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Educação para a sexualidade - crianças

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1
São Paulo, 2008
1ª Edição
Escrito por John Bennett e Karen Fenlon
John Bennett é coordenador de Educação sobre Saúde do Serviço de Apoio e Orientação de Coventry LEA, da Inglaterra. É membro do Grupo 
de Orientação para Educação Pessoal e Social sobre Saúde e do Conselho de Pesquisa e Educação sobre Álcool, da Inglaterra. Foi um dos 
autores do Good Health Guide to Drugs, do canal de televisão inglês Channel 4.
Karen Fenlon é professora de crianças de 5 a 7 anos e coordenadora para alunos com necessidades especiais da Escola de Ensino Fundamen-
tal Mount Nod, Coventry, Inglaterra. Já lecionou em Castle Bromwich, Solihull, Inglaterra. 
Editores da série: Rick Hayes e Kath Hancock
Revisado por: Sue Hackett
Produzido por: Cornerhouse Design
Ilustrado por: Nikki Gibb
Edição brasileira
Editora: Lara Silbiger 
Equipe Editorial: Bianca Justiniano, Cássia Sanz e Gabriel Bogossian 
Design Gráfico: Thiago Gil de Freitas 
Produção: Vanessa O’nil, Vanessa Oliveira e Gabriela Pompone
Consultoria técnica: Maria Adrião
Tradução: Carolina Caires Coelho 
Revisão ortográfica: Camilla Bazzoni
Impresso por: Ripa Artes Gráficas
* Este livro já segue as novas normas de ortografia da Língua Portuguesa.
Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas - Crianças
Manual
2
* autores diversos
Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas 
Crianças
Livro de 56 páginas 
ISBN 978-85-86999-73-4
Log On Editora Multimídia – São Paulo, 2008
Assunto (s): 1. Educação sexual para crianças - Estudo e ensino (Ensino fundamental). 
CDD 372.372
D (19) - 1ra. edição
3
Conteúdo
Introdução 4 - 10
Guia do Professor 11 - 16 Guia do Professor 25 - 31 Guia do Professor 40 - 46
Fontes 55
Folhas de atividades Folhas de atividades Folhas de atividades
1 Coisas vivas e sem vida
2 Macho e fêmea
3 Meninas e meninos
4 Nomes das partes do corpo
5 Iguais, mas diferentes
6 Pesquisa na sala
7 Os piores e os melhores dias
8 Ciclos de vida
9 De onde as coisas vêm?
10 Ficha de informações sobre o nascimento 
11 Crescendo e aprendendo 
12 O que podemos fazer? 
13 Partes do corpo 
14 Com quem parecemos? 
15 Nove meses 
16 No útero 
17 Presente de quem? 
18 O que eu posso fazer? 
19 Filhotes 
20 Árvore genealógica 
21 Meu amigo 
22 Conquistas 
23 Hora da refeição 
24 Roupas 
Diferenças Como eu cheguei aqui? Crescendo e aprendendo
17
18
19
20
21
22
23
24
32
33
34
35
36
37
38
39
47
48
49
50
51
52
53
54
4
Introdução
Introdução
Onde a educação para a sexualidade entra no 
currículo escolar?
A educação para a sexualidade sempre foi ensinada de forma insuficiente e tarde demais 
para ser útil. É tratada de forma bastante discreta, pois existe o medo de ofender determi-
nados grupos. E não supre as necessidades das crianças nem as de seus pais, o que traz 
resultados prejudiciais. Percebemos, cada vez mais, que a educação para a sexualidade não 
deve ser simplesmente apresentada na puberdade, mas gradualmente introduzida como 
parte essencial do currículo escolar e de acordo com a faixa etária dos alunos.
O currículo de ciências reconhece isso, mas a natureza potencialmente delicada do as-
sunto pode pressupor que as instituições de ensino abordem questões morais e sociais. A 
educação para a sexualidade não envolve apenas a reprodução e a saúde sexual. Estes são 
assuntos importantes, é claro, mas ela também deve ajudar as crianças a ser capazes de 
agir de modo responsável ao estabelecer e manter relacionamentos, a se sentir bem consigo 
e com as escolhas que fazem, a desenvolver a assertividade e a capacidade de respeitar a si 
e aos outros no contexto do desenvolvimento sexual, levando em conta, ao mesmo tempo, 
a sexualidade, o gênero, os papéis e a responsabilidade.
Uma das maiores dificuldades que as crianças enfrentam hoje são as opiniões e os va-
lores conflitantes que nascem a partir do constante fluxo de imagens na mídia sobre sexo, 
sexualidade e relacionamentos. 
A educação sobre sexo e relacionamentos no dia-a-dia costuma ser bastante informal, o 
que é muitas vezes complicado por causa de as informações vindas de amigos ser falhas e 
de se perpetuarem mitos do universo dos adultos, cujo conhecimento sexual pode ser tão 
inadequado quanto o das crianças. As cartas enviadas para as revistas de “adolescentes”, 
 (UNICEF (2002): Voz dos Adolescentes: Relatório da Situação da Adolescência Brasileira, Brasília, 2002. 
por exemplo, demonstram o quanto os jovens não têm conhecimento sexual e confiança 
para lidar com os relacionamentos.
É papel da escola promover a saúde em seu sentido mais amplo. Entre suas incumbên-
cias, está promover o desenvolvimento físico, social e psicológico de seus alunos, zelar pela 
manutenção da saúde de todos os estudantes e funcionários, bem como considerar também 
o desenvolvimento das emoções e da autoestima como parte central de seus objetivos. 
Nesse contexto, torna-se essencial uma política de educação para a sexualidade bem 
estudada e planejada, que alcance todas as crianças sob sua responsabilidade. Omitir in-
formações é prejudicial a elas e aos outros, pois a ignorância pode levar a comportamentos 
inadequados e também ao preconceito.
Para passar da infância à adolescência de modo bem-sucedido e seguro, as crianças pre-
cisam de um amplo leque de oportunidades para fazer escolhas, tomar decisões e assumir 
a responsabilidade pelos âmbitos de sua vida sobre os quais têm algum controle. Devem 
receber a informação correta e ser incentivadas a fazer a coisa certa.
As estatísticas chamam a atenção. De acordo com estudo do UNICEF (2002) , 32,8% dos 
brasileiros na faixa etária de 12 a 17 anos já tiveram relações sexuais. Destes, 61% são do 
sexo masculino e 39%, do feminino. Segundo o IBGE (Censo 2000), 9,5% dos adolescentes 
entre 15 e 19 anos (82% de mulheres e 18% de homens) vivenciam algum tipo de união, 
com vida sexual ativa. 
5
Segundo a Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepções da População Brasileira 
sobre HIV/AIDS, 1998 e 2005, do Ministério da Saúde, 65,8% de adolescentes dos 16 a 19 
anos afirmam ter usado preservativo na primeira relação sexual. No entanto, o uso regular 
do preservativo com qualquer parceira, na faixa etária entre 15 e 24 anos, corresponde 
somente a 39% de acordo com a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas na Popu-
lação Brasileira de 15 a 54 anos, em 2004. 
Com relação à infecção pelo HIV/AIDS entre adolescentes e jovens, os casos entre as 
mulheres e os homossexuais vêm sofrendo significativo aumento. De 1996 a 2005, houve 
um crescimento de 44% no número de casos de AIDS em mulheres. 
Na adolescência, o quadro se confirma. Em 2005, na faixa dos 13 aos 19 anos, notificou-
se 1,6 caso de AIDS em mulheres para cada caso em pessoas do sexo masculino, segundo 
o Programa Nacional de DST e AIDS, do Ministério da Saúde, 2007. 
A análise dos dados por faixa etária entre homossexuais também indica tendência de 
crescimento entre os 13 e os 19 anos, variando de 18%, em 1990, para 40%, em 2005, 
segundo o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST Gays, HSH e 
Travestis, do Ministério da Saúde, 2007.
Outro ponto importante a ser 
considerado quando se fala 
sobre sexualidade dos 
jovens é o aumento da 
taxa de fecundidade en-
tre as adolescentes.
Introdução
“Se entre mulheres como um todo se assistiu, nas quatro últimas décadas, a um decréscimo 
da taxa de fecundidade (em 1940, a média nacional era de 6,2 filhos, em 2000, passa a 2,3 filhos), 
entre adolescentes e jovens o sentido é inverso. Desde os anos 1990, a taxa de fecundidadeentre 
adolescentes aumentou 26%.” 
(Marco Teórico e Referencial Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva de Adolescentes e Jovens, Ministério da Saúde, Brasília, 2006) 
Assim, a educação para a sexualidade inclui:
• dar informação e conhecimento;
• derrubar mitos;
• formar atitudes e valores positivos;
• estimular o cuidado consigo mesmo e com os outros;
• desenvolver a identidade sexual;
• promover as habilidades necessárias para uma comunicação eficaz, relacionamentos 
amorosos, cuidadosos e felizes, e comportamentos positivos.
Esses objetivos só podem ser alcançados mediante processo de desenvolvimento que 
se inicie logo nos primeiros anos de vida, ou seja, na infância, de modo apropriado, que 
progride pela adolescência até a fase adulta e, sempre que possível, e faz parte do currículo 
escolar de todas as crianças.
Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas, desenvolvido 
pelo canal inglês Channel 4 a pedido de professores e diretores, adota essa abordagem. A 
coleção é composta por três unidades: para crianças de 6 a 8 anos, para pré-adolescen-
tes, e para adolescentes – que reúnem recursos audiovisuais e impressos para criar uma 
estrutura escolar completa e ideal para se tratar de sexo e relacionamentos.
6
O que este manual abrange?
Este livro contribui com a operacionalização dos pressupostos que fazem parte 
dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN , especialmente com relação ao tema 
orientação sexual, sinônimo de educação para a sexualidade. Propõe um programa 
pedagógico sobre sexualidade e saúde reprodutiva desde as séries iniciais do Ensino 
Fundamental até o Ensino Médio, com conteúdos específicos para cada faixa etária.
Os PCN consistem em uma proposta de reorientação curricular de toda a Educação 
Básica, que considera, por um lado, o respeito às diversidades regionais, culturais 
e políticas existentes no país e, por outro, a necessidade de construir referências 
nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso, 
pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos jovens ter acesso ao con-
junto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao 
exercício da cidadania. 
Os parâmetros apontam também a importância de discutir, na escola e na sala de 
aula, questões da sociedade brasileira, como a orientação sexual. 
Cabe destacar que os PCN representam um marco nas políticas públicas de educação 
ao inserir no currículo da Educação Básica a temática da sexualidade, entendida como algo 
inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Além do mais, tra-
zem discussões sobre princípios democráticos, como a participação e a co-responsabilidade 
social, a igualdade de direitos e a dignidade da pessoa humana. 
No caso do Ensino Fundamental, existem volumes de temas transversais referentes à orien-
tação sexual, datados de 1997. No Ensino Médio, não há temas transversais, mas a sexualida-
de aparece em dois volumes temáticos dos PCN e também no documento de bases legais. 
Este livro também pode subsidiar as ações educativas no âmbito do Programa 
Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), uma parceria dos Ministérios da Saúde e da 
Educação, UNICEF, UNESCO e UNFPA que, desde 2003, contribui para a prevenção 
da infecção pelo HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez não 
planejada entre jovens. 
O SPE vê a escola como espaço oportuno e privilegiado para trabalhar de forma 
continuada questões referentes à sexualidade, saúde sexual e saúde reprodutiva, rela-
ções de gênero e diversidade sexual, com a participação dos estudantes, professores, 
corpo pedagógico, familiares e profissionais de saúde. 
O presente material abrange os três temas do DVD para crianças na Unidade 1: 
“Diferenças”, “Como eu cheguei aqui?” e “Crescendo e aprendendo”. Para cada um, 
há oito folhas de atividades correspondentes.
O Programa 1, Diferenças, traz o tema “seres vivos”: a diferença entre macho e 
fêmea, sentimentos e ciclos de vida.
O Programa 2, Como eu cheguei aqui?, tem como tema “de onde eu vim?”. 
Continua trabalhando os ciclos de vida, o crescimento e a mudança. Também abrange 
o desenvolvimento do feto durante a gravidez.
O Programa 3, Crescendo e aprendendo, apresenta o tema “crescer” e analisa 
o crescimento e as mudanças do ponto de vista da criança, para que pense em si 
mesma como bebê e reflita sobre o futuro, quando será adulta. Há ainda uma análise 
dos relacionamentos.
 Os PCN estão disponíveis na Internet nos endereços indicados na bibliografia deste livro.Introdução
7
 Os professores podem usar as folhas de atividades em qualquer ordem, do 
modo que mais lhes convier, como único recurso ou com outros materiais, apli-
cadas em trabalhos individuais, em pares, em grupos ou com a classe toda. 
São diferenciadas para oferecer informações em um nível apropriado para crian-
ças e algumas delas trazem mais estímulos às crianças mais hábeis. 
Estas folhas de atividades não abordam, contudo, todos os assuntos que 
podem ser levantados na educação sexual e no que tange a relacionamentos, 
mas as escolas devem incluí-las sempre que achar necessário. 
Vale lembrar que as atividades de extensão incentivam as crianças a realizar um 
trabalho pessoal que pode, às vezes, envolver a família ou os responsáveis.
Muitas das folhas de atividades têm desenhos que podem ser coloridos pelas 
próprias crianças. A menos que faça parte do objetivo principal da atividade, 
tal informação não será especificada no guia do professor. Os alunos po-
dem, por exemplo, colar as folhas de atividades em um caderno ou expô-las 
na parede da sala para deixar o ambiente mais alegre.
Na sala de aula
Antes de começar, é recomendável que regras sejam estabelecidas com 
as crianças, para levar em conta a delicadeza do trabalho e as questões que 
podem surgir. Elas minimizam qualquer embaraço que as crianças possam 
ter e não incentivam revelações pessoais inadequadas. Boas regras criam 
um ambiente no qual as crianças valorizam a contribuição dos colegas e 
desenvolvem respeito umas pelas outras.
 Uma regra útil pode ser “não comentar, fora da sala de aula, coisas men-
cionadas pelas pessoas durante a aula”, pois o trabalho com pequenos grupos, a 
discussão feita com os alunos sentados em círculo e as conversas sobre sexo 
que envolvem a classe toda podem abrir espaço a revelações. Tais situações 
exigirão cuidadoso encaminhamento, e o professor deve recorrer aos procedi-
mentos escolares de preservação dos alunos.
 É importante que os educadores sejam minuciosos também em re-
lação àquelas crianças cuja vida familiar não é agradável ou àquelas cujo 
conceito tradicional de família não se aplica. Deve-se evitar passar men-
sagens negativas sobre sexo, sexualidade e relacionamentos.
Recomenda-se incentivar as crianças a fazer perguntas e a responder de 
modo honesto e aberto. A questão de um aluno pode interessar a sala toda. 
Entretanto, se esta exigir informações explícitas adequadas apenas para o 
aluno que a apresentou, deve-se dar uma resposta geral para a sala toda e 
uma explicação mais direcionada apenas àquele que questionou.
Algumas escolas preferem contar com a ajuda de profissionais de ser-
viços de saúde para conversar com as crianças sobre puberdade e reprodução 
sexual. Lembre-se, porém, de que os convidados devem ser integrados como 
parte do ensino apenas se houver um programa coerente e bem planejado apro-
vado pela escola.
Introdução
8
Os convidados nunca devem substituir o professor na sala de aula, mas ter uma partici-
pação complementar. Precisam compreender o papel que desempenham, a natureza e o 
propósito da aula. Para isso, os educadores devem orientá-los aesclarecer as dúvidas das 
crianças e a explicar sobre as revelações e o sigilo. Independentemente de ser um profissio-
nal de saúde ou uma “nova mamãe” com seu bebê, um convidado pode oferecer uma 
experiência interessante e estimulante para os alunos.
Por fim, o ensino e o aprendizado nesta unidade têm a ver com a pro-
moção da autoestima e o estímulo ao bem-estar individual. Sempre abra 
espaço para as crianças exporem suas ideias e dê oportunidades para que 
pensem em suas experiências e vejam quanto aprenderam.
As atividades devem criar situações nas quais o professor elogie e recom-
pense o trabalho individual ou em grupos, principalmente àqueles que se 
responsabilizaram pelo próprio aprendizado.
A educação para a sexualidade precisa da abordagem conjunta de toda a 
comunidade escolar, e os professores, em especial, têm de ser responsáveis por 
todos os elementos que devem ensinar, além de ajudar seus colegas. Lembre-se: 
não há como decidir não trabalhar o assunto por achá-lo complicado.
O papel das escolas e das famílias 
A educação para a sexualidade é um tema delicado, e algumas pessoas 
acreditam que não é papel da escola abordá-la. Acredita-se que deva ser 
dada pelos pais; mas muitos, talvez por causa das suas próprias experiências, 
não se sentem à vontade para discutir a questão.
Há quem pense que ensinar a matéria para crianças de 6 anos é destruir a inocên-
cia infantil. Também existe a crença de que a educação para a sexualidade abre espa-
ço para uma curiosidade insaciável e para experiências precoces. Tais preocupações 
existem e devem ser abordadas antes de a escola iniciar um programa eficiente de 
educação para a sexualidade. 
De acordo com os PCN, é importante que cada escola formule seu proje-
to educacional, compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da 
qualidade da educação resulte da co-responsabilidade entre todos os edu-
cadores. A forma mais eficaz de elaboração e desenvolvimento de projetos 
educacionais envolve o debate em grupo e no local de trabalho. Por isso, 
toda a comunidade escolar – professores, diretores, profissionais da educação 
e familiares – deve estar envolvida na criação de um programa apropriado. 
Cada um tem seu papel a desempenhar e juntos podem garantir que todas as 
crianças recebam um conjunto de informações que as ajude a compreender, 
a lidar com as mudanças que ocorrerão na passagem da infância para a fase 
adulta, e a tomar decisões mais maduras e responsáveis no futuro.
O estabelecimento de parcerias com os serviços de saúde e as organiza-
ções não-governamentais que lidam com a temática em questão pode contri-
buir para o desenvolvimento do projeto.
Introdução
9
Abordagem na escola
Os PCN apontam como as escolas, os educadores e a família/os responsáveis devem se po-
sicionar no trabalho com o tema da sexualidade junto às crianças. Seguem a seguir as diretrizes 
federais, que devem ser complementadas com orientações estaduais e municipais específicas 
para a abordagem da temática no Ensino Fundamental. 
• Cabe à escola abordar os diversos pontos de vista, valores e crenças existentes na sociedade so-
bre sexualidade para auxiliar o aluno a encontrar um ponto de autorreferência por meio da reflexão. 
• O trabalho é entendido como problematizar, levantar questionamentos e ampliar o leque de 
conhecimentos e de opções para que o próprio aluno escolha seu caminho. 
• A orientação sexual não-diretiva aqui proposta será circunscrita ao âmbito pedagógico e coletivo, 
não tendo, portanto, caráter de aconselhamento individual de tipo psicoterapêutico. Isso quer dizer que 
as diferentes temáticas da sexualidade devem ser trabalhadas dentro do limite da ação pedagógica, 
sem ser invasivas na intimidade e no comportamento de cada aluno. Tal postura deve, inclusive, 
auxiliar as crianças e os jovens a discriminar o que pode e deve ser compartilhado no grupo e o que 
deve ser mantido como uma vivência pessoal. Apenas os alunos que demandem atenção e interven-
ção individuais devem ser atendidos separadamente pelo professor ou orientador na escola e, nesse 
âmbito, poderá ser discutido um possível encaminhamento para atendimento especializado.
• A escola deve informar, discutir os diferentes tabus, preconceitos, crenças e atitudes existen-
tes na sociedade, e buscar uma condição de maior distanciamento pessoal por parte dos profes-
sores para empreender essa tarefa. 
• Propõe-se que a orientação sexual oferecida pela escola aborde as repercussões de todas as 
mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade.
A postura do educador segundo os Parâmetros 
Curriculares Nacionais
“O educador deve reconhecer como legítimo e lícito, por parte das crianças e dos jovens, 
a busca do prazer e as curiosidades manifestas acerca da sexualidade, uma vez que fazem 
parte de seu processo de desenvolvimento. O professor transmite valores com relação à 
sexualidade no seu trabalho cotidiano, na forma de responder ou não às questões mais 
simples trazidas pelos alunos. É necessário então que o educador tenha acesso à formação 
específica para tratar de sexualidade com crianças e jovens na escola, possibilitando a cons-
trução de uma postura profissional e consciente no trato desse tema. O professor deve então 
entrar em contato com questões teóricas, leituras e discussões sobre as temáticas específi-
cas de sexualidade e suas dife- rentes abordagens; preparar-se para a intervenção prática 
junto dos alunos e ter acesso a um espaço grupal de 
supervisão dessa prática, o qual deve ocorrer de for-
ma continuada e sistemática, constituindo, portanto, 
um espaço de reflexão sobre valores e preconceitos 
dos próprios educadores envolvidos 
no trabalho de Orientação Sexual. 
Ao atuar como um profissional a 
quem compete conduzir o proces-
so de reflexão que possibilitará ao 
aluno autonomia para eleger seus 
valores, tomar posições e ampliar seu 
universo de conhecimentos, o professor 
Introdução
10
deve ter discernimento para não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo 
princípios ou verdades absolutas. (...) 
Não se pode exigir do professor uma isenção absoluta no tratamento das questões ligadas 
à sexualidade, mas a consciência sobre quais são os valores, crenças, opiniões e sentimen-
tos que cultiva em relação à sexualidade é um elemento importante para que desenvolva 
uma postura ética na sua atuação junto dos alunos. O trabalho coletivo da equipe escolar, 
definindo princípios educativos, em muito ajudará cada professor em particular nessa tarefa. 
Para um bom trabalho de Orientação Sexual, é necessário que se estabeleça uma relação 
de confiança entre alunos e professor. Para isso, o professor deve se mostrar disponível 
para conversar a respeito das questões apresentadas, não emitir juízo de valor sobre as 
colocações feitas pelos alunos e responder às perguntas de forma direta e esclarecedora. 
Informações corretas do ponto de vista científico ou esclarecimentos sobre as questões 
trazidas pelos alunos são fundamentais para seu bem-estar e tranqüilidade, para uma maior 
consciência de seu próprio corpo e melhores condições de prevenção às doenças sexual-
mente transmissíveis, gravidez na adolescência e abuso sexual. (...) Em relação às questões 
de gênero, por exemplo, o professor deve transmitir, pela sua conduta, a eqüidade entre os 
gêneros e a dignidade de cada um individualmente. Ao orientar todas as discussões, deve, 
ele próprio, respeitar a opinião de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o respeito e a 
participação de todos.” 
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Primeiro e Segundo Ciclos do Ensino Fundamental: Introdução aos Parâmetros Curriculares 
Nacionais, Secretaria de Educação Fundamental,Ministério da Educação, Brasília, 1998, p. 84) 
Relação escola-família
Ao desenvolver um projeto de educação para a sexualidade, as escolas devem dar aten-
ção especial para a relação com a família dos alunos, como: 
• A escola deverá informar os familiares dos alunos sobre a inclusão de conteúdos sobre sexu-
alidade na proposta curricular e explicitar os princípios norteadores de tal proposta. 
• Na relação entre a escola e as famílias, pretende-se que a sexualidade deixe de ser tabu e, ao 
ser objeto de discussão na escola, possibilite a troca de ideias entre ambos. 
• Como a abordagem parte de uma visão pluralista de sexualidade, não compete à escola, em 
nenhuma situação, julgar como certa ou errada a educação que cada família oferece. 
• Caso haja violação dos direitos das crianças e dos jovens cabe à escola posicionar-se 
a fim de garantir a integridade básica de seus alunos. Os casos de violência sexual contra 
crianças por parte de familiares devem ser comunicados ao Conselho Tutelar (que poderá 
manter o anonimato do denunciante) ou à autoridade correspondente.
As crianças costumam ficar fascinadas com seu corpo e com o ciclo de vida dos seres 
humanos. Compreender como o corpo funciona, cresce e muda é parte relevante e essen-
cial do desenvolvimento pessoal.
Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas oferece uma estrutura 
para a eficiente educação sobre o tema por meio de vídeos e atividades apresentados no 
contexto da vida familiar, dos relacionamentos amorosos e do respeito aos outros.
Introdução
11
Folha de atividade 1
Coisas vivas e sem vida
Esta atividade incentiva as crianças a dividirem os objetos cotidianos em dois grupos: os de 
seres vivos e os de objetos sem vida.Peça às crianças que deem exemplos de coisas que têm 
vida e ajude-as a separá-las entre animais e vegetais. Fale sobre o que é um ser vivo e convide-as 
a relacionar algumas das características mais óbvias, como crescimento, necessidade de alimento, 
respiração e reprodução. Peça exemplos de coisas sem vida e converse com os alunos sobre como 
eles sabem quando algo não está vivo. 
Escreva os exemplos na lousa ou em uma folha grande de papel. Dê mais exemplos e pergunte 
à classe como cada um pode ser classificado. As crianças devem preencher a folha individualmen-
te e depois comparar e discutir os resultados com um colega. 
Com a classe toda, reveja a atividade e confira as respostas. As “sementes” podem gerar uma 
discussão interessante. Peça às crianças que deem mais exemplos de seres vivos e de objetos 
inanimados e os classifiquem.
Extensão
Peça às crianças que pensem em exemplos de objetos rotineiros feitos com materiais que já 
foram vivos, como roupas de lã ou de algodão ou móveis de madeira. Depois, peça exemplos de 
objetos feitos com materiais que não tinham vida, como cadeiras de plástico ou janelas de vidro. 
Há exemplos de objetos feitos com materiais das duas categorias, como, por exemplo, porta de 
madeira com maçaneta de metal, vestido de algodão com zíper de metal.
Folha de atividade 2
Macho e fêmea
Esta atividade introduz a ideia de macho e fêmea e discute o fato de que, às vezes, não 
é possível diferenciá-los apenas pela observação. 
Apresente esta atividade aos alunos com a seguinte pergunta: como eles conseguem 
identificar quando alguém é menino ou menina? Muitas respostas serão dadas, como ves-
timenta, comprimento do cabelo, brincadeiras preferidas, nome e genitália. Agora peça que 
avaliem se esse tipo de análise é eficaz para determinar o sexo de uma pessoa: por exemplo, 
na sala de aula, pode haver meninas de cabelo curto e meninos de cabelo comprido; pode 
haver meninas que são boas em brincadeiras tradicionalmente vistas como “brincadeiras de 
meninos”; e o nome nem sempre deixa claro o sexo.
Peça aos alunos que trabalhem em pares para preencher a folha de exercício; depois, 
reveja a atividade com a classe toda. Pergunte se as crianças tiveram dificuldades. Por quê? 
Alguns podem dizer que a ausência de ór-
gãos sexuais tornou a tarefa impossível. 
Aceite as respostas, bem como os nomes 
familiares que eles usam para os órgãos 
sexuais e explique que, em uma próxima 
lição (folha de atividade 4), eles aprenderão 
o nome correto dessas partes do corpo.
Fale sobre outros animais cujo sexo po-
demos diferenciar apenas pela aparência. 
Guia do professor • Diferenças
Diferenças
12
Dê exemplos: leão e leoa, pavão-macho e pavão-fêmea, vaca e touro.
Lembre a classe que, para uma nova vida se formar, é preciso existir um macho e uma 
fêmea. Reforce a ideia de que a reprodução é uma característica dos seres vivos.
Extensão
Peça às crianças que relacionem ou desenhem maneiras pelas quais são capazes de 
dizer se um animal é macho ou fêmea: por exemplo, a mãe que amamenta seus filhotes, as 
vacas que são ordenhadas, a mulher que dá à luz.
Peça que encontrem mais animais ou aves cujo sexo podemos identificar apenas pela 
aparência física. Conclusões gerais podem ser obtidas? Por exemplo, os machos geralmente 
são maiores que as fêmeas?
Folha de atividade 3
Meninas e meninos
Esta atividade explora as percepções que as crianças 
têm de si mesmas e do sexo oposto, e oferece uma opor-
tunidade para a discussão de estereótipos.
Relembre atividades nas quais foi discutido como de-
terminar se alguém é menino ou menina. Estenda a 
conversa para que os alunos pensem se há coisas que 
geralmente são feitas por meninos e coisas geralmente 
feitas por meninas. Essa análise deve abrir espaço para 
a discussão de estereótipos. Diga às crianças que, na 
maioria das vezes, o fato de uma pessoa ser menino ou menina não a impede de fazer determi-
nadas coisas.
Outros pontos a ser discutidos são roupas, objetos escolares, programas de televisão, livros, 
esportes e passatempos.
As crianças devem preencher a folha de atividade que pede para apontar as principais caracterís-
ticas de meninos e meninas. Peça para que primeiro completem a lista relacionada ao próprio sexo 
antes de passar para a do sexo oposto. Depois, devem trabalhar em pares para analisar as respostas. 
Quais semelhanças ou diferenças encontraram? 
Com a classe toda, reveja o exercício e fale sobre traços comuns a ambos os sexos. Pergunte 
às crianças se elas acreditam que tais traços serão os mesmos para sempre ou se podem mudar 
conforme a pessoa cresce.
Extensão
Peça às crianças que façam uma lista ou um desenho de profissões bem conhecidas, como 
bombeiro, enfermeiro, médico ou professor. Pergunte se elas desenharam homens ou mulheres, 
converse sobre as qualificações exigidas em cada profissão e se ela pode ser exercida por pessoas 
de ambos os sexos.
Mostre aos alunos diversos livros que falam sobre estereótipos. Por exemplo:
• Vó Nana, de Margaret Wild.
• Minha Mãe é um Problema, de Babette Cole.
• História Meio ao Contrário, de Ana Maria Machado.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos, de Ruth Rocha. 
• Flicts, de Ziraldo.
Em pares, as crianças podem discutir sobre os personagens principais. Eles se comportam 
Guia do professor • Diferenças
13
como esperamos? Como as ações deles são diferentes dos papéis estereotipados de homens e 
mulheres? São ações aceitáveis?
Folha de atividade 4
Nomes das partes do corpo
Esta atividade apresenta às crianças os nomes corretos das partes do corpo, incluindo inclusive 
dos órgãos reprodutores.
Isso, no passado, causava problemas aos professores que não se sentiam à vontade para usar 
palavras como “pênis”, “clitóris” e “vagina”. Entretanto, é importante usá-las o mais cedo possível 
pelos seguintes motivos:
• Muitas famílias usam palavras próprias para os genitais e, apesar de algumas ser rapidamen-
te compreendidas, outrassão únicas para cada unidade familiar.
• O uso consistente das palavras corretas nas séries iniciais do Ensino Fundamental diminuirá o 
possível “fator do riso” mais tarde, o que faz com que as crianças as usem sem constrangimento.
• O emprego da palavra “vagina” apresenta uma visão positiva da sexualidade feminina, dife-
rentemente do que costuma ser dito: “os meninos têm pipi e as meninas, não”.
Reveja o trabalho anterior e lembre as crianças que, às vezes, é possível identificar se uma 
pessoa ou um animal é macho ou fêmea apenas ao olhar, outros, não. Explique que quando não 
sabemos diferenciar, talvez seja porque o animal é coberto por pêlos ou porque a pessoa veste 
roupas, mas se olharmos bem, podemos identificar o sexo.
Mostre fotos que evidenciem os órgãos sexuais em bebês e crianças. Enfatize que o pênis do 
menino é bem visível, mas que os órgãos sexuais da menina ficam dentro do corpo e são mais di-
fíceis de ver. Nesse estágio, os alunos usam os nomes com os quais estão familiarizados. Explique 
que as palavras que os pais usam são aceitáveis em casa, mas que, na escola, devem usar as pa-
lavras corretas para que todos possam ser compreendidos. Apresente 
os termos “pênis”, “clitóris”, “vagina” e “uretra”.
Peça aos alunos que trabalhem em pares para preencher a 
folha de exercício, enquanto uma criança desenha e dá nome às 
partes do corpo do menino e a outra faz o mesmo com a meni-
na. Reveja a atividade com a classe, relembrando a terminologia 
correta para as partes do corpo.
Extensão
Converse com os alunos sobre como podemos di-
zer se um adulto é um homem ou uma mulher (por 
exemplo, pelos seios ou pela barba).
Guia do professor • Diferenças
14
Folha de atividade 5
Iguais, mas diferentes
Esta atividade permite que os alunos reconheçam que existem características comuns a todos 
os seres humanos e algumas grandes diferenças que nos tornam homens ou mulheres.
Reveja com a classe todo o trabalho anterior a respeito das semelhanças e diferenças entre 
meninas e meninos e a variedade de formas com que podemos dizer se uma pessoa é homem ou 
mulher. Ajude-os a recordar os nomes certos das partes do corpo.
Peça que preencham a folha de exercício. Talvez seja necessário explicar o que é um diagrama 
Venn antes de começarem. A atividade é uma continuação da folha de atividade 4; ela propõe que 
os alunos completem um diagrama Venn que representa meninos e meninas. Ele deve relacionar 
as características que são comuns a ambos os sexos na intersecção, e aquelas que são particula-
res a cada sexo nas regiões adequadas.
Extensão
Desenhe um diagrama Venn parecido e mostre as características dos gatos. Quais palavras são 
diferentes? Quais são iguais?
Folha de atividade 6
Pesquisa na sala
Esta atividade permite que as crianças reconheçam que, apesar de termos determinadas 
características em comum com as outras pessoas, é a combinação delas que nos torna 
únicos e especiais.
Peça aos alunos que identifiquem as características essenciais das meninas e depois dos meni-
nos. Pode ser útil consultar as folhas de atividades 4 e 5. Estenda a conversa de modo a levá-los a 
pensar se isso quer dizer que todas as meninas são iguais ou que todos os meninos são iguais.
Incentive-os a identificar aspectos com os quais são únicos e aborde, em um primeiro momento, 
as características físicas. Isso terá de ser abordado com cuidado; as diferenças devem ser avaliadas 
de modo positivo. É preciso ter tato para que nenhum grupo de alunos se sinta desconfortável: por 
exemplo, crianças que são maiores ou menores do que a média, crianças cuja cor de pele seja 
diferente da maioria, ou crianças que tenham deficiências.
Peça aos alunos que preencham a folha de atividade, que é uma pesquisa a respeito das 
características físicas (a palavra “característica” talvez precise ser explicada). Com a classe toda, 
analise as descobertas da pesquisa e, onde houver discrepâncias, por exemplo, o que uma pessoa 
considera como cabelo curto pode ser considerado como médio por outra.
Guia do professor • Diferenças
15
Continue a pesquisa para que vá além das características físicas: ou seja, o tamanho da família, 
meios de chegar à escola, passatempos, cantores favoritos.
Extensão
Brinque com a classe com o jogo “Adivinhe quem é!”. Os alunos devem ficar em pé e você faz 
perguntas: você é menina?, você tem cabelo comprido?, você tem irmãos?
As crianças que puderem responder “sim” continuam em pé. O jogo continua até sobrar apenas 
uma pessoa. É importante que as características mencionadas sejam positivas; é preciso estabe-
lecer esta regra antes de começar a brincadeira.
Folha de atividade 7
Os piores e os melhores dias 
Esta atividade ajuda as crianças a perceber que não é apenas 
uma determinada combinação de características físicas que tor-
na as pessoas únicas e especiais, mas também seus sentimen-
tos e relacionamentos com as outras pessoas.
Converse com a classe a respeito do que torna um dia bom ou ruim. Você pode dar seus 
exemplos para começar. Por exemplo:
Ontem foi um dia bom para mim. Levantei cedo, o sol brilhava e eu me senti bem. Quando 
cheguei à escola, a professora X me agradeceu porque eu a ajudei a fazer o computador funcionar, 
e ela pôde imprimir o trabalho para a aula. Gostei muito de nossa lição de ontem sobre... porque 
vocês todos se esforçaram muito e eu fiquei contente com o trabalho que vocês realizaram.
Ou:
Puxa vida! Semana passada eu tive um dia horrível; parecia que tudo dava errado e, à noite, eu 
estava irritada. Tudo começou quando fiquei zangada com minha filha porque ela não queria se ar-
rumar para ir à escola e acabamos discutindo. Depois, quando cheguei à escola, percebi que tinha 
esquecido um livro que prometi emprestar ao professor Y, e não gosto de decepcionar as pessoas. 
E depois Z derramou água em nossa aula de arte e fiquei zangada de novo. Foi um fia péssimo!
É importante que os exemplos usados enfatizem os sentimentos e a interação 
com outras pessoas.
Peça à classe que pense sobre o que torna um dia ruim e registre algumas respostas. Depois, 
pergunte o que torna um dia bom, e registre as respostas novamente. Diga que, o que para uma 
pessoa pode ser um dia ruim, para outra pode ser bom; por exemplo, ir a uma partida de futebol 
pode ser ótimo para uma criança, e péssimo para outra.
Incentive os alunos a pensar em seus melhores e piores dias e a preencher a folha de atividade. 
Após o preenchimento da folha, peça que mostrem suas respostas a um colega. Chame aquelas 
crianças que queiram contar ao restante da classe sobre o que escreveram. Termine perguntando 
a eles sobre seus melhores dias para que encerrem a atividade com sensações positivas.
Extensão
Faça um círculo para que todos falem sobre as melhores e as piores coisas que aconteceram 
hoje ou no decorrer da semana. Fale sobre como as outras pessoas podem ajudar as crianças 
quando elas tiverem um dia ruim e igualmente como podem ajudar quando algo não vai bem.
Guia do professor • Diferenças
16Guia do professor • Diferenças
Folha de atividade 8
Ciclos de vida
Esta atividade apresenta o conceito de crescimento e mudança, e a ideia de que estes são fatos 
que pertencem ao ciclo natural da vida.
Reveja o trabalho anterior sobre semelhanças e diferenças, principalmente os fatores que nos 
tornam especiais e únicos.
Diga às crianças que todas elas já foram bebês, que elas têm mais ou menos a mesma idade e 
que todas se tornarão adultas. Fale sobre outros ciclos de vida: por exemplo, as plantas nascem de 
sementes minúsculas, transformam-se em brotos e tornam-se plantas mais fortes que dão flores 
e, um dia, morrem; os girinos nascem de ovos e se tornam sapos.
Ao falar sobre ciclos de vida, algumas crianças podemprecisar ser asseguradas de que a maio-
ria das pessoas fica muito idosa antes de morrer.
Apresente a folha de atividade, que ilustra 
diversos ciclos de vida fora de sequência, e 
peça aos alunos que trabalhem em pares 
para organizar as fotos na ordem correta.
Reveja a atividade com a classe toda para 
corrigir quaisquer enganos.
Extensão
A classe pode plantar sementes, como de girassol, e registrar o crescimento em diários. As 
crianças devem perceber quando a planta começa a morrer, e também podem registrar o fato de 
ser possível que uma nova vida seja originada das sementes da flor morta.
17Folha de atividade 1 • Diferenças
Coisas vivas e sem vida
Nome:
Pinte os desenhos das coisas que são vivas.
Mostre suas respostas a um colega. Você concorda?
Gato
Casa
Bola de futebol Coelho
Peixe Maçã
Caneca
Sementes
Lápis
Tesoura
Flor
18Folha de atividade 2 • Diferenças
Macho e fêmea 
Nome:
Faça um X ao lado dos animais que você acha que são fêmeas.
Sempre dá para saber a diferença apenas ao observar o desenho? Por que não?
Gatos
Cachorros
Porcos
Leões
Coelhos
19Folha de atividade 3 • Diferenças
1.
2.
3.
4.
5.
1.
2.
3.
4.
5.
Meninas e meninos
Nome:
Complete as folhas de receitas para meninas e meninos.
Qual dos ingredientes é o mesmo para meninas e meninos? E qual é diferente?
Ingredientes para meninas Ingredientes para meninos
20Folha de atividade 4 • Diferenças
Nomes das partes do corpo 
Nome:
Dê nome às partes do corpo do menino e da menina.
Você consegue acrescentar outros nomes?
Pés
Dedos
Mãos
Vagina
Boca
Polegares
Pênis
Olhos
Barriga
Pernas
Braços
Joelhos
Clitóris
21Folha de atividade 5 • Diferenças
Iguais, mas diferentes 
Nome:
Preencha as formas usando as palavras do lado de fora.
Você consegue acrescentar mais palavras?
Meninas Ambos
Joelhos Polegares
Braços Boca
Clitóris Mãos
Pernas Vagina
Barriga Cabeça
Olhos Dedos
Pênis Pés
Meninos
22Folha de atividade 6 • Diferenças
Pesquisa na sala
Nome:
Descubra quantas crianças de sua sala têm as seguintes características. Escreva o número total dentro dos quadrados.
Escolha outra característica para pesquisar.
Cabelo 
loiro
Cabelo 
curto
Cabelo 
enrolado
 Óculos
Cabelo 
castanho
Olhos 
azuis
Cabelo 
liso
Sardas
23Folha de atividade 7 • Diferenças
Os piores e os melhores dias
Nome:
Faça um desenho e complete as frases para descrever o seu melhor e o seu pior dia.
Meu pior dia
Meu pior dia seria... Meu melhor dia seria...
Meu melhor dia
24Folha de atividade 8 • Diferenças
Ciclos de vida
Nome:
Recorte as figuras e coloque-as na ordem de modo a mostrar os ciclos de vida.
Você consegue pensar em outros ciclos de vida?
25Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
Como eu cheguei aqui?
Folha de atividade 9
De onde as coisas vêm?
Esta atividade apresenta a ideia de que todas as coisas com vida se originam de outras 
igualmente vivas, mesmo que a relação não seja óbvia a princípio.
Apresente a atividade, identifique e dê nomes às partes de uma flor com as crianças: 
folha, caule e assim por diante. Se possível, mostre vários exemplos para as crianças pes-
quisarem. Você pode dar um tempo para que elas façam desenhos ou pinturas das flores 
para uma futura exposição.
Converse com os alunos e pergunte de onde eles acham que as flores vêm. Esteja prepa-
rado para receber respostas como “da floricultura” ou “do jardim”!
Quando as crianças chegarem à resposta “sementes”, pergunte se elas sabem como a 
flor ficará apenas observando a semente. Mostre várias sementes para as crianças observa-
rem. Elas conseguem prever quais serão as flores que as sementes se transformarão? Faça 
perguntas sobre outras plantas que crescem de semen-
tes, como os carvalhos que crescem das bolotas.
Conversas parecidas podem acontecer a respeito 
de borboletas, sapos, aves, entre outros. Pergunte de 
onde as crianças acham que todos esses animais vêm 
e registre as ideias.
A folha de atividade reforça esta lição. As crianças 
precisam completar as sentenças e identificar de onde 
vêm diversas plantas e animais. Você pode aumentar a 
lista tendo como base as em conversas anteriores.
Extensão
As crianças podem discutir sobre a origem da semente ou da bolota, e você pode intro-
duzir o conceito de coisas vivas maduras e completamente crescidas quando se reprodu-
zem. Demora muito tempo para que uma semente se transforme em flor ou para que um 
carvalho se torne grande o bastante para produzir as bolotas. Incentive os alunos a pensar 
nos períodos do desenvolvimento da flor, que cresce a partir da semente. Plantem várias 
sementes e registrem quanto tempo elas demoram a ficar maduras.
Folha de atividade 10
Ficha de informações sobre o nascimento
Esta atividade faz as crianças se lembrarem de que chegaram ao mundo como bebês 
em uma determinada época, em uma determinada data e que nos referimos a esse evento 
como nascimento.
Ao discutir o nascimento e de onde os bebês vêm com os alunos, alguns dos mitos po-
pulares (como o da cegonha e o do ovo) podem surgir, e você deve ter tato ao explicar que 
tais mitos não são verdadeiros. Neste estágio, você deve apresentar a ideia de que os bebês 
“crescem na barriga de suas mães, em um lugar especial chamado ventre”.
Apresente esta atividade e pergunte às crianças quando elas fazem aniversário. Se a sala 
de aula já tiver um quadro de aniversariantes, ele pode ser usado como o tema central da 
conversa. Observe qual é o mês com mais aniversariantes, o mês com menos aniversarian-
tes etc. Há algum mês sem aniversários?
Explique que o aniversário marca o dia do nascimento e geralmente envolve algum tipo de co-
memoração. Peça aos alunos que relatem sobre o que lembram a respeito de seus aniversários.
26Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
A folha de atividade analisa com mais detalhes o nascimento dos alunos. Eles devem preencher 
uma ficha de informações. Pergunte o que eles sabem sobre o próprio nascimento, além da data; 
se sabem a que hora nasceram ou quanto pesavam? Você pode preferir enviar as fichas de infor-
mações para a casa dos alunos, para que elas sejam preenchidas por pais ou responsáveis, ou 
pedir às crianças que obtenham as informações e preencham a ficha na escola.
Posteriormente, as fichas de informações podem ser compartilhadas e discutidas, para procurar 
semelhanças e diferenças. Por exemplo, há alunos que tinham o mesmo peso ao nascerem? Algu-
mas dessas informações podem ser representadas em um gráfico ou quadro.
Extensão
Incentive as crianças a levar fotografias de quando eram bebês para adicionar à ficha de 
informações. Fale sobre como elas mudaram conforme foram crescendo. Ao mesmo tempo, 
as fotos podem ser usadas para uma exposição onde as crianças tentam relacionar as fotos 
com seus donos – incluindo o professor!
Folha de atividade 11
Crescendo e aprendendo
Esta atividade incentiva as crianças a refletir 
sobre as mudanças que ocorreram com elas 
até agora na vida e a pensar nas mudanças 
que ocorrerão no futuro, concentrando-se nas 
características físicas.
Como introdução desta atividade, peça aos alunos que pensem nos bebês, incluindo o 
que eles vestem, seu tamanho, o que conseguem fazer, com o que brincam e como passam 
o tempo. Escreva as respostas na lousa ou em uma folha grande de papel. Se possível, 
convide alguém para levar seu bebê à escola para conversar com os alunos e responder as 
perguntas a respeito da criança. O visitante pode mostrar como se alimenta, troca ou dá 
banho em um bebê para que as crianças observem.
Converse com as crianças sobre as diferençase as semelhanças entre a aparência dos 
bebês e a deles. Peça que observem seus pés e mãos e comparem com os de um bebê. 
Solicite o mesmo em relação a outras partes do corpo. Certifique-se de que as crianças 
entendam que seus membros e outras partes do corpo crescem e mudam conforme elas 
ficam mais velhas.
Fale que continuamos mudando conforme envelhecemos, mesmo que não crescemos 
mais: por exemplo, um adulto não vai ficar mais alto, mas seu cabelo provavelmente ficará 
mais grisalho e sua pele, mais enrugada. Convide as crianças a fazer um desenho de como 
acham que ficarão quando se tornarem adultas.
A folha de atividade pede que as crianças coloquem as imagens em ordem e escrevam perto 
de cada figura a idade aproximada da pessoa.
Com a classe toda ou em pequenos grupos, reveja com eles as respostas e cheguem a um 
acordo sobre as idades representadas.
27Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
Extensão
Pode ser possível para alguns alunos levar fotografias de um membro da família (por exemplo, 
da mãe ou da avó) quando era bebê, criança, adolescente ou jovem e de como é hoje. Elas podem 
ser usadas para uma discussão ou organizadas em uma linha do tempo. Ao mesmo tempo, as 
fotos de revistas podem ser usadas para fazer uma colagem a fim de representar a linha do tempo, 
com suas diversas fases.
Folha de atividade 12
O que podemos fazer?
Esta atividade complementa a folha de atividade 11 e analisa o que 
as pessoas conseguem ou não fazer em diferentes idades.
Como início da atividade, peça aos alunos que 
relembrem como é um bebê recém-nascido 
e o que ele consegue fazer. Se você ainda 
não convidou uma mãe com seu bebê 
para participar de uma aula, esta é ou-
tra oportunidade para isso. Pense nas 
coisas que um bebê recém-nascido 
é incapaz de fazer. Pergunte a que 
idade os bebês começam a fazer 
coisas sozinhos: por exemplo, co-
mer alimentos sólidos, engatinhar, 
andar, falar. 
Alguns alunos têm irmãos menores e poderão contribuir com muitas informações; outros po-
dem precisar de mais orientação de sua parte.
Conversem sobre as coisas que as crianças acreditam ainda ser pequenas demais para fazer: 
por exemplo, ir à escola sozinhas ou com amigos, ficar acordadas até tarde, assistir a determina-
dos programas de televisão. Escreva as respostas na lousa ou em uma folha grande de papel. 
Incentive-os a pensar por que são incapazes de fazer algumas coisas (por exemplo, atravessar 
avenidas movimentadas sozinhos).
Discutam sobre quando eles acham que serão capazes de fazer as coisas que não podem fazer 
hoje. Pergunte sobre o que poderão fazer quando forem adolescentes ou adultos.
Lembre a todos que algumas coisas, como comer alimentos sólidos, é algo que pode ser feito 
por quase todas as pessoas quando deixam de ser bebês. Algumas coisas só podem ser feitas por 
crianças, como usar os brinquedos de um parque. Algumas coisas só podem ser feitas por adultos, 
como dirigir um carro. As crianças podem citar outros exemplos.
Pergunte o que os alunos pretendem fazer quando crescerem. Por exemplo, eles podem men-
cionar carreiras e profissões ou aprender a dirigir. Você pode registrar algumas das ideias para 
ajudar na atividade.
Para dar sequência às discussões anteriores, a folha de atividade pede que as crianças relacio-
nem o que podem e esperam fazer em momentos diferentes de suas vidas. Depois de preenche-
rem a folha, peça que a classe sente em círculo e que cada um mostre o que escreveu.
28Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
Extensão
Mostre aos alunos com que idade é possível fazer várias coisas, como aprender a dirigir, 
entrar em um bar e votar. Ter um bebê e ser um pai ou uma mãe é algo que vai acontecer 
com a maioria das pessoas quando se tornarem adultas. Converse com a classe sobre o 
porquê a maioria das pessoas espera até se tornar adulta para ter um bebê e se tornar pais. 
Leve em consideração questões como responsabilidade, tempo e dinheiro (custos).
Folha de atividade 13
Partes do corpo
Esta atividade incentiva as crianças a pensar sobre as mudanças físicas que acontecerão 
quando deixarem de ser crianças e passarem a ser adultos.
A atividade será mais bem aproveitada se for realizada durante a aula de educação física ou na 
hora do recreio. O objetivo é revisar os nomes das partes do corpo. Peça aos alunos que se movam 
com diferentes partes do corpo (andar apoiado nos pés e nas mãos, escorregar de barriga e assim 
por diante). As tarefas devem se tornar mais difíceis conforme as sessões forem progredindo (andar 
apoiando apenas os calcanhares no chão etc.). 
O mais importante não é que a criança consiga fazer tudo, mas que conheça as várias partes 
de seu corpo.
A atividade pode ser introduzida na sala de aula também, com canções e rimas que en-
volvam partes do corpo “cabeça, ombro, perna e pé” ou “meus dedinhos”. Essas canções 
ajudarão o professor a conferir o que os alunos sabem.
Com a classe toda, mostre a foto de uma menina e de uma mulher. Podem ser usadas 
fotos tiradas de revistas, fotografias ou ilustrações de livros. Incentive as crianças a procurar 
por semelhanças e diferenças e registre o que elas disserem. Comece a direcionar a atenção 
das crianças não para roupas e cor de cabelo, por exemplo, mas, sim, para diferenças mais 
físicas. As pessoas das fotos têm o corpo diferente do delas?
Explique (com tato) de que maneiras o corpo de um adulto é diferente do corpo de uma crian-
ça. Esteja preparado para escutar uma grande variedade de nomes que a família dá para seios e 
outras partes, mas reforce que na escola todos devem usar os mesmos termos para ser compre-
endidos; além disso, o nome usado na escola é o (cientificamente) correto.
Continue falando sobre as fotos da menina e da mulher e as razões pelas quais a mulher 
tem, por exemplo, seios (para alimentar o bebê recém-nascido). Explique que há outras 
partes importantes do corpo que não conseguimos ver nas fotos. Os alunos sabem quais 
são essas partes?
Antes de passar à próxima atividade, faça a mesma coisa descrita acima com fotos de 
um menino e de um homem.
Se preferir, a folha de atividade pode ser usada como orientação para a discussão guiada 
pelo professor e não entregue para ser feita individualmente. Se ela for entregue para o 
trabalho individual, então será preciso realizar uma discussão prévia.
Extensão
Peça aos alunos que marquem as partes externas do corpo e deem os nomes certos a elas.
29Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
Folha de atividade 14
Com quem parecemos?
Esta atividade ajuda as crianças a compreenderem que foram formadas por duas pesso-
as adultas: uma mulher, a mãe, e um homem, o pai.
A atividade deve ser feita de modo a reconhecer que algumas crianças podem ter pais 
adotivos, tutores ou cuidadores que não são seus pais naturais. Outras podem viver com 
um dos pais e ter pouco contato ou informações sobre o outro. Algumas crianças também 
podem ser filhas de pais separados que têm um novo relacionamento com outras pessoas 
que são os padrastos ou as madrastas.
Para introduzir a atividade, fale sobre irmãos e irmãs. Se uma das crianças tiver um irmão ou 
uma irmã em outra classe, pode ser possível “pegá-lo emprestado” por um curto período. Ou um 
pai ou uma mãe pode levar à aula seu filho em idade pré-escolar. Analise as duas crianças para 
apontar semelhanças e diferenças e registre o que as crianças disserem. Observe, primeiramente, 
as características físicas. Por exemplo, eles têm a mesma cor de olhos?
Em seguida, fale sobre as personalidades e as características pessoais. Por exemplo, 
ambos são sempre sorridentes e alegres? Se o pai ou a mãe estiver presente, será possível 
revelar muitas coisas!
Diga que as pessoas da mesmafamília costumam ser parecidas porque são todas re-
lacionadas umas às outras, mas também que as pessoas que vivem juntas geralmente se 
tornam parecidas (mãe e pai, ou filhos adotivos, por exemplo).
Peça que as crianças, em trabalhos individuais, pensem em um membro da família e 
relacione as características que eles têm em comum, tanto físicas quanto pessoais.
Conforme as respostas dos alunos, comece a escrever exemplos de como os traços 
físicos das pessoas se parecem. Escreva uma lista à parte com mais semelhanças, como o 
fato de torcerem para mesmo time de futebol ou terem o mesmo senso de humor.
A folha de atividade pede que as crianças pensem sobre quais aspectos têm em comum com 
os outros membros da família. Incentive-os a pensar em um membro diferente para esta tarefa.
Extensão
Leve em consideração os parentes. Pode haver vários membros com características pare-
cidas, por exemplo, “minha mãe e meu primo têm cabelo ruivo e eu também”. As crianças 
podem trazer fotografias para ilustrar as diferenças e semelhanças.
Folha de atividade 15
Nove meses
Esta atividade desafiadora de-
senvolve a ideia de que o bebê 
cresce gradualmente dentro do 
útero da mãe, e de que esse 
crescimento, que dura nove me-
ses, é chamado “gravidez”.
Para iniciar a atividade, re-
lembre que as plantas gran-
des nascem de sementes mi-
núsculas. Pode ser que haja 
sementes plantadas anterior-
30Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
mente crescendo na sala. Se não houver, e como recurso extra, você pode plantar semen-
tes de agrião e monitorar o tempo que elas demoram a crescer. Explique que o agrião se 
desenvolve dentro de um período bem curto e que muitas sementes demoram bem mais.
Fale sobre as condições necessárias para um bom crescimento. O que acontece quando al-
gumas dessas condições não existem? Plantem agrião no escuro, por exemplo, ou sem água, e 
observem o que ocorre.
Diga que algumas condições são necessárias para que os bebês de seres humanos cresçam. 
Eles se originam de uma pequena parte do homem (espermatozoide) e uma pequena parte da 
mulher (óvulo), e crescem gradualmente em um lugar especial chamado “útero”; esse crescimento 
recebe o nome de “gravidez”. O bebê nasce quando está pronto para sair do útero.
Pergunte às crianças como podemos saber que uma mulher está grávida. Algumas podem já 
ter percebido a mudança no corpo de suas mães na gestação de seus irmãos menores. 
Se possível, convide uma mulher grávida para conversar com as crianças. Explique como a 
barriga cresce para abrigar o bebê que de desenvolve no útero.
Explique que a gravidez costuma durar nove meses. Use um calendário para mostrar quanto 
tempo duram os nove meses.
A folha de atividade pede que as crianças relacionem o perfil de uma mulher grávida com os es-
tágios de desenvolvimento do bebê. As crianças podem precisar de ajuda para ler as descrições.
Extensão
Peça aos alunos que descubram mais a respeito dos primeiros estágios da gravidez. 
Mostre a eles fotos do feto em diferentes estágios e pergunte quando ele começa a parecer 
um bebê. Quando podemos saber se é um menino ou uma menina?
Folha de atividade 16
No útero
Esta atividade faz com que as crianças entendam que conforme um bebê cresce no 
útero, ele desenvolve características reconhecíveis e se torna mais ativo.
Ao apresentar esta atividade, pergunte às crianças o que elas acham que o bebê faz den-
tro do útero. Alguns podem ficar surpresos ao descobrirem que o bebê não faz nada!
Permita que eles se expressem e registrem as ideias, por mais estranhas que sejam. Pen-
se em algumas atividades que os alunos gostam de fazer. Um bebê que ainda não nasceu 
seria capaz de fazer essas coisas?
31Guia do professor • Como eu cheguei aqui?
Explique que uma das principais coisas que um bebê faz é se alimentar, mas não como 
nós. O bebê recebe alimentos da mãe; é por isso que é importante que as mulheres grávidas 
tenham uma alimentação saudável.
Converse com as crianças a respeito de quais alimentos são ingeridos em uma dieta 
saudável. Planejem um dia de refeições de uma mãe grávida. Fale sobre como os alimentos 
não-saudáveis podem ser prejudiciais ao bebê. Há outras coisas que a mãe não deveria 
fazer, como, por exemplo, fumar? 
Explique que a mãe pode sentir o bebê mover-se e chutar, e que o bebê pode fazer coisas 
como chupar seu polegar. Você pode relacionar esse ato à alimentação depois que o bebê 
nasce. Repetimos que, se possível, convide uma mulher grávida para visitar os alunos e 
conversar com eles.
A folha apresenta várias atividades que os bebês conseguem ou não fazer dentro do 
útero. As crianças podem trabalhar em duplas para preenchê-la.
Extensão
Ao conversarem com pais ou familiares que já vivenciaram esta experiência ou com 
algum profissional de saúde, as crianças podem descobrir em quais estágios da gravidez o 
bebê pode fazer certas coisas.
32Folha de atividade 9 • Como cheguei aqui?
De onde as coisas vêm? 
Escolha uma palavra da lista abaixo para completar as frases.
Nome:
Os sapos vêm dos As flores vêm das 
As aves vêm dos As borboletas vêm das 
Os gatinhos vêm das 
gatas • ovos • ovos • sementes • larvas • bolotas
Os carvalhos vêm das 
33
Nome completo:
Data de nascimento:
Local de nascimento:
Peso ao nascer:
Horário do nascimento:
Uma foto de quando eu era bebê
Folha de atividade 10 • Como cheguei aqui?
Ficha de informações sobre o nascimento
Nome:
Preencha os espaços para criar sua ficha de informações sobre o nascimento. 
Talvez precise pedir algumas informações em casa.
34Folha de atividade 11 • Como cheguei aqui?
Crescendo e aprendendo 
Recorte e coloque as figuras na ordem correta.
Qual a idade de cada pessoa das figuras?
Nome:
35Folha de atividade 12 • Como cheguei aqui?
O que podemos fazer?
O que você podia fazer quando era bebê? O que pode fazer agora? O que espera fazer quando for adulto? Escreva suas ideias abaixo.
Nome:
Quando eu era bebê, eu podia:
• usar fralda
Agora, eu posso:
• escrever meu nome
Quando for adulto, espero poder:
• aprender a dirigir
36Folha de atividade 13 • Como cheguei aqui?
Partes do corpo
Para completar cada frase, escolha a palavra certa da lista.
Nome:
1. Uma mulher tem um q _ _ _ _ _ _ mais largo para dar espaço ao bebê.
2. Os s _ _ _ _ das mulheres ficam maiores para que possam produzir leite para alimentar um bebê.
3. Todo mundo tem p _ _ _ _ no corpo quando crescem.
4. Todos os meninos e os homens têm um p _ _ _ _.
5. Os espermatozoides são produzidos nos t _ _ _ _ _ _ _ _ _ de um homem.
6. O e _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ é uma semente que pode fazer um bebê.
7. Os óvulos são feitos dentro dos ov _ _ _ _ _ de uma mulher.
8. O bebê se desenvolve dentro do ú _ _ _ _ de uma mulher.
quadril
pênis
espermatozoide
seios
ovários
vagina
útero
testículos
pêlos
37Folha de atividade 14 • Como cheguei aqui?
Com quem parecemos?
Faça um desenho de um membro de sua família. De que modos você e essa pessoa são parecidas?
Vocês são diferentes de algum modo?
Nome:
Um desenho de
Como somos parecidos
Pense na cor do 
cabelo, dos olhos, 
da pele...
38Folha de atividade 15 • Como cheguei aqui?
Nove meses
Relacione cada figura à descrição certa.
Recorte as descrições e coloque-as na ordem certa.
Nome:
O feto está completamente formado. Ele 
tem todos os órgãos, músculos, membros 
e ossos. Ainda precisa crescer e amadure-
cer. Os órgãos sexuais estão bem desen-
volvidos. O bebê está se mexendo.
O bebê está engordando. Sua pele, 
que era bastante enrugada, agora é 
lisa. Ele provavelmente está de cabeça 
para baixo,pronto para o nascimento.
O cabelo está começando a crescer 
assim como as sobrancelhas e os cílios. 
O bebê se mexe e reage ao toque e ao 
som, geralmente dando chutes. Às vezes 
ele pode ter soluços. Ele acorda e dorme. 
Seus batimentos cardíacos podem ser 
ouvidos por meio de um estetoscópio.
39Folha de atividade 16 • Como cheguei aqui?
No útero
Marque com √ os quadrados das figuras que mostram o que um bebê faz dentro do útero e com um X nas coisas que o bebê não faz.
Nome:
Chutar
Assistir 
à TV
Balbuciar
Comer
Chupar 
o dedão
Jogar 
futebol
Ler
Bater 
palmas
Sorrir
40
Folha de atividade 17
Presente de quem?
Esta atividade aborda as diferentes neces-
sidades que temos em estágios distintos de 
desenvolvimento, e faz as crianças lembra-
rem que, conforme crescemos, nos torna-
mos capazes de fazer novas atividades.
Como introdução desta atividade, converse sobre 
presentes de aniversário favoritos. Peça aos alunos que formem um círculo e descrevam 
seu presente preferido entre todos que já recebeu e por que foi tão especial. Pode ter a ver 
com a pessoa que o deu e não exatamente com o que era. Se alguma criança tiver feito 
aniversário recentemente, você pode pedir que ela leve seu presente favorito à escola.
Pegue alguns exemplos e pergunte se eles seriam adequados para todas as pessoas: 
por exemplo, um garoto adolescente gostaria de ganhar uma boneca? Alguns presentes são 
inadequados para a idade da pessoa. Outros são impróprios por questão de segurança – 
por exemplo, crianças pequenas não devem ganhar presentes com peças pequenas que se 
soltem. Converse com as crianças sobre o porquê tais presentes não são apropriados.
Peça a elas que imaginem que vão comprar um presente para um bebê. Que tipo de 
coisas os bebês gostam e por quê? Qualquer aluno que tenha um irmão ainda bebê em casa 
pode dar sugestões e levar alguns brinquedos para a aula.
Desenvolva a conversa e pergunte a respeito de crianças em idade pré-escolar, sobre o 
que elas gostam agora e do que gostarão no futuro. Se houver berçário na escola, agende 
uma visita para relembrar aos alunos os brinquedos com os quais eles costumavam brincar. 
Guia do professor • Crescendo e aprendendo
Crescendo e aprendendo 
Algumas crianças podem querer fazer um brinquedo adequado para uma criança em 
idade pré-escolar.
Você pode estender a discussão sobre brinquedos e presentes para crianças mais velhas, 
incluindo adolescentes. Um desenvolvimento possível às discussões pode ser criar um espa-
ço de exposição do material coletado e produzido. Fotos de revistas e catálogos podem ser 
usados em uma colagem de brinquedos e presentes para diversas idades. Uma exposição 
de brinquedos de casa pode ser separada por faixas etárias. Ou as crianças podem simples-
mente fazer um desenho de seu brinquedo favorito.
A folha de atividade pede que os alunos relacionem cada criança com seu brinquedo. 
Você pode adicionar mais presentes à lista. Incentive as crianças a compartilhar suas res-
postas com um amigo. Houve diferenças? Por quê? 
Extensão
Peça aos alunos que pensem em outras coisas, além de brinquedos, que bebês e crian-
ças precisam em diferentes fases da vida, como roupas e alimentos.
41Guia do professor • Crescendo e aprendendo
Folha de atividade 18
O que eu posso fazer?
Esta atividade incentiva as crianças a pensar sobre como estão crescendo e mudando e 
o que serão capazes de fazer no futuro. 
Apresente a atividade e permita que as crianças vejam o trabalho que realizaram até 
agora durante a semana ou durante o semestre. Incentive-os a procurar um exercício no 
qual tenham aprendido alguma coisa nova ou realizado algo pela primeira vez, como adição 
de dezenas e unidades. Em uma discussão em círculo, incentive as crianças a mostrar seus 
trabalhos aos amigos e a expressar como se sentem em relação ao que fizeram.
Pense em todas as coisas que as crianças aprenderam desde que entraram na escola e 
preencha uma lista. Você pode incluir conquistas não-acadêmicas: alguém pode ter apren-
dido a amarrar os cadarços, por exemplo.
Em seguida, em vez de analisar o passado, peça às crianças que pensem no restante 
do ano. O que elas desejam aprender até lá? Por exemplo, elas podem querer melhorar a 
caligrafia. Algumas crianças precisarão de ajuda para estabelecer metas realistas. Você ou 
os alunos podem anotar os objetivos para que possam ser analisados no fim do ano.
Agora, pense e reflita com eles a respeito de coisas que eles esperam fazer em diferentes 
idades, pensando mais adiante. Peça a eles que tentem lembrar se eram ansiosos para ter 
a idade que têm hoje. Eles fazem atualmente coisas que esperavam fazer?
Use a folha de atividade para discutir as opções de cada estágio da vida. Peça aos alunos que 
a preencham. Quando terminarem, conversem sobre as respostas em pequenos grupos e veja se 
há semelhanças ou diferenças. Por que algumas pessoas podem ter respostas diferentes?
Extensão
Peça aos alunos que acrescentem mais coisas aos diferentes estágios de desenvolvimen-
to. A linha do tempo poderia ser estendida para incluir juventude, meia-idade e velhice.
Folha de atividade 19
Filhotes
Esta atividade mostra às crianças que todos os seres vivos se reproduzem e é a fêmea 
quem dá a luz. Reforce o conhecimento a respeito dos nomes das fêmeas e de seus filhotes.
Introduza esta atividade ao fazer uma relação de todos os animais de estimação dos 
alunos da classe. Use esta informação para criar um gráfico que mostre quais animais são 
mais populares, quais são os menos populares e assim por diante. Se a escola permitir, você 
pode pedir que algumas das crianças levem seus animais de estimação para que os alunos 
possam discutir sobre eles e observá-los.
Fale sobre macho e fêmea. Assim como os seres humanos são do sexo feminino ou 
masculino, os animais são fêmeas ou machos. As crianças que têm animais de estima-
ção sabem se eles são fêmeas 
ou machos? Como eles 
acham que podemos sa-
ber? Explique que assim 
como as mães dos alunos 
deram à luz eles, as fême-
as, ou “mamães”, dão à luz 
seus filhos. 
42Guia do professor • Crescendo e aprendendo
Enfatize a participação dos homens nesse processo, e comente que sem a parte do ho-
mem, o espermatozoide, não é possível a reprodução. Os animais de estimação dos alunos 
já deram à luz?
Pergunte aos alunos se eles sabem quais nomes damos aos filhotes. Faça uma lista 
com as sugestões dadas. Peça a eles que tentem aprender mais nomes em casa. Pergunte 
também o que os animais se tornam quando crescem, por exemplo, um cãozinho se torna 
um cão. Fale sobre outros.
Explique que assim como os filhotes têm nomes especiais, suas mães também. Usando 
livros e outros materiais, permita que as crianças pesquisem os nomes das fêmeas de ani-
mais e que os apresentem à sala. Serão necessários grupos de múltiplas habilidades.
A folha de atividade pede que as crianças relacionem as mães aos filhotes. Elas também 
podem registrar os nomes que encontrarem.
Extensão
A lista de animais e seus filhotes pode ser maior. Pergunte às crianças se elas conseguem pen-
sar em outros animais cujos filhotes têm o mesmo nome. Por exemplo: cão e cãozinho.
Faça perguntas parecidas a respeito de nomes que podem nos indicar se um animal é 
macho ou fêmea.
Folha de atividade 20
Árvore genealógica
Esta atividade permite que as crianças analisem relacionamentos dentro da família e de-
senvolvam a ideia de uma linha do tempo: os adultos têm bebês, que crescem e têm seus 
próprios bebês...
Em virtude da natureza inconstante da árvore genealógica, e da variedade de circunstân-
cias familiares que podem ser representadas em qualquer classe, é preciso ser sensívelàs 
necessidades de cada criança. Você deve apresentar a ideia de uma árvore genealógica e 
perguntar quem os alunos conhecem na família, levando em consideração que eles podem 
ter parentes sobre os quais têm informações, mas que não os veem.
Uma maneira interessante de apresentar esta atividade é mostrar seu álbum de fotos 
da família. Peça a eles que observem as fotos e explique quem é cada pessoa e a relação 
entre uma e outra. Aproveite a chance para ensinar o vocabulário da família: “tia”, “primo” 
e assim por diante. Você pode organizar um banco de palavras para que as crianças não 
esqueçam os termos.
Fale sobre a família das crianças. Peça a elas que desenhem uma “foto” da família e 
acrescente os nomes das pessoas nela. Se uma criança ainda não souber quem são as 
pessoas de sua família, sugira que ela faça um desenho com as pessoas que moram em 
sua casa. Peça aos alunos que preencham o máximo possível da folha de atividade. Diga 
que espaços podem ser deixados: nem todo mundo tem uma irmã; às vezes os pais e as 
mães não vivem juntos e não têm contato. Relembre palavras como “avó”, “avô”, “tia”, “tio”, 
“sobrinha”, “sobrinho”, “prima” e “primo” e as relações que mantêm com outras pessoas 
da família. Você pode pedir que os alunos preencham a folha em casa.
43Guia do professor • Crescendo e aprendendo
Quando a árvore genealógica estiver completa, peça que as crianças mostrem o que 
fizeram aos colegas. Alguns alunos podem levar fotografias para ilustrar o trabalho.
Extensão
Peça às crianças que descubram onde os membros da árvore genealógica nasce-
ram. Fale sobre os motivos que levam as pessoas a, às vezes, se mudar dos lugares 
onde nasceram.
Folha de atividade 21
Meu amigo
Esta atividade incentiva as crianças a pensarem nas relações existentes além da família e o 
porquê são também importantes. Seguindo as instruções para a folha de atividade 20, você pode 
apresentar esta atividade ao contar aos alunos sobre os seus amigos. Se tiver fotos, mostre-as às 
crianças enquanto fala sobre os amigos. Fale seus nomes, onde vocês se conheceram, há quanto 
tempo são amigos e assim por diante. É importante que as crianças compreendam que não preci-
samos ver uma pessoa todos os dias para ela ser nossa amiga. Fale como nossos amigos podem 
viver em lugares muito distantes e como podemos manter contato.
Peça aos alunos que pensem em seus amigos. Lembre-os de que eles podem não es-
tudar na mesma sala nem na mesma escola. Isto ajudará os alunos que não têm amigos 
definidos. Lembre-os de que é possível manter um relacionamento amistoso com mais de 
uma pessoa e que existem diferentes tipos de amizades.
Na discussão em círculo, pensem nas características que um bom amigo tem. Entre as 
sugestões, pode haver qualidades como gentileza ou simplesmente preferência pelo mesmo 
time de futebol. Peça a cada aluno que cite uma característica; você pode transformar essa 
lista de qualidades em uma “receita de bom amigo”. Essa “receita” pode ser integrada às 
regras de comportamento dentro da sala de aula.
Para a folha de atividade, peça às crianças que pensem em um amigo – pode ser difícil 
escolher um e que haja receio de ofender outra pessoa se ela não for escolhida. Peça a eles 
que preencham a folha e pensem nos motivos pelos quais mantêm essa amizade.
As folhas de atividades completas podem ser de natureza pessoal e algumas crianças po-
dem não se sentir à vontade ao mostrar o que fizeram. Aqueles que quiserem compartilhar 
seu trabalho podem fazê-lo.
Extensão
Conversem sobre por que precisamos de amigos. Falem sobre os diversos sentimentos 
que temos quando estamos com nossos amigos. Sempre ficamos felizes com eles? Como 
nos sentimos quando discutimos com um amigo? Escreva algumas das palavras que as 
crianças disserem.
44Guia do professor • Crescendo e aprendendo
Folha de atividade 22
Conquistas
Esta atividade incentiva as crianças a pensar sobre si mesmas como pessoas especiais 
e no futuro de forma positiva.
Para a fase de preparação, converse com os alunos sobre suas conquistas. Pergunte 
quais são seus passatempos, como nadar, fazer balé, brincar na rua ou praticar artes mar-
ciais. Conversem sobre como sabemos que progredimos em nossos passatempos. Por 
exemplo, passamos para um novo nível? Ganhamos uma medalha, mudamos a cor de 
nossa faixa? Empinamos cada vez mais alta a pipa? Talvez alguém da sala goste de costurar 
e tenha terminado um trabalho.
Alguns alunos podem não ter passatempos como esses, e, nesse caso, vocês podem falar 
sobre coisas que eles gostam muito de fazer na escola. Conversem sobre como as conquistas são 
reconhecidas dentro da escola, por meio de adesivos, certificados e assim por diante.
Explique que, na próxima conversa em roda, haverá uma “celebração de conquistas” e 
você quer que todos pensem em algo que podem levar para a sala para mostrar o que con-
quistaram, como um certificado de natação ou um prêmio por ser o ajudante da professora. 
Algumas crianças podem precisar de ajuda para que não se sintam excluídas.
Na conversa em círculo, permita que cada criança mostre o que alcançou. É importante 
que as conquistas de todos sejam reconhecidas e valorizadas, talvez com aplausos.
Discuta com a classe sobre as conquistas individuais, dentro e fora da escola. Esta cos-
tuma ser uma boa maneira de unir os alunos e aumentar a autoestima das crianças que 
são quietas e reservadas.
Fale com eles sobre os sentimentos que temos quando conquistamos alguma coisa, prin-
cipalmente pela primeira vez. Registre as palavras que as pessoas disserem (por exemplo, 
“feliz” ou “orgulhoso”). Depois, conversem sobre os sentimentos que temos quando acha-
mos alguma coisa difícil. Mais uma vez, reúna as palavras que as crianças disserem (por 
exemplo, “nervoso” ou “frustrado”). Quais sentimentos preferimos? Por quê?
Para a folha de atividade, peça aos alunos que se concentrem em uma conquista e 
pensem por que a escolheram. Eles podem dar uns aos outros o certificado e conversarem 
sobre esses ganhos com os colegas.
Um quadro de conquistas da classe deve ser criado com base nos certificados, e a ativi-
dade deve ser repetida diversas vezes ao longo do ano.
BOM TRABALHO!
Este certificado é dado
 a 
por seu mérito
data:
assinado:
45Guia do professor • Crescendo e aprendendo
Extensão
Pergunte aos alunos o que eles pretendem obter no futuro, a curto, médio e longo prazo. 
Lembre-os de que as metas devem ser possíveis e realistas.
Folha de atividade 23
Hora da refeição
Esta atividade reforça a ideia do crescimento e da mudança que foi desenvolvida em 
atividades anteriores. Desta vez, analisamos como nossa preferência por alimentos se torna 
mais sofisticada conforme crescemos.
Para introduzir esta atividade, leve uma sacola de supermercado com alguns de seus 
alimentos favoritos para a escola. Permita que alguns alunos se aproximem para escolher 
algum item de dentro da sacola. Eles conseguem reconhecer do que se trata ou precisam 
de um pouco de ajuda? Fale sobre cada alimento com as crianças, e deixe que eles os 
toquem, provem ou cheirem (atenção com crianças alérgicas a alguns tipos de alimentos). 
Procure escolher alimentos com diferentes gostos e cheiros.
Você pode fazer um vocabulário de descrição para uma exposição, além de pedir que 
sejam feitos desenhos ou pinturas dos alimentos.
Explique às crianças por que você gosta desses alimentos. É por causa do gosto, da apa-
rência, do cheiro ou por que lhe traz lembranças? Incentive as crianças a pensar em seus 
pratos favoritos e a falar sobre eles com os outros alunos.
Mostre fotos de comida de bebê ou o alimento em si se puder. Diga que a papinha de 
bebê pode ser um dos alimentos favoritos deles. Depois das

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