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_acad_5_DOS_DEFEITOS_DO_NEGOCIO__COACAO_ESTADO_DE_PERIGO_E_LESAO

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COAÇÃO – arts. 151 a 155, CC.
- Conceito: coação é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre um indivíduo para forçá-lo, contra sua vontade a praticar um ato ou realizar um negócio.
- o que caracteriza é o emprego da violência psicológica para viciar a vontade.
ESPÉCIES
=> coação absoluta ou física: é aquela obtida mediante o emprego de força física.
 - negócio é nulo – inexistência do negócio jurídico.
=> coação relativa ou moral: é uma coação psicológica.
 - constitui vício de vontade – o negócio é anulável.
 - há uma opção ou escolha à vítima.
=> coação principal: causa determinante do negócio.
=> coação acidental: influencia apenas as condições da avença.
REQUISITOS
a) deve ser a causa determinante do ato: deve haver o nexo causal entre a coação e o ato extorquido. O negócio deve ter sido realizado somente por ter havido grave ameaça ou violência.
b) deve ser grave: deve haver na vítima fundado temor de dano a bem que considera relevante, dano que pode ser moral ou patrimonial.
 - critério de avaliação: caso concreto, avaliando as condições particulares ou pessoais da vítima.
 - art. 152, CC.
 - art. 153, 2ª parte: não se considera coação “o simples temor reverencial”.
 - se for acompanhado de ameaças ou violências, transforma-se em vício de vontade.
c) deve ser injusta: ilícita, contrária ao direito ou abusiva.
 - art. 153, 1ª parte: não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito.
 - ex: a intimidação da mulher que move ação de investigação de paternidade.
 - é injusta a conduta de quem se vale dos meios legais para obter vantagem.
d) dano atual ou iminente: Clóvis Beviláqua -> “atual e inevitável”.
 - sempre que a vítima não tenha meios para fugir do dano, por ela mesma, por 3º ou autoridade pública.
 - provoque, desde logo, no espírito da vítima, um temor de intensidade suficiente para conduzi-la a contratar.
e) constituir ameaça de prejuízo à pessoa ou a bens da vítima ou a pessoas de sua família.
 - art. 151, CC.
 - art. 151, parágrafo único.
- COAÇÃO EXERCIDA POR TERCEIRO: art. 154, CC.
 - a coação exercida por terceiro só vicia o negócio e permite sua anulação pelo lesado se a outra parte, que se beneficiou, dela teve ou devesse ter conhecimento, havendo assim uma cumplicidade do beneficiário, respondendo com o terceiro por perdas e danos.
 - art. 155, CC. O negócio prevalece.
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ESTADO DE PERIGO: art. 156, CC.
- Conceito: á a situação de extrema necessidade que conduz uma pessoa a celebrar negócio jurídico em que assume obrigação desproporcional e excessiva.
ELEMENTOS
a) uma situação de necessidade: salvar-se ou a pessoa de sua família.
b) iminência de dano atual e grave: deve ser iminente, capaz de transmitir o receio de que, se não for interceptado e afastado, as conseqüências podem ser fatais.
 - a gravidade será analisada pelo juiz em cada caso concreto.
c) nexo de causalidade entre a declaração e o perigo de grave dano: a vontade deve se apresentar distorcida em conseqüência do perigo de dano.
 - o perigo não precisa ser concreto, desde que o agente suponha a sua existência.
EFEITOS: art. 178, II, CC.
LESÃO: art. 157, cc.
Conceito: O prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes.
 - a desproporção deve ser manifesta.
 - princípio da igualdade.
 - CDC – cláusulas abusivas – nulas. Art. 51, IV e § 1º, III.
 - art. 39, CDC: prática abusive “exigir do consumidor vantagem manifestamente excessive”.
CARACTERÍSTICA PRINCIPAL
Na lesão a parte tem noção da desproporção de valores, mas realiza o negócio, mesmo assim, premido pela necessidade patrimonial.
ELEMENTOS
- objetivo: consiste na manifesta desproporção entre as prestações recíprocas, geradoras de lucro exagerado.
- subjetivo: caracteriza-se pela “inexperiência” ou “premente necessidade” do lesado.

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