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RESUMINHO TOP DE BIOCEL ENDOMEMBRANAS Compartimentos intracelulares Compartimentalização de reações bioquímicas Núcleo Citoplasma (Citosol + organelas) Retículos Mitocôndrias (e cloroplastos) Lisossomos, peroxissomos e endossomos Origem evolutiva Duas principais origens: - Endomembranas Organismos procarióticos ancestrais simples Cromossomo aderido a membrana Invaginações Reorganização Interior pode ser semelhante ao exterior - O esquema evolutivo aponta para 4 famílias de compartimentos intracelulares Núcleo e citosol Organelas envolvidas em vias secretoras Mitocôndria Plastídeos (plantas) Sistema de Endomembranas Cisternas, sacos e túbulos Comunicação direta entre si ou mediada vesículas - Cisternas Formação num compartimento doador Fusão com compartimento receptor Transferência de membranas Fracionamento celular Permite purificação e isolamento de organelas e outros componentes das células e tecidos Processo físico pelo qual é usada força centrífuga para separar os componentes em função de seus coeficientes de sedimentação: tamanho, forma, densidade e viscosidade Organelas do sistema de endomembranas Retículo endoplasmático; Aparelho (ou complexo) de Golgi; Lisossomos; Endossomos; Peroxissomos. Retículo endoplasmático Rede interconectada de canais – membrana Formado por cisternas, túbulos e vesículas Compartimentos: Luminal, endoplasmático ou cisternal e citoplasmático ou citosólico Produtos liberados no compartimento luminal -> Aparelho de Golgi (vesículas) -> Fora da célula por exocitose Distribui-se por todo o citoplasma -> núcleo até a membrana plasmática Organela indivisível -> membrana contínua e uma só cavidade Citoesqueleto > mantém seus componentes em posições mais ou menos fixas Importação de proteínas cotraducionalmente (no caso do RER) Dois setores: Retículo Endoplasmático Granular (rugoso): presença de ribossomos sobre seu lado citosólico; Retículo Endoplasmático Agranular (liso): ausência de ribossomos; Setor de transição, em parte liso e em parte rugoso. *REL funções Síntese de lipídeos; Os fosfolipídeos e o colesterol (os principais componentes lipídicos de todas as membranas celulares); Os hormônios esteróides (testosterona e os estrógeno – hormônios sexuais) Metabolismo do glicogênio -> Glicose 6-fosfatase; Última etapa da glicogenólise; Glicose 6 -> fosfato a glicose. Armazenamento de cálcio e regulação do cálcio intracelular. Detoxificação: A via da MEOS (sistema de oxidação microssomal do etanol) é importante durante a ingestão crônica de etanol. Álcool -> acetaldeído e excesso de radicais derivados do oxigênio. Via MEOS altamente estimulada afeta a atividade de detoxificação do hepatócito -> necessita de citocromo P- 450 para a oxidação de várias drogas, toxinas, vitaminas A e D e carcinógenos em potencial. Acúmulo destes produtos é frequentemente tóxico. *RER funções Síntese de proteínas -> translocação cotraducional Aparelho de Golgi Proteoglicanos (em cima) e Oligossacarídeos (embaixo) Posiciona-se entre o RE e a membrana plasmática -> endossomos e lisossomos situados entre a membrana e o aparelho Vesículas transportadoras -> moléculas do RE -> AG -> membrana plasmática No AG -> moléculas sofrem modificações -> atividades Cada dictiossomo: Uma rede cis, formada por numerosos sacos e túbulos interconectados. Uma cisterna cis ligada à rede cis. Uma ou mais cisternas médias independentes -> não ligadas entre si Uma cisterna trans ligada à rede trans Uma rede trans similar à rede cis Face de entrada: rede cis e cisterna cis ->recebe vesículas somente provenientes do RE AGORA EXPLICADO DIREITINHO (OU SEJA NÃO PROVÉM DOS SLIDES): O complexo de golgi é uma organela membranosa que se posiciona entre o retículo endoplasmatico e a membrana celular. Ele é formado por compartimentos ordenados que constituem unidades chamadas de dictiossomo. Cada dictiossomo possui uma rede Cis, uma cisterna Cis, uma cisterna média, uma cisterna trans e uma rede trans. A rede Cis do golgi é uma região voltada para o RE e de fusão das vesículas transportadoras provenientes do RE. A rede trans é voltada para membrana celular e é uma região de saída de vesículas transportadoras que carregam substâncias para outros compartimentos celulares ou para o meio extracelular. *Funções integradas RE e AG Biogênese das membranas biológicas Lipídios de membrana (fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina, fosfatidilinositol, esfingomielina e colesterol) -> RE Glicolípidios (galactorecebrosídeo, glicocerebrosídeo e gangliosídeo) -> AG *Aparelho de golgi: oligossacarídeos Cadeias de oligossacarídeos são processadas no AG Expressivo -> células especializadas na secreção de glicoproteínas Diferenças funcionais: cis, medial e trans Glicoproteínas: Oligossacarídeos complexo; Oligossacarídeos ricos em manose *Aparelho de Golgi: Proteoglicanos Glicosilação: oligossacarídeos N-ligados -> RE Glicosilação: oligossacarídeos O-ligados -> OH de aa polares -> enzimas glicosiltransfera ses -> lúmen do Ag VIAS SECRETÓRIAS – EXOCITOSE Via secretora constitutiva: todas as células -> continuamente -> MEC (via-padrão – sem sinalização) Via secretora regulada: células secretoras especializadas -> estocagem em vesículas secretoras (hormônios, neurotransmissores e enzimas digestivas) -> sinalização para liberação ENDOCITOSE Fagocitose -> grandes partículas -> fagossomos -> macrófagos e neutrófilos Pinocitose -> fluidos e pequenas partículas -> vesículas pinocíticas Vesículas -> endossomos iniciais (moléculas retidas e recicladas) -> M.P) -> outras moléculas -> endossomos tardios -> pH 6 -> início da digestão -> redução do pH -> lisossomos Descarte de partes obsoletas da própria célula Mitocôndrias (10 dias) em células hepáticas -> autofagossomo -> fusão com lisossomos RE liso se prolifera em célula hepática em resposta ao fenobarbital -> remoção por autofagia após remoção da droga Sob condições de baixa disponibilidade de nutrientes -> porções do citosol -> autofagossomos -> digestão -> nutrientes VIAS LISOSSÔMICAS As três vias para a degradação em lisossomos; Os materiais de cada via são derivados de uma fonte diferente; Observe que o autofagossomo possui uma membrana dupla. Lisossomos Bolsas internas que contém enzimas digestivas Hidrolases ácidas -> digestão intracellular Processamento proteolítico -> pH ácido -> H+-ATPase vacuolar Proteção dupla: membrana e poucos danos no pH citosólico Heterofagia: fagocitose = englobamento sólido Pinocitose = englobamento líquido Endocitose = englobamento de um alimento diferente para a digestão; destrói partículas para aproveitar ou expulsar Autofagia: digestão endocelular; come uma parte da própria célula Autólise: lisossomo se parte, acarretando a morte da própria célula *Aparelho de golgi -> lisossomos Hidrolases lisossômicas e proteínas de membrana de lisossomos Síntese: RE Processamento: AG Marcação: manose-6-fosfato (M6P) -> ao longo da rede cis do AG Proteínas receptoras de M6P -> rede trans do AG Revestimento de clatrina -> endossomo inicial -> remoção do M6P MOVIMENTAÇÃO DE PROTEÍNAS Maioria das proteínas (exceto algumas mitocondriais) -> ribossomos -> livres ou ligados ao RE Primeiros passos: ribossomos livres no citosol; União do ribossomo ao RE -> proteína com peptídeo sinal específico para RE -> 30 aa -> extremidade amina ou próximo a ela; Proteínas liberadas no lúmen do RER -> extremidade amina; Proteínas inseridas na membrana do RER -> próximo a extremidade amina + outros sinais (dependente do nº de vezes que a proteína cruza a membrana); Proteínas de passagem única -> sinal de ancoragem. Tipos de transporte - Mediado: Citosol e Núcleo; - Complexos de poro nuclear: Atuam como mediadores seletivos que transportam ativamente macromoléculas específicase complexos macromoleculares; Difusão livre de moléculas menores. - Transporte transmembrana: Proteínas translocadoras transmembrana transportam proteínas através da membrana do citosol para um espaço topologicamente diferente; Citosol para mitocôndria; Geralmente a proteína se desdobra para tal movimentação. - Transporte vesicular: Os produtos transportados estão contidos em uma membrana; Transportam proteínas de um compartimento para outro; Carregam parte do lúmen do doador para o receptor; Movimentação de proteínas de regiões topologicamente idênticas. SEQUÊNCIA SINAL Sinais de endereçamento -> 15-60 resíduos de aa -> N-terminal Peptidases-sinal -> remoção da sequência-sinal da proteína finalizada Sequência-sinal interna -> permanecem na proteína madura TRANSPORTE: CITOSOL -> NÚCLEO Sinais de localização nuclear -> seletividade Localizado em qualquer lugar da proteína Complexos de poro nuclear (NPC) -> perfuram o envelope nuclear Transporte nuclear -> reconhecimento por receptores de importação nuclear Exportação -> subunidades ribossomais e RNA -> sinais de exportação nuclear -> receptores de exportação nuclear Transporte passivo Transporte ativo Sinal de localização nuclear TRANSPORTE: MITOCÔNDRIA/ PLASTÍDEO Membrana dupla -> síntese de ATP -> transporte de elétrons e fosforilação oxidativa Proteínas completamente sintetizadas -> Precursoras mitocondriais Algumas: sequência-sinal - região N-terminal -> Removida por peptidase Maioria: sequênciasinal interna -> não removida TRANSPORTE: CITOSOL -> MITOCÔNDRIA Complexos TOM e SAM: Membrana externa; Citosol -> espaço intermembrana Complexos TIM e OXA: Membrana interna; Espaço intermembrana -> espaço da matriz Sequência-sinal N-terminal -> reconhecimento dos receptores do complexo TOM -> translocação da proteína através do complexo TIM23 A sequência-sinal é clivada por uma peptidase sinal no espaço da matriz TRANSPORTE: CITOSOL -> CLOROPLASTO Pós-traducional -> Complexos de translocação separados em cada membrana Requerem energia Sequência-sinal Nterminal -> removidas por peptidases TRANSPORTE: CITOSOL -> RETÍCULO *Vista simplificada do processo Peptídeo-sinal sai do Ribossomo É reconhecido e direcionado para um translocador A sequência sinal é retirada durante a tradução Chave de ativação do canal Manutenção da barreira de permeabilidade do núcleo *SRP (Partícula de Reconhecimento de Sinal) Sequência-sinal -> guiada para o RE -> partícula de reconhecimento de sinal (SRP) -> receptor SRP na membrana do RE SRP: longa; Envolve a subunidade maior do ribossomo; Bloqueio da síntese; Pausa da tradução; ribossomo liga-se à membrana do RE; Não liberada para o citosol (hidrolases e enzimas lisossomais). *Complexo SRP-ribossomo -> receptor SRP (RE) -> translocador de proteína -> liberação do SRP e receptor *RIBOSSOMO: Ribossomos ligados ao RE: proteínas transportadas ao RE Ribossomos livres: demais proteínas Polirribossomos *Proteína -> poro preenchido por água Poro é bloqueado por uma hélice -> translocador fechado (inerte) Movimentação da hélice -> abertura do translocador Importância: aprisionamento do Ca *Translocadores de proteínas no RE Proteínas do RE Sequência-sinal -> SRP -> RE -> sítio de ligação no poro ->abertura do poro -> apenas proteínas apropriadas ao RE Proteínas de membrana do RE Peptídeo com tamanho adequado -> peptidase-sinal (RE) -> clivagem do peptídeo-sinal -> abertura lateral do poro -> proteases do RE -> aa -> proteínas na membrana Sequência-sinal interna -> SRP -> translocamento -> maior nº de aa carregados (+) antes do núcleo hidrofóbico -> extremidade carboxila no lúmen Sequência-sinal interna -> SRP -> translocamento -> maior nº de aa carregados (+) após o núcleo hidrofóbico -> extremidade amina no lúmen -> apenas após sua completa tradução Sequência-sinal interna -> início da transferência -> sequência de parada -> segunda sequência de início -> reinício do translocamento -> próxima sequência de parada * PROTEÍNAS RESIDENTES NO RETÍCULO Apresentam sinal de retenção no RE -> 4 aa -> região C-terminal; Auxiliam no enovelamento e montagem correta das proteínas encaminhadas ao RE; Proteína dissulfeto-isomerase (PDI): oxidação de grupos sulfidrilas (SH) livres nas cisteínas -> pontes de dissulfeto; Chaperona BIP: previnem dobramento prematuro e incorreto e associação com moléculas inapropriadas; auxiliam a renaturação e corrigem dobramentos incorretos. * GLICOSILAÇÃO DE PROTEÍNAS Adição covalente de açúcares às proteínas -> função do RE; Dolicol -> molécula lipídica que retém o oligosacarídeo precursor; Enzima: oligossacaril-transferase -> transferência en bloc -> Nacetilglicosamina, manose e glicose -> 14 açúcares -> asparagine; Marca o estado de enovelamento proteico; Protege a proteína de degradação; Retém proteínas incompletas no RE; Direciona proteína ao destino; Proteínas enoveladas inadequadamente -> do RE para o citosol -> degradação *RETROTRANSLOCAÇÃO As proteínas solúveis mal-enoveladas no lúmen do RE são translocadas de volta para o citosol, onde são desglicosiladas, ubiquitinadas e degradadas; As proteínas de membrana malenoveladas seguem uma via similar, sendo exportadas através do mesmo tipo de translocador que medeia sua importação TRANSPORTE VESICULAR Marcadores moleculares -> superfície citosólica da membrana -> sinais de orientação para o tráfego -> fusão das vesículas Brotamento -> vesículas revestidas -> descarte do revestimento -> fusão Proteínas específicas -> seleção das moléculas para transporte Modela a vesícula Vesículas revestidas de clatrina Vesículas revestidas de COP I Vesículas revestidas de COP II Clatrina: material provindo da M.P e entre os compartimentos endossômicos e de Golgi COPII: brotam do RE COPI: brotam do AG Proteína clatrina: três cadeias polipeptídicas grandes e três pequenas -> três pernas -> trisquélion Trisquélions -> rede convexa de hexágonos e pentágonos (cesto) -> fossas revestidas Proteínas adaptadoras: 2ª camada de revestimento Broto de revestimento -> dinamina (citoplasmática) -> montagem (anel) ao redor do pescoço Domínio de ligação a PIP2(4,5) -> ancora a proteína -> Domínio GTPase -> frequência de liberação das vesículas Após liberação da vesícula -> revestimento é perdido -> PIP-fosfatase -> esgota PIP2(4,5) -> enfraquec GTPases recrutadoras de revestimento > asseguram o tráfego (inativas – ligadas a GDP) Montagem dos revestimentos de clatrina sobre endossomos Montagem dos revestimentos de COPI e COPII sobre as membranas de Golgoi e RE Incluem: Proteínas Arf – COPI e clatrina Proteínas Sar1 – COPII GEFs: fatores de troca de nucleotídeo de guanina -> ativam a troca de GDP por GTP GAPs: proteínas ativadoras de GTPase -> inativação -> hidrólise de GTP imento da ligação das proteínas adaptadoras Sar1 é uma GTPase recrutadora de revestimento. Fatores de troca de nucleotídeo de guanina (GEF) ligam-se a GDP, inativa, determinando que Sar-1 libere GDP e ligue GTP. Uma mudança em Sar1 expõem uma hélice anfipática, a qual se insere na camada citoplasmática da membrana do RE, iniciando o processo de curvatura da Sar1 ligada a GTP liga-se a um complexo de duas subunidade de proteínas COPII (sec23/sec24). Ocorre recrutamento de subunidades de COPII para a membrana, formando um broto. A hidrólise do GTP ligado determina a mudança de conformação de modo que a cauda hidrofóbica solte-se, fazendo com o que revestimento da vesícula se desmonte. Vesículas com marcadores de superfície -> membranas com receptores específicos complementares Proteínas Rab: Direcionam a vesícula aos locais específicos; São GTPases Inativas – ligadas a GDP e solúveis no citosol Ativas – ligadas a GTP e associadas à membrana de uma organela ou vesícula -> efetores de Rab-> facilitam o transporte vesicular Proteínas SNARE: aprisionamento e fusão das vesículas Aprisionamento de uma vesícula à membrana-alvo. As proteínas efetoras de Rab interagem via proteínas Rab ativas (Rab-GTP), localizadas na membranaalvo, na membrana da vesícula ou em ambas, para estabelecer a primeira conexão entre duas membranas que irão fundir. A seguir, proteínas SNARE sobre as duas membranas pareiam para ancorar a vesícula à membrana-alvo e catalisar a fusão de duas bicamadas lipídicas justapostas. TRANSPORTE EM QUANTIDADE O transporte através das membranas pode ser dividido em dois tipos: - transporte ao nível molecular (íons e pequenas moléculas); -transporte em quantidade (grandes quantidades de material); Transporte ao nível molecular As membranas possuem permeabilidade seletiva, importante para manter as condições intracelulares satisfatórias, uma vez que a diferença entre o MEC e o MIC é grande. Pequenas moléculas não carregadas difundem-se através da membrana, enquanto moléculas grandes e partículas carregadas (como íons) não conseguem fazer o mesmo. Esse tipo de transporte pode ser do solvente ou do soluto. Transporte de Solvente (Água) - Difusão Osmótica Se dá do meio menos concentrado (mais diluído) para o mais concentrado (menos diluído). Esquematicamente: O transporte de solvente também pode acontecer por aquaporinas, que são proteínas transmembrana que atuam como poros. Esse tipo de transporte é mais rápido que a osmose. Transporte de Soluto As várias moléculas apresentam diferentes coeficientes de permeabilidade através da membrana. A velocidade do transporte é diretamente proporcional à concentração de soluto na solução. O que atravessa e o que não atravessa a membrana? - Atravessam: > moléculas hidrofóbicas > moléculas pequenas não carregadas polares - Não atravessam: > Íons > Moléculas grandes e não carregadas polares O transporte pode ocorrer a favor do gradiente de concentração, com baixo gasto energético, ou contra o gradiente de concentração, com alto gasto energético.. O transporte de soluto pode ser por: Difusão simples: É o transporte a favor do gradiente de concentração. As moléculas passam através da bicamada. Ocorre com gases, moléculas hidrofóbicas ou moléculas polares pequenas. Obedece a Lei de Fick: a velocidade da difusão simples é diretamente proporcional à concentração de soluto. O que impulsiona o transporte é o próprio gradiente químico. Difusão facilitada: Ocorre com moléculas polares grandes ou moléculas carregadas e íons. É mediada por canais iônicos (canais protéicos aquosos): são proteínas canais, abundantes em tecidos excitáveis. O canal é específico do íon (Na+, K+, Cl-, etc), determinado geneticamente. Esses canais não ficam permanentemente abertos. Abrem-se apenas transitoriamente, para manter a concentração celular estável. Para abrir, recebem certos tipos de estímulos, que podem ser: - moléculas químicas: mediadores químicos , hormônios, etc. Os canais são chamados porta-ligando. - sinais elétricos: cargas elétricas, diferença de voltagem. Os canais são chamados porta-voltagem. - estímulos mecânicos: com o toque de algo. A energia para esse transporte pode ser obtida pelo gradiente químico (agitação dos íons), segundo a Lei de Fick, ou pelo gradiente elétrico (repulsão dos íons), segundo a Lei de Du Fay. Difusão Facilitada - a favor do gradiente - impulsionada pelos gradientes Difusão facilitada mediada por translocadores É um tipo de difusão mediada por proteínas, chamadas genericamente de tranlocadoras, carreadoras, carreases ou permeases. Essas proteínas são extremamente específicas para seus solutos, como enzima e substrato. A ligação do soluto promove uma transformação de conformação, permitindo a passagem do soluto para o outro lado da membrana. O transporte pode ocorrer tanto de fora para dentro como de dentro para fora, e tal fênomeno recebe o nome de "pingue-pongue". Pode ocorrer de duas maneiras: - uniporte: Apenas uma molécula por vez é transportada. - co-transporte: Mais de uma molécula é transportada de uma vez. Pode ser: > simporte - mesmo lado no transporte > antiporte - lados contrários no transporte Nesse tipo de transporte, o íon transportado junto com a molécula dirige o movimento. Ele sempre vai a favor do seu gradiente de concentração, e co-transporta uma molécula contra o seu gradiente. Exemplos - A glicose entra nas células absortivas intestinais por simporte dirigido pelo sódio. - O HCO3- do sangue entra nas células sanguíneas (para controle do pH) por antiporte dirigido pelo íon cloreto. Transporte Ativo (primário) Ocorre contra o gradiente elétron-químico. Necessita de uma quantidade grande de energia, que provém da hidrólise de ATP. "Bombas de íons" São os sistemas moleculares de membrana que, com a ajuda de translocadores, transportam íons contra o gradiente de concentração. Exemplos: - bomba de Na+/K+ ATPase K+: principal íon extracelular - entra Na+: principal íont intracelular - sai Antiporte assimétrico, pois ocorre com 3Na+ para dentro e 2 K+ para dentro. Serve para auxiliar a passagem dos impulsos nervosos e a contração muscular. - bomba de H+ / ATPase Ajusta o pH do sangue. - bomba de K+/H+ ATPase - bomba de Ca++/ ATPase Canais vazantes (Leak channels) São os canais iônicos pelos quais íons em excesso "extravasam pela membrana". Ocorre a favor do gradiente de concentração (transporte ativo indireto). Transporte Ativo Primário -> transportadores específicos - ATPases. Transporte Ativo Secundário -> utiliza energia dos gradientes. Transporte em quantidade O transporte em quantidade pode também ser chamado de transporte de massa ou em bloco. Pode ser de fora para fora para dentro (endocitose) ou de dentro para fora (exocitose): - Endocitose > Fagocitose > Macropinocitose > Micropinocitose (ou endocitose mediada por receptores) - Exocitose Fagocitose É um processo de macrotransporte, que envolve emissão de pseudópodes. As principais células que realizam a fagocitose no organismo humano são os macrófagos e os eosinófilos. São chamadas de "células fagocitárias profissionais". Acontece assim: os antígenos são reconhecidos pelo corpo devido aos anticorpos que a ele estão acoplados. O glicocálice reconhece a porção Fc do anticorpo e envolve o antígeno, formando a vesícula de internalização. A fagocitose também ocorre por estímulos mecânicos. Fatores de complemento -> são estruturas (proteínas) que auxiliam na defesa, ligando-se ao corpo estranho. Clasmocitose - fagossomo + lisossomo -> fagossomo - eliminado da célula Sistema comum em protozoários, raro em humanos. Autofagia Remoção de organelas e estruturas pelos lisossomos. Há mecanismos de escape da fagocitose, como: - Bacilo de Tuberculose: impede fusão de lisossomas e fagossomas. - Tripanosoma da Doença de Chagas: digere a membrana que a envolve. Macropinocitose É o englobamento de células próximas a meios líquidos. Exemplo de células que realizam esse tipo de transporte são as células do endotélio dos testículos. Há o recolhimento de material em solução, sem reconhecimento. Não é específico e ocorre grande entrada de água na célula. Pode ocorrer de fora para dentro (nutrientes) ou de dentro para fora (excretas). Micropinocitose É o englobamento de partículas de pequenas dimensões. Vantajosa para células afastadas do meio aquoso. Pode acontecer de duas maneiras: - inespecífica: a célula capta pequenas quantidades de material extracelular sem reconhecimento. É como se a célula ficasse constantemente "sugando" o meio. Ocorre na maioria. - específica: é mediada por receptores, que reconhecem determinados compostos e fazem a endocitose de acordo com as necessidades do tipo celular. Micropinocitose específica Acontece segundo os seguintes passos: 1) Contato do composto com os receptores 2) Reconhecimento 3) Invaginação localizada da membrana, auxiliada por clatrinas - proteínas solúveis do citoplasma que se polimerizam em estímulo ao início da macropinocitosee formam redes hexagonais que revestem a vesícula micropinocítica, dando sustentação e facilitando o processo de entrada na célula. Também servem de ancoragem ao citoesqueleto. 4) Fusão das MB. Requer temperatura, Ca++ e proteínas fusiogênicas 5) Cisão da vesícula, com a MB (proteína dinamina) *Importânca: há captação de compostos específicos sem internalização de grande quantidade de água. Modelo clássico: endocitose da LDL (low density lipoproteins) Além do colesterol, captação de muitos outros metabólitos essenciais como ferro e vitamina B12. Digestão intracelular - Sistema Endossômico-Lisossômico Endossomo primário - jovem (mais próximo da membrana) Endossomo secundário - madura (perinuclear, afastado da membrana) Para que ocorra a digestão, o material deve perder as redes de clatrina. Passos: O pH do interior do endossomo 1ªrio é reduzido, fazendo com que as ligações proteicas se soltem e o que foi micropinocitado fica solto dentro do endossomo. A vesícula com o material de interesse forma o endossomo secundário e, após modificações, há a fusão com enzimas hidrolíticas vindas do complexo de Golgi. A fusão dessas duas vesículas forma o lisossomo, onde ocorre a degradação do material. Se não perder as clatrinas, pode ocorrer: - Armazenamento -> uso posterior. - Transcitose -> o material é levado de uma célula para outra, com o revestimento de clatrina. Doenças de armazenamento ou depósito; Doenças de arrebentamento de membranas endossômicas Problemas motores, de desenvolvimento e mentais; Problemas respiratórios e funcionais de pulmão.
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