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1 São Paulo, 2008 1ª Edição Escrito por John Bennett e Karen Fenlon John Bennett é coordenador de Educação sobre Saúde do Serviço de Apoio e Orientação de Coventry LEA, da Inglaterra. É membro do Grupo de Orientação para Educação Pessoal e Social sobre Saúde e do Conselho de Pesquisa e Educação sobre Álcool, da Inglaterra. Foi um dos autores do Good Health Guide to Drugs, do canal de televisão inglês Channel 4. Karen Fenlon é professora de crianças de 5 a 7 anos e coordenadora para alunos com necessidades especiais da Escola de Ensino Fundamen- tal Mount Nod, Coventry, Inglaterra. Já lecionou em Castle Bromwich, Solihull, Inglaterra. Editores da série: Rick Hayes e Kath Hancock Revisado por: Sue Hackett Produzido por: Cornerhouse Design Ilustrado por: Nikki Gibb Edição brasileira Editora: Lara Silbiger Equipe Editorial: Bianca Justiniano, Cássia Sanz e Gabriel Bogossian Design Gráfico: Thiago Gil de Freitas Produção: Vanessa O’nil, Vanessa Oliveira e Gabriela Pompone Consultoria técnica: Maria Adrião Tradução: Carolina Caires Coelho Revisão ortográfica: Camilla Bazzoni Impresso por: Ripa Artes Gráficas * Este livro já segue as novas normas de ortografia da Língua Portuguesa. Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas - Crianças Manual 2 * autores diversos Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas Crianças Livro de 56 páginas ISBN 978-85-86999-73-4 Log On Editora Multimídia – São Paulo, 2008 Assunto (s): 1. Educação sexual para crianças - Estudo e ensino (Ensino fundamental). CDD 372.372 D (19) - 1ra. edição 3 Conteúdo Introdução 4 - 10 Guia do Professor 11 - 16 Guia do Professor 25 - 31 Guia do Professor 40 - 46 Fontes 55 Folhas de atividades Folhas de atividades Folhas de atividades 1 Coisas vivas e sem vida 2 Macho e fêmea 3 Meninas e meninos 4 Nomes das partes do corpo 5 Iguais, mas diferentes 6 Pesquisa na sala 7 Os piores e os melhores dias 8 Ciclos de vida 9 De onde as coisas vêm? 10 Ficha de informações sobre o nascimento 11 Crescendo e aprendendo 12 O que podemos fazer? 13 Partes do corpo 14 Com quem parecemos? 15 Nove meses 16 No útero 17 Presente de quem? 18 O que eu posso fazer? 19 Filhotes 20 Árvore genealógica 21 Meu amigo 22 Conquistas 23 Hora da refeição 24 Roupas Diferenças Como eu cheguei aqui? Crescendo e aprendendo 17 18 19 20 21 22 23 24 32 33 34 35 36 37 38 39 47 48 49 50 51 52 53 54 4 Introdução Introdução Onde a educação para a sexualidade entra no currículo escolar? A educação para a sexualidade sempre foi ensinada de forma insuficiente e tarde demais para ser útil. É tratada de forma bastante discreta, pois existe o medo de ofender determi- nados grupos. E não supre as necessidades das crianças nem as de seus pais, o que traz resultados prejudiciais. Percebemos, cada vez mais, que a educação para a sexualidade não deve ser simplesmente apresentada na puberdade, mas gradualmente introduzida como parte essencial do currículo escolar e de acordo com a faixa etária dos alunos. O currículo de ciências reconhece isso, mas a natureza potencialmente delicada do as- sunto pode pressupor que as instituições de ensino abordem questões morais e sociais. A educação para a sexualidade não envolve apenas a reprodução e a saúde sexual. Estes são assuntos importantes, é claro, mas ela também deve ajudar as crianças a ser capazes de agir de modo responsável ao estabelecer e manter relacionamentos, a se sentir bem consigo e com as escolhas que fazem, a desenvolver a assertividade e a capacidade de respeitar a si e aos outros no contexto do desenvolvimento sexual, levando em conta, ao mesmo tempo, a sexualidade, o gênero, os papéis e a responsabilidade. Uma das maiores dificuldades que as crianças enfrentam hoje são as opiniões e os va- lores conflitantes que nascem a partir do constante fluxo de imagens na mídia sobre sexo, sexualidade e relacionamentos. A educação sobre sexo e relacionamentos no dia-a-dia costuma ser bastante informal, o que é muitas vezes complicado por causa de as informações vindas de amigos ser falhas e de se perpetuarem mitos do universo dos adultos, cujo conhecimento sexual pode ser tão inadequado quanto o das crianças. As cartas enviadas para as revistas de “adolescentes”, (UNICEF (2002): Voz dos Adolescentes: Relatório da Situação da Adolescência Brasileira, Brasília, 2002. por exemplo, demonstram o quanto os jovens não têm conhecimento sexual e confiança para lidar com os relacionamentos. É papel da escola promover a saúde em seu sentido mais amplo. Entre suas incumbên- cias, está promover o desenvolvimento físico, social e psicológico de seus alunos, zelar pela manutenção da saúde de todos os estudantes e funcionários, bem como considerar também o desenvolvimento das emoções e da autoestima como parte central de seus objetivos. Nesse contexto, torna-se essencial uma política de educação para a sexualidade bem estudada e planejada, que alcance todas as crianças sob sua responsabilidade. Omitir in- formações é prejudicial a elas e aos outros, pois a ignorância pode levar a comportamentos inadequados e também ao preconceito. Para passar da infância à adolescência de modo bem-sucedido e seguro, as crianças pre- cisam de um amplo leque de oportunidades para fazer escolhas, tomar decisões e assumir a responsabilidade pelos âmbitos de sua vida sobre os quais têm algum controle. Devem receber a informação correta e ser incentivadas a fazer a coisa certa. As estatísticas chamam a atenção. De acordo com estudo do UNICEF (2002) , 32,8% dos brasileiros na faixa etária de 12 a 17 anos já tiveram relações sexuais. Destes, 61% são do sexo masculino e 39%, do feminino. Segundo o IBGE (Censo 2000), 9,5% dos adolescentes entre 15 e 19 anos (82% de mulheres e 18% de homens) vivenciam algum tipo de união, com vida sexual ativa. 5 Segundo a Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepções da População Brasileira sobre HIV/AIDS, 1998 e 2005, do Ministério da Saúde, 65,8% de adolescentes dos 16 a 19 anos afirmam ter usado preservativo na primeira relação sexual. No entanto, o uso regular do preservativo com qualquer parceira, na faixa etária entre 15 e 24 anos, corresponde somente a 39% de acordo com a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas na Popu- lação Brasileira de 15 a 54 anos, em 2004. Com relação à infecção pelo HIV/AIDS entre adolescentes e jovens, os casos entre as mulheres e os homossexuais vêm sofrendo significativo aumento. De 1996 a 2005, houve um crescimento de 44% no número de casos de AIDS em mulheres. Na adolescência, o quadro se confirma. Em 2005, na faixa dos 13 aos 19 anos, notificou- se 1,6 caso de AIDS em mulheres para cada caso em pessoas do sexo masculino, segundo o Programa Nacional de DST e AIDS, do Ministério da Saúde, 2007. A análise dos dados por faixa etária entre homossexuais também indica tendência de crescimento entre os 13 e os 19 anos, variando de 18%, em 1990, para 40%, em 2005, segundo o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de AIDS e das DST Gays, HSH e Travestis, do Ministério da Saúde, 2007. Outro ponto importante a ser considerado quando se fala sobre sexualidade dos jovens é o aumento da taxa de fecundidade en- tre as adolescentes. Introdução “Se entre mulheres como um todo se assistiu, nas quatro últimas décadas, a um decréscimo da taxa de fecundidade (em 1940, a média nacional era de 6,2 filhos, em 2000, passa a 2,3 filhos), entre adolescentes e jovens o sentido é inverso. Desde os anos 1990, a taxa de fecundidadeentre adolescentes aumentou 26%.” (Marco Teórico e Referencial Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva de Adolescentes e Jovens, Ministério da Saúde, Brasília, 2006) Assim, a educação para a sexualidade inclui: • dar informação e conhecimento; • derrubar mitos; • formar atitudes e valores positivos; • estimular o cuidado consigo mesmo e com os outros; • desenvolver a identidade sexual; • promover as habilidades necessárias para uma comunicação eficaz, relacionamentos amorosos, cuidadosos e felizes, e comportamentos positivos. Esses objetivos só podem ser alcançados mediante processo de desenvolvimento que se inicie logo nos primeiros anos de vida, ou seja, na infância, de modo apropriado, que progride pela adolescência até a fase adulta e, sempre que possível, e faz parte do currículo escolar de todas as crianças. Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas, desenvolvido pelo canal inglês Channel 4 a pedido de professores e diretores, adota essa abordagem. A coleção é composta por três unidades: para crianças de 6 a 8 anos, para pré-adolescen- tes, e para adolescentes – que reúnem recursos audiovisuais e impressos para criar uma estrutura escolar completa e ideal para se tratar de sexo e relacionamentos. 6 O que este manual abrange? Este livro contribui com a operacionalização dos pressupostos que fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN , especialmente com relação ao tema orientação sexual, sinônimo de educação para a sexualidade. Propõe um programa pedagógico sobre sexualidade e saúde reprodutiva desde as séries iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, com conteúdos específicos para cada faixa etária. Os PCN consistem em uma proposta de reorientação curricular de toda a Educação Básica, que considera, por um lado, o respeito às diversidades regionais, culturais e políticas existentes no país e, por outro, a necessidade de construir referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso, pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos jovens ter acesso ao con- junto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania. Os parâmetros apontam também a importância de discutir, na escola e na sala de aula, questões da sociedade brasileira, como a orientação sexual. Cabe destacar que os PCN representam um marco nas políticas públicas de educação ao inserir no currículo da Educação Básica a temática da sexualidade, entendida como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Além do mais, tra- zem discussões sobre princípios democráticos, como a participação e a co-responsabilidade social, a igualdade de direitos e a dignidade da pessoa humana. No caso do Ensino Fundamental, existem volumes de temas transversais referentes à orien- tação sexual, datados de 1997. No Ensino Médio, não há temas transversais, mas a sexualida- de aparece em dois volumes temáticos dos PCN e também no documento de bases legais. Este livro também pode subsidiar as ações educativas no âmbito do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), uma parceria dos Ministérios da Saúde e da Educação, UNICEF, UNESCO e UNFPA que, desde 2003, contribui para a prevenção da infecção pelo HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez não planejada entre jovens. O SPE vê a escola como espaço oportuno e privilegiado para trabalhar de forma continuada questões referentes à sexualidade, saúde sexual e saúde reprodutiva, rela- ções de gênero e diversidade sexual, com a participação dos estudantes, professores, corpo pedagógico, familiares e profissionais de saúde. O presente material abrange os três temas do DVD para crianças na Unidade 1: “Diferenças”, “Como eu cheguei aqui?” e “Crescendo e aprendendo”. Para cada um, há oito folhas de atividades correspondentes. O Programa 1, Diferenças, traz o tema “seres vivos”: a diferença entre macho e fêmea, sentimentos e ciclos de vida. O Programa 2, Como eu cheguei aqui?, tem como tema “de onde eu vim?”. Continua trabalhando os ciclos de vida, o crescimento e a mudança. Também abrange o desenvolvimento do feto durante a gravidez. O Programa 3, Crescendo e aprendendo, apresenta o tema “crescer” e analisa o crescimento e as mudanças do ponto de vista da criança, para que pense em si mesma como bebê e reflita sobre o futuro, quando será adulta. Há ainda uma análise dos relacionamentos. Os PCN estão disponíveis na Internet nos endereços indicados na bibliografia deste livro.Introdução 7 Os professores podem usar as folhas de atividades em qualquer ordem, do modo que mais lhes convier, como único recurso ou com outros materiais, apli- cadas em trabalhos individuais, em pares, em grupos ou com a classe toda. São diferenciadas para oferecer informações em um nível apropriado para crian- ças e algumas delas trazem mais estímulos às crianças mais hábeis. Estas folhas de atividades não abordam, contudo, todos os assuntos que podem ser levantados na educação sexual e no que tange a relacionamentos, mas as escolas devem incluí-las sempre que achar necessário. Vale lembrar que as atividades de extensão incentivam as crianças a realizar um trabalho pessoal que pode, às vezes, envolver a família ou os responsáveis. Muitas das folhas de atividades têm desenhos que podem ser coloridos pelas próprias crianças. A menos que faça parte do objetivo principal da atividade, tal informação não será especificada no guia do professor. Os alunos po- dem, por exemplo, colar as folhas de atividades em um caderno ou expô-las na parede da sala para deixar o ambiente mais alegre. Na sala de aula Antes de começar, é recomendável que regras sejam estabelecidas com as crianças, para levar em conta a delicadeza do trabalho e as questões que podem surgir. Elas minimizam qualquer embaraço que as crianças possam ter e não incentivam revelações pessoais inadequadas. Boas regras criam um ambiente no qual as crianças valorizam a contribuição dos colegas e desenvolvem respeito umas pelas outras. Uma regra útil pode ser “não comentar, fora da sala de aula, coisas men- cionadas pelas pessoas durante a aula”, pois o trabalho com pequenos grupos, a discussão feita com os alunos sentados em círculo e as conversas sobre sexo que envolvem a classe toda podem abrir espaço a revelações. Tais situações exigirão cuidadoso encaminhamento, e o professor deve recorrer aos procedi- mentos escolares de preservação dos alunos. É importante que os educadores sejam minuciosos também em re- lação àquelas crianças cuja vida familiar não é agradável ou àquelas cujo conceito tradicional de família não se aplica. Deve-se evitar passar men- sagens negativas sobre sexo, sexualidade e relacionamentos. Recomenda-se incentivar as crianças a fazer perguntas e a responder de modo honesto e aberto. A questão de um aluno pode interessar a sala toda. Entretanto, se esta exigir informações explícitas adequadas apenas para o aluno que a apresentou, deve-se dar uma resposta geral para a sala toda e uma explicação mais direcionada apenas àquele que questionou. Algumas escolas preferem contar com a ajuda de profissionais de ser- viços de saúde para conversar com as crianças sobre puberdade e reprodução sexual. Lembre-se, porém, de que os convidados devem ser integrados como parte do ensino apenas se houver um programa coerente e bem planejado apro- vado pela escola. Introdução 8 Os convidados nunca devem substituir o professor na sala de aula, mas ter uma partici- pação complementar. Precisam compreender o papel que desempenham, a natureza e o propósito da aula. Para isso, os educadores devem orientá-los aesclarecer as dúvidas das crianças e a explicar sobre as revelações e o sigilo. Independentemente de ser um profissio- nal de saúde ou uma “nova mamãe” com seu bebê, um convidado pode oferecer uma experiência interessante e estimulante para os alunos. Por fim, o ensino e o aprendizado nesta unidade têm a ver com a pro- moção da autoestima e o estímulo ao bem-estar individual. Sempre abra espaço para as crianças exporem suas ideias e dê oportunidades para que pensem em suas experiências e vejam quanto aprenderam. As atividades devem criar situações nas quais o professor elogie e recom- pense o trabalho individual ou em grupos, principalmente àqueles que se responsabilizaram pelo próprio aprendizado. A educação para a sexualidade precisa da abordagem conjunta de toda a comunidade escolar, e os professores, em especial, têm de ser responsáveis por todos os elementos que devem ensinar, além de ajudar seus colegas. Lembre-se: não há como decidir não trabalhar o assunto por achá-lo complicado. O papel das escolas e das famílias A educação para a sexualidade é um tema delicado, e algumas pessoas acreditam que não é papel da escola abordá-la. Acredita-se que deva ser dada pelos pais; mas muitos, talvez por causa das suas próprias experiências, não se sentem à vontade para discutir a questão. Há quem pense que ensinar a matéria para crianças de 6 anos é destruir a inocên- cia infantil. Também existe a crença de que a educação para a sexualidade abre espa- ço para uma curiosidade insaciável e para experiências precoces. Tais preocupações existem e devem ser abordadas antes de a escola iniciar um programa eficiente de educação para a sexualidade. De acordo com os PCN, é importante que cada escola formule seu proje- to educacional, compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da qualidade da educação resulte da co-responsabilidade entre todos os edu- cadores. A forma mais eficaz de elaboração e desenvolvimento de projetos educacionais envolve o debate em grupo e no local de trabalho. Por isso, toda a comunidade escolar – professores, diretores, profissionais da educação e familiares – deve estar envolvida na criação de um programa apropriado. Cada um tem seu papel a desempenhar e juntos podem garantir que todas as crianças recebam um conjunto de informações que as ajude a compreender, a lidar com as mudanças que ocorrerão na passagem da infância para a fase adulta, e a tomar decisões mais maduras e responsáveis no futuro. O estabelecimento de parcerias com os serviços de saúde e as organiza- ções não-governamentais que lidam com a temática em questão pode contri- buir para o desenvolvimento do projeto. Introdução 9 Abordagem na escola Os PCN apontam como as escolas, os educadores e a família/os responsáveis devem se po- sicionar no trabalho com o tema da sexualidade junto às crianças. Seguem a seguir as diretrizes federais, que devem ser complementadas com orientações estaduais e municipais específicas para a abordagem da temática no Ensino Fundamental. • Cabe à escola abordar os diversos pontos de vista, valores e crenças existentes na sociedade so- bre sexualidade para auxiliar o aluno a encontrar um ponto de autorreferência por meio da reflexão. • O trabalho é entendido como problematizar, levantar questionamentos e ampliar o leque de conhecimentos e de opções para que o próprio aluno escolha seu caminho. • A orientação sexual não-diretiva aqui proposta será circunscrita ao âmbito pedagógico e coletivo, não tendo, portanto, caráter de aconselhamento individual de tipo psicoterapêutico. Isso quer dizer que as diferentes temáticas da sexualidade devem ser trabalhadas dentro do limite da ação pedagógica, sem ser invasivas na intimidade e no comportamento de cada aluno. Tal postura deve, inclusive, auxiliar as crianças e os jovens a discriminar o que pode e deve ser compartilhado no grupo e o que deve ser mantido como uma vivência pessoal. Apenas os alunos que demandem atenção e interven- ção individuais devem ser atendidos separadamente pelo professor ou orientador na escola e, nesse âmbito, poderá ser discutido um possível encaminhamento para atendimento especializado. • A escola deve informar, discutir os diferentes tabus, preconceitos, crenças e atitudes existen- tes na sociedade, e buscar uma condição de maior distanciamento pessoal por parte dos profes- sores para empreender essa tarefa. • Propõe-se que a orientação sexual oferecida pela escola aborde as repercussões de todas as mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade. A postura do educador segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais “O educador deve reconhecer como legítimo e lícito, por parte das crianças e dos jovens, a busca do prazer e as curiosidades manifestas acerca da sexualidade, uma vez que fazem parte de seu processo de desenvolvimento. O professor transmite valores com relação à sexualidade no seu trabalho cotidiano, na forma de responder ou não às questões mais simples trazidas pelos alunos. É necessário então que o educador tenha acesso à formação específica para tratar de sexualidade com crianças e jovens na escola, possibilitando a cons- trução de uma postura profissional e consciente no trato desse tema. O professor deve então entrar em contato com questões teóricas, leituras e discussões sobre as temáticas específi- cas de sexualidade e suas dife- rentes abordagens; preparar-se para a intervenção prática junto dos alunos e ter acesso a um espaço grupal de supervisão dessa prática, o qual deve ocorrer de for- ma continuada e sistemática, constituindo, portanto, um espaço de reflexão sobre valores e preconceitos dos próprios educadores envolvidos no trabalho de Orientação Sexual. Ao atuar como um profissional a quem compete conduzir o proces- so de reflexão que possibilitará ao aluno autonomia para eleger seus valores, tomar posições e ampliar seu universo de conhecimentos, o professor Introdução 10 deve ter discernimento para não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas. (...) Não se pode exigir do professor uma isenção absoluta no tratamento das questões ligadas à sexualidade, mas a consciência sobre quais são os valores, crenças, opiniões e sentimen- tos que cultiva em relação à sexualidade é um elemento importante para que desenvolva uma postura ética na sua atuação junto dos alunos. O trabalho coletivo da equipe escolar, definindo princípios educativos, em muito ajudará cada professor em particular nessa tarefa. Para um bom trabalho de Orientação Sexual, é necessário que se estabeleça uma relação de confiança entre alunos e professor. Para isso, o professor deve se mostrar disponível para conversar a respeito das questões apresentadas, não emitir juízo de valor sobre as colocações feitas pelos alunos e responder às perguntas de forma direta e esclarecedora. Informações corretas do ponto de vista científico ou esclarecimentos sobre as questões trazidas pelos alunos são fundamentais para seu bem-estar e tranqüilidade, para uma maior consciência de seu próprio corpo e melhores condições de prevenção às doenças sexual- mente transmissíveis, gravidez na adolescência e abuso sexual. (...) Em relação às questões de gênero, por exemplo, o professor deve transmitir, pela sua conduta, a eqüidade entre os gêneros e a dignidade de cada um individualmente. Ao orientar todas as discussões, deve, ele próprio, respeitar a opinião de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o respeito e a participação de todos.” (Parâmetros Curriculares Nacionais: Primeiro e Segundo Ciclos do Ensino Fundamental: Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais, Secretaria de Educação Fundamental,Ministério da Educação, Brasília, 1998, p. 84) Relação escola-família Ao desenvolver um projeto de educação para a sexualidade, as escolas devem dar aten- ção especial para a relação com a família dos alunos, como: • A escola deverá informar os familiares dos alunos sobre a inclusão de conteúdos sobre sexu- alidade na proposta curricular e explicitar os princípios norteadores de tal proposta. • Na relação entre a escola e as famílias, pretende-se que a sexualidade deixe de ser tabu e, ao ser objeto de discussão na escola, possibilite a troca de ideias entre ambos. • Como a abordagem parte de uma visão pluralista de sexualidade, não compete à escola, em nenhuma situação, julgar como certa ou errada a educação que cada família oferece. • Caso haja violação dos direitos das crianças e dos jovens cabe à escola posicionar-se a fim de garantir a integridade básica de seus alunos. Os casos de violência sexual contra crianças por parte de familiares devem ser comunicados ao Conselho Tutelar (que poderá manter o anonimato do denunciante) ou à autoridade correspondente. As crianças costumam ficar fascinadas com seu corpo e com o ciclo de vida dos seres humanos. Compreender como o corpo funciona, cresce e muda é parte relevante e essen- cial do desenvolvimento pessoal. Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas oferece uma estrutura para a eficiente educação sobre o tema por meio de vídeos e atividades apresentados no contexto da vida familiar, dos relacionamentos amorosos e do respeito aos outros. Introdução 11 Folha de atividade 1 Coisas vivas e sem vida Esta atividade incentiva as crianças a dividirem os objetos cotidianos em dois grupos: os de seres vivos e os de objetos sem vida.Peça às crianças que deem exemplos de coisas que têm vida e ajude-as a separá-las entre animais e vegetais. Fale sobre o que é um ser vivo e convide-as a relacionar algumas das características mais óbvias, como crescimento, necessidade de alimento, respiração e reprodução. Peça exemplos de coisas sem vida e converse com os alunos sobre como eles sabem quando algo não está vivo. Escreva os exemplos na lousa ou em uma folha grande de papel. Dê mais exemplos e pergunte à classe como cada um pode ser classificado. As crianças devem preencher a folha individualmen- te e depois comparar e discutir os resultados com um colega. Com a classe toda, reveja a atividade e confira as respostas. As “sementes” podem gerar uma discussão interessante. Peça às crianças que deem mais exemplos de seres vivos e de objetos inanimados e os classifiquem. Extensão Peça às crianças que pensem em exemplos de objetos rotineiros feitos com materiais que já foram vivos, como roupas de lã ou de algodão ou móveis de madeira. Depois, peça exemplos de objetos feitos com materiais que não tinham vida, como cadeiras de plástico ou janelas de vidro. Há exemplos de objetos feitos com materiais das duas categorias, como, por exemplo, porta de madeira com maçaneta de metal, vestido de algodão com zíper de metal. Folha de atividade 2 Macho e fêmea Esta atividade introduz a ideia de macho e fêmea e discute o fato de que, às vezes, não é possível diferenciá-los apenas pela observação. Apresente esta atividade aos alunos com a seguinte pergunta: como eles conseguem identificar quando alguém é menino ou menina? Muitas respostas serão dadas, como ves- timenta, comprimento do cabelo, brincadeiras preferidas, nome e genitália. Agora peça que avaliem se esse tipo de análise é eficaz para determinar o sexo de uma pessoa: por exemplo, na sala de aula, pode haver meninas de cabelo curto e meninos de cabelo comprido; pode haver meninas que são boas em brincadeiras tradicionalmente vistas como “brincadeiras de meninos”; e o nome nem sempre deixa claro o sexo. Peça aos alunos que trabalhem em pares para preencher a folha de exercício; depois, reveja a atividade com a classe toda. Pergunte se as crianças tiveram dificuldades. Por quê? Alguns podem dizer que a ausência de ór- gãos sexuais tornou a tarefa impossível. Aceite as respostas, bem como os nomes familiares que eles usam para os órgãos sexuais e explique que, em uma próxima lição (folha de atividade 4), eles aprenderão o nome correto dessas partes do corpo. Fale sobre outros animais cujo sexo po- demos diferenciar apenas pela aparência. Guia do professor • Diferenças Diferenças 12 Dê exemplos: leão e leoa, pavão-macho e pavão-fêmea, vaca e touro. Lembre a classe que, para uma nova vida se formar, é preciso existir um macho e uma fêmea. Reforce a ideia de que a reprodução é uma característica dos seres vivos. Extensão Peça às crianças que relacionem ou desenhem maneiras pelas quais são capazes de dizer se um animal é macho ou fêmea: por exemplo, a mãe que amamenta seus filhotes, as vacas que são ordenhadas, a mulher que dá à luz. Peça que encontrem mais animais ou aves cujo sexo podemos identificar apenas pela aparência física. Conclusões gerais podem ser obtidas? Por exemplo, os machos geralmente são maiores que as fêmeas? Folha de atividade 3 Meninas e meninos Esta atividade explora as percepções que as crianças têm de si mesmas e do sexo oposto, e oferece uma opor- tunidade para a discussão de estereótipos. Relembre atividades nas quais foi discutido como de- terminar se alguém é menino ou menina. Estenda a conversa para que os alunos pensem se há coisas que geralmente são feitas por meninos e coisas geralmente feitas por meninas. Essa análise deve abrir espaço para a discussão de estereótipos. Diga às crianças que, na maioria das vezes, o fato de uma pessoa ser menino ou menina não a impede de fazer determi- nadas coisas. Outros pontos a ser discutidos são roupas, objetos escolares, programas de televisão, livros, esportes e passatempos. As crianças devem preencher a folha de atividade que pede para apontar as principais caracterís- ticas de meninos e meninas. Peça para que primeiro completem a lista relacionada ao próprio sexo antes de passar para a do sexo oposto. Depois, devem trabalhar em pares para analisar as respostas. Quais semelhanças ou diferenças encontraram? Com a classe toda, reveja o exercício e fale sobre traços comuns a ambos os sexos. Pergunte às crianças se elas acreditam que tais traços serão os mesmos para sempre ou se podem mudar conforme a pessoa cresce. Extensão Peça às crianças que façam uma lista ou um desenho de profissões bem conhecidas, como bombeiro, enfermeiro, médico ou professor. Pergunte se elas desenharam homens ou mulheres, converse sobre as qualificações exigidas em cada profissão e se ela pode ser exercida por pessoas de ambos os sexos. Mostre aos alunos diversos livros que falam sobre estereótipos. Por exemplo: • Vó Nana, de Margaret Wild. • Minha Mãe é um Problema, de Babette Cole. • História Meio ao Contrário, de Ana Maria Machado. • Declaração Universal dos Direitos Humanos, de Ruth Rocha. • Flicts, de Ziraldo. Em pares, as crianças podem discutir sobre os personagens principais. Eles se comportam Guia do professor • Diferenças 13 como esperamos? Como as ações deles são diferentes dos papéis estereotipados de homens e mulheres? São ações aceitáveis? Folha de atividade 4 Nomes das partes do corpo Esta atividade apresenta às crianças os nomes corretos das partes do corpo, incluindo inclusive dos órgãos reprodutores. Isso, no passado, causava problemas aos professores que não se sentiam à vontade para usar palavras como “pênis”, “clitóris” e “vagina”. Entretanto, é importante usá-las o mais cedo possível pelos seguintes motivos: • Muitas famílias usam palavras próprias para os genitais e, apesar de algumas ser rapidamen- te compreendidas, outrassão únicas para cada unidade familiar. • O uso consistente das palavras corretas nas séries iniciais do Ensino Fundamental diminuirá o possível “fator do riso” mais tarde, o que faz com que as crianças as usem sem constrangimento. • O emprego da palavra “vagina” apresenta uma visão positiva da sexualidade feminina, dife- rentemente do que costuma ser dito: “os meninos têm pipi e as meninas, não”. Reveja o trabalho anterior e lembre as crianças que, às vezes, é possível identificar se uma pessoa ou um animal é macho ou fêmea apenas ao olhar, outros, não. Explique que quando não sabemos diferenciar, talvez seja porque o animal é coberto por pêlos ou porque a pessoa veste roupas, mas se olharmos bem, podemos identificar o sexo. Mostre fotos que evidenciem os órgãos sexuais em bebês e crianças. Enfatize que o pênis do menino é bem visível, mas que os órgãos sexuais da menina ficam dentro do corpo e são mais di- fíceis de ver. Nesse estágio, os alunos usam os nomes com os quais estão familiarizados. Explique que as palavras que os pais usam são aceitáveis em casa, mas que, na escola, devem usar as pa- lavras corretas para que todos possam ser compreendidos. Apresente os termos “pênis”, “clitóris”, “vagina” e “uretra”. Peça aos alunos que trabalhem em pares para preencher a folha de exercício, enquanto uma criança desenha e dá nome às partes do corpo do menino e a outra faz o mesmo com a meni- na. Reveja a atividade com a classe, relembrando a terminologia correta para as partes do corpo. Extensão Converse com os alunos sobre como podemos di- zer se um adulto é um homem ou uma mulher (por exemplo, pelos seios ou pela barba). Guia do professor • Diferenças 14 Folha de atividade 5 Iguais, mas diferentes Esta atividade permite que os alunos reconheçam que existem características comuns a todos os seres humanos e algumas grandes diferenças que nos tornam homens ou mulheres. Reveja com a classe todo o trabalho anterior a respeito das semelhanças e diferenças entre meninas e meninos e a variedade de formas com que podemos dizer se uma pessoa é homem ou mulher. Ajude-os a recordar os nomes certos das partes do corpo. Peça que preencham a folha de exercício. Talvez seja necessário explicar o que é um diagrama Venn antes de começarem. A atividade é uma continuação da folha de atividade 4; ela propõe que os alunos completem um diagrama Venn que representa meninos e meninas. Ele deve relacionar as características que são comuns a ambos os sexos na intersecção, e aquelas que são particula- res a cada sexo nas regiões adequadas. Extensão Desenhe um diagrama Venn parecido e mostre as características dos gatos. Quais palavras são diferentes? Quais são iguais? Folha de atividade 6 Pesquisa na sala Esta atividade permite que as crianças reconheçam que, apesar de termos determinadas características em comum com as outras pessoas, é a combinação delas que nos torna únicos e especiais. Peça aos alunos que identifiquem as características essenciais das meninas e depois dos meni- nos. Pode ser útil consultar as folhas de atividades 4 e 5. Estenda a conversa de modo a levá-los a pensar se isso quer dizer que todas as meninas são iguais ou que todos os meninos são iguais. Incentive-os a identificar aspectos com os quais são únicos e aborde, em um primeiro momento, as características físicas. Isso terá de ser abordado com cuidado; as diferenças devem ser avaliadas de modo positivo. É preciso ter tato para que nenhum grupo de alunos se sinta desconfortável: por exemplo, crianças que são maiores ou menores do que a média, crianças cuja cor de pele seja diferente da maioria, ou crianças que tenham deficiências. Peça aos alunos que preencham a folha de atividade, que é uma pesquisa a respeito das características físicas (a palavra “característica” talvez precise ser explicada). Com a classe toda, analise as descobertas da pesquisa e, onde houver discrepâncias, por exemplo, o que uma pessoa considera como cabelo curto pode ser considerado como médio por outra. Guia do professor • Diferenças 15 Continue a pesquisa para que vá além das características físicas: ou seja, o tamanho da família, meios de chegar à escola, passatempos, cantores favoritos. Extensão Brinque com a classe com o jogo “Adivinhe quem é!”. Os alunos devem ficar em pé e você faz perguntas: você é menina?, você tem cabelo comprido?, você tem irmãos? As crianças que puderem responder “sim” continuam em pé. O jogo continua até sobrar apenas uma pessoa. É importante que as características mencionadas sejam positivas; é preciso estabe- lecer esta regra antes de começar a brincadeira. Folha de atividade 7 Os piores e os melhores dias Esta atividade ajuda as crianças a perceber que não é apenas uma determinada combinação de características físicas que tor- na as pessoas únicas e especiais, mas também seus sentimen- tos e relacionamentos com as outras pessoas. Converse com a classe a respeito do que torna um dia bom ou ruim. Você pode dar seus exemplos para começar. Por exemplo: Ontem foi um dia bom para mim. Levantei cedo, o sol brilhava e eu me senti bem. Quando cheguei à escola, a professora X me agradeceu porque eu a ajudei a fazer o computador funcionar, e ela pôde imprimir o trabalho para a aula. Gostei muito de nossa lição de ontem sobre... porque vocês todos se esforçaram muito e eu fiquei contente com o trabalho que vocês realizaram. Ou: Puxa vida! Semana passada eu tive um dia horrível; parecia que tudo dava errado e, à noite, eu estava irritada. Tudo começou quando fiquei zangada com minha filha porque ela não queria se ar- rumar para ir à escola e acabamos discutindo. Depois, quando cheguei à escola, percebi que tinha esquecido um livro que prometi emprestar ao professor Y, e não gosto de decepcionar as pessoas. E depois Z derramou água em nossa aula de arte e fiquei zangada de novo. Foi um fia péssimo! É importante que os exemplos usados enfatizem os sentimentos e a interação com outras pessoas. Peça à classe que pense sobre o que torna um dia ruim e registre algumas respostas. Depois, pergunte o que torna um dia bom, e registre as respostas novamente. Diga que, o que para uma pessoa pode ser um dia ruim, para outra pode ser bom; por exemplo, ir a uma partida de futebol pode ser ótimo para uma criança, e péssimo para outra. Incentive os alunos a pensar em seus melhores e piores dias e a preencher a folha de atividade. Após o preenchimento da folha, peça que mostrem suas respostas a um colega. Chame aquelas crianças que queiram contar ao restante da classe sobre o que escreveram. Termine perguntando a eles sobre seus melhores dias para que encerrem a atividade com sensações positivas. Extensão Faça um círculo para que todos falem sobre as melhores e as piores coisas que aconteceram hoje ou no decorrer da semana. Fale sobre como as outras pessoas podem ajudar as crianças quando elas tiverem um dia ruim e igualmente como podem ajudar quando algo não vai bem. Guia do professor • Diferenças 16Guia do professor • Diferenças Folha de atividade 8 Ciclos de vida Esta atividade apresenta o conceito de crescimento e mudança, e a ideia de que estes são fatos que pertencem ao ciclo natural da vida. Reveja o trabalho anterior sobre semelhanças e diferenças, principalmente os fatores que nos tornam especiais e únicos. Diga às crianças que todas elas já foram bebês, que elas têm mais ou menos a mesma idade e que todas se tornarão adultas. Fale sobre outros ciclos de vida: por exemplo, as plantas nascem de sementes minúsculas, transformam-se em brotos e tornam-se plantas mais fortes que dão flores e, um dia, morrem; os girinos nascem de ovos e se tornam sapos. Ao falar sobre ciclos de vida, algumas crianças podemprecisar ser asseguradas de que a maio- ria das pessoas fica muito idosa antes de morrer. Apresente a folha de atividade, que ilustra diversos ciclos de vida fora de sequência, e peça aos alunos que trabalhem em pares para organizar as fotos na ordem correta. Reveja a atividade com a classe toda para corrigir quaisquer enganos. Extensão A classe pode plantar sementes, como de girassol, e registrar o crescimento em diários. As crianças devem perceber quando a planta começa a morrer, e também podem registrar o fato de ser possível que uma nova vida seja originada das sementes da flor morta. 17Folha de atividade 1 • Diferenças Coisas vivas e sem vida Nome: Pinte os desenhos das coisas que são vivas. Mostre suas respostas a um colega. Você concorda? Gato Casa Bola de futebol Coelho Peixe Maçã Caneca Sementes Lápis Tesoura Flor 18Folha de atividade 2 • Diferenças Macho e fêmea Nome: Faça um X ao lado dos animais que você acha que são fêmeas. Sempre dá para saber a diferença apenas ao observar o desenho? Por que não? Gatos Cachorros Porcos Leões Coelhos 19Folha de atividade 3 • Diferenças 1. 2. 3. 4. 5. 1. 2. 3. 4. 5. Meninas e meninos Nome: Complete as folhas de receitas para meninas e meninos. Qual dos ingredientes é o mesmo para meninas e meninos? E qual é diferente? Ingredientes para meninas Ingredientes para meninos 20Folha de atividade 4 • Diferenças Nomes das partes do corpo Nome: Dê nome às partes do corpo do menino e da menina. Você consegue acrescentar outros nomes? Pés Dedos Mãos Vagina Boca Polegares Pênis Olhos Barriga Pernas Braços Joelhos Clitóris 21Folha de atividade 5 • Diferenças Iguais, mas diferentes Nome: Preencha as formas usando as palavras do lado de fora. Você consegue acrescentar mais palavras? Meninas Ambos Joelhos Polegares Braços Boca Clitóris Mãos Pernas Vagina Barriga Cabeça Olhos Dedos Pênis Pés Meninos 22Folha de atividade 6 • Diferenças Pesquisa na sala Nome: Descubra quantas crianças de sua sala têm as seguintes características. Escreva o número total dentro dos quadrados. Escolha outra característica para pesquisar. Cabelo loiro Cabelo curto Cabelo enrolado Óculos Cabelo castanho Olhos azuis Cabelo liso Sardas 23Folha de atividade 7 • Diferenças Os piores e os melhores dias Nome: Faça um desenho e complete as frases para descrever o seu melhor e o seu pior dia. Meu pior dia Meu pior dia seria... Meu melhor dia seria... Meu melhor dia 24Folha de atividade 8 • Diferenças Ciclos de vida Nome: Recorte as figuras e coloque-as na ordem de modo a mostrar os ciclos de vida. Você consegue pensar em outros ciclos de vida? 25Guia do professor • Como eu cheguei aqui? Como eu cheguei aqui? Folha de atividade 9 De onde as coisas vêm? Esta atividade apresenta a ideia de que todas as coisas com vida se originam de outras igualmente vivas, mesmo que a relação não seja óbvia a princípio. Apresente a atividade, identifique e dê nomes às partes de uma flor com as crianças: folha, caule e assim por diante. Se possível, mostre vários exemplos para as crianças pes- quisarem. Você pode dar um tempo para que elas façam desenhos ou pinturas das flores para uma futura exposição. Converse com os alunos e pergunte de onde eles acham que as flores vêm. Esteja prepa- rado para receber respostas como “da floricultura” ou “do jardim”! Quando as crianças chegarem à resposta “sementes”, pergunte se elas sabem como a flor ficará apenas observando a semente. Mostre várias sementes para as crianças observa- rem. Elas conseguem prever quais serão as flores que as sementes se transformarão? Faça perguntas sobre outras plantas que crescem de semen- tes, como os carvalhos que crescem das bolotas. Conversas parecidas podem acontecer a respeito de borboletas, sapos, aves, entre outros. Pergunte de onde as crianças acham que todos esses animais vêm e registre as ideias. A folha de atividade reforça esta lição. As crianças precisam completar as sentenças e identificar de onde vêm diversas plantas e animais. Você pode aumentar a lista tendo como base as em conversas anteriores. Extensão As crianças podem discutir sobre a origem da semente ou da bolota, e você pode intro- duzir o conceito de coisas vivas maduras e completamente crescidas quando se reprodu- zem. Demora muito tempo para que uma semente se transforme em flor ou para que um carvalho se torne grande o bastante para produzir as bolotas. Incentive os alunos a pensar nos períodos do desenvolvimento da flor, que cresce a partir da semente. Plantem várias sementes e registrem quanto tempo elas demoram a ficar maduras. Folha de atividade 10 Ficha de informações sobre o nascimento Esta atividade faz as crianças se lembrarem de que chegaram ao mundo como bebês em uma determinada época, em uma determinada data e que nos referimos a esse evento como nascimento. Ao discutir o nascimento e de onde os bebês vêm com os alunos, alguns dos mitos po- pulares (como o da cegonha e o do ovo) podem surgir, e você deve ter tato ao explicar que tais mitos não são verdadeiros. Neste estágio, você deve apresentar a ideia de que os bebês “crescem na barriga de suas mães, em um lugar especial chamado ventre”. Apresente esta atividade e pergunte às crianças quando elas fazem aniversário. Se a sala de aula já tiver um quadro de aniversariantes, ele pode ser usado como o tema central da conversa. Observe qual é o mês com mais aniversariantes, o mês com menos aniversarian- tes etc. Há algum mês sem aniversários? Explique que o aniversário marca o dia do nascimento e geralmente envolve algum tipo de co- memoração. Peça aos alunos que relatem sobre o que lembram a respeito de seus aniversários. 26Guia do professor • Como eu cheguei aqui? A folha de atividade analisa com mais detalhes o nascimento dos alunos. Eles devem preencher uma ficha de informações. Pergunte o que eles sabem sobre o próprio nascimento, além da data; se sabem a que hora nasceram ou quanto pesavam? Você pode preferir enviar as fichas de infor- mações para a casa dos alunos, para que elas sejam preenchidas por pais ou responsáveis, ou pedir às crianças que obtenham as informações e preencham a ficha na escola. Posteriormente, as fichas de informações podem ser compartilhadas e discutidas, para procurar semelhanças e diferenças. Por exemplo, há alunos que tinham o mesmo peso ao nascerem? Algu- mas dessas informações podem ser representadas em um gráfico ou quadro. Extensão Incentive as crianças a levar fotografias de quando eram bebês para adicionar à ficha de informações. Fale sobre como elas mudaram conforme foram crescendo. Ao mesmo tempo, as fotos podem ser usadas para uma exposição onde as crianças tentam relacionar as fotos com seus donos – incluindo o professor! Folha de atividade 11 Crescendo e aprendendo Esta atividade incentiva as crianças a refletir sobre as mudanças que ocorreram com elas até agora na vida e a pensar nas mudanças que ocorrerão no futuro, concentrando-se nas características físicas. Como introdução desta atividade, peça aos alunos que pensem nos bebês, incluindo o que eles vestem, seu tamanho, o que conseguem fazer, com o que brincam e como passam o tempo. Escreva as respostas na lousa ou em uma folha grande de papel. Se possível, convide alguém para levar seu bebê à escola para conversar com os alunos e responder as perguntas a respeito da criança. O visitante pode mostrar como se alimenta, troca ou dá banho em um bebê para que as crianças observem. Converse com as crianças sobre as diferençase as semelhanças entre a aparência dos bebês e a deles. Peça que observem seus pés e mãos e comparem com os de um bebê. Solicite o mesmo em relação a outras partes do corpo. Certifique-se de que as crianças entendam que seus membros e outras partes do corpo crescem e mudam conforme elas ficam mais velhas. Fale que continuamos mudando conforme envelhecemos, mesmo que não crescemos mais: por exemplo, um adulto não vai ficar mais alto, mas seu cabelo provavelmente ficará mais grisalho e sua pele, mais enrugada. Convide as crianças a fazer um desenho de como acham que ficarão quando se tornarem adultas. A folha de atividade pede que as crianças coloquem as imagens em ordem e escrevam perto de cada figura a idade aproximada da pessoa. Com a classe toda ou em pequenos grupos, reveja com eles as respostas e cheguem a um acordo sobre as idades representadas. 27Guia do professor • Como eu cheguei aqui? Extensão Pode ser possível para alguns alunos levar fotografias de um membro da família (por exemplo, da mãe ou da avó) quando era bebê, criança, adolescente ou jovem e de como é hoje. Elas podem ser usadas para uma discussão ou organizadas em uma linha do tempo. Ao mesmo tempo, as fotos de revistas podem ser usadas para fazer uma colagem a fim de representar a linha do tempo, com suas diversas fases. Folha de atividade 12 O que podemos fazer? Esta atividade complementa a folha de atividade 11 e analisa o que as pessoas conseguem ou não fazer em diferentes idades. Como início da atividade, peça aos alunos que relembrem como é um bebê recém-nascido e o que ele consegue fazer. Se você ainda não convidou uma mãe com seu bebê para participar de uma aula, esta é ou- tra oportunidade para isso. Pense nas coisas que um bebê recém-nascido é incapaz de fazer. Pergunte a que idade os bebês começam a fazer coisas sozinhos: por exemplo, co- mer alimentos sólidos, engatinhar, andar, falar. Alguns alunos têm irmãos menores e poderão contribuir com muitas informações; outros po- dem precisar de mais orientação de sua parte. Conversem sobre as coisas que as crianças acreditam ainda ser pequenas demais para fazer: por exemplo, ir à escola sozinhas ou com amigos, ficar acordadas até tarde, assistir a determina- dos programas de televisão. Escreva as respostas na lousa ou em uma folha grande de papel. Incentive-os a pensar por que são incapazes de fazer algumas coisas (por exemplo, atravessar avenidas movimentadas sozinhos). Discutam sobre quando eles acham que serão capazes de fazer as coisas que não podem fazer hoje. Pergunte sobre o que poderão fazer quando forem adolescentes ou adultos. Lembre a todos que algumas coisas, como comer alimentos sólidos, é algo que pode ser feito por quase todas as pessoas quando deixam de ser bebês. Algumas coisas só podem ser feitas por crianças, como usar os brinquedos de um parque. Algumas coisas só podem ser feitas por adultos, como dirigir um carro. As crianças podem citar outros exemplos. Pergunte o que os alunos pretendem fazer quando crescerem. Por exemplo, eles podem men- cionar carreiras e profissões ou aprender a dirigir. Você pode registrar algumas das ideias para ajudar na atividade. Para dar sequência às discussões anteriores, a folha de atividade pede que as crianças relacio- nem o que podem e esperam fazer em momentos diferentes de suas vidas. Depois de preenche- rem a folha, peça que a classe sente em círculo e que cada um mostre o que escreveu. 28Guia do professor • Como eu cheguei aqui? Extensão Mostre aos alunos com que idade é possível fazer várias coisas, como aprender a dirigir, entrar em um bar e votar. Ter um bebê e ser um pai ou uma mãe é algo que vai acontecer com a maioria das pessoas quando se tornarem adultas. Converse com a classe sobre o porquê a maioria das pessoas espera até se tornar adulta para ter um bebê e se tornar pais. Leve em consideração questões como responsabilidade, tempo e dinheiro (custos). Folha de atividade 13 Partes do corpo Esta atividade incentiva as crianças a pensar sobre as mudanças físicas que acontecerão quando deixarem de ser crianças e passarem a ser adultos. A atividade será mais bem aproveitada se for realizada durante a aula de educação física ou na hora do recreio. O objetivo é revisar os nomes das partes do corpo. Peça aos alunos que se movam com diferentes partes do corpo (andar apoiado nos pés e nas mãos, escorregar de barriga e assim por diante). As tarefas devem se tornar mais difíceis conforme as sessões forem progredindo (andar apoiando apenas os calcanhares no chão etc.). O mais importante não é que a criança consiga fazer tudo, mas que conheça as várias partes de seu corpo. A atividade pode ser introduzida na sala de aula também, com canções e rimas que en- volvam partes do corpo “cabeça, ombro, perna e pé” ou “meus dedinhos”. Essas canções ajudarão o professor a conferir o que os alunos sabem. Com a classe toda, mostre a foto de uma menina e de uma mulher. Podem ser usadas fotos tiradas de revistas, fotografias ou ilustrações de livros. Incentive as crianças a procurar por semelhanças e diferenças e registre o que elas disserem. Comece a direcionar a atenção das crianças não para roupas e cor de cabelo, por exemplo, mas, sim, para diferenças mais físicas. As pessoas das fotos têm o corpo diferente do delas? Explique (com tato) de que maneiras o corpo de um adulto é diferente do corpo de uma crian- ça. Esteja preparado para escutar uma grande variedade de nomes que a família dá para seios e outras partes, mas reforce que na escola todos devem usar os mesmos termos para ser compre- endidos; além disso, o nome usado na escola é o (cientificamente) correto. Continue falando sobre as fotos da menina e da mulher e as razões pelas quais a mulher tem, por exemplo, seios (para alimentar o bebê recém-nascido). Explique que há outras partes importantes do corpo que não conseguimos ver nas fotos. Os alunos sabem quais são essas partes? Antes de passar à próxima atividade, faça a mesma coisa descrita acima com fotos de um menino e de um homem. Se preferir, a folha de atividade pode ser usada como orientação para a discussão guiada pelo professor e não entregue para ser feita individualmente. Se ela for entregue para o trabalho individual, então será preciso realizar uma discussão prévia. Extensão Peça aos alunos que marquem as partes externas do corpo e deem os nomes certos a elas. 29Guia do professor • Como eu cheguei aqui? Folha de atividade 14 Com quem parecemos? Esta atividade ajuda as crianças a compreenderem que foram formadas por duas pesso- as adultas: uma mulher, a mãe, e um homem, o pai. A atividade deve ser feita de modo a reconhecer que algumas crianças podem ter pais adotivos, tutores ou cuidadores que não são seus pais naturais. Outras podem viver com um dos pais e ter pouco contato ou informações sobre o outro. Algumas crianças também podem ser filhas de pais separados que têm um novo relacionamento com outras pessoas que são os padrastos ou as madrastas. Para introduzir a atividade, fale sobre irmãos e irmãs. Se uma das crianças tiver um irmão ou uma irmã em outra classe, pode ser possível “pegá-lo emprestado” por um curto período. Ou um pai ou uma mãe pode levar à aula seu filho em idade pré-escolar. Analise as duas crianças para apontar semelhanças e diferenças e registre o que as crianças disserem. Observe, primeiramente, as características físicas. Por exemplo, eles têm a mesma cor de olhos? Em seguida, fale sobre as personalidades e as características pessoais. Por exemplo, ambos são sempre sorridentes e alegres? Se o pai ou a mãe estiver presente, será possível revelar muitas coisas! Diga que as pessoas da mesmafamília costumam ser parecidas porque são todas re- lacionadas umas às outras, mas também que as pessoas que vivem juntas geralmente se tornam parecidas (mãe e pai, ou filhos adotivos, por exemplo). Peça que as crianças, em trabalhos individuais, pensem em um membro da família e relacione as características que eles têm em comum, tanto físicas quanto pessoais. Conforme as respostas dos alunos, comece a escrever exemplos de como os traços físicos das pessoas se parecem. Escreva uma lista à parte com mais semelhanças, como o fato de torcerem para mesmo time de futebol ou terem o mesmo senso de humor. A folha de atividade pede que as crianças pensem sobre quais aspectos têm em comum com os outros membros da família. Incentive-os a pensar em um membro diferente para esta tarefa. Extensão Leve em consideração os parentes. Pode haver vários membros com características pare- cidas, por exemplo, “minha mãe e meu primo têm cabelo ruivo e eu também”. As crianças podem trazer fotografias para ilustrar as diferenças e semelhanças. Folha de atividade 15 Nove meses Esta atividade desafiadora de- senvolve a ideia de que o bebê cresce gradualmente dentro do útero da mãe, e de que esse crescimento, que dura nove me- ses, é chamado “gravidez”. Para iniciar a atividade, re- lembre que as plantas gran- des nascem de sementes mi- núsculas. Pode ser que haja sementes plantadas anterior- 30Guia do professor • Como eu cheguei aqui? mente crescendo na sala. Se não houver, e como recurso extra, você pode plantar semen- tes de agrião e monitorar o tempo que elas demoram a crescer. Explique que o agrião se desenvolve dentro de um período bem curto e que muitas sementes demoram bem mais. Fale sobre as condições necessárias para um bom crescimento. O que acontece quando al- gumas dessas condições não existem? Plantem agrião no escuro, por exemplo, ou sem água, e observem o que ocorre. Diga que algumas condições são necessárias para que os bebês de seres humanos cresçam. Eles se originam de uma pequena parte do homem (espermatozoide) e uma pequena parte da mulher (óvulo), e crescem gradualmente em um lugar especial chamado “útero”; esse crescimento recebe o nome de “gravidez”. O bebê nasce quando está pronto para sair do útero. Pergunte às crianças como podemos saber que uma mulher está grávida. Algumas podem já ter percebido a mudança no corpo de suas mães na gestação de seus irmãos menores. Se possível, convide uma mulher grávida para conversar com as crianças. Explique como a barriga cresce para abrigar o bebê que de desenvolve no útero. Explique que a gravidez costuma durar nove meses. Use um calendário para mostrar quanto tempo duram os nove meses. A folha de atividade pede que as crianças relacionem o perfil de uma mulher grávida com os es- tágios de desenvolvimento do bebê. As crianças podem precisar de ajuda para ler as descrições. Extensão Peça aos alunos que descubram mais a respeito dos primeiros estágios da gravidez. Mostre a eles fotos do feto em diferentes estágios e pergunte quando ele começa a parecer um bebê. Quando podemos saber se é um menino ou uma menina? Folha de atividade 16 No útero Esta atividade faz com que as crianças entendam que conforme um bebê cresce no útero, ele desenvolve características reconhecíveis e se torna mais ativo. Ao apresentar esta atividade, pergunte às crianças o que elas acham que o bebê faz den- tro do útero. Alguns podem ficar surpresos ao descobrirem que o bebê não faz nada! Permita que eles se expressem e registrem as ideias, por mais estranhas que sejam. Pen- se em algumas atividades que os alunos gostam de fazer. Um bebê que ainda não nasceu seria capaz de fazer essas coisas? 31Guia do professor • Como eu cheguei aqui? Explique que uma das principais coisas que um bebê faz é se alimentar, mas não como nós. O bebê recebe alimentos da mãe; é por isso que é importante que as mulheres grávidas tenham uma alimentação saudável. Converse com as crianças a respeito de quais alimentos são ingeridos em uma dieta saudável. Planejem um dia de refeições de uma mãe grávida. Fale sobre como os alimentos não-saudáveis podem ser prejudiciais ao bebê. Há outras coisas que a mãe não deveria fazer, como, por exemplo, fumar? Explique que a mãe pode sentir o bebê mover-se e chutar, e que o bebê pode fazer coisas como chupar seu polegar. Você pode relacionar esse ato à alimentação depois que o bebê nasce. Repetimos que, se possível, convide uma mulher grávida para visitar os alunos e conversar com eles. A folha apresenta várias atividades que os bebês conseguem ou não fazer dentro do útero. As crianças podem trabalhar em duplas para preenchê-la. Extensão Ao conversarem com pais ou familiares que já vivenciaram esta experiência ou com algum profissional de saúde, as crianças podem descobrir em quais estágios da gravidez o bebê pode fazer certas coisas. 32Folha de atividade 9 • Como cheguei aqui? De onde as coisas vêm? Escolha uma palavra da lista abaixo para completar as frases. Nome: Os sapos vêm dos As flores vêm das As aves vêm dos As borboletas vêm das Os gatinhos vêm das gatas • ovos • ovos • sementes • larvas • bolotas Os carvalhos vêm das 33 Nome completo: Data de nascimento: Local de nascimento: Peso ao nascer: Horário do nascimento: Uma foto de quando eu era bebê Folha de atividade 10 • Como cheguei aqui? Ficha de informações sobre o nascimento Nome: Preencha os espaços para criar sua ficha de informações sobre o nascimento. Talvez precise pedir algumas informações em casa. 34Folha de atividade 11 • Como cheguei aqui? Crescendo e aprendendo Recorte e coloque as figuras na ordem correta. Qual a idade de cada pessoa das figuras? Nome: 35Folha de atividade 12 • Como cheguei aqui? O que podemos fazer? O que você podia fazer quando era bebê? O que pode fazer agora? O que espera fazer quando for adulto? Escreva suas ideias abaixo. Nome: Quando eu era bebê, eu podia: • usar fralda Agora, eu posso: • escrever meu nome Quando for adulto, espero poder: • aprender a dirigir 36Folha de atividade 13 • Como cheguei aqui? Partes do corpo Para completar cada frase, escolha a palavra certa da lista. Nome: 1. Uma mulher tem um q _ _ _ _ _ _ mais largo para dar espaço ao bebê. 2. Os s _ _ _ _ das mulheres ficam maiores para que possam produzir leite para alimentar um bebê. 3. Todo mundo tem p _ _ _ _ no corpo quando crescem. 4. Todos os meninos e os homens têm um p _ _ _ _. 5. Os espermatozoides são produzidos nos t _ _ _ _ _ _ _ _ _ de um homem. 6. O e _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ é uma semente que pode fazer um bebê. 7. Os óvulos são feitos dentro dos ov _ _ _ _ _ de uma mulher. 8. O bebê se desenvolve dentro do ú _ _ _ _ de uma mulher. quadril pênis espermatozoide seios ovários vagina útero testículos pêlos 37Folha de atividade 14 • Como cheguei aqui? Com quem parecemos? Faça um desenho de um membro de sua família. De que modos você e essa pessoa são parecidas? Vocês são diferentes de algum modo? Nome: Um desenho de Como somos parecidos Pense na cor do cabelo, dos olhos, da pele... 38Folha de atividade 15 • Como cheguei aqui? Nove meses Relacione cada figura à descrição certa. Recorte as descrições e coloque-as na ordem certa. Nome: O feto está completamente formado. Ele tem todos os órgãos, músculos, membros e ossos. Ainda precisa crescer e amadure- cer. Os órgãos sexuais estão bem desen- volvidos. O bebê está se mexendo. O bebê está engordando. Sua pele, que era bastante enrugada, agora é lisa. Ele provavelmente está de cabeça para baixo,pronto para o nascimento. O cabelo está começando a crescer assim como as sobrancelhas e os cílios. O bebê se mexe e reage ao toque e ao som, geralmente dando chutes. Às vezes ele pode ter soluços. Ele acorda e dorme. Seus batimentos cardíacos podem ser ouvidos por meio de um estetoscópio. 39Folha de atividade 16 • Como cheguei aqui? No útero Marque com √ os quadrados das figuras que mostram o que um bebê faz dentro do útero e com um X nas coisas que o bebê não faz. Nome: Chutar Assistir à TV Balbuciar Comer Chupar o dedão Jogar futebol Ler Bater palmas Sorrir 40 Folha de atividade 17 Presente de quem? Esta atividade aborda as diferentes neces- sidades que temos em estágios distintos de desenvolvimento, e faz as crianças lembra- rem que, conforme crescemos, nos torna- mos capazes de fazer novas atividades. Como introdução desta atividade, converse sobre presentes de aniversário favoritos. Peça aos alunos que formem um círculo e descrevam seu presente preferido entre todos que já recebeu e por que foi tão especial. Pode ter a ver com a pessoa que o deu e não exatamente com o que era. Se alguma criança tiver feito aniversário recentemente, você pode pedir que ela leve seu presente favorito à escola. Pegue alguns exemplos e pergunte se eles seriam adequados para todas as pessoas: por exemplo, um garoto adolescente gostaria de ganhar uma boneca? Alguns presentes são inadequados para a idade da pessoa. Outros são impróprios por questão de segurança – por exemplo, crianças pequenas não devem ganhar presentes com peças pequenas que se soltem. Converse com as crianças sobre o porquê tais presentes não são apropriados. Peça a elas que imaginem que vão comprar um presente para um bebê. Que tipo de coisas os bebês gostam e por quê? Qualquer aluno que tenha um irmão ainda bebê em casa pode dar sugestões e levar alguns brinquedos para a aula. Desenvolva a conversa e pergunte a respeito de crianças em idade pré-escolar, sobre o que elas gostam agora e do que gostarão no futuro. Se houver berçário na escola, agende uma visita para relembrar aos alunos os brinquedos com os quais eles costumavam brincar. Guia do professor • Crescendo e aprendendo Crescendo e aprendendo Algumas crianças podem querer fazer um brinquedo adequado para uma criança em idade pré-escolar. Você pode estender a discussão sobre brinquedos e presentes para crianças mais velhas, incluindo adolescentes. Um desenvolvimento possível às discussões pode ser criar um espa- ço de exposição do material coletado e produzido. Fotos de revistas e catálogos podem ser usados em uma colagem de brinquedos e presentes para diversas idades. Uma exposição de brinquedos de casa pode ser separada por faixas etárias. Ou as crianças podem simples- mente fazer um desenho de seu brinquedo favorito. A folha de atividade pede que os alunos relacionem cada criança com seu brinquedo. Você pode adicionar mais presentes à lista. Incentive as crianças a compartilhar suas res- postas com um amigo. Houve diferenças? Por quê? Extensão Peça aos alunos que pensem em outras coisas, além de brinquedos, que bebês e crian- ças precisam em diferentes fases da vida, como roupas e alimentos. 41Guia do professor • Crescendo e aprendendo Folha de atividade 18 O que eu posso fazer? Esta atividade incentiva as crianças a pensar sobre como estão crescendo e mudando e o que serão capazes de fazer no futuro. Apresente a atividade e permita que as crianças vejam o trabalho que realizaram até agora durante a semana ou durante o semestre. Incentive-os a procurar um exercício no qual tenham aprendido alguma coisa nova ou realizado algo pela primeira vez, como adição de dezenas e unidades. Em uma discussão em círculo, incentive as crianças a mostrar seus trabalhos aos amigos e a expressar como se sentem em relação ao que fizeram. Pense em todas as coisas que as crianças aprenderam desde que entraram na escola e preencha uma lista. Você pode incluir conquistas não-acadêmicas: alguém pode ter apren- dido a amarrar os cadarços, por exemplo. Em seguida, em vez de analisar o passado, peça às crianças que pensem no restante do ano. O que elas desejam aprender até lá? Por exemplo, elas podem querer melhorar a caligrafia. Algumas crianças precisarão de ajuda para estabelecer metas realistas. Você ou os alunos podem anotar os objetivos para que possam ser analisados no fim do ano. Agora, pense e reflita com eles a respeito de coisas que eles esperam fazer em diferentes idades, pensando mais adiante. Peça a eles que tentem lembrar se eram ansiosos para ter a idade que têm hoje. Eles fazem atualmente coisas que esperavam fazer? Use a folha de atividade para discutir as opções de cada estágio da vida. Peça aos alunos que a preencham. Quando terminarem, conversem sobre as respostas em pequenos grupos e veja se há semelhanças ou diferenças. Por que algumas pessoas podem ter respostas diferentes? Extensão Peça aos alunos que acrescentem mais coisas aos diferentes estágios de desenvolvimen- to. A linha do tempo poderia ser estendida para incluir juventude, meia-idade e velhice. Folha de atividade 19 Filhotes Esta atividade mostra às crianças que todos os seres vivos se reproduzem e é a fêmea quem dá a luz. Reforce o conhecimento a respeito dos nomes das fêmeas e de seus filhotes. Introduza esta atividade ao fazer uma relação de todos os animais de estimação dos alunos da classe. Use esta informação para criar um gráfico que mostre quais animais são mais populares, quais são os menos populares e assim por diante. Se a escola permitir, você pode pedir que algumas das crianças levem seus animais de estimação para que os alunos possam discutir sobre eles e observá-los. Fale sobre macho e fêmea. Assim como os seres humanos são do sexo feminino ou masculino, os animais são fêmeas ou machos. As crianças que têm animais de estima- ção sabem se eles são fêmeas ou machos? Como eles acham que podemos sa- ber? Explique que assim como as mães dos alunos deram à luz eles, as fême- as, ou “mamães”, dão à luz seus filhos. 42Guia do professor • Crescendo e aprendendo Enfatize a participação dos homens nesse processo, e comente que sem a parte do ho- mem, o espermatozoide, não é possível a reprodução. Os animais de estimação dos alunos já deram à luz? Pergunte aos alunos se eles sabem quais nomes damos aos filhotes. Faça uma lista com as sugestões dadas. Peça a eles que tentem aprender mais nomes em casa. Pergunte também o que os animais se tornam quando crescem, por exemplo, um cãozinho se torna um cão. Fale sobre outros. Explique que assim como os filhotes têm nomes especiais, suas mães também. Usando livros e outros materiais, permita que as crianças pesquisem os nomes das fêmeas de ani- mais e que os apresentem à sala. Serão necessários grupos de múltiplas habilidades. A folha de atividade pede que as crianças relacionem as mães aos filhotes. Elas também podem registrar os nomes que encontrarem. Extensão A lista de animais e seus filhotes pode ser maior. Pergunte às crianças se elas conseguem pen- sar em outros animais cujos filhotes têm o mesmo nome. Por exemplo: cão e cãozinho. Faça perguntas parecidas a respeito de nomes que podem nos indicar se um animal é macho ou fêmea. Folha de atividade 20 Árvore genealógica Esta atividade permite que as crianças analisem relacionamentos dentro da família e de- senvolvam a ideia de uma linha do tempo: os adultos têm bebês, que crescem e têm seus próprios bebês... Em virtude da natureza inconstante da árvore genealógica, e da variedade de circunstân- cias familiares que podem ser representadas em qualquer classe, é preciso ser sensívelàs necessidades de cada criança. Você deve apresentar a ideia de uma árvore genealógica e perguntar quem os alunos conhecem na família, levando em consideração que eles podem ter parentes sobre os quais têm informações, mas que não os veem. Uma maneira interessante de apresentar esta atividade é mostrar seu álbum de fotos da família. Peça a eles que observem as fotos e explique quem é cada pessoa e a relação entre uma e outra. Aproveite a chance para ensinar o vocabulário da família: “tia”, “primo” e assim por diante. Você pode organizar um banco de palavras para que as crianças não esqueçam os termos. Fale sobre a família das crianças. Peça a elas que desenhem uma “foto” da família e acrescente os nomes das pessoas nela. Se uma criança ainda não souber quem são as pessoas de sua família, sugira que ela faça um desenho com as pessoas que moram em sua casa. Peça aos alunos que preencham o máximo possível da folha de atividade. Diga que espaços podem ser deixados: nem todo mundo tem uma irmã; às vezes os pais e as mães não vivem juntos e não têm contato. Relembre palavras como “avó”, “avô”, “tia”, “tio”, “sobrinha”, “sobrinho”, “prima” e “primo” e as relações que mantêm com outras pessoas da família. Você pode pedir que os alunos preencham a folha em casa. 43Guia do professor • Crescendo e aprendendo Quando a árvore genealógica estiver completa, peça que as crianças mostrem o que fizeram aos colegas. Alguns alunos podem levar fotografias para ilustrar o trabalho. Extensão Peça às crianças que descubram onde os membros da árvore genealógica nasce- ram. Fale sobre os motivos que levam as pessoas a, às vezes, se mudar dos lugares onde nasceram. Folha de atividade 21 Meu amigo Esta atividade incentiva as crianças a pensarem nas relações existentes além da família e o porquê são também importantes. Seguindo as instruções para a folha de atividade 20, você pode apresentar esta atividade ao contar aos alunos sobre os seus amigos. Se tiver fotos, mostre-as às crianças enquanto fala sobre os amigos. Fale seus nomes, onde vocês se conheceram, há quanto tempo são amigos e assim por diante. É importante que as crianças compreendam que não preci- samos ver uma pessoa todos os dias para ela ser nossa amiga. Fale como nossos amigos podem viver em lugares muito distantes e como podemos manter contato. Peça aos alunos que pensem em seus amigos. Lembre-os de que eles podem não es- tudar na mesma sala nem na mesma escola. Isto ajudará os alunos que não têm amigos definidos. Lembre-os de que é possível manter um relacionamento amistoso com mais de uma pessoa e que existem diferentes tipos de amizades. Na discussão em círculo, pensem nas características que um bom amigo tem. Entre as sugestões, pode haver qualidades como gentileza ou simplesmente preferência pelo mesmo time de futebol. Peça a cada aluno que cite uma característica; você pode transformar essa lista de qualidades em uma “receita de bom amigo”. Essa “receita” pode ser integrada às regras de comportamento dentro da sala de aula. Para a folha de atividade, peça às crianças que pensem em um amigo – pode ser difícil escolher um e que haja receio de ofender outra pessoa se ela não for escolhida. Peça a eles que preencham a folha e pensem nos motivos pelos quais mantêm essa amizade. As folhas de atividades completas podem ser de natureza pessoal e algumas crianças po- dem não se sentir à vontade ao mostrar o que fizeram. Aqueles que quiserem compartilhar seu trabalho podem fazê-lo. Extensão Conversem sobre por que precisamos de amigos. Falem sobre os diversos sentimentos que temos quando estamos com nossos amigos. Sempre ficamos felizes com eles? Como nos sentimos quando discutimos com um amigo? Escreva algumas das palavras que as crianças disserem. 44Guia do professor • Crescendo e aprendendo Folha de atividade 22 Conquistas Esta atividade incentiva as crianças a pensar sobre si mesmas como pessoas especiais e no futuro de forma positiva. Para a fase de preparação, converse com os alunos sobre suas conquistas. Pergunte quais são seus passatempos, como nadar, fazer balé, brincar na rua ou praticar artes mar- ciais. Conversem sobre como sabemos que progredimos em nossos passatempos. Por exemplo, passamos para um novo nível? Ganhamos uma medalha, mudamos a cor de nossa faixa? Empinamos cada vez mais alta a pipa? Talvez alguém da sala goste de costurar e tenha terminado um trabalho. Alguns alunos podem não ter passatempos como esses, e, nesse caso, vocês podem falar sobre coisas que eles gostam muito de fazer na escola. Conversem sobre como as conquistas são reconhecidas dentro da escola, por meio de adesivos, certificados e assim por diante. Explique que, na próxima conversa em roda, haverá uma “celebração de conquistas” e você quer que todos pensem em algo que podem levar para a sala para mostrar o que con- quistaram, como um certificado de natação ou um prêmio por ser o ajudante da professora. Algumas crianças podem precisar de ajuda para que não se sintam excluídas. Na conversa em círculo, permita que cada criança mostre o que alcançou. É importante que as conquistas de todos sejam reconhecidas e valorizadas, talvez com aplausos. Discuta com a classe sobre as conquistas individuais, dentro e fora da escola. Esta cos- tuma ser uma boa maneira de unir os alunos e aumentar a autoestima das crianças que são quietas e reservadas. Fale com eles sobre os sentimentos que temos quando conquistamos alguma coisa, prin- cipalmente pela primeira vez. Registre as palavras que as pessoas disserem (por exemplo, “feliz” ou “orgulhoso”). Depois, conversem sobre os sentimentos que temos quando acha- mos alguma coisa difícil. Mais uma vez, reúna as palavras que as crianças disserem (por exemplo, “nervoso” ou “frustrado”). Quais sentimentos preferimos? Por quê? Para a folha de atividade, peça aos alunos que se concentrem em uma conquista e pensem por que a escolheram. Eles podem dar uns aos outros o certificado e conversarem sobre esses ganhos com os colegas. Um quadro de conquistas da classe deve ser criado com base nos certificados, e a ativi- dade deve ser repetida diversas vezes ao longo do ano. BOM TRABALHO! Este certificado é dado a por seu mérito data: assinado: 45Guia do professor • Crescendo e aprendendo Extensão Pergunte aos alunos o que eles pretendem obter no futuro, a curto, médio e longo prazo. Lembre-os de que as metas devem ser possíveis e realistas. Folha de atividade 23 Hora da refeição Esta atividade reforça a ideia do crescimento e da mudança que foi desenvolvida em atividades anteriores. Desta vez, analisamos como nossa preferência por alimentos se torna mais sofisticada conforme crescemos. Para introduzir esta atividade, leve uma sacola de supermercado com alguns de seus alimentos favoritos para a escola. Permita que alguns alunos se aproximem para escolher algum item de dentro da sacola. Eles conseguem reconhecer do que se trata ou precisam de um pouco de ajuda? Fale sobre cada alimento com as crianças, e deixe que eles os toquem, provem ou cheirem (atenção com crianças alérgicas a alguns tipos de alimentos). Procure escolher alimentos com diferentes gostos e cheiros. Você pode fazer um vocabulário de descrição para uma exposição, além de pedir que sejam feitos desenhos ou pinturas dos alimentos. Explique às crianças por que você gosta desses alimentos. É por causa do gosto, da apa- rência, do cheiro ou por que lhe traz lembranças? Incentive as crianças a pensar em seus pratos favoritos e a falar sobre eles com os outros alunos. Mostre fotos de comida de bebê ou o alimento em si se puder. Diga que a papinha de bebê pode ser um dos alimentos favoritos deles. Depois das
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