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3. DIREITO DE FAMÍLIA CONTEÚDO E ABRANGÊNCIA

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DIREITO DE FAMÍLIA: CONTEÚDO E ABRANGÊNCIA
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O Direito de Família é o conjunto de normas jurídicas que disciplinam os direitos pessoais e patrimoniais das relações de família.
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Divisão atual do Direito de Família brasileiro
O direito das entidades familiares
O direito parental – relativo às situações e relações jurídicas de paternidade, maternidade, filiação e parentesco
O direito patrimonial familiar – relativo ao regime de bens entre cônjuges e companheiros, ao direito alimentar, à administração dos bens dos filhos e ao bem de família
O direito tutelar – relativo à guarda, à tutela e à curatela.
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EVOLUÇÃO DO DIREITO DE FAMÍLIA BRASILEIRO
Influências: condições e modelos sociais, morais e religiosos dominantes na sociedade.
Evolução histórico-jurídica – 3 grandes períodos:
Direito de família religioso: abrange a Colônia e o Império (1500-1889) – predomínio do modelo patriarcal;
Direito de família laico: instituído com o advento da República (1889), perdurou até a CF/88 – progressiva redução do modelo patriarcal;
Direito de família igualitário e solidário: instituído pela CF/88.
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PERÍODO RELIGIOSO
O Direito de Família é considerado matéria reservada ao controle da Igreja Católica.
A interferência da religião na vida privada foi marcante na formação do homem brasileiro.
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REDUÇÃO DO MODELO PATRIARCAL E CF/88
Ao longo do Séc. XX até a CF/88 houve progressiva redução das desigualdades que o Direito de Família brasileiro consagrava.
Redução do modelo patriarcal: poder marital, pátrio poder, desigualdade entre os filhos, exclusividade do matrimônio, legitimidade.
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Lei n. 883/49 – permitiu o reconhecimento dos filhos ilegítimos;
Lei n. 4.121/62 – retirou a mulher casada da condição de subalternidade e discriminação em face do marido, e da condição de relativamente incapaz;
Lei n. 6.151/77 (Lei do Divórcio) – assegurou aos casais separados a possibilidade de reconstituírem suas vidas, casando-se com outros parceiros. Também ampliou o grau de igualdade de direitos dos filhos matrimoniais e extramatrimoniais.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
É considerada uma das mais avançados quanto ao tratamento das relações familiares.
Consumou o término da longa história de desigualdade jurídica na família brasileira.
Proclamou o fim da discriminação entre as entidades familiares não matrimonializadas.
Estabeleceu a igualdade de direitos e deveres entre homem e mulher na sociedade conjugal (CF, art. 226, § 5º) e na união estável (CF, art. 226, § 3º).
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Estabeleceu a igualdade entre filhos de qualquer origem, seja biológico ou não biológica, matrimonial ou não (CF, art. 227, § 6º).
Consolidou a natureza igualitária e solidária da família e das pessoas que a integram.
Evolução legislativa pós CF/88: 
Estatuto da Criança e do Adolescente (1990);
Leis sobre a união estável (1994 e 1996);
Novo Código Civil (2002);
Estatuto do Idoso (2003).
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CF/88
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
Art. 226, § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Art. 226, § 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Art. 226, § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
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CF/88
Art. 226, § 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 13/07/2010) 
Art. 226, § 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
Art. 226, § 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
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CF/88
Art. 227, § 6º - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
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DIREITO DE FAMÍLIA E DIREITO DAS SUCESSÕES
Direito das Sucessões – ramo do Direito Civil voltado à disciplina da transmissão de bens deixados pela pessoa física em razão de sua morte.
CF, art. 5º, XXX – garante o direito de herança.
CF, art. 5º XXXI – assegura o benefício do cônjuge e dos filhos brasileiros quando houver sucessão de bens de estrangeiro.
No Brasil o direito de herança se dá em virtude do grau de parentesco (sucessão legítima).

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