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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA FACULDADE DE PSICOLOGIA EDUARDA VENDRAMINI MOMESSO ISABELI KAORI KIRIHARA LARA NININ GIESE INTELIGÊNCIA LINGUÍSTICA CAMPINAS 2017 EDUARDA VENDRAMINI MOMESSO ISABELI KAORI KIRIHARA LARA NININ GIESE INTELIGÊNCIA LINGUÍSTICA Relatório apresentado à disciplina Fenômenos e Processos Psicológicos B, da Faculdade de Psicologia do Centro de Ciências da Vida, como parte das atividades de laboratório exigidas para aprovação. Responsáveis pela disciplina: Prof.ª. Dra. Amanda Muglia Wechsler Monitores: Maria Eduarda Martins e Isabelle Paiva PUC-CAMPINAS 2017 INTRODUÇÃO A inteligência pode ser entendida com a capacidade de pensar racionalmente, agir com um propósito e lidar de forma natural com o meio ambiente. O seu significado é atribuído através de capacidade, alto nível de adaptabilidade ao ambiente e suas mudanças, de aprender pela experimentação, por meio da habilidade de solucionar problemas, e gozar dos conhecimentos para garantir adaptação de novos acontecimentos. A inteligência é entendida ainda como a capacitação de planejar, raciocinar, pensar abstratamente, compreender ideias complexas e aprender rapidamente (MYERS, 2014). Ainda que haja autores que buscam uma definição para tal capacidade cognitiva é difícil utilizar uma única interpretação destacada para delinear o que é inteligência. Alguns frisam a competência social do indivíduo, entendendo por ser aqueles que conseguem solucionar problemas mediante a sua cultura alguém mais apto, e essa definição é muito particular, já outros dão ênfase na aquisição dos conhecimentos e em sua aplicação, concluindo que a definição dessa capacidade é relativa e depende da cultura à qual o individuo é inserido (DAVIDOFF, 2001). A avaliação da inteligência surgiu a partir da sociedade ocidental, que eram herdeiras do individualismo de Platão, seu pensamento era baseado na seguinte proposição ‘’duas pessoas jamais nascem exatamente iguais, mas uma difere da outra em dotações naturais, sendo a primeira propensa a uma ocupação e a segunda, a outra’’ (MYERS 2014, p. 563). Entretanto, as pessoas sempre obtiveram a curiosidade a respeito de como e por que os indivíduos se diferenciam em habilidades mentais, e então, a primeira tentativa se deu por Francis Galton, que tinha interesse na diversidade do ser humano e no papel da genética na criação dessas diferenças. Galton era primo de Charles Darwin, e se impressionou ao perceber que algumas famílias tinham mais gênios do que as outras, e começou a pensar na proposta de um gene superior. No final do século XIX, Francis Galton montou um laboratório com fins de medir as capacidades intelectuais e a partir disso observou que existiam pessoas com incapacidade mental, exibindo problemas motores e perceptivos, e então o mesmo concluiu que a mediação das funções sensoriais e motoras poderiam oferecer um bom índice do intelecto, e assim ele fez vários experimentos a respeito de habilidades como acuidade de visão e audição. Portanto, essas medições dos testes sensoriais e motores não possuem uma boa correlação com as notas escolares e práticas inteligíveis, por isso que no início do século XX, esse método foi rejeitado (MYERS, 2014). Outro teórico que seguiu a linha de pensamento de Galton foi Alfred Binet, um pesquisador francês que junto com seus colaboradores realizaram testes sensório motores, porém, eles perceberam que tais avaliações não funcionavam mais, e começaram a determinar suas pesquisas em habilidades cognitivas - memória, atenção, julgamentos estéticos e morais, pensamentos lógicos, compreensão de sentenças- para mensurar inteligência. Em 1904 Binet foi convocado a fazer parte de uma comissão governamental para estudar problemas do ensino em crianças com retardo mental, ele e seu grupo começaram a realizar pesquisas para distinguir crianças que poderiam usufruir do ensino regular e quais precisariam de uma educação especial, o desempenho testado foi a Escala Binet-Simon (recebeu o nome Simon, pois ele desenvolveu com seu colaborador Theodore Simon). Nessa avaliação a criança realizava o teste individualmente, e seus resultados eram atribuídos a um nível mental, que significava o valor de sua idade mental, sendo assim, a idade cronológica não era a mesma que a idade mental. Binet dizia que seus testes eram imperfeitos, pois acreditava que as tarefas em si não tinham importância, e o que realmente era relevante era identificar estudantes com necessidades escolares similares (DAVIDOFF, 2001). Alfred Binet, não era favorável a classificar cada pessoa pelo resultado do teste e utilizar números para descrever seu desempenho, quando a criança apresentava escore baixo, ele recomendava uma ‘’ortopedia mental’’ que auxiliava no melhoramento da criança, para desenvolver atenção e autodisciplina, chegou a esta conclusão pois não acreditava que os testes mediam uma inteligência inata, a sua única intenção era detectar estudantes franceses que necessitava de atenção especial. Ele temia que seu teste fosse usado para colocar um rótulo sobre as crianças limitar sua vida escolar e outras oportunidades envolvidas (MYERS, 2014). Em 1916 o psicólogo Lewis Terman, que trabalhava na Universidade de Stanford, revisou os testes de Binet, que ficou conhecido como Stanford-Binet. Quando ocorreu a divulgação dos testes, Terman denominou essa contagem como quociente de inteligência (QI), que se consistia em um resultado que demonstrava o desempenho de um indivíduo no teste realizado, comparando os resultados de pessoas da mesma faixa etária. Os testes eram calculados da seguinte maneira: idade mental dividida pela idade cronológica, multiplicada por cem. A partir desse fato o governo dos Estados Unidos passou a criar novos testes para a avaliação de imigrantes recém-chegados na primeira guerra mundial, e com isso, alguns psicológicos fizeram críticas, por afirmarem que os resultados dessas avaliações só comprovariam a inferioridade daqueles que não compartilhavam a nacionalidade anglo-saxão (DAVIFOFF, 2001). Binet ficaria indignado com as novas adaptações de seu teste e as conclusões que esses testes resultaram (ATKINSON, 2002). As ideias expostas por Terman foram aplicadas universalmente por serem consideradas práticas, alguns cientistas sociais questionam a escala Stanford-Binet e outros tentaram aperfeiçoá-la pela criação de novos instrumentos. Já alguns psicólogos para economizar tempo e investimentos, começaram a aplicar os testes em grupos (DAVIDOFF, 2001). Porém hoje pode-se entender a inteligência como um conceito construído socialmente, sendo assim, as culturas concebem “inteligentes”, aqueles que apresentam qualquer atributo que possibilite o conceito de sucesso nessas mesmas sociedades. Em meio a tantos tipos de definições de inteligência existem muitas controvérsias sobre essa definição, centralizando-se em duas questões principais: O primeiro questionando a existência de uma inteligência geral única ou como algo mais amplo, descrita como um conjunto de habilidades mentais diferentes. Já o segundo questionamento é em relação a medição da inteligência, restringindo a sua definição às habilidades mentais medidas pelo teste de QI e outros testes de inteligência, ou mais uma vez, a inteligência deveria ser definida de forma mais ampla. E esses temas são discutidos por décadas, porém estão longe de serem resolvidos (MYERS, 2015). São destacadas as posições de quatro psicólogos influentes sobre essas questões. A primeira teoria, como uma habilidade geral única, tem como autor principal Charles Spearman, o criador dessa teoria, acreditava em um fator comum, ou uma capacidade mental geral que está centrada nas habilidades mentais, ou seja, que todos possuem uma inteligência geral. Spearman concordava que os resultados de um individuo variavam em testes de habilidades mentais diferentes, porém também descobriu que a tendência dos resultados emtestes diferentes também era semelhante. Concluindo, as pessoas que tinham determinado resultado positivo ou negativo em determinada habilidade medida pelo teste também apresentada resultado positivos ou negativos igualmente em outros testes. Reconhecendo assim que os indivíduos podem apresentar resultados extremos em determinada habilidade, o que será chamada de fator g (MYERS, 2015). Mas a ideia de que uma única capacidade mental geral expressada em uma pontuação de inteligência não foi o suficiente para medir um conjunto de habilidades. E a teoria de Spearman foi controversa na época pelo psicólogo Louis Leon Thurstone. Percebeu que havia um problema na mensuração da atitude do fator g e se propõe a estudá-lo. Aplicou 56 testes diferentes, identificando sete tipos de “habilidades mentais primárias”: fluência verbal, compreensão verbal, habilidade espacial, velocidade perceptiva, habilidade numérica, raciocínio indutivo e memória. Cada uma sendo um elemento relativamente independente. Com isso, sua pesquisa não classificou os participantes com uma escala geral de inteligência, como propunha Spearman com o fator g. Com tudo, posteriormente, outros psicológicos constataram nos perfis dos participantes que ainda assim havia uma tendência persistente: aqueles que se sobressaia em um dos sete agrupamentos de Thurstone no geral, tinham bons resultados nos outros também. Sendo assim, impossível descartar a existência de um fator g (STERBERG; KAUFMAN, 1998). Com os avanços acadêmicos sobre Inteligência de Spearman e Thurstone, pesquisadores assumiram que mesmo que os resultados dos testes fossem explícitos ao que todos que tinham bons resultados em um, a tendência era de terem bons resultados em outros, e que esse tipo de padrão de inteligência subjacente viria de habilidades aprendidas com o tempo. Com isso, mais recentemente, Howard Gardner expandiu a noção básica de inteligência de Thurstone como habilidades mentais diferentes que operam imediatamente, ampliando a definição de inteligência e que essas habilidades interagiam e se alimentavam uma as outras (LINDA, 2001). Realizando uma analise contraria ao que vinha sendo feito, Gardner observou os vários tipos de habilidades que são valorizados em determinadas culturas diferentes. Além disso, também analisou e estudou pessoas que apresentavam lesões cerebrais, podendo assim perceber que algumas capacidades mentais são mantidas intactas, independente dessa lesão, e que outras se perdem, pois depende da área em que foi afetada pela lesão e se a mesma interfere em determinada habilidade (HOCKENBURY, D. H.; HOCKENBURY, S. E., 2003). Ele considerava que os testes de inteligência só mediam um determinado tipo de inteligência. Seus estudos foram baseados em pessoas que tinham habilidades escassas e outras com habilidades excepcionais, como pessoas com síndrome de savant (condição na qual uma pessoa por um lado é limitada em habilidades mentais, mas apresenta uma excepcional competência específica, tal como cálculos ou desenho) e com danos cerebrais (LINDA, 2001). Para Gardner esse fenômeno é o resultado de habilidades mentais biológicas distintas e controladas por partes diferentes do cérebro. Assim como Thrustone, ele acreditava que tais habilidades mentais são independentes uma das outras, e não podem ser precisamente refletidas em uma única medida de inteligência. Em vez de uma inteligência geral, considera “inteligências múltiplas” como a definição mais ampla e completa para descrever as capacidades de solucionar problemas ou criar produtos novos e que são valorizados em um ou mais grupos culturais. Dessa forma, deve-se definir inteligência de acordo com o contexto sociocultural (HOCKENBURY, D. H.; HOCKENBURY, S. E., 2003). Com essas evidências, Gardner argumenta que não há apenas uma inteligência, mas sim inteligências múltiplas, propondo e classificando-as em sete: linguística, lógico-matemática, musical, espacial, corporal-cenestésica, intrapessoal e interpessoal. Essas inteligências trabalham em paralelo e não se compensam, para Gardner, não se sabe se as qualidades ou deficiências serão encontradas em outras áreas. O fator g, exposto por Spearman, ainda está presente no sentido em que mesmo com as diversas inteligências de Gardner, ainda assim é possível se ver esse fator tácito nas habilidades, porém, sem dizer muito sobre elas. Algumas das habilidades enfatizadas por Gardner, como a inteligência lógica-matemática, podem ser identificadas por teste-padrão de inteligência. Porém outras habilidades como a inteligência cenestésico-corporal ou inteligência musical, não conseguem ser percebidas em testes convencionais, mas ainda são inteligências reconhecidas e valorizadas em muitas culturas (MYERS, 2015). Um dos autores que concordava com Gardner, no aspecto de que a inteligência é uma qualidade muito mais ampla do que é refletida no espectro restrito das habilidades mentais medidas pelos testes de QI convencionais foi Robert Sternberg Autor da teoria da Inteligência Triárquica. Mas ainda assim havia divergências entre ambos, pois Sternberg não concordava com Gardner quanto à noção de inteligências múltiplas. Considerando que algumas das inteligências de Gardner são descritas melhor como talentos e não como inteligências. Entendendo que talento é algo mais especifico e inteligência algo mais geral. O objetivo de Sternberg ao criar sua Teoria da Tríade de Inteligência é enfatizar aspectos universais da inteligência, tornando sua teoria menos subjetiva e mais ampla, atendendo a todas as culturas e sociedades, propondo assim uma nova concepção de inteligência chamada de inteligência bem-sucedida, delineando assim três categorias distintas de habilidade mentais: analítica, criativa e prática. Assim como o próprio nome diz, a Inteligência Analítica deve respeito aos processos cognitivos utilizando do conhecimento e aprendizagem como fonte para solucionar problemas, resoluções de e escolhas de estratégias para tais problemas. E ainda que os testes de inteligência consigam medir a capacidade mental, esses testes não são aptos a avaliar as estratégias que foram aplicadas para solucionar tal problemática. E se não é possível mensurar através dos testes essa habilidade não há como medir tal inteligência por meio dos mesmos, o que para Sternberg era importante para determina-la. Já a Inteligência Criativa, assim chamada por Sternberg como a segunda habilidade, tem como características lidar com situações novas usando as habilidades já existentes na bagagem de conhecimento. Nesse momento, o que representa é se a pessoa consegue perceber em vivências passadas a mesma experiência e reproduzir em novas situações, que na maioria das vezes exige a capacidade de encontrar maneiras diferentes ou incomuns para relacionar tal vivencia passada com uma nova. E a terceira, porém não menos importante, é a Inteligência Prática, que envolve habilidades de adaptação ao meio, chamada de “universidade da vida”. Percebendo que esse comportamento depende muito da situação em que o individuo está alocado no determinado momento (HOCKENBURY, D. H.; HOCKENBURY, S. E., 2003). Visando os estudos de habilidades múltiplas, a inteligência ganhou uma nova categoria relacionada à criatividade - que é a habilidade de gerar ideias novas e valiosas, sendo necessário um certo nível de aptidão para estimular essa criatividade. Sternberg identificou cinco componentes da criatividade: Expertise, uma base bem desenvolvida de um conhecimento específico proporciona ideias novas; Competências de pensamento imaginativo, fornece a habilidade de ver as coisas de outros ângulos e maneiras, reconhecer padrões e fazer conexões; Personalidade ousada, busca novas experiências; Motivação Intrínseca, ser motivado mais pelo interesse, satisfação e pelo desafio do que por pressões externas (pessoas criativas, concentram-se menos em motivadores extrínsecos, como cumprir prazos ou ganhar dinheiro do que prazer de fazer o trabalho em si); Ambiente criativo, que desperta e apoia ideias criativas.Ambientes que promovem a criatividade muitas vezes favorecem a contemplação (GLEITMAN, 2009). Outra maneira de ampliar o conceito de inteligência foi à proposta do psicólogo Edward Thorndike, em 1920, que envolve a hipótese da Inteligência Emocional - capacidade de entender as próprias emoções e as das outras pessoas, e também a capacidade de controlar as próprias emoções quando necessário. A ideia de inteligência emocional pode parecer um paradoxo, com base na visão comum de que as emoções atrapalham a capacidade de pensar de forma clara. Entretanto, a emoção desempenha um importante papel de orientar a capacidade de resolver problemas e tomar decisões, como também atua no papel de orientar a emoção e a cognição (GOLEMAN, 1995). A ideia de inteligência emocional caiu na mídia e na literatura popular e, como resultado, foram propostas diversas hipóteses que não têm amparo das evidências. Todavia, a inteligência emocional parece ser importante para muitos aspectos do funcionamento cotidiano, pode ser mensurado e é mais uma maneira em que as pessoas diferem em sua competência intelectual (WEITEN, 2001). Ao longo da introdução, foram apresentados tipos diferentes de concepções de inteligências e seus testes. Voltando novamente a Howard Gardner com sua teoria das inteligências múltiplas, sua teoria visa que essas inteligências são uma visão pluralizada da mente, tendo muitas facetas diferentes e separadas da cognição, reconhecendo que as pessoas têm formas diferenciadas de resolver tipos de problemas e estilos cognitivos contrastantes. O autor propôs sete tipos de inteligência: a inteligência linguística, a inteligência lógico-matemática, a inteligência visoespacial, a inteligência musical, a inteligência corporal-cinestésica, a inteligência interpessoal e a inteligência intrapessoal. A teoria das inteligências múltiplas pluraliza o conceito tradicional de inteligência, que consiste na definição operacional como a capacidade de responder a itens de um teste de inteligência. Segundo Gardner, uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes para um determinado ambiente cultural. Cada uma dessas inteligências deve ter um conjunto de operações identificáveis para que possa contribuir para a solução de um problema apresentado ao indivíduo. Cada inteligência é como se fosse um sistema computacional com base neural e deve ser ativada por um certo tipo de informação vinda tanto internamente quanto externamente. Por exemplo, a informação que ativa a inteligência musical é a sensibilidade para ouvir notas musicais, do mesmo modo que para a inteligência linguística é a sensibilidade aos aspectos fonológicos da língua (GLEITMAN, 2009). Cada uma dessas inteligências compõem a personalidade do indivíduo, tendo suas características definidas por Gardner. A inteligência musical, consiste em uma habilidade sensitiva para sons e ritmos; a inteligência corporal-cinestésica se caracteriza pelo controle motor do corpo; a lógico-matemática é frequentemente rotulada como “pensamento científico”, pois compactua características de dedução, observação, raciocínio lógico e processamento e resolução de problemas de modo rápido; a inteligência linguística se atribui a uma área específica do cérebro chamada Área de Broca, onde é responsável pela produção de sentenças gramaticais; a inteligência visoespacial é a noção do sistema notacional de onde o indivíduo se encontra; a inteligência interpessoal corresponde a inteligência emocional, em que o indivíduo tem a capacidade de socialização e entendimento de terceiros; e pôr fim a inteligência intrapessoal visa o conhecimento dos aspectos internos de uma pessoa: o acesso ao sentimento da própria vida, à gamas das próprias emoções e orientar o próprio comportamento (MYERS, 2014). Dando ênfase na Inteligência Linguística, a qual este trabalho remete, amplia-se o espectro da teoria de Gardner no qual tal inteligência é fundamental não apenas para a comunicação mas também para a formação do pensamento. Em sua obra principal aplicada a este conceito, “Estrutura da Mente – A Teoria das Inteligências Múltiplas”, no capitulo que remete a tal habilidade, é observado alguns aspectos centrais da Inteligência Linguística. Podendo observar características tais como: Sensibilidade ás nuances dos significados das palavras, e também, quais significados essas mesmas palavras abrigam no contexto, demonstrando o máximo de identidade com as emoções aplicadas. Para entender e interpretar os significados ou conotação das palavras e seu contexto é preciso antes analisar a Semântica, dando universalidade ao sentido da linguagem, Gardner traz como exemplo alguns poemas e os respectivos poetas e então é possível observar uma relação entre a lógica de um poeta e a de um cientista no que se diz respeito as “leis” que implicam no resultado final em ambos. Entretanto outro domínio da linguagem influente para atribuir tal capacidade é a Fonologia aguçada para os sons das palavras e sua fonética e musicalidade, gerando a partir dessas palavras associações automáticas de uma habilidade auditiva e também visual. Além desses dois tópicos antes mencionados, a Sintaxe rege as regras e atribuem ordem ás palavras e suas inflexões. Mas não são apenas poetas e escritores que tem habilidade linguística, aprimorando assim outras conotações as quais a linguagem pode ser inserida. Destacando quatro aspectos importantes do conhecimento linguístico para o uso na sociedade humana. Iniciando com os Aspectos Retóricos da linguagem, denominado assim pela habilidade de usar a linguagem para atingir o convencimento dos demais para determinado fim. Bem empregada em perfis de líderes por exemplo. Um segundo aspecto é o Potencial Mnemônico da Linguagem, designado á capacidade de lembrar informações. Como por exemplo para recordar coordenadas de orientação, regras de um jogo ou manual de instruções. O terceiro aspecto da linguagem tem correlação com a capacidade de repassar conhecimentos ou abordar explicações de um determinado assunto. Concluindo assim que grande parte do processo de aprendizagem, de forma universal, é atribuído através da linguagem, podendo assim transmitir conceitos das demais áreas do conhecimento. E o quarto e ultimo aspecto é o Potencial Metalinguístico, podendo demonstrar e refletir a linguagem através da própria linguagem, assim obtendo um entendimento mais sólido do que é a linguagem e sua funcionalidade, bem como seu papel empregado na realidade das atividades humanas. Ainda que a linguagem seja capaz de disseminar seu entendimento através de gestos e da escrita, seu principal meio de produto permanece no trato vocal, interligando assim as capacidades auditivas e visuais para uma representação mais ampla na comunicação humana. A compreensão do desenvolvimento da linguagem humana portanto estão intimamente ligada a linguagem humana e o trato auditivo-oral. Assim como pode-se perceber a capacidade de compreender a linguagem não só apenas em sua organização anatômica mas também na flexibilidade e variedade de formas com que cada cultura explora o legado linguístico com o pressuposto de comunicar-se e expressar-se com o outro. (GARDNER, H., 1994) OBJETIVOS - Avaliar e comparar o perfil dos participantes quanto às inteligências múltiplas, sendo ela: linguística, lógico-matemática, viso espacial, corporal cinestésica, musical, intrapessoal, interpessoal, a partir dos resultados obtidos pelo Inventário de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner; - Elaborar sete diferentes instrumentos para avaliar o desempenho dos participantes quanto aos sete tipos de inteligências múltiplas; - Comparar o desempenho dos participantes a partir da aplicação do instrumento elaborado por cada grupo; - Comparar os resultados obtidos pelo experimento com a literatura. MÉTODO 3.1 Parte 1 - Inventário de Inteligências Múltiplas de Gardner 3.1.1 Situação Na primeira experimentação, realizada no dia 2 de Maio de 2017, a sala se encontrava em ordeme todos os participantes sentados nas carteiras ao redor da sala de aula. A aplicadora do teste se encontrava sentada em sua mesa, que se localizava ao centro da sala de aula. Não houve interferências externas. 3.1.2 Participantes P1 – A. S. S., 38 anos, sexo masculino P2 – A.L., 21 anos, sexo masculino P3 – B.F., 19 anos, sexo feminino P4 – C.C., 20 anos, sexo feminino P5 – C.P.S., 19 anos, sexo feminino P6 – E.V., 17 anos, sexo feminino P7 – F.L., 20 anos, sexo feminino P8 – G.V.D., 35 anos, sexo masculino P9 – I.C., 19 anos, sexo feminino P10 – I.K.K., 18 anos, sexo feminino P11 – J.G.M.C., 21 anos, sexo masculino P12 – L.N., 21 anos, sexo feminino P13 – L.S.P., 18 anos, sexo masculino P14 – L.E.G.S, 26 anos, sexo masculino P15 – L.S.C., 18 anos, sexo feminino P16 – L.M.J., 20 anos, sexo feminino P17 – M.A.R.C.M., 21 anos, sexo masculino P18 – M.F., 18 anos, sexo masculino P19 – M.C., 33 anos, sexo feminino P20 – M.C., 20 anos, sexo feminino P21 – N.A.G., 22 anos, sexo feminino 3.1.3 Materiais - Caneta - Inventário de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner (ANEXO A) 3.1.4 Critérios de Correção O Inventário de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner foi “corrigido” pelo experimentador, em que ia falando quais “questões” eram de qual inteligência. E por fim, os participantes somaram seus pontos, de cada inteligência de Gardner. 3.1.5 Procedimento Para a primeira experimentação, inicialmente o experimentador aplicou o Inventário de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner no grupo de participantes. No segundo momento, foram apresentados pelo experimentador, os critérios de avaliação do instrumento e posteriormente cada participante corrigiu as suas respostas e obteve seu perfil quanto aos sete tipos de inteligência. A partir dos resultados obtidos por cada participante foi realizado na lousa uma tabela com a pontuação dos participantes e com as médias obtidas por cada tipo de inteligência. 3.2 Parte 2 - Teste de Inteligência Linguística elaborado pelo grupo. 3.2.1 Situação Neste segundo experimentação o instrumento aplicado foi elaborado pelo grupo, que foi de Inteligência Linguística, foi aplicado no dia 16 de Maio de 2017. O laboratório em que o ambiente foi realizado tem o formato retangular, iluminação estilo industrial, com luzes brancas, com uma mesa retangular na qual a professora estava sentada, e várias carteiras em forma de roda ao redor da sala, onde estavam sentados os participantes, e em cima há também ventiladores de teto, que no momento do teste estavam desligados. Na mesma parede da porta, de frente com as janelas, tem uma lousa branca, que fica atrás da mesa que senta a professora, e no fundo da sala contém dois armários. Não houve interferência de sons externos. E os participantes se encontravam sentados, cada um em uma carteira. O ambiente estava silencioso e todos os alunos estavam concentrados no teste realizado. 3.2.2 Participantes P2 – A.L., 21 anos, sexo masculino P3 – B.F., 19 anos, sexo feminino P5 – C.P.S., 19 anos, sexo feminino P7 – F.L., 20 anos, sexo feminino P8 – G.V.D., 35 anos, sexo masculino P9 – I.C., 19 anos, sexo feminino P11 – J.G.M.C., 21 anos, sexo masculino P13 – L.S.P., 18 anos, sexo masculino P14 – L.E.G.S, 26 anos, sexo masculino P15 – L.S.C., 18 anos, sexo feminino P16 – L.M.J., 20 anos, sexo feminino P17 – M.A.R.C.M., 21 anos, sexo masculino P18 – M.F., 18 anos, sexo masculino P19 – M.C., 33 anos, sexo feminino P20 – M.C., 20 anos, sexo feminino P21 – N.A.G., 22 anos, sexo feminino Os participantes 1 e 4 não compareceram na data em que foi realizado o teste, mas isso não afetou a relização do teste dos demais participantes. E os participantes 6, 10 e 12 não participaram, pois eram os responsáveis para a aplicação deste teste. Materiais - Instrumento elaborado pelo grupo (ANEXO B); - Caneta. 3.2.4 Instrumento O instrumento elaborado pelo grupo era uma folha contendo 12 perguntas com quatro escolhas de respostas, contendo uma correta. As perguntas feitas abordaram temas que exigia a utilização da inteligência linguística. 3.2.5 Procedimento Após a divisão dos grupos de alunos, foram distribuídas nas sete inteligências nesses mesmos grupos, tendo num total de 7 grupos de alunos. Cada um desses grupo criou um instrumento para a avaliação da inteligência que ficou em sua responsabilidade. Os grupos aplicaram o instrumento criado e avaliado pelo professor em todos os alunos da aula de prática no dia combinado. Participantes Linguística Lógico Matemática Visuo-Espacial Cinestésica Corporal Musical Interpessoal Intrapessoal P2 36 24 40 32 29 44 38 P3 30 19 29 23 47 31 32 P5 30 34 37 36 23 29 31 P7 27 45 30 23 24 21 32 P8 29 38 30 25 38 30 29 P9 26 35 36 29 34 34 21 P11 35 35 36 20 34 18 31 P13 32 40 29 37 44 23 35 P14 30 30 39 26 44 32 28 P15 37 34 42 48 48 44 28 P16 27 25 39 25 50 31 37 P17 24 17 35 37 41 23 29 P18 33 32 26 24 31 40 40 P19 21 22 28 22 23 22 32 P20 33 29 32 34 30 36 37 P21 28 30 32 25 43 36 35 RESULTADOS Tabela 1. Resultados individuais da pontuação dos participantes no inventário de Inteligência Múltiplas Através da análise da seguinte tabela pode-se afirmar que o participante 15 obteve a maior média geral das inteligências em relação aos demais participantes, sendo que teve o maior ranking na inteligência visuo-espacial, cinestésica-corporal e interpessoal. Enquanto que o participante 19 possuiu a menor média geral de todas as inteligências. O participante 16 se considerou com o maior placar possível em associação com a inteligência musical. O participante 15 se avaliou com uma elevada inteligência linguística. O participante 7, com a inteligência lógico matemática. E o participante 18 se considerou com a maior inteligência intrapessoal. Cinco dos participantes alcançaram uma média de 36 pontos em relação a todos as inteligências de Gardner, sendo eles os participantes 11, 12, 13, 14 e 17. Tabela 2. Medidas de locação do inventário de Inteligências Múltiplas Linguística Lógico-Matemática Espacial Cinestésica-Corporal Musical Interpessoal Intrapessoal Média 29,9 30,6 33,8 29,1 36,4 30,9 32,2 DP 4,4 7,7 4,9 7,6 9,2 8,0 4,8 Mínimo 21 17 26 20 23 18 21 Máximo 37 45 42 48 50 44 40 As questões feitas por todos os participantes, em geral, obtiveram uma média entre 29,1 e 36,4 pontos, onde no máximo valeria 50, e no mínimo 10. O teste de inteligência cinestésica-Corporal atingiu a menor média em relação à todas as outras inteligências. E o teste de inteligência Musical foi o que obteve a maior média em relação à todas as outras inteligências, porém que também teve um elevado desvio padrão, em que as pontuações variam entre mais ou menos 9,2 em referência à média, que é 36,4. Enquanto que a menor variação do desvio padrão ocorreu no teste de inteligência linguística, com um desvio de mais ou menos 4,4 de uma média de 29,9. Mas vale lembrar que esse inventário foi feito a partir de uma análise pessoal, o que pôde influenciar em certos resultados. A menor pontuação apontada no resultado do inventário foi na inteligência logico-matemática, cuja pontuação foi equivalente à 17. Enquanto que a maior pontuação ocorreu na inteligência musical, que pontuou 50, ou seja, o máximo possível. Tabela 3. Pontuação Mínima e Máxima de cada questão do instrumento elaborado pelo grupo Mínimo Máximo Q1 0 2 Q2 1 3 Q3 1 4 Q4 1 3 Q5 1 5 Q6 1 2 Q7 1 5 Q8 1 3 Q9 1 5 Q10 1 5 Q11 1 5 Q12 0 3 Q130 5 Cada questão do teste elaborado pelo grupo, como uma tentativa de avaliação de Inteligência Linguística, teve uma pontuação diferente uma da outra. Sendo que as questões consideradas mais fáceis e com necessidade de menos tempo para serem resolvidas, eram resultados de menores pontuações. E as questões consideradas mais difíceis e com necessidade de mais tempo para serem resolvidas, era consequentemente de maiores pontuações. Tabela 4. Resultados individuais da pontuação dos participantes no instrumento elaborado pelo grupo Participantes Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Q11 Q12 Q13 P2 2 1 1 2 5 2 1 3 1 1 5 3 5 P3 2 1 4 2 5 2 2 1 5 5 1 3 5 P5 0 1 3 2 2 2 1 3 5 1 5 3 5 P7 2 3 4 2 5 2 3 1 1 5 1 3 5 P8 0 1 4 2 1 2 1 1 1 5 1 3 5 P9 0 1 4 3 3 2 1 1 5 5 1 2 0 P11 2 1 4 3 3 1 1 1 5 5 1 3 5 P13 0 1 3 2 5 2 2 3 5 1 1 2 5 P14 2 3 4 2 4 2 1 3 5 5 1 3 5 P15 2 3 4 1 4 2 1 3 5 5 1 0 5 P16 2 1 4 2 4 2 1 1 5 1 5 3 5 P17 0 1 4 2 3 2 4 1 1 5 5 3 5 P18 0 3 4 3 3 2 1 1 5 5 1 3 5 P19 0 1 1 2 1 1 1 3 1 5 1 3 0 P20 0 3 4 2 1 1 1 3 5 5 5 3 0 P21 2 1 4 2 3 2 2 1 5 5 1 3 5 Na tabela apresenta-se a pontuação de cada questão do instrumento de inteligência linguística elaborado pelo grupo, em conexão com cada participante. Os participantes 1 e 4 não estavam presentes no dia da aplicação do teste, o que não afetou na média de acertos dos demais participantes. E os três aplicadores foram retirados da lista, pois estavam disponibilizando os testes para os participantes. É necessária uma observação com as pontuações, pois cada questão dispõe de um critério de correção diferente um do outro, e ainda possuem valores diferentes. O participante 14 obteve a maior pontuação total em relação à inteligência linguística. E o participante 19, a menor. A questão 5 obteve grande variação nas pontuações, sendo essa variação de 1 a 5 pontos. Porém a maioria das questões obteve pouca alternância, equivalendo ou o máximo da pontuação da questão, ou o mínimo, como nas questões 1, 4, 6, 9, 11 e 13; isso ocorreu devido à muitas das questões do instrumento criado serem questões de múltipla escolha. Tabela 5. Resultado total do instrumento elaborado pelo grupo sobre inteligência linguística Participantes Total P2 32 P3 38 P5 33 P7 37 P8 27 P9 28 P11 35 P13 32 P14 40 P15 36 P16 36 P17 36 P18 36 P19 20 P20 33 P21 36 Tabela 6. Medidas de locação do instrumento criado pelo grupo do total Média DP Mínimo Máximo 33,6 5,0 20 40 De acordo com o total de todos os participantes, pode-se notar que a média geral foi de 33,6. Tendo um significado positivo, já que o valor mínimo possível de se obter é 10, e o maior é 50; logo, a média seria 30. A pontuação mínima atingida foi de 20, o que exprime que nenhum dos participantes de uma forma “zerou” o instrumento com os questionários. E a pontuação máxima foi de 40, representando que nenhum dos participantes foi capaz de demandar todas as questões de uma maneira a chegar no alvo, de 50 pontos. A média de acertos, 33,6, teve um desvio padrão de 5 pontos a mais ou a menos. Podendo chegar de 28,6 a 38,6. Gráfico 1. Média das Inteligências Múltiplas No gráfico acima é possível identificar a média das inteligências múltiplas, de acordo com uma avaliação pessoal. Sendo considerada a primeira inteligência mais atingida pelos participantes, a inteligência musical, com 35 pontos em média. Logo após, havendo uma equivalência entre a inteligência intrapessoal e a espacial, com 34 pontos em média. E por último, com menores médias de pontuação, encontram-se as inteligências lógico-matemática e a inteligência cinestésica-corporal. Gráfico 2. Comparação das médias da inteligência linguística do teste de Gardner e do instrumento criado pelo grupo O Gráfico deixa evidente as médias das pontuações da inteligência linguística do teste de Gardner em comparação ao instrumento criado pelo grupo. E é possível observar que os participantes se consideraram com menor capacidade de inteligência linguística, ao responderem o teste que foi aplicado do teste de Gardner, em confronto com o instrumento criado. Sendo o primeiro com uma média de 29,90 e o segundo com uma média de 33,70. Gráfico 3. Participante que se considerou com maior pontuação no teste de Gardner em relação aos demais participantes na inteligência linguística (Participante 15) O participante 15, que foi o que obteve maior pontuação de inteligência linguística em relação ao teste de Gardner, cuja pontuação foi de 37, obteve uma pontuação equivalente no instrumento criado pelo grupo, que foi 36 pontos. Gráfico 4. Participante que se considerou com menor pontuação no teste de Gardner em relação aos demais participantes na inteligência linguística (Participante 19) O gráfico mostrou que ambos os testes realizados pelo participante 19, cujo obteve a menor pontuação da inteligência linguística no teste de Inteligências Múltiplas de Gardner, tiveram resultados equivalente, variando apenas um ponto. Gráfico 5. Participante que obteve a maior pontuação no instrumento criado pelo grupo a fim de testar a Inteligência linguística dos participantes (Participante 14) O participante 14 obteve a maior pontuação de inteligência linguística com o instrumento criado pelo grupo, que foi 40 pontos. Porém teve uma diferença de 10 pontos em relação ao teste de inteligências múltiplas de Gardner. DISCUSSÃO Com base no relatório, pode-se considerar que a Inteligência é entendida e vista como uma forma de aprendizagem por meio da experimentação e habilidades de solucionar problemas, lidando de forma natural com o meio ambiente. (MYERS, 2014). A inteligência pode ser entendida como um conceito que vai se aprimorando socialmente ao longo da vida, contudo a sociedade vê um indivíduo como inteligente quando se depara com o sucesso (MYERS, 2015). Visando que a inteligência é uma habilidade que cada indivíduo possui a criar novas ideias, pensamentos imaginários, reconhecer padrões, personalidades ousadas e a busca de novas experiências entre outras, podendo destacar que o ambiente é um grande influenciador no desenvolvimento das habilidades (GLEITMAN, 2009). A inteligência linguística no qual este relatório destaca, remete sobre a teoria de Gardner visto que essa inteligência é fundamental para a própria comunicação, desenvolvimento dos pensamentos entre outros (GARDNER, H., 1994). Após a aplicação do teste de Gardner para um total de 21 participantes destaca-se P3, P5 e P14 que obtiveram a mesma pontuação de 30 pontos, visto que a maior pontuação foi do participante P2 atingindo 36 pontos. Visto como resultado do teste aplicado pelo grupo o participante P8 possuiu a menor pontuação com 27 pontos, já P15, P16, P17 e P18 ambos atingiram as mesmas pontuações, 36 pontos e o participante que mais se destacou foi o P14 alcançando 40 pontos. Alguns participantes se destacaram no teste aplicado pelo grupo e não obtiveram o mesmo desempenho no teste de Inteligências Múltiplas proposto por Gardner ou não se desempenharam em ambos dos testes. Visto que P1, P7 e P21 alcançaram uma boa contagem no teste aplicado pelo grupo e não alcançou a mesma pontuação no inventário de Gardner. Já o participante P2 obteve uma melhor pontuação no teste de Inteligências Múltiplas e não teve o mesmo desempenho do teste aplicado pelo grupo. Segundo Gardner os indivíduos que mais se destacamsão os que possuem facilidade em analisar e entender a semântica dando sentido a linguagem, a fonologia conseguindo atribuir os sons das letras e suas fonéticas e pôr fim a sintaxe onde as regras se destacam dando ordem e inflexões as palavras (GARDNER, H., 1994). Contudo pode-se destacar quatro aspectos importantes para as habilidades linguísticas, o primeiro aspecto são as habilidades que os indivíduos atribuem para obter o convencimento e chegar a uma realização, em seguida vem a capacidade de recordar alguma informação. Já o terceiro aspecto visa a explicação de algum determinado assunto. E por fim o último aspecto é a necessidade da reflexão da linguagem e sua função (GARDNER, H., 1994). Gardner acreditava que as habilidades mentais não estão ligadas entre si, ou seja, são independentes uma das outras, e não precisam ser avaliadas de uma única precisão. Visto que a inteligência pode ser definida de acordo com um contexto sociocultural (HOCKENBURY, D. H.; HOCKENBURY, S. E., 2003). CONSIDERAÇÕES FINAIS Podendo perceber que os testes de Inteligência Múltiplas, e Inteligência Linguística proposta pelo grupo, conseguiram atingir os pressupostos básicos. Que, no primeiro teste tinha como finalidade avaliar as diferentes inteligências e suas habilidades; já no segundo teste, com foco nas aptidões linguísticas de cada participante. Nomeado como um tipo de inteligência “livres de objeto”, a Inteligência Linguística não é modelada ou mediada pelo mundo físico, ao contrário, refletem as estruturas de linguagem específicas. Elas podem também refletir feições dos sistemas auditivo e oral, embora a linguagem possa se desenvolver, pelo menos em alguma medida, na ausência destas modalidades sensoriais. O instrumento elaborado pelo grupo e usado para avaliar a Inteligência Linguística dos participantes apresentava questões fechadas de múltipla escolha e abertas sendo dissertativas, distribuídas em diferentes níveis de dificuldade, sendo níveis fáceis, mediano e difíceis. Com o propósito de analisar de diferentes maneiras cada participante e suas respectivas habilidade no teste especifico de Inteligência Linguística. Os participantes tiveram bastante dificuldade em responder algumas questões, de acordo com suas capacidade e facilidade, como por exemplo, as questões de História que era considerada com um nível difícil. Foi observado também que o tempo determinado para a conclusão do teste, no dia da aplicação, não foi o suficiente para a conclusão do mesmo, no caso de alguns participantes. Analisando assim que muitos participantes não conseguiram responder as questões por falta de tempo e não apenas pela dificuldade ou falta de tal habilidade. Contudo, nas correções dos testes, nota-se que cada participante possui uma pontuação relacionada com suas habilidades na linguística. E além do mais, relacionando assim, pode-se perceber que As vantagens que o grupo adquiriu ao aplicar o instrumento foi de conseguir observar a reações de cada participante ao serem avaliados, aproximação com a matéria, e um estudo um pouco mais aprofundado. Concluindo que, além de algumas falhas observadas ao longo da aplicação, o instrumento feito pelo grupo para a avaliação da Inteligência Linguística foi valido, capaz de observar e quantificar tais habilidade, alcançando o objetivo de avaliação que tinha por finalidade medir a capacidade linguística dos alunos do segundo semestre de Psicologia no período noturno. Nomeado como inteligência “livres de objeto”, a Inteligência Linguística não é modelada ou mediada pelo mundo físico, ao contrário, refletem as estruturas de linguagem específicas. Elas podem também refletir feições dos sistemas auditivo e oral, embora a linguagem possa se desenvolver, pelo menos em alguma medida, na ausência destas modalidades sensoriais. REFERÊNCIAS ATKINSON, R. L. Introdução à Psicologia. 13. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. DAVIDOFF, L. L. Introdução à psicologia. 3. ed. São Paulo: Pearson Makron Books, 2001. GARDNER, H. Estruturas Mentais – A teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994 GOLEMAN, D. Inteligência Emocional. 1 ed. Rio de Janeiro: Objetiva LTDA, 1995. GLEITMAN, H. Psicologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. MYERS, D. G. Psicologia. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. STERBERG, R & KAUFMAN, J. Habilidades Humanas. Manual da Psicologia. 4 ed. Nova Iorque: Freeman, 1998. WEITEN, W. Introdução à Psicologia: Temas e Variações. 4. ed. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002. ANEXOS
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