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Processo de infecção por Mycobacterium tuberculosis e métodos

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Processo de infecção por Mycobacterium tuberculosis e métodos de diagnóstico da tuberculose
Ana Flávia Antunes de Macedo
Victoria Cunha Farah
	A tuberculose é uma doença infecciosa provocada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis, conhecida como bacilo
de Koch, atacando principalmente 
os pulmões. 
problema
problema
Transmitida pelo ar, quando inalada pode atingir os alvéolos pulmonares, ocasionando uma resposta inflamatória envolvendo células de defesa, principalmente os macrófagos.
	Antigamente, era considerada uma doença de idosos, tabagistas e pacientes HIV positivos, hoje em dia ocorre grande incidência de casos em jovens e crianças. Visto que em 2014 ocorreu um aumento de 41.120 casos confirmados em relação ao ano de 2013. 
problema
	Frente a isto se estabelece a infecção por Mycobacterium tuberculosis, e quais vantagens e desvantagens dos métodos que o biomédico pode utilizar para diagnostico da tuberculose.
problema
	Sua incidência estaria em uma escala menor se a população tivesse uma maior conscientização da gravidade da doença e se fosse feito uma busca ativa dos casos, pois quanto mais precoce a descoberta da TB, mais cedo se inicia o tratamento, como uso da medicação, diminuindo assim a transmissão da doença.
justificativa
	A patogenia da bactéria tem sido muito estudada, apesar de diversas medidas profiláticas serem tomadas para informatização e conscientização da doença, de seus tratamento e exames laboratoriais fornecidos gratuitamente nos postos de saúde, ainda há uma grande incidência.
justificativa
	Conhecer as vantagens e desvantagens dos métodos de diagnóstico clínico é importante para que o biomédico saiba o melhor método a ser utilizado. Em vista disso, faz-se necessário a compreensão da infecção para o diagnostico da doença.
justificativa
	Em 2015 tornou-se estável. Em 2016 notificaram-se 549 casos confirmados da doença em Santa Catarina. Em face da grande incidência que acomete cerca de 1/3 da população mundial, torna-se imprescindível abordar um tema com profundas raízes sociais.
justificativa
Relatar como ocorre a tuberculose, quais os sintomas e consequências desta infecção; 
Identificar as características celulares de Mycobacterium tuberculosis, relatando aspectos de virulência e resistência;
objetivos
Descrever como o M. tuberculosis interfere no sistema imune do hospedeiro para sua sobrevivência e proliferação;
Revisar as vantagens e desvantagens dos métodos de diagnóstico laboratorial para tuberculose.
objetivos
	Através de uma pesquisa qualitativa realizou-se uma revisão bibliográfica, descrevendo o estabelecimento da infecção por M. tuberculosis, como também as vantagens e desvantagens dos métodos que o biomédico pode utilizar para diagnostica-la.
metodologia
metodologia
	Será apresentada a definição da doença, a causa e como inicia-se a infecção. Como também
serão descritos os tipos existentes da 
doença, assim como sua epidemiologia. 
metodologia
A pesquisa englobará a descrição das principais características da bactéria causadora da TB, M. tuberculosis, como o processo de infecção que ela causa no indivíduo, e sua resistência a fármacos. 
	Serão relatadas formas de tratamento da doença, métodos de diagnóstico laboratorial existentes e suas vantagens e desvantagens. Por fim, será especificado o papel do biomédico na realização de exames laboratoriais utilizados para seu diagnóstico.
metodologia
epidemiologia
Figura 01 – Coeficiente de incidência de tuberculose por ano. 
Brasil, 1990 a 2015. 
Fonte: SES/MS/SINAN e IBGE
Incidência/100.000 habitantes 
epidemiologia
Figura 02 – Coeficiente de incidência de tuberculose por ano. 
Brasil, 1990 a 2015. 
Fonte: SES/MS/SINAN e IBGE
Incidência/100.000 habitantes 
epidemiologia
Figura 03 – Coeficiente de incidência de tuberculose por região. Brasil, 2001 a 2015. 
Fonte: SES/MS/SINAN e IBGE
região
Incidência/100.000 habitantes 
transmissão
	Inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro. 
Depende do grau da infecção da pessoa, quantidade expelida, forma e duração ao bacilo, e sua virulência. 
transmissão
	Plena enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos. Com o início do esquema terapêutico adequado, tende a diminuir gradativamente e após 15 dias, de tratamento chega a níveis
insignificantes.
TB pulmonar, é a mais frequente e relevante para a saúde pública, pois é essa forma, especialmente a positiva à baciloscopia, é a principal responsável pela transmissão da doença que se dá por via aérea.
sintomatologia
	Pode manifestar-se sob diferentes apresentações clínicas, que podem estar relacionadas com idade, imunodepressão e órgão acometido. Outros sinais e sintomas, além da tosse, devem ser valorizados.
sintomatologia
Baciloscopia direta; cultura para micobactéria com identificação de espécie; teste de sensibilidade antimicrobiana; teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) e radiografia de tórax.
diagnóstico
Técnica de biologia molecular para identificar o DNA do M. tuberculosis, permite seu diagnóstico em apenas duas horas; teste rápido, de alta sensibilidade e especificidade. Indica a resistência à rifampicina (principal medicamento usado no tratamento da TB).
diagnóstico
reação em cadeia polimerase – pcr
A pesquisa do bacilo álcool-ácido-resistente é a técnica mais utilizada no Brasil, não apenas para o diagnóstico, mas também para o controle do tratamento. Baixa sensibilidade, permite detectar de 60% a 70% dos casos, com resultado em até 48 horas. 
diagnóstico
Baciloscopia direta
Método “padrão ouro” para o diagnóstico da TB, quando associada ao teste de sensibilidade antimicrobiana, permite o diagnóstico da TB resistente. Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura de escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença.
diagnóstico
Cultura de micobactérias
A situação tem-se agravado com surgimento de cepas resistentes ao tratamento com quimioterápicos de primeira classe, especialmente pacientes imunodeprimidos e outras enfermidades associadas. Os avanços no entendimento do metabolismo e processos intracelulares do M. tuberculosis permitiram a identificação de novos alvos moleculares para o planejamento de quimioterápicos
revisão
Dentre eles encontra-se as proteínas tirosina fosfatases A e B (PtpA e PtpB). Essas biomoléculas estão associadas à modulação de atividade de proteínas do hospedeiro atuando como fatores de virulência do M. tuberculosis.
revisão
			A PtpA ultrapassa a membrana celular e interage 		 com o substrato VPS33B (Human Class C Vascular Protein		 Sorting) do macrófago, inibe a fusão dos fagossomos com lisossomos, mecanismo pelo qual os macrófagos realizam sua atividade microbicida, permitindo o crescimento de M. tuberculosis no interior dos macrófagos, facilitando o estabelecimento da infecção.
revisão
			 A PtpB, fosfatase de tripla especificidade, 		 catalisa a desfosforilação de resíduos de tirosina, serina/treonina e fosfatidil-inositol. Interfere na resposta imune inata do hospedeiro, pelo bloqueio das proteínas ERK 1/2 e p-38, bloqueando a produção de interleucina-6, promovendo a sobrevivência do macrófago.
revisão
	A PtpB também poupa a morte celular do macrófago por apoptose durante a infecção, ativando a via de sinalização da Akt (proteína cinase B) e bloqueando a atividade da caspase-3 (ZHOU et al, 2010). 
revisão
	Nas últimas duas décadas a democratização do tratamento para TB gerou significativa redução nos índices de mortalidade e incidência do agravo. No entanto permanece como importante problema de saúde mundial. 
gestão em saúde
	No Brasil, a adesão ao tratamento é um desafio e seu abandono o maior responsável pelos índices de mortalidade e reincidência. 
gestão em saúde
	No mundo, em 2013, mais de 9 milhões de pessoas foram acometidas, entre elas 1,5 milhão morreram em consequência
do agravo. 
gestão em saúde
	De acordo com a Portaria Ministerial número 1.271 de fevereiro de 2017, a TB é uma doença de notificação compulsória em todo território nacional, sendo, no entanto, de investigação obrigatória.
gestão em saúde
	De acordo com o conhecimento adquirido ao longo do curso de graduação, o Biomédico pode assumir responsabilidade técnica e firmar laudos de resultados de exames diagnósticos e de controle de infecção da tuberculose. 
conclusão
conclusão
	O profissional pode assumir cargos de coordenação técnica, assessorias e direção das respectivas atividades, além de elaborar exames laboratoriais e diagnósticos de diferentes áreas de análises clínicas. 
referências
BACH, H.; et al. Mycobacterium tuberculosis Virulence Is Mediated by PtpA Dephosphorylation of Human Vacuolar Protein Sorting 33B, Cell Host & Microbe, n.3, p.316–322, 2008. disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41316322>. Acesso em: 22 mai. 2017
Coelho, a.p.c. et al. GESTÃO DO CUIDADO DA TUBERCULOSE: INTEGRANDO UM HOSPITAL DE ENSINO À ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Texto Contexto Enferm., v.25, n.2, 7p., 2016. disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v25n2/pt_0104-0707-tce-25-02-0970015.pdf>. Acesso em: 22 mai. 2017
DATASUS. Tuberculose – Casos confirmados e notificados em SC. Tecnologia em informação a serviços do SUS. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/tabcgi.exe-sinannet/cnv/tubercsc.def>. Acesso em: 22 mai. 2017
DELOGU, G.; SALI, M.; FADDA, G. The biology of Mycobacterium tuberculosis infection. Mediterrean Journal of Hematology Infections Diseases, v.5, n.1, Rome, 2013. disponível em: <htt://medjheminfecdis/05012013/pdf>. Acesso em: 21 mai. 2017
GRUNDNER, C.; ALBERt, T. Mycobacterium tuberculosis protein tyrosine phosphatase PtpB structure reveals a diverged fold and a buried active site. Structure, v.13, n.11, p.1625-1634, 2005. <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16271885>. Acesso em: 21 mai. 2017
MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas Ltda, 2003. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretária da vigilância em saúde. Programa nacional de controle da tuberculose, 2016. 116p. 
Ministério da saúde. Secretária da vigilância em saúde. Boletim epidemiológico - Indicadores prioritários para o monitoramento do Plano Nacionalpelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil, v.48, n.8, 2017. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/2017/marco/21/2017-V48-N8-Indicadores-priorit--rios-para-o-monitoramento-do-Plano-Nacional-pelo-Fim-da-Tuberculose-como-Problema-de-saúde-no-Brasil.pdf>. Acesso em: 21 mai.2017
POIRIER, V.; AV-GAY, Y. Microbes and infections, v.14, 2012. p.1211-1219
SANTOS, R.S.; SOUZA, C.M. Tuberculose. Universidade Federal Fluminense, Centro de Ciências Médicas – Departamento de patologia, p.08-09, 2016. Disponível em: <http://www.uff.br/microbiologia/images/apostila-turberculose.pdf>. Acesso em: 22 mai. 2017
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ZHOU, B. et al. Proc Natl Acad Sci USA, v.107, n.10, p.4573, 2010. disponível em: <www.scielo.br/pdf/107104573>. Acesso em: 21 mai. 2017
obrigada pela atenção!
Ana Flávia Antunes de Macedo		ana.macedo@catolicasc.org.br
Victoria Cunha Farah			victoria.farah@catolicasc.org.br

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