisele REIS ........ 87 DEFORMIDADE FLEXURAL CONGÊNITA DO BOLETO EM POTROS- REVISÃO DE LITERATURA Marcelo Fagali ARABE FILHO; Roque RAINERI NETO2 ................ 95 DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA DA VALVA MITRAL EM CÃES – RELATO DE CASO Reinaldo Kazuiti SHIOSI; Gisele F. Martins REIS ..................... 105 DEMODICOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA Lara Cristina Alcalde ANDRADE; Angélica Cristina Mourão GUIMARÃES; Vanessa ZAPPA ............................................ 113 DERMATOFITOSE FELINA - RELATO DE CASO Tatiana Cristina Longo FREDERICO; Yuri Sandei INFANTE; Gisele Fabrícia Martins REIS .................................................... 125 DESEMPENHO DE TOURINHOS JOVENS EM PASTEJO COM DUAS ESTRATÉGIAS DE SUPLEMENTAÇÃO MINERAL Ricardo Silva LUIZ; Vitor Andrade FRANCISCANI; Daniel Aparecido MARZOLA; Ernani Nery de ANDRADE .................................. 131 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 7 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA DIARRÉIA VIRAL BOVINA – REVISÃO DE LITERATURA Patrícia Serignoli FRANCISCONI; Vanessa Yurika MURAKAMI; Vanessa ZAPPA3 .................................................................... 137 DIOCTOPHYMA RENALE – REVISÃO DE LITERATURA Matheus Daniel Burato BERNO; Vanessa ZAPPA ..................... 145 DIROFILARIOSE EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA Vanessa Yurika MURAKAMI; Patrícia Serignoli FRANCISCONI; Victtor José MAGRO; Vanessa ZAPPA........................................... 153 DOENÇA INFECCIOSA DA BOLSA DE FABRÍCIO (DIB) – REVISÃO DE LITERATURA Suzana Más ROSA; Fabrício Zoliani ARAÚJO ......................... 161 ENTERÓLITOS EM EQUINOS – REVISÃO DE LITERATURA Maithê Bazaglia ALVES; Nataly Chimini SOBRAL; Fernanda T. N. Mobaid A. ROMÃO........................................................ 171 FEBRE AFTOSA – REVISÃO DE LITERATURA Ana Claudia SITTA; Marina Gonçalves AVANTE; Vanessa ZAPPA ... 179 GLAUCOMA EM ANIMAIS DE COMPANHIA – REVISÃO DE LITERATURA Jaqueline Aparecida MARTINS; Letícia Sponton de CARVALHO; Roque RAINERI NETO .................................................... 187 HORMONIOTERAPIA APLICADA EM EGUÁS CICLICAS - REVISÃO DE LITERATURA SOUZA, Jessica F. O.; TEIXEIRA, Flavia R.; DELFIOL, Diego J. Z. ....................................................................... 203 LEISHMANIOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA Yasmin Garcia MARANGONI; Reinaldo Kazuiti SHIOSI; Fernanda Ignácio SAULES3 ......................................................... 219 LEPTOSPIROSE – REVISÃO DE LITERTURA Lara C. Alcalde ANDRADE; Angélica C. Mourão GUIMARÃES; Vanessa ZAPPA ...................................................................... 229 LEPTOSPIROSE, UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA – REVISÃO DE LITERATURA Fabrício Zoliani de ARAUJO; Fernanda Saules IGNÁCIO ........... 235 8 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA MANEJO E CONSERVAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES EM CATIVEIRO – REVISÃO DE LITERATURA João Pedro Tosin da SILVA; Jéssica C. D. MENCK; Suzana Más ROSA ...................................................................... 247 MANEJO PRÉ ABATE DE BOVINOS NO PANTANAL: TRAJETO- FAZENDA/FRIGORÍFICO Lucas Bispo BOTARI; Ernani Nery de ANDRADE ...................... 259 MÉTODOS DE INSENSIBILIZAÇÃO EM BOVINOS DE CORTE Nataly Chimini SOBRAL; Maithê Alves BAZAGLIA; Ernani Nery de ANDRADE .................................................................. 267 MICOBACTERIOSE CANINA – RELATO DE CASO Fabiana Pereira RIBEIRO; Adriana Resmond Cruz ROMERA ........ 275 MORMO EM EQUINOS Débora J. MARQUES; Diego José Z. DELFIOL ........................ 283 NOVAS PERSPECTIVAS EM DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO MASTOCITOMA CANINO – REVISÃO DE LITERATURA Matheus Daniel Burato BERNO; Analy Ramos MENDES ............. 293 NUTALIOSE – REVISÃO DE LITERATURA Luiz Felipe de AZEVEDO NETO; João GuilhermeSOUZA; Vanessa ZAPPA ...................................................................... 305 OSTEOSSARCOMA EM CÃES - REVISÃO DE LITERATURA Damaris CARVALHO; Gisele Fabrícia Martins dos REIS ............. 313 OTITE MÉDIA EM CÃO – RELATO DE CASO Maria Gabriela Picelli de AZEVEDO; Gisele Fabricia Martins dos REIS .................................................................. 319 PIOMETRA CANINA – REVISÃO DE LITERATURA Reinaldo Kazuiti SHIOSI; Yasmin Garcia MARANGONI; Roque RAINERI NETO ....................................................................... 327 PODODERMATITE ASSÉPTICA DIFUSA EM EQUINOS - REVISÃO DE LITERATURA Carolina de Brito,GRANDINO; Joice Franciele, SOARES; Roque, RAINERI NETO ............................................................ 345 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 9 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA RAIVA EM PEQUENOS ANIMAIS – REVISÃO DE LITERATURA Matheus Daniel Burato BERNO; Vanessa ZAPPA ..................... 363 SÍNDROME DA DILATAÇÃO VÔLVULO-GÁSTRICA EM CÃES – RELATO DE CASO Yasmin Garcia MARANGONI; Angélica Cristina Mourão GUIMARÃES; Raquel Beneton FERIOLI ............................................... 371 TOXOPLASMOSE – REVISÃO DE LITERATURA Marina Chaves CABRINI; Sara Regina Tonon BARROS; Vanessa ZAPPA ..................................................................... 383 TRÍADE NEONATAL EM PEQUENOS ANIMAIS Giovana Paula Antunes Ribeiro de SOUZA; Gisele Fabrícia Martins do REIS .................................................................... 389 UROLITÍASE EM CÃES – REVISÃO DE LITERATURA Natália Gallerani CAMILO; Gisele F. Martins dos REIS .............. 399 UTILIZAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL NA CLÍNICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA SIQUEIRA, Tabatha Vivielle; REIS, Gisele ............................. 407 TÉTANO EM EQUINOS – REVISÃO DE LITERATURA Luiz Felipe de AZEVEDO NETO; João Guilherme SOUZA; Vanessa ZAPPA ...................................................................... 415 Normas para elaboração de artigo científico do Simpósio da FAEF ....................................................................... 423 10 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 11 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA APRESENTAÇÃO O décimo sétimo Simpósio de Ciências Aplicadas é um marco histórico para todos os membros da nossa prestigiada FAEF. Chegamos às vésperas de duas décadas de existência, tratando- se do mais relevante evento anual de ensino, pesquisa e extensão da nossa IES, momento em que todos os membros da direção, coordenações, corpo administrativo, funcionários, colaboradores, docentes e discentes estão unidos para um único objetivo, qual seja, a construção e a divulgação do conhecimento. Prova dessa assertiva é a inscrição de aproximadamente 2000 pessoas entre alunos e profissionais das diversas áreas e um número elevado de trabalhos científicos, entre artigos, comunicações científicas e técnicas, relatos de casos, revisões de literatura e outros. A cada ano, felizmente, majora o volume e a qualidade dos trabalhos inscritos e aprovados para publicação nos anais. Todavia, para quem pensa que alcançamos tudo, vale aguardar para participar desses quatro dias de evento, pois, aspiramos continuar “mudando a história” da melhor maneira que sabemos: produzindo e divulgando conhecimento (tríade: ensino, pesquisa e extensão de excelência). Assim sendo, com muita dedicação, paixão e profissionalismo ao que fazemos, temos a certeza de que a décima sétima edição do Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF, leva-nos, a cada ano, a buscar o conhecimento como XVII 12 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA que pela primeira vez, pois objetivamos atingir a nossa parcela neste processo essencial para a formação dos nossos alunos, profissionais que já estão no mercado de trabalho e a população externa que nos visita para abrilhantar este grandioso evento científico. Sejam todos bem-vindos! PROF. MSC. OSNI ÁLAMO PINHEIRO JÚNIOR PRESIDENTE EXECUTIVO DO XVII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS APLICADAS DA FAEF Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 13 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA COMISSÃO ORGANIZADORA Presidente de Honra do Simpósio Profª. Drª. Dayse Maria Alonso Shimizu Presidente Executivo do Simpósio Prof. MSc. Osni Alamo Pinheiro Junior Vice Presidente Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto Comissão Científica do Simpósio Prof. MSc. Felipe Camargo de Campos Lima Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi Profª. MSc. Vanessa Zappa Profª. Drª. Letícia de Abreu Faria Comissão de Infraestrutura do Simpósio Prof. Esp. Daniel Aparecido Marzola Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho Prof. Esp. Fernando Rocha Prof. Esp. Alexandre Luis da Silva Felipe Prof. Dr. Ernani Nery de Andrade Sr. Rodrigo Pinheiro de Azevedo XVII 14 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Prof. MSc. Felipe Camargo de Campos Lima Sra. Maria Aparecida da Silva Comissão de Captação de Parceiros Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque Sr. Mateus Souza Avelar Prof. Esp. Paulo César Jacobino Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura Comissão de Marketing, Comunicação Visual e Mídias Sociais Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Srta. Andréia Travenssolo Mansano Profª. MSc.Vanessa Zappa Sr. Rodrigo Pinheiro de Azevedo Sr. Anderson de Oliveira Cardoso Moraes Comissão de Documentação e Expedição de Certificados Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Profª. MSc. Raquel Beneton Ferioli Srta. Ana Stela Agostinho Costa Srta. Andréia Travenssolo Mansano Srta. Suellen Sossolote Comissão de Cultura e Entretenimento Profª. MSc. Gisleine Galvão Bosque Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 15 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Prof. MSc. Márcio Roberto Agostinho Prof. MSc. Martinho Otto Gerlack Neto Sra. Lirya Kemp Marcondes de Moura Srta. Andréia Travenssolo Mansano Prof. Dr. Ernani Nery de Andrade Sra. Maria Aparecida da Silva Profª. MSc. Gisele Fabricia Martins dos Reis Prof. Msc.Diego José Zanzarini Delfiol Comissão de Secretaria e Tesouraria do Simpósio Profª. Msc. Priscilla dos Santos Bagagi Profª. Msc. Gisleine Galvão Bosque Prof. Msc. Augusto Gabriel Claro de Melo Profª. Esp. Amaly Pinha Alonso Srta. Rosilene Pedroso de Oliveira Srta. Ana Stela Agostinho Costa Sr. Wilson Shimizu Comissão Editorial do Simpósio Prof. Dr. Aroldo José de Abreu Pinto 16 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA COMISSÃO CIENTÍFICA DOS CURSOS Administração Prof. MSc. Ricardo Alves Perri Prof. Esp. Jorge Toshio Fushimi Agronomia Prof. Dr. Edgard Marino Júnior Prof. Esp. GiovanaPaiva Azevedo Profª. Drª. Letícia de Abreu Faria Ciências Contábeis Prof. Esp. Nildemar Andrade Gonçalves Gonzaga Prof. Esp. Cristiano dos Santos Dereça Direito Prof. Esp. Diogo Simionato Alves Prof. Dr. Silvio Carlos Alvares Profª. MSc. Simone Doreto Campanari Profª. Drª. Érika Cristina de Menezes Vieira Costa Tamae Profª. MSc. Claudia Telles de Paula Engenharia Florestal Prof. MSc. Augusto Gabriel Claro de Melo Prof. MSc. Murici Carlos Candelaria Prof. Esp. Victor Lopes Braccialli Medicina Veterinária Profª. Esp. Fernanda Tamara Neme Mobaid Agudo Romão Profª. Msc. Raquel Beneton Ferioli Profª. Msc. Vanessa Zappa Pedagogia Prof. MSc. Odair Vieira da Silva Profª. MSc. Neuci Leme de Camargo Profª. MSc. Priscilla dos Santos Bagagi Psicologia Prof. MSc. Rangel Antonio Gazzolla Profª. MSc. Juliana Baracat Turismo Profª. Msc. Talita Prado Barbosa Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 17 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA XVII AGRADECIMENTOS A Comissão Organizadora e a Administração Superior da Sociedade Cultural e Educacional de Garça agradecem imensamente a todos aqueles que participaram do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF e, em especial, aos palestrantes, apoios e/ou patrocínios das empresas e órgãos públicos que contribuíram para o sucesso do evento. 18 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 19 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA XVII PROGRAMAÇÃO 20 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF - Entretenimento Além de enriquecer o conhecimento profissional, no XVII Simpósio de Ciências Aplicadas os participantes puderam participar de atividades culturais, de entretenimento, de lazer e de educação ambiental. Confiram a programação: - Dia 6 de maio, a partir das 19h, na Estância FAEF: Concurso Miss e Mister FAEF e Nossos Talentos; - Dia 7, 8 e 9 de maio, das 17h30 às 19h, no campo: Campeonato de futebol; - Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, no Haras: Atividades Equestres; - Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, na Estância FAEF: Dog Fashion Day; - Dia 9 de maio, das 15 às 17h50, no NUEMA: Oficina Ambiental. MINICURSOS Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 21 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA TRABALHOS APRESENTADOS Medicina Veterinária XVII 22 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 23 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA ADENITE EQUINA – REVISÃO DE LITERATURA MARZOLA, Nayara Colombo1 ZAPPA, Vanessa2 1 Discente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP-Brasil. nayara_marzolinha@hotmail.com 2 Docente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP-Brasil. profvanessa@yahoo.br RESUMO A Adenite Equina popularmente conhecida como garrotilho, é uma doença infecto-contagiosa que afeta o trato respiratório de equideos, com maior prevalência em animais jovens, ela é causada por uma bacteria denominada: Streptococcus equi, onde sua entrada se dá pelas vias aéreas. É relatada no mundo inteiro, proporciona perdas econômicas e um custo para tratamento. Deve-se utilizar de meios de controle para evitá-la. Palavras-chave: Adenite bactéria, respiratório. ABSTRACT The Equine Strangles popularly known as Strangles is an infectious disease that affects the respiratory tract of equine, with higher prevalence in young animals, it is caused by a bacteria called Streptococcus equi, where entry is given by the airways. It is reported worldwide, provides economic losses and a cost for treatment. You must use the means of control to prevent it. 24 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Keywords: adenitis, bacteria, respiratory. 1. INTRODUÇÃO A Adenite Eqüina, ou Garrotilho como é conhecida, recebe este nome devido à aparência que o animal acometido assume, parecendo estar sendo estrangulado (garroteado) devido ao aumento de volume dos linfonodos (SANTOS, 2011). Esta doença é específica de dos equideos, e atinge o trato respiratório, causando abcessos nos linfonodos retrofaringeano e submandibular, pode invadir a mucosa oral da nasofaringe causando anorexia, queda de temperatura e descarga nasal purulenta. Esta situação, sem que se faça um tratamento adequado, pode evoluir para uma infecção das bolsas guturais, pneumonia por aspiração, entre outras complicações, podendo levar o animal á óbito (THOMASSIAN, 2005). Geralmente, acomete animais mais jovens, mas também pode acometer os animais adultos (THOMASSIAN, 2005). Aparece, geralmente em locais de agrupamento animais, pois o microorganismo é facilmente transmitido através em recipiente com agua e comedouros de uso comum, pois chega ao o organismo com os alimentos e água contaminados. Há animais resistentes portadores, que não apresentam sintomas da doença, mas a disseminam, dando origem a surtos inesperados. Os animais doentes precisam ser isolados (TORRES,1981). O diagnóstico é geralmente realizado de acordo com os sinais clínicos, ou com a presença do agente em culturas a partir do exsudato nasal ou do pus(THOMASSIAN, 2005). O objetivo deste trabalho, foi produzir uma revisão de literatura, sobre a Adenite eqüina e mostrar a importância de tratar os animais infectados. 2. DESENVOLVIMENTO A Adenite Eqüina, ou garrotilho é um escandescência purulenta catarral das mucosas da cabeça, garganta e trato respiratório, onde os linfonodos , formam inchaços que podem drenar e produzir seios Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 25 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA cutâneos, ou sofrer rompimento para a bolsa gutural. Estão comprometido principalmente os nodos retrofaríngeanos e mandibulares (WINTZER, 1990). É ocasionada pela bactéria Streptococcus equi, e acomete os animais mais jovens pelas freqüentes baixas na resistência, especialmente nas alterações climáticas, desmama, transporte e treinamento intensivo. Então o contágio e a proveniencia de infecção do garrotilho é o corrimento nasal de animais infectos, pois quando relincham, tossem ou espirram, espalham pus como se fossem um jato sobre a água e os alimentos, facilitando a propagação da enfermidade (THOMASSIAN, 2005). O período de preparação da doença vai de 4 a 10 dias, após contágio de outro animal. Começa com anoxeria, abatimento e hipertermia (40-41ºC), respiração ofegante e acelerada, mucosa avermelhada, aparecendo depois de 2-3 dias uma descarga mucopurulenta eem seguida purulenta, pelas narinas. Podendo haver tosse, por várias semanas. Os gânglios da face apresentam- se firmes, aquentados e doloridos, transformando-se em abcessos que supuram e liberam pus amarelo e cremoso (TORRES,1981). O Diagnóstico, geralmente é clinico e baseia-se nas características de surto da doença, idade dos animais, rinorréia purulenta e tosse. E os animais infectados devem ser isolados (THOMASSIAN, 2005). O tratamento é relativamentesimples e eficaz, e o antibiótico mais utilizado é a penicilina benzatina na dose de 20.000 a 40.000 UI/Kg, por VI, repetindo se a dose 72 horas após a primeira aplicação (THOMASSIAN, 2005). Eventualmente, no decorrer da doença, quando se tem um grande aumento do volume dos linfonodos, pode haver asfixia por compressão laríngea, levando o animal a dispnéia e descoloração azulada das mucosas (cianose). Nestas condições deve ser realizada a traqueotomia, sob pena de acontecer a morte por asfixia (THOMASSIAN, 2005). Discute-se o uso da vacina profilática, porem encontrou-se pouca evidencia de sua eficácia clinica (WINTZER,1990). Mas, quando o animal é vacinado e contrai a doença, ela se manifesta de forma amena (THOMASSIAN, 2005). 26 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base no que foi desenvolvido neste trabalho, pode-se considerar que é de extrema importância isolar o animal infectado do restante dos animais sadios, pois a enfermidade é facilmente transmitida, e o tratamento da doença é simples mas deve ser feito assim que descoberto a doença. E a vacina profilática pode amenizar a gravidade da enfermidade quando contraída. 4. REFERENCIAS Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.6, p.1944-1952, set, 2009 : http:/ /www.scielo.br/pdf/cr/v39n6/a220cr851.pdf Acesso em Março de 2013 Mundo dos Cavalos, Saline Santos dos Santos, Médica Veterinária CRMV 10314/RS: http://www.mundodoscavalos.com.br/artigo/ adenite-equina-ou-garrotilho . Publicado em: 28/06/2011. Acesso em Março de 2013. Portal Crioulos 08/06/2009: http://www.portalcrioulos.com.br/ por_artigos.php?etp_id=TDET&arar_id=13&PRgdid=1 Acesso em Março de 213 THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos Cavalos. 4ª Edição. São Paulo: Livraria Varela, 2005. 465-466 p. TORRES, Alcides di Paravicini. Criação de Cavalo e de outros eqüinos. 2ª Edição. São Paulo: Nobel, 1981. 610 p. Universidade Federal de Pelotas. XVII Congresso de Iniciação Cientifica. http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/CA/ CA_01304.pdf. Acesso em Março de 2013. WINTZER, Hans-Jürgen. Doenças para os eqüinos: um manual para alunos e veterinários. São Paulo: Manole, 1990. 360-361 p. Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 27 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA BEM-ESTAR ANIMAL EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO – REVISÃO DE LITERATURA Jéssica C. D. MENCK1 João Pedro TOSIN2 Suzana Más ROSA3 1Discente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP – BRASIL- jessica.menck@hotmail.com 2 Discente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP – BRASIL- 3 Docente do curso de Medicina Veterinária da FAEF – Garça – SP-BRASIL- suzana_masrosa@yahoo.com.br RESUMO A saúde animal envolve questões relacionadas a enfermidades dos animais, saúde pública, controle dos riscos na cadeia alimentar, assegurando a oferta de alimentos e bem-estar animal. Por isso compreender a relação entre reprodução, comportamento e bem-estar vêm sendo um desafio. A principal razão é a dificuldade em estabelecer e avaliar o bem-estar. Alguns autores sugerem a análise do estado geral de saúde, do nível de estresse e dos padrões comportamentais como medidas indiretas. Vários pesquisadores acreditam que o enriquecimento ambiental parece ser efetivo na redução de condições estressantes e de comportamentos anormais, podendo propiciar melhor desempenho reprodutivo em diferentes espécies. Palavras-chave:Bem-estar, Animais, Produção. 28 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA ABSTRACT Animal health, involves issues related to animal diseases, public health, controlling risks across the food chain, ensuring the supply of safe food and animal welfare. Therefore understanding the relationship between reproduction, behavior and well-being has been a challenge. The main reason is the difficulty in establishing and evaluating welfare. Some author ssuggest the analysis of general health, level of stress and behavioral patterns as indirect measures. Several researchers believe that environmental enrichment may be effective in reducing stressful conditions and abnormal behavior, and may provide better reproductive performance in different species. Key-words:Welfare, Animal, Production. 1. INTRODUÇÃO O avanço da ciência do bem-estar animal aguçou o senso crítico da necessidade de prevenção e tratamento da dor em animais, adicionado ao olhar atento do consumidor, às boas práticas de produção e a preservação ambiental. Desta forma, o bem-estar animal agrega valor ao produto e pode favorecer a produtividade. É dever do ser humano prover condições para que os animais não sejam submetidos a procedimentos dolorosos sem a devida anestesia e analgesia e repensar o uso de práticas que causam dor e sofrimento em animais de produção (LUNA, 2008). O termo bem- estar pode ser utilizado aos animais silvestres ou a animais cativos em fazendas produtivas, a zoológicos, à animais de experimentação ou à animais domésticos. Os efeitos sobre o bem- estar incluem aqueles provenientes de doença, traumatismos, fome, estimulação benéfica, interações sociais, condições de alojamento, tratamento inadequado, manejo, transporte, procedimentos laboratoriais, mutilações variadas, tratamento veterinário ou alterações genéticas através de seleção genética convencional ou por engenharia genética (BROOM; MOLENTO, 2004). É forte a relação existente entre bem estar animal e outros temas relacionados com a produção animal intensiva, principalmente o uso Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 29 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA de promotores de crescimento e outras drogas. Como é de conhecimento geral, a produção de animais contemplando os conceitos de bem estar custa mais caro, por isso este tem sido o principal fator diminuidor da velocidade de avanço do movimento (CRUZ, 2008). O objetivo deste trabalho é demonstrar o sofrimento que muitas vezes acomete os animais de produção para nosso próprio benefício, e fazer-nos repensar se muitas das técnicas usadas são realmente necessárias, e se sim, quais seriam alternativas para diminuir a dor e o estresse causado. 2. DESENVOLVIMENTO Atualmente o consumidor está atento para o alimento que respeite as boas práticas e a preservação ambiental. Fazendo o bem- estar animal passar de um empecilho às práticas de produção, a um aliado importante para viabilidade financeira do agronegócio, agregando maior valor ao produto. Algumas práticas realizadas em animais de produção têm sido questionadas, aumentando a preocupação com o bem-estar animal e o controle da dor nestas espécies pode ser vantajoso para a própria produtividade (LUNA, 2008). No Brasil, as preocupações com o bem-estar animal crescem paralelamente ao desenvolvimento socioeconômico, mudando o perfil dos consumidores aos quais estão cada vez mais preocupados com a qualidade do produto, a segurança do alimento e o respeito ao meio ambiente e ao animal (ROCHA, 2008). Os animais de produção são os que mais sofrem dor, pois sempre são submetidos a diversos procedimentos cruéis sem a devida anestesia ou analgesia. As principais causas de dor são a marcação à quente ou frio, orquiectomia, descornia, a debicagem, caudectomia e o corte de dentes (LUNA, 2008). Adicionalmente, o próprio manejo dos animais pode desencadear um estímulo nocivo, como em casos de traumas durante o transporte e a falta de espaço pelo confinamento, neste caso principalmente em aves de postura e de corte e em criações intensivasde suínos e “baby beef” (LUNA, 2008). 30 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA No lado da produção de alimentos, pelo fato de serem criadas em gaiolas, aves de postura são percebidas como a espécie que mais sofre com as praticas predominantes no mercado. Suínos provavelmente em segundo lugar, e na sequência frangos e perus de corte (CRUZ, 2008). 2.1 Avaliação de bem estar A avaliação do bem-estar envolve uma abordagem multidisciplinar, que considera as características comportamentais, a sanidade, a produtividade, as variáveis fisiológicas e as preferências dos animais pelos diversos componentes do ambiente que os rodeiam. O estresse fisiológico é um dos principais indicadores usados na avaliação do bem-estar animal, pois de maneira geral, é considerado a resposta fisiológica do organismo a um estímulo do ambiente, na tentativa de manter a homeostasia.O estresse prolongado ou crônico pode causar falhas no sistema imunológico, reprodutivo e no crescimento, pode interferir com a memória dos animais e acarretar uma menor capacidade cognitiva, gerando comportamentos que irão afetar negativamente o bem estar (HOTZEL; MACHADO FILHO, 2004). Através da incidência de comportamentos anômalos também é possível avaliar o bem estar, pois são considerados um redirecionamento de desempenhos para os quais o animal tem forte motivação, mas cuja realização está impedida por fatores ambientais. Outras vezes, o comportamento dos animais numa situação é comparado com o de animais que têm a possibilidade de desenvolver um repertório comportamental mais próximo do considerado natural para a espécie em condições ambientais apropriadas (HOTZEL; MACHADO FILHO, 2004). Em um estudo realizado por Broom e Molento (2004), foram observadas as preferências dos animais como forma de obter a opinião dos mesmos em relação a certas situações de manejo ou ambiente, como por exemplo, porcas pré-parturientes que pressionavam um painel para ter acesso a uma sala contendo palha ou à outra sala contendo alimento. Até dois dias antes do parto as porcas pressionaram muito mais frequentemente para ter acesso ao alimento do que à palha. Neste momento, o alimento era mais importante para as porcas do que a palha para manipulação ou construção do Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 31 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA ninho. Entretanto, no dia anterior ao parto, quando normalmente seria construído um ninho, as porcas pressionaram o painel com similar frequência para obtenção de palha e de comida. Galinhas preferem bater suas asas de vez em quando; porém, este comportamento é impossível em gaiolas industriais. Bezerros criados para produção de vitela e alguns animais de laboratório engaiolados tentam exaustivamente limpar-se, porém isto não é possível em baias ou gaiolas muito pequenas, ou em gaiolas metabólicas e aparelhos de contenção (BROOM; MOLENTO, 2004). 2.3 Enriquecimento ambiental Quando um animal se encontra em desajuste homeostático real ou potencial, ou quando tem de executar uma ação devido a alguma situação ambiental, diz-se que este animal tem uma necessidade. Quando essas necessidades não são satisfeitas, o bem-estar é mais pobre do que em situações nas quais as necessidades são satisfeitas. Existem necessidades de recursos em particular, tais como água ou calor; entretanto, os sistemas de controle nos animais evoluíram de tal forma que o modo de obtenção de um objetivo específico tornou- se importante (BROOM; MOLENTO, 2004). Algumas necessidades são associadas a sentimentos, que provavelmente se alteram quando a necessidade é satisfeita. Se a existência de um sentimento aumenta as chances de realização de uma ação adaptativa por parte do indivíduo, aumenta as chances de sobrevivência. Os sentimentos são parte de um mecanismo para se atingir um objetivo, exatamente da mesma forma que respostas adrenais ou regulação comportamental da temperatura corporal também são. Outras informações sobre necessidades são obtidas pela observação de anormalidades comportamentais ou fisiológicas, as quais resultam de necessidades não satisfeitas (BROOM; MOLENTO, 2004). Enriquecimento ambiental é sinônimo de aumento de complexidade de ambientes, possibilitando uma melhoria da funcionalidade biológica dos animais. Consiste em uma série de medidas que modificam o ambiente físico ou social, melhorando a qualidade de vida dos animais cativos, permitindo a mensuração do bem-estar, considerando os efeitos do ambiente no crescimento e no desenvolvimento (GUIMARÃES et al., 2009). 32 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Ambientes que lembram o habitat natural mostram uma maior facilidade de expressão de comportamentos típicos da espécie e um aumento da reprodução, no caso da criação das aves, as gaiolas eliminam o contato com as fezes, e melhoram o ambiente de trabalho, com a diminuição dos níveis de poeira e amônia, permitem reduzir o grupo de aves alojadas, minimizando assim o canibalismo e previnem o consumo dos ovos pelas galinhas, já que estes rolam para o aparador após a postura, ficando longe do alcance das mesmas (ROCHA et al., 2008). No entanto, as aves apresentam comportamentos naturais causando estresse, sendo que o espaço limitado ainda restringe a movimentação e as atividades das aves, contribuindo para a “osteoporose por desuso”, que torna o osso mais frágil e susceptível a fraturas dolorosas. Pesquisas recentes têm desenvolvido gaiolas enriquecidas ou convencionais modificadas visando atender às necessidades de bem-estar. Dentre estas se observam a incorporação de poleiros para melhorar a resistência óssea, a utilização de repartições inteiras entre as gaiolas para reduzir os danos ao empenamento, colocação de fita ou pintura abrasiva junto à base do aparador de ovos para permitir que as aves reduzam o tamanho das unhas, enquanto se alimentam, e consequentemente as lesões de pele, área para ninhos e banhos de areia (ROCHA et al., 2008). 2.4 Alguns resultados positivos proporcionados através do bem estar animal Observou-se maior ganho de peso em leitões castrados sob o efeito de anestesia local na semana após a cirurgia, em relação àqueles não anestesiados, superando inclusive os gastos com o procedimento anestésico (LUNA, 2008). Na área de bovinocultura, muitos trabalhos demonstram que as práticas operativas e de manejo corretas asseguram um maior bem- estar do animal e obtêm melhores resultados econômicos, evitando ineficiência e perda de valor em toda a cadeiade corte e produzindo um produto que não deixa de ser uma commodity, mas que apresenta diferenciação por sua qualidade melhorada, pois o manejo inadequado pode passar despercebido e ocasiona deficiência do Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 33 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA sistema produtivo, por falhas na alimentação, enfermidades, etc (BORTOLI, 2008). 3.CONSIDERAÇÕES FINAIS Os animais estão sob nossa responsabilidade, por isso é dever do ser humano e particularmente do médico veterinário, prover condições para que os animais não sejam submetidos a procedimentos dolorosos sem a devida anestesia e analgesia. Animais de produção sofrem muito, então deve-se repensar o uso de práticas que causam dor e sofrimento considerando que eles são criados para o nosso benefício. Por isso, o mínimo que se deve ser feito é tratá-los de forma digna e com respeito. Muitas práticas deveriam ser reavaliadas quanto à necessidade, a forma de realização e o custo do sofrimentoanimal deve ser levado em consideração, já que a emoção e inteligência animal podem ser questionadas, mas é inquestionável que os animais sofram. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LUNA, S. P. L. Dor, senciência e bem-estar em animais. In: Ciênc. Vet. Tróp., v. 11. Suplemento 1. Recife-PE. 2008. p. 17-21. CRUZ, C. R. Bem-estar animal no cenário internacional. In: IV Simpósio Brasil Sul de Avicultura. Chapecó – SC. 2003. PIZZUTTO, C. S. GUIMARÃES, M. A. B. V. SGAI, M. G. F. G. O enriquecimento ambiental como ferramenta para melhorar a reprodução e o bem-estar de animais cativos. In: Rev. Bras.Reprod. Anim. v.33. Belo Horizonte. 2009. p.129-138. ROCHA, J. S. R.LARA, L. J. C. BAIÃO, N. C. Produção e bem-estar animal. Ciênc. vet. tróp.v. 11. Suplemento 1.Recife – PE. 2008. p.49-55. BROOM, D. M. MOLENTO, C. F. M. Bem-estar animal: conceito e questões relacionadas – revisão. Archives of Veterinary Science ISSN: 1517-784X. v.9. Curitiba – PA. 2004. p. 1-11. 34 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA OLIVEIRA, C. B. BORTOLI, E. C. BARCELLOS, J. O. J. Diferenciação por qualidade da carne bovina: a ótica do bem-estar animal. Ciência Rural.v.38. 2008.p.2092-2096. HÖTZEL, M. J. MACHADO FILHO, L. C. P. Bem-estar animal na agricultura do século XXI. Revista de Etologia. v. 6. 2004.p.03-15. Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 35 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE – REVISÃO DE LITERATURA Luara Maria BORDA¹ Ana Paula PINAS¹ Thiago Ferreira da SILVA² RESUMO O leite teve sua história iniciada há 20 mil anos a.C a partir do primeiro contato humano com o mesmo. No RIISPOA o leite é o produto vindo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite é uma fonte de vitaminas A, E e K. Também são encontradas no leite as vitaminas hidrossolúveis como: B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico e niacina. O objetivo desta revisão de literatura é descrever pontos importantes sobre a cadeia produtiva do leite, ramo crescente no Brasil que cria emprego para a população, renda para produtores, além de ser um alimento que participa da rotina das pessoas por possuir um alto poder nutritivo. Palavras-chave: higiene, produtores, renda, vitamina. ABSTRACT The milk had his story started 20,000 years BC from the first human contact with it. In RIISPOA milk is the product from the complete, uninterrupted milking, in conditions of hygiene, well fed and rested healthy cows. The milk is a source of vitamins A, E and K 36 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA are also found in milk water-soluble vitamins such as B1, B2, B6, B12, niacin, and pantothenic acid. The aim of this review is to describe important points about the milk chain, increasing branch in Brazil that creates jobs for the population, income for producers, besides being a food that part of the routine of the people have a high nutritional value. Keywords: hygiene, producers, income vitamin. 1.INTRODUÇÃO O leite teve sua história iniciada a 20 mil anos a.C a partir do primeiro contato humano com o mesmo. Somente por volta de 3 mil anos a.C. é que passa a ser usado como alimento. Desenhos rupestres testemunham a aproximação do homo sapiens com o leite que teria ocorrido provavelmente com as cabras. A primeira ordenhaé na data de 10 mil anos a.C.. A partir de 3100 a.C. acontece o primeiro registro histórico e concreto da utilização do leite como alimento. Durante as grandes navegações do século XVI, bovinos, cabras e ovelhas serviam para fornecer o leite, e o queijo. Por volta de 1650 enquanto as classes mais abastadas preferiam o café puro, a mistura de café com leite era popular. Durante o século XVII o leite teve importante papel nas preparações culinárias na alimentação da maior parte da população (SOARES & NICOLAU, 2012). No Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, leite é o produto vindo da ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. Assim, fatores como: espécie, raça, indivíduo, idade da vaca, estágio da lactação, alimentação, estações do ano, estado de saúde do animal, dentre outros, afetam a composição do leite (BRASIL, 2012). A cadeia produtiva do leite é uma das mais valiosas do complexo agroindustrial brasileiro. Movimenta por ano cerca de US$10 bilhões, possuem mais de 1 milhão de produtores, e produz aproximadamente 26 bilhões de litros de leite anualmente, provenientes de um dos maiores rebanhos mundiais, com grande potencial para abastecer o mercado interno e externo (PACHECO et al., 2012). Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 37 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA A Bovinocultura Leiteira exerce um importante papel no desenvolvimento econômico nacional de países em desenvolvimento, principalmente nas regiões que predominam a agropecuárias, isso tem ocorrido devido a crescente inserção do Agronegócio na “Economia Globalizada”. Contudo, para atingir bons resultados, as atividades agropecuárias, estão cada vez mais expostas aos desafios impostos pela mundialização da economia de modo que é preciso manter um elevado nível de competitividade em termos de custos, preços, qualidade, condizente com os padrões do dinâmico mercado atual, o que, por sua vez, tem tornado cada vez mais importante à eficiência na gestão dessas atividades (VIANA & FERRAS, 2007). Dados obtidos da apuração dos custos de produção são utilizados para várias finalidades, como: estudo da rentabilidade da atividade do leite, redução dos custos, planejamento e controle das operações do sistema de produção leiteira, identificação e determinação da rentabilidade do produto, identificação do ponto de equilíbrio. A cadeia produtiva do leite: um estudo sobre a organização da cadeia e análise de rentabilidade de uma fazenda com opção de comercialização de queijo ou leite do sistema de produção de leite, e instrumento de apoio ao produtor no processo de tomada de algumas decisões certas (LOPES et al., 2001). Acrescentando-se a importância nutritiva do leite como alimento, pode-se estar diante de um dos produtos mais importantes da agropecuária brasileira. O leite é rico em nutrientes essenciais ao crescimento e à manutenção de uma vida saudável. A indústria de laticínios tem potencializado o valor nutritivo deste produto. Existe no mercado uma série de bebidas lácteas enriquecidas com vitaminas, minerais e ômegas 3 e 6, assim como leites especiais para as pessoas que não podem digerir e metabolizar a lactose. Além da sua importância nutritiva, o leite desempenha um relevante papel social, principalmente na geração de serviços e empregos (PACHECO et al., 2012). O objetivo desta revisão de literatura é descrever pontos importantes sobre a cadeia produtiva do leite, ramo crescente no Brasil que cria emprego para a população, renda para produtores, além de ser um alimento que participa da rotina das pessoas por possuir um alto poder nutritivo. 38 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA 2.DESENVOLVIMENTO O leite é uma importante fonte de vitaminas A, D, E e K. Também são encontradas no leite as vitaminas hidrossolúveis como: B1, B2, B6, B12, ácido pantotênico e niacina. Quanto aos sais minerais, o leite possui os essenciais à dieta humana e concentra em maior quantidadeos fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio e magnésio (SOARES & NICOLAU, 2012). O País tem, hoje, acima de um milhão e cem mil propriedades que vivem do leite, ocupando diretamente 3,6 milhões de indivíduos. Para ter-se uma ideia mais clara do impacto deste setor na nossa economia, a elevação na demanda final por produtos lácteos em um milhão de reais gera 195 empregos permanentes. Este impacto supera o de setores automobilístico, o de construção civil, o siderúrgico e o têxtil. A expectativa é de que se tenha produzido próximo a 21 bilhões de litros em 2001 (PACHECO et al., 2012). A indústria de laticínios no Brasil é composta de empresas multinacionais, cooperativas e empresas nacionais, sendo este um dos maiores produtores mundiais de leite, mas com baixa produtividade devido à utilização de vacas de raças impróprias para a produção de leite e pela não utilização de confinamento. No caso da modernização da pecuária leiteira, os grandes pecuaristas pressionam as cooperativas para a adoção de novas tecnologias usadas com fim de valorizar o produto final. A coleta a granel representa esse esforço, embora não tenha sido totalmente implantada no país (RIBEIRO, 1999) O Censo Agropecuário do IBGE indica que no Brasil existem aproximadamente 5,2 milhões de produtores rurais e em 25% deles ocorre a produção de leite. O maior percentual de propriedades com leite em relação ao número total de estabelecimentos rurais ocorre nas Regiões Sul (41%) e no Centro-Oeste (39%). No Sudeste 33% do total de estabelecimentos trabalham com leite, no Norte 18% e no Nordeste apenas 16% deles se dedicam à atividade (BARROS et al, 2010). O leite está entre os seis primeiros produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando a frente de produtos como café beneficiado e arroz. O agronegócio do leite e seus derivados desempenham um papel relevante no suprimento de alimentos e na Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 39 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA geração de emprego e renda para a população (PACHECO et al., 2012). Tradicionalmente o Brasil sempre foi um grande importador de produtos lácteos, chegando a registrar um déficit anual de quase meio bilhão de dólares no final dos anos 90. A partir de 2004, com o cenário mundial favorável o País passou a fazer parte do mercado internacional, como exportador líquido de produtos lácteos. Com o aumento da renda da população nacional, principalmente das classes C e D, o consumo de produto laticínios aumentou e a balança comercial voltou a ser negativa. Em 2011, até outubro, já importamos meio bilhão de dólares com 132.457 toneladas de produtos lácteos e exportamos aproximadamente US$ 100 milhões (BARROS et al, 2010). No caso do leite, existem cerca de cinco figuras que podem vir a desempenhar o papel de ligação entre produtores e consumidor final do produto: cooperativa, indústria, representante, distribuidores e varejista. O fluxo pode ser considerado ainda de duas maneiras: o fluxo por canais mais comuns da mercadoria, situação esta que ocorre predominantemente durante a comercialização do produto e liga todos os elos da cadeia, desde o produtor até as cooperativas, indústrias e distribuidores; e o fluxo por meio de canais alternativos, o qual ocorre em menor proporção, podendo ligar intimamente o produtor ao consumidor final (VIANA & FERRAS, 2007). O volume de leite produzido em nosso país é suficiente para que cada pessoa tenha disponível diariamente 0,441 litros. Para atender o consumo recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de 210 litros/ano ou 0,575 litros/dia, o volume total da produção leiteira deveria ser de 40 bilhões de litros, considerando a população brasileira constituída de 190,8 milhões de habitantes (BARROS et al, 2010). A renda gerada pela atividade também incentiva a demanda interna por outros produtos, gerando empregos também de forma indireta. Finalmente, a atividade também é importante na geração de recursos públicos, através da agregação de valores, contribuindo para a disponibilidade de recursos que podem também ser revertidos em investimentos (VIANA & FERRAS, 2007). A constituição das cadeias produtiva não segue padrões pré- estabelecidos. Pois, cada arranjo depende de inúmeras variáveis, que normalmente estão associadas aos contextos regionais e as 40 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA exigências de mercado. Isto significa que fluxos de insumos, matérias primas, produtos e capitais, bem como, os repasses de tecnologia ocorrem sob regências contratuais. E estes são estabelecidos para garantir a fidelidade entre os segmentos e elementos da cadeia (DA SILVA, 2010). 3.CONCLUSÕES Tendo em vista a importância do leite enquanto produto alimentício para todas as sociedades, é necessário um melhor acompanhamento das atividades produtivas. Com isso pode-se concluir que o Brasil está cada vez mais incentivando os produtores de leite, isso gera rendas altas para o pais e emprego para a população. Com isso aumenta a demanda deste produto já é considerado um alimento altamente nutritivo e essencial para a saúde dos indivíduos. Para tanto, a análise da história dos dados é de suma importância estratégica para a cadeia produtiva do leite, na medida em que servirá para apoiar a tomada de decisão para investimentos no setor. 4.REFERÊNCIAS BARROS, Fabiano Luiz Alves; DE LIMA, João Ricardo Ferreira, FERNANDES, Rosangela Aparecida Soares. Análise Da Estrutura De Mercado Na Cadeia Produtiva Do Leite No Período. De 1998 A 2008. Aceito Em: 09/08/2010. Graduado Em Economia Pela Universidade Federal De Campina Grande - Ufcg. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, 2012. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950- 1969/D30691.htm>. LOPES, M. A.; MAGALHÃES, G.P. Rentabilidade na terminação de bovinos de corte em condições de confinamento: um estudo de caso em 2003, na região oeste de Minas Gerais. Ciências Agrotécnica, Lavras, v. 29, n. 5, p. 1039-1044, Set./Out. 2004. COSTA, R. G.; QUEIROGA, R. C. R.; PEREIRA, R. A. 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Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 43 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA CADEIA PRODUTIVA DO MEL – REVISÃO DE LITERATURA SCARAMUCCI, Cynthia Pirizzotto¹ SILVA, Thiago Ferreira da² ¹Acadêmica do curso de Medicina Veterinária da FAEF- Garça – SP - Brasil. email: cypsvet@gmail.com ²Docente do curso de Medicina Veterinária da FAEF- Garça – SP - Brasil. email: thiago.fersi@bol.com.br RESUMO O agronegócio vem sendo uma das ferramentas de extrema importância para o Brasil e para o Mundo, com isso o estudo das cadeias produtivas estão sendo de grande valia para o desenvolvimento do mercado interno e externo. A cadeia produtiva do mel é bastante visada no mercado externo, porem ainda exista uma grande dificuldade para o Brasil em ambos os mercados. O Brasil possui uma grande capacidade territorial e uma excelente qualidade técnica para o avanço da produção de mel e seus derivados, contudo ainda é um mercado novo para o país, possuindo muitos gargalos a serem solucionados. Este trabalho tem como finalidade o estudo da cadeia produtiva do mel, os produtos e subprodutos e os aspectos desta a cerca do agronegócio no Brasil e no mundo. Palavras-chave: agronegócios, abelhas, cadeia, mercado, mel. ABSTRACT Agribusiness has been one of the very important tools for Brazil 44 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA and the world, therefore the study of production chains are of great value to the development of domestic and foreign market. The productive chain of honey is quite targeted in the foreign market, however there is still a great difficulty for Brazil in both markets. Brazil has a large territorial capacity and an excellent technical quality to advance the production of honey and its derivatives, however, is still a new market for the country, owning many bottlenecks to be solved. This work aims to study the productive chain of honey, products and by-products and about aspects of agribusiness in Brazil and worldwide. Keywords: agribusiness, bees, chain market, honey. 1. INTRODUÇÃO O conhecimento sempre foi um insumo importante para o agronegócio, tanto na produção quanto na comercialização, e com o crescimento do porte e da competitividade e consequente a isso a complexidade da agricultura brasileira ao passar dos anos, este virou uma ferramenta ainda mais essencial (BUAINAIN & BATALHA, 2007). O conceito de cadeias produtivas é um processo de maior complexidade do desenvolvimento da agricultura, onde esta passa a ter um conjunto de relações de dependência cada vez mais estreita com outras condições para a sua realização, tais como, o uso de insumos industrializados como o uso de fertilizantes sintéticos, máquinas e equipamentos, agrotóxicos, medicamentos e outros, para a produção propriamente dita. Esta nova forma de fazer agricultura vem acompanhada do processamento, em maior ou em menor grau, das matérias primas produzidas, para o consumo humano e animal e está sujeita a canais cada vez mais sofisticados e distantes para a chegada aos consumidores finais, onde se estabelece uma integração crescente com o mundo da cidade e dos negócios (SILVA & PEIXE, 2006). Das cadeias produtivas que cresceram em importância mais recentemente, esta a de orgânicos e mel. Nos últimos 25 anos, os mercados de produtos alimentares vêm sofrendo grandes transformações, de um lado emerge uma nova institucionalidade, marcada por consumidores mais conscientes do seu poder, e que buscam nos alimentos atributos específicos desde a qualidade, sabor, Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 45 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA cor, segurança nutricional, identificação de origem e associação com a natureza e assim por diante. De outro, as tecnologias de produção, gestão e comercialização registraram progressos substanciais, seja no quesito de atendimento às novas demandas dos consumidores, ou seja, para adequação em exigências da sociedade como um todo, resultando em um novo espaço aberto para a diferenciação dos produtos agropecuários que aos poucos vem deixando de ser tratados como commodities (BUAINAIN & BATALHA, 2007). Essas mudanças favoreceram a expansão de um conjunto de produtos que tem apelo natural, funcional e relação com a saúde dos consumidores. O consumo do mel, produto tradicionalmente associado ao padrão de consumo das camadas de renda mais elevada e ao uso como insumo pelas indústrias de alimentos, cresceu de forma sustentável nas ultimas décadas, estimulado principalmente pelas chamadas qualidades terapêuticas, nutricionais e funcionais (BUAINAIN & BATALHA, 2007). Este presente trabalho tem como finalidade a abordagem de um breve histórico sobre a cadeia produtiva do mel, discorrendo sobre o mercado de consumo deste produto e de seus subprodutos, destacando os principais produtores internos e externos, suas dificuldades dentro do mercado e a projeção deste produto no mercado futuro 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Apicultura: breve histórico As abelhas fazem parte do planeta terra há milhões de anos. Elas são descendentes das vespas, e se alimentavam de pequenos insetos, sendo que posteriormente estas passaram a consumir pólen das flores silvestres. Muitos povos primitivos se alimentavam dos produtos das abelhas sem uma classificação adequada, comendo o favo misturado com mel, cera, pólen e larvas (SILVA & PEIXE, 2006). Há 2.400 anos a. C., cultivando abelhas em colmeias de barro, o Egito foi um dos primeiros apicultores mundiais, os Gregos e Romanos aperfeiçoaram o processo de cultivo. A importância das abelhas para estes povos podia ser evidenciada no comércio e na literatura, já que eram estampadas em roupas, medalhas e moedas. O filósofo 46 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Aristóteles foi o primeiro a realizar um estudo sobre esta espécie, mesmo assim, durante séculos foram mantidas em estado rudimentar e primitivo. Após o desenvolvimento do microscópio, no século XVII, começam as primeiras investigações sobre os aspectos biológicos das abelhas, criando-se equipamentos especiais para a sua cultura racional e exploração econômica (SILVA & PEIXE, 2006). A apicultura caracteriza-se pela exploração econômica e racional da abelha do gênero Apis e espécie Apis mellifera. Sua introdução no Brasil ocorreu por volta da data de 1939 (CAMARGO, 1972). É praticada com mais intensidade a partir da imigração dos europeus (italianos e alemães) que, em meados do século XIX, trouxeram as abelhas européias. Em 1956, ocorreu à introdução de uma espécie africana (Apis mellifera scutellata), que se multiplicou e se disseminou rapidamente na natureza, cruzando-se com as espécies europeias de várias origens, alterando-lhes as características (FLECK & BELLINASO, 2008). No Brasil, todas as abelhas encontradas na natureza são mestiças (polihíbrido chamado de abelha africanizada) entre as raças europeias e a africana. A apicultura é a atividade de criação racional de abelhas do gênero Apis, com o intuito de obter produção dos diversos produtos que as abelhas podem nos fornecer de forma sustentável. Dentre esses produtos destaca-se o mel, como sendo o principal produtoexplorado mundialmente pela prática da apicultura (SOUZA et. al., 2009). 2.1 Produtos e Subprodutos do mel O produto “mel de abelhas” é diferenciado em duas categorias: o mel de mesa e o mel industrial. O mel consumido in natura misturado com frutas, cereais ou mesmo em preparações culinárias pela dona de casa é o mel de mesa. O mel industrial é utilizado na industria alimentar (como adoçante ou aromatizante), farmacêutica, cosmética e tabacarias. O mel de abelhas é composto por uma rica composição de vitaminas e nutrientes minerais que ajuda no suplemento alimentar, como fonte de calorias. O mel de abelhas é também usado na fabricação de xampus e no tratamento de beleza (cartilha). Outros produtos tais como, o própolis, a cera de abelha, a geleia real, também são comercializados (SOUZA et. al., 2009). Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 47 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Para estimar o consumo de mel é usado o conceito de cosumo aparente, que é a soma da produção interna, mais as importações, menos s exportações. Ao pensar em cosumo aparente de mel no Brasil é importante lembrar que no período de 1996-2003 houve uma mudança drástica, pois se saiu de um patamar em que a produção não era suficiente para atender o consumo interno, para em menos de dez anos corresponder a apenas 36% da produção (JUNIOR & SILVA, 2007). O consumo de mel no Brasil é estimado em aproximadamente 200g/pessoa/ano, o que é considerado muito baixo se comparado a alguns países da Europa, como a Alemanha e Suíça, onde se calcula um consumo de 2,400g/pessoa/ano. O consumidor do mel no Brasil é muito exigente e pertencente à classe A e B, sendo o mel consumido principalmente como medicamentos, os consumidores não se preocupam com marcas comerciais e prefere adquirir diretamente do produtor. O principal local de compra é o supermercado e grande parte adquire os produtos em estabelecimentos que exigem certificação (SIF ou SIE), rótulos e demais exigências. O maior fator de decisão de compra é o aspecto/cor/densidade, o consumidor geralmente sente ausência de informações sobre os produtos apícolas e considera que o mel como medicamento não é caro, mas o mel como alimento é caro (JUNIOR & SILVA, 2007). 2.2 A produção no Brasil O Brasil figura entre o 11º e 17° produtor mundial de mel e ocupa a 5ª posição no ranking mundial de exportação. Na década de 50, o Brasil produzia apenas 4 mil toneladas de mel por ano e, atualmente, produz entre 32 e 50 mil toneladas (IBGE, 2006; CBA, 2006). O valor das exportações brasileiras de mel em 2007 foi de US$ 21,2 milhões, com uma queda em relação a 2006 na ordem de 9,3% em consequência de uma redução de 11,6% na quantidade exportada em 2006 (12,9 mil toneladas de mel). Vários estados se destacam como maiores exportadores brasileiros, principalmente da região sudeste (São Paulo), sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e nordeste (Piauí e Ceará) (SOUZA et. al., 2009). A apicultura no Brasil é predominantemente familiar, são no geral pequenos apiários mantidos por famílias de agricultores com base 48 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA de produção da agroecologia e inseridos nas dinâmicas da economia solidaria. Uma das características da atividade é que ela é pouco exigente em Mao de obra e em recursos. Desta forma, a apicultura vem sendo desenvolvida como uma atividade que gera possibilidades de renda adicional e que favorece o consumo mais frequente de mel na dieta familiar, sem falar nos benefícios da polinização das plantas nativas, frutíferas e exóticas que induz a ampliação do volume de frutos e sementes, e, consequentemente crescimento da cobertura vegetal de maior produtividade (JUNIOR & SILVA, 2007). Embora a apicultura esteja passando por uma fase de grande desenvolvimento a partir do início das exportações em 2001, ainda existe um grande potencial apícola (flora e clima) a ser explorado e grande possibilidade de se maximizar a produção, com a melhoria das práticas de manejo e produção, de forma a melhorar nossa produtividade por colméia/ano, que ainda é muito baixa em função do potencial apícola que o país dispõe (SOUZA et. al., 2009). Para a garantia da qualidade do mel, durante a extração e decantação é necessária a utilização de equipamentos específicos de aço inox, além dessas praticas serem realizadas em ambientes exclusivos, como casa de mel e entreposto de mel, o que muitos produtores ainda não possuem. A fase de extração do mel é feita normalmente na propriedade e a maioria das vezes esta não é feita dentro das condições de higiene, devido à falta de um espaço apropriado para esta finalidade, correndo então riscos de contaminação do produto (JUNIOR & SILVA, 2007). No estudo conduzido por VILELA, (2000) o autor definiu o apicultor e o consumidor como os dois principais elos na cadeia produtiva do mel, em torno dos quais se encontra estruturado um conjunto de outros sujeitos com funções intermediarias, normalmente vinculadas a atividades de prestação de serviço, objetivando o aperfeiçoamento da qualidade do produto do apicultor ao consumidor final (SILVA & PEIXE, 2006). É indispensável que se proceda à detecção dos principais gargalos (entraves ou problemas), que afetam cada elo da cadeia produtiva, procedimento que se passa a fazer na sequência deste artigo (FLECK & BELLINASO, 2008). A flora apícola que é determinada pelo conjunto de plantas que fornecem alimento (néctar e pólen) as abelhas em uma determinada região no Brasil tem como base a vegetação nativa, portanto as Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 49 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA vegetações nativas carecem de políticas de defesa e preservação (FLECK & BELLINASO, 2008). Outro ponto a ser discutido é o baixo consumo interno do produto, inibindo o crescimento da produção, bem como também a conquista definitiva do mercado externo, especialmente se as vendas forem em forma de produtos fracionados (marcas) e não a granel como ocorres nos dias de hoje. Assim os atuais gargalos do elo mercado interno são: o consumo do mel, mais como medicamento e menos como alimento, falta de campanhas publicitárias, visando o aumento do consumo de mel como alimento nas refeições diárias da população, baixa qualidade do produto, devido à manipulação deficiente, que deixa o consumidor insatisfeito, preços baixos e desestimulantes aos apicultores, falta de organização na produção (redução dos custos de produção com a compra coletiva de insumos e fatores de produção) e comercialização (venda direta aos consumidores, criação de marcas, embalagens especiais, outros produtos, etc.) falta de diferenciação do mel para o consumo humano direto e para as indústrias (produção de alimentos, medicamentos, cosméticos, etc.) (FLECK & BELLINASO, 2008). Ate recentemente praticamente toda produção nacional de mel era destinada ao mercado interno, a mudança radical desta realidade deveu-se a fatores externos (problemas com China e Argentina), que acabaram por beneficiar a apicultura nacional, com a elevação abrupta das exportações a partir de 2002. Segundo NETO et. al. (2006), citando dados da CBA, o embargo internacional á China e Argentina criou um déficit de 50.000 toneladas de mel no mercado internacional (SILVA & PEIXE, 2006). Assim o ingresso do Brasil no mercado internacional de mel e produtos apícolas é muito recente, o país também exporta, mas ainda em pequenos volumes, a cera de abelha, a própolis, o pólen, a geleia real e a própria apitoxina. Assim os gargalos que acometem este elo da cadeia produtiva do mel são: desconhecimento da legislação e mecanismos paraa exportação, a demanda do mercado externo de me a granel ao invés de produtos fracionados, baixo nível tecnológico, falta de tradição no mercado e pequena demanda, retorno na China e Argentina ao mercado internacional, com méis de baixa qualidade e preço baixo, dificuldade em comercializar o mel embalado (FLECK & BELLINASO, 2008). 50 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Outros entraves na cadeia produtiva do mel estão situados em outros elos tais como: a profissionalização do produtor, treinamento e capacitação dos funcionários, linhas de creditos, insumos e fatores de produção, indústrias de máquinas e equipamentos, pesquisa agropecuária, inspeção sanitária, defesa e fiscalização dos produtos, entre outros (FLECK & BELLINASO, 2008). 2.2 Produção Interna e Externa Estima-se que a produção mundial de mel durante o a no de 2001 foi em torno de 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior produtor (256 mil toneladas). Segundo os dados do IBGE, a produção de mel em 2005 no Brasil foi de 33.749.666,00 kg, gerando um faturamento de R$169.542.943,00. A região Sul foi a que mais se destacou, com 15.815.522,00 quilos seguida do Nordeste com 10.910.916,00 quilos, observada na tabela abaixo (JUNIOR & SILVA, 2007). Tabela I: Situação das regiões brasileiras Quantidade do valor da produção de mel de abelha, segundo as grandes regiões – 2005 Regiões Quantidade (kg) Valor (reais) Brasil 33.749.666 169.542.943 Norte 653.467 3.899.963 Nordeste 10.910.916 37.201.751 Sudeste 5.272.302 36.781.309 Sul 15.815.522 82.291.778 Centro-Oeste 1.097.459 9.368.142 Fonte: IBGE, 2005. O Brasil vem nos últimos anos conquistando novos mercados, apesar do embargo da união europeia (2006-2007), a exportação de mel segue crescendo. Os principais compradores de mel o pais são: Alemanha, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e México (JUNIOR & SILVA, 2007). Considerando a produção e a exportação brasileira no ano de 2007, observa-se que o País comercializou internacionalmente em Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 51 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA torno de 37% da sua produção. A produção de mel nos Estados Unidos vem declinando ao longo da última década. Em parte, essa diminuição ocorreu por uma doença denominada colony colapse disorder, que ataca as abelhas daquele país e que causou a destruição de um terço de suas colmeias, sendo que outros países também detectaram problemas devido a essa enfermidade. Esse país se alterna com a Alemanha como principal importador mundial (BORGES & LEONARDI, 2014). Dinamismo singular acontece com a Alemanha, na medida em que não é grande produtora, porém, aparece como a quinta maior exportadora e segunda maior importadora de mel no ano de 2007. Esse país pratica a reexportação, importando méis a um determinado preço, agregando valor ao produto e o exportando a um preço mais elevado (BORGES & LEONARDI, 2014). Por fim, identifica-se que pelas características produtivas o Brasil apresenta enorme potencial de se estabelecer como importante player nesse mercado. Ações vêm sendo realizadas para o desenvolvimento da cadeia apícola brasileira. Cita-se, por exemplo, o plano de Sanidade Apícola, ainda em fase de implementação, e que representa um avanço considerável para garantia da qualidade do produto brasileiro (BORGES & LEONARDI, 2014). 3. CONCLUSÕES O estudo sobre a cadeia produtiva do mel e dos produtos apícolas no Brasil revela a existência de potencialidade, seja pela grande área territorial disponível com sua cobertura vegetal, pelo volume de tipos de abelhas existentes na natureza. Porem o mercado interno ainda é um grande desafio para essa cultura, pois há falta de incentivo para os consumidores ao consumo do mel e seus derivados, este é um dos grandes problemas, sem a exigência do produto no mercado interno, não há exigência na produção. Falta então um grande apoio ao marketing para que o produto seja introduzido à mesa do consumidor. Quanto ao mercado externo, após o embargo dado aos produtores mundiais o Brasil aumentou as suas exportações em grande quantidade, porém ainda é pequena em relação à capacidade deste país em território e em qualidade técnica. 52 Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEF SOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA Conclui se que a cadeia produtiva do mel é uma das cadeias que podem ter uma projeção de excelentes resultados para o Brasil, mas a falta de investimento, tanto na parte de manejo, quanto de incentivo na parte financeira e na parte legislativa em adequação das normas técnicas e exigências para o comercio interno e externo, ainda são grandes barreiras para que essa cultura seja alavancada no país. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES, J. A. R.; LEONARDI, A. Mel Natural: Brasil no mercado Mundial. Artigo publicado em: AgroAnalysis: A revista de agronegócios da FGV. Disponível em: http://www.agroanalysis.com.br/ materia_detalhe.php?idMateria=843. Acesso em 13 de fevereiro de 2014. BUAINAIN A. M.; BATALHA M. O. Série Agronegócios: Cadeias Produtivas de Flores e Mel. v. 09, Brasília: MAPA, 2007. FLECK, L. F.; BELLINASO, J. A. Estudo da cadeia do mel e derivados: Território Central RS. Ministério do Desenvolvimento Agrário- Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Porto Alegre-RS, Julho, 2008. JUNIOR, E. S. F.; SILVA, P. R. P. Cartilha: Olhando a cadeia produtiva do mel e dos produtos apícolas no Brasil. Natal-RN, 2007. NETO, R. M. de P.; PAULA, F. L. de; NETO, A. Principais mercados apícolas mundiais e a apicultura brasileira. Banco do Nordeste do Brasil. Fortaleza- CE. Revista mensagem Doce n. 84, p.1-20, Apacame- SP, 2005. SILVA, R. C. P. A.; PEIXE, B. C. S. Estudo da cadeia produtiva do mel no conteto da apicultura paranaense: uma contribuição para a Identificação de Políticas Públicas Prioritárias. Paraná, 2006. SOUZA, D. C.; CAMARGO, R. C. R.; MURATORI, M. C.; ROBBS, P. G. Manual de Segurança e Qualidade para Apicultura: Série qualidade e segurança dos alimentos. SEBRAE. Editora eletrônica. 1. Ed., 2009. VILELA, S. L. de O. Cadeia produtiva do mel no Estado do Piauí. Teresina: Embrapa Meio-Norte, p.121, 2000. Garça/SP: Editora FAEF, 2014. Vol 01 (07 vols.) - ISSN 1676-6814 53 Anais do XVII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAEFSOCIEDADE CULTURAL EEDUCACIONAL DE GARÇA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA EM FELINOS – REVISÃO DE LITERATURA Vanessa Yurika MURAKAMI1 Felipe Gazza ROMÃO2 Gisele Fabrícia Martins dos REIS3 1 Acadêmico do Curso de Medicina Veterinária da FAEF Garça-SP. E-mail: neessa_murakami@hotmail.com 2 Docente do Curso de Medicina Veterinária da FIO – Ourinhos-SP. E- mail:felipe.g.romao@hotmail.com 3 Docente do Curso de Medicina Veterinária da FAEF Garça-SP. E- mail:fabricia_dl@yahoo.com.br RESUMO A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a cardiopatia mais comum em felinos domésticos, classificada como uma enfermidade primária ou secundária do músculo cardíaco, onde uma das principais causas primárias é a falha congênita nas estruturas contráteis de alguns miócitos, o que sobrecarrega os miócitos normais, provocando sua hipertrofia concêntrica. Pode ser secundária a outras doenças, como estenoses valvulares e hipertireoidismo. A maior complicação da CMH é a ocorrência de tromboembolismo arterial, principalmente na região aórtica a trifurcação ilíaca.O objetivo do presente trabalho foi abordar em uma revisão de literatura sobre a cardiomiopatia hipertrófica. Palavra – Chave: Cardiopatia, Tromboembolismo, Aorta, Trifurcação, Ilíaca. Tema – Central: MedicinaVeterinária. 54 Garça/SP: Editora
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