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DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL ENG. CESAR HENRIQUE SATO DAHER, M.SC. Curitiba 2010 DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER__________________________ Apostila: “Dosagem do Concreto Convencional”. Eng. Cesar Henrique Sato Daher – mestre pelo PPGCC – Programa de Pós- Graduação em Construção da UFPR – Universidade Federal do Paraná; Sócio-diretor da DAHER Tecnologia em Engenharia Ltda.; sócio e diretor de Planejamento do IDD – Instituto de Educação Tecnológica De Luca Daher Ltda; Professor da disciplina de Construção Civil e Ciência e Tecnologia dos Materiais do curso de Engenharia Civil da UP – Universidade Positivo. Apoio: UP – Universidade Positivo. IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto, Regional do Paraná. DAHER Tecnologia em Engenharia Ltda. Rua Hildebrando Cordeiro, 75. Ecoville. CEP 80.740-350. Curitiba – Paraná – Brasil. Fone: (41) 3339-8106 INSTITUTO IDD Rua Emiliano Perneta, 174. 7º. Andar. IEP – Instituto de Engenharia do Parnaná. Centro. CEP 80.010-050. Curitiba – Paraná – Brasil. Fone: (41) 3333-3668. http://www.institutoidd.com.br DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER__________________________ Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1 2. ASPECTOS PRÁTICOS SOBRE DOSAGEM DO CONCRETO ...................................................... 2 2.1 TRAÇO DE CONCRETO .................................................................................................. 2 2.2 A DOSAGEM DO CONCRETO ........................................................................................ 3 2.3 Definições importantes, inerentes a dosagem dos concretos estruturais quanto à resistência à compressão .......................................................................................................... 8 2.3.1 Determinação do desvio padrão (Sd) ...................................................................... 9 2.3.2 Classificação dos concretos para fins estruturais por grupos de resistência ........ 10 2.3.3 Leis da resistência dos concretos plásticos convencionais ................................... 11 2.3.4 Fatores que afetam a resistência à compressão do concreto: .............................. 11 2.3.5 Correlação entre a resistência à compressão simples e a resistência à tração na flexão do concreto .............................................................................................................. 12 2.4 Aspectos essenciais sobre a trabalhabilidade dos concretos convencionais plásticos 12 2.4.1 Equações relacionadas com a trabalhabilidade: ................................................... 15 2.4.2 Fatores que influenciam a trabalhabilidade .......................................................... 16 2.5 Aspectos inerentes à durabilidade dos concretos convencionais ............................. 16 2.6 Teores de ar no concreto ........................................................................................... 19 2.7 Consumos de materiais.............................................................................................. 19 2.8 Classificação dos concretos para fins estruturais ...................................................... 22 2.8.1 Classificação quanto à massa específica ............................................................... 22 3. MÉTODO DE DOSAGEM DO IPT/EPUSP .............................................................................. 23 3.1 ROTEIRO PARA A EXECUÇÃO DO MÉTODO DE DOSAGEM IPT/EPUSP ...................... 26 3.1.1 FASE I ..................................................................................................................... 26 3.1.2 Fase II ..................................................................................................................... 53 3.1.3 Fase III – Dosagem do Concreto ............................................................................ 57 4. MÉTODO DE DOSAGEM ACI/ABCP/DAHER TECNOLOGIA .................................................. 60 4.1 SEQÜÊNCIA PRÁTICA DO MÉTODO ............................................................................ 60 4.1.1 Determinar o diâmetro máximo do agregado graúdo a ser empregado no concreto. ............................................................................................................................. 60 4.1.2 Caracterizar os materiais a serem empregados .................................................... 60 4.1.3 Determinar o consumo de água inicial e o teor de ar ........................................... 61 4.1.4 Calcular a resistência média à compressão concreto aos 28 dias(fC28) ................. 61 4.1.5 Determinar a relação água/cimento (a/c) ............................................................. 62 4.1.6 Determinar o consumo de cimento inicial por metro cúbico de concreto plenamente adensado (CCIMENTO) ........................................................................................ 62 4.1.7 Determinar o consumo de agregado graúdo por metro cúbico de concreto plenamente adensado(CGRAÚDO) .......................................................................................... 63 4.1.8 Determinar o consumo de agregado miúdo por m3 de concreto (CMIÚDO) ............ 64 4.1.9 Determinar traço unitário em massa seca (TUMS) inicial ..................................... 65 4.1.10 Determinar o Consumo Teórico de Cimento Inicial (CT'CIMENTO) ........................ 65 4.1.11 Avaliar/ajustar o teor de argamassa (método DAHER Tecnologia) .................. 67 4.1.12 Corrigir a água para ajuste do abatimento desejado ........................................ 71 4.1.13 Calcular o TUMS e o consumo teórico de cimento definitivos ......................... 72 4.1.14 Executar o traço final ........................................................................................ 73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 75 APÊNDICE A: DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE CONCRETO PARA A EXECUÇÃO DE TRAÇO EM LABORATÓRIO ............................................................................................................................. 77 DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER__________________________ APÊNDICE B: DETERMINAÇÃO DAS PADIOLAS DE AGREGADOS E DO VOLUME DE ÁGUA CORRIGIDO PARA PARA 01 SACO DE CIMENTO DE 50 kg. (CONCRETO RODADO EM OBRA) ..... 79 APÊNDICE C: MODELOS DE CARTA-TRAÇO PARA EXECUÇÃO DE CONCRETO DOSADO EM OBRA E EM CENTRAL ............................................................................................................................. 81 DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________1 1. INTRODUÇÃO O concreto, material largamente utilizado em todo mundo e com grande aplicação nas construções brasileiras, é considerado o segundo produto mais consumido pela humanidade cerca de 2.700 kg / habitante enquanto a água chega aos 11.000 kg / habitante. A compreensão da dosagem do concreto torna-se importante devido à grande participação em uma obra de construção civil, segundo dados de 2004 da Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, o concreto em uma construção corresponde de 20 a 30% do custo global. A heterogeneidade dos materiais que compõem os concretos e a complexidade do seu comportamento, tanto no estado fresco quanto no endurecido,representa sempre um desafio aos técnicos responsáveis pela fabricação e emprego dos concretos. Este curso tem como objetivo aperfeiçoar os profissionais da construção civil quanto às técnicas, conceitos e orientações em dosagens de concretos convencionais plásticos, visando uma melhor compreensão sobre o assunto. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________2 2. ASPECTOS PRÁTICOS SOBRE DOSAGEM DO CONCRETO 2.1 TRAÇO DE CONCRETO O concreto de cimento Portland é o resultado da mistura de cimento, agregados, água, usualmente, aditivos e eventualmente adições, em proporções adequadas às suas finalidades. A proporção em que cada componente participa da composição do concreto é representada pelo traço, na ordem: cimento, agregado miúdo, agregado graúdo (pedra), água e aditivos. Os traços podem ser representados em proporções gravimétricas (em massa), volumétricas ou ainda em massa combinada com volume. • Exemplos de traços: 1 : 2,5 : 3,2 : 0,58 (em massa seca) (lê-se: um quilograma de cimento para dois quilogramas e meio de agregado miúdo seco, para três vírgula dois quilogramas de agregado graúdo seco, para zero vírgula cinqüenta e oito quilogramas de água) 2 : 3 : 4 : 1,5 (em volume) (lê-se: dois litros de cimento para três litros de agregado miúdo, para quatro litros de agregado graúdo, para um vírgula cinco litros de água) - Traço em massa combinada com volume: 50 kg de cimento 114 litros de areia (03 caixas de 35 x 40 x 28 cm) 118,5 litros de brita 01 (04 caixas de 35 x 40 x 21 cm) 22,5 litros de água Quando o traço inicia com uma unidade (de massa ou volume) de cimento, este usualmente denomina-se traço unitário. Quando os materiais em um traço unitário são representados em massa e os agregados na condição seca (em estufa – umidade nula), este traço costuma-se chamar: Traço Unitário em Massa Seca (TUMS) A representação usual de um traço unitário em massa seca se dá na forma abaixo: 1 : a : p : (a/c) : adt onde: 1 - representa uma unidade de massa de cimento; a - representa a massa total de agregado(s) miúdo(s) seco(s) em relação à uma unidade de massa de cimento; p - representa a massa total de agregado(s) graúdo(s) seco(s)em relação à uma unidade de massa de cimento; DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________3 (a/c) - representa a massa de água em relação à uma unidade de massa de cimento (relação água/cimento ou água/aglomerantes); adt - representa a massa de aditivo em relação à uma unidade de massa de cimento. O traço unitário em massa seca é o que melhor representa a proporção dos materiais que compõem um concreto, uma vez que a medida dos materiais em massa juntamente com os agregados secos está menos sujeita a variações e interferências do que em casos em que os materiais são proporcionados em volume e os agregados se apresentam com teores de umidade não nulos. Um bom exemplo de influência no traço volumétrico é o inchamento do agregado miúdo. 2.2 A DOSAGEM DO CONCRETO O objetivo de se dosar um concreto é determinar as proporções em massa, entre os seus componentes (cimento e/ou adições, agregado miúdo, agregado graúdo, água e/ou aditivo), visando atender a uma ou mais características (propriedades) do concreto tanto no estado fresco quanto no estado endurecido. Esta proporção é estabelecida em laboratório, a qual permite o estabelecimento das propriedades do concreto tanto no estado fresco (recém misturado) como no estado endurecido, garantindo as exigências de produção e de projeto. Para a produção trata-se de proporcionar trabalhabilidade adequada às condições de mistura, transporte, lançamento e adensamento do concreto, sem que sejam alteradas as suas características. As características de projeto incluem resistências aos esforços mecânicos, deformabilidade adequada e durabilidade para as condições de utilização. Os procedimentos para a dosagem dos concretos são adotados em função das propriedades desejadas para o concreto com os materiais disponíveis. A dosagem dos concretos se baseia em modelagem teórica baseada em conceitos e procedimentos práticos para a obtenção de um determinado traço. Assim sendo, uma dosagem adequada não é apenas teórica e/ou empírica, mas teórica/experimental. A dosagem teórica/experimental se baseia em uma série de fundamentos que podem ser agrupados em três categorias, enumeradas a seguir: 1 – Influência da relação água/cimento nas propriedades do concreto endurecido; 2 – Melhor composição granulométrica dos agregados; 3 – Ajuste da consistência em função do melhor teor de finos (argamassa); 4 – Ajuste da fluidez do concreto por meio da relação água/materiais secos com ou sem o emprego de aditivos. Baseados nestes princípios fundamentais existem diversos métodos de dosagem dos concretos, tais como: • Método do CIENTEC – Fundação de Ciência e Tecnologia (Rio Grande do Sul); • Método do INT – Instituto Nacional de Tecnologia (Rio de Janeiro); • Método da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland (São Paulo); • Método do IPT/EPUSP – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________4 • Método do Centro Tecnológico de Engenharia Civil de FURNAS (Goiás); • Método do ACI – American Concrete Institute (EUA); • Método do BSI – British Standards International (Reino Unido), etc. Estes métodos, que levam no nome as siglas das instituições que os idealizou, diferem entre si, principalmente quanto à maneira de se determinar à composição dos agregados no concreto (a granulometria). O presente trabalho discorre sobre os métodos IPT e ABCP, visando à dosagem de concretos plásticos (abatimento/slump não nulo) convencionais estruturais a serem empregados em edificações residenciais, comerciais e industriais. Princípios básicos para a dosagem do concreto Independente do método a ser adotado para se dosar um concreto, faz-se necessária à caracterização prévia dos materiais a serem empregados na sua confecção, bem como a definição das propriedades que se deseja atingir. Definições das propriedades do concreto Em nível de projeto / especificação: - Resistência característica à compressão do concreto (fCK), de acordo com os critérios de durabilidade, dentro das classes de concreto, em conformidade com as normas NBR 6118, 8953 e 12655 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); - Definição da dimensão máxima característica (DMC) do agregado graúdo a ser empregado; - Massa específica do concreto (γconcreto); - Módulo de elasticidade longitudinal (EC); - Resistência à abrasão no caso de pisos industriais e/ou pavimentos; - Resistência à tração na flexão (fCTM,K) no caso de pisos industriais e/ou pavimentos; - Máxima relação água/cimento (a/cMÁX.) em função das condições de exposição do concreto, visando a sua durabilidade; - Necessidade de avaliação prévia da reatividade dos agregados, segundo as orientações da NBR 15577-1; - E outras propriedades definidas pelo Engenheiro Projetista da Estrutura. Em nível de execução: - Desvio padrão de produção/controle do concreto (sd); - Cálculo da(s) resistência(s) média(s) de dosagem a “j”(s) dia(s) de idade (fCJ); - Definição do abatimento do concreto em conformidade com a NBR 8953. - Forma de produção do concreto: - em central dosadora (dosagem gravimétrica); - na obra, em betoneira estacionária (dosagem volumétrica, ou em massa combinada com volume)Caracterizações dos materiais Os materiais componentes do concreto deverão atender e serem avaliados segundo as seguintes normas: DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________5 Cimento: • NBR 5732/1991 – Cimento Portland comum. Especificação. • NBR 5733/1991 – Cimento Portland de alta resistência inicial. Especificação. • NBR 5735/1991 – Cimento Portland de alto forno. Especificação. • NBR 5736/1999 – Cimento Portland pozolânico. Especificação. • NBR 5737/1992 - Cimentos Portland resistentes a sulfatos. Especificação. • NBR 11578/1991 – Cimento Portland composto. Especificação • NBR 5741/1993 – Extração e preparação de amostras de cimento. Procedimento. • NBR 7215/1997 – Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão. Método de ensaio. • NBR 9202/1985 – Cimento Portland e outros materiais em pó. Determinação da finura por meio da peneira 0,044 mm (número 325). Método de ensaio. • NBR 11579/1991 – Cimento Portland. Determinação da finura por meio da peneira 75 micrômetros (número 200). Método de ensaio. • NBR 12826/1993 – Cimento Portland e outros materiais em pó. Determinação do índice de finura por meio de peneirador aerodinâmico. • NBR NM10/2004 – Cimento Portland - Análise química. Disposições gerais. • NBR NM11-1/2004 – Cimento Portland - Análise química. Método optativo para determinação de óxidos principais por complexometria - Parte 1: Método ISO. • NBR NM11-2/2009 – Cimento Portland - Análise química. Método optativo para determinação de óxidos principais por complexometria - Parte 2: Método ABNT. • NBR NM12/2004 – Cimento Portland - Análise química. Determinação de óxido de cálcio livre. • NBR NM13/2004 – Cimento Portland - Análise química. Determinação de óxido de cálcio livre pelo etileno glicol. • NBR NM14/2004 – Cimento Portland - Análise química; Método de arbitragem para determinação de dióxido de silício, óxido férrico, óxido de alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio. • NBR NM15/2004 – Cimento Portland - Análise química. Determinação de resíduo insolúvel. • NBR NM16/2009 – Cimento Portland - Análise química. Determinação de anidrido sulfúrico. • NBR NM17/2004 – Cimento Portland - Análise química. Método de arbitragem para a determinação de óxido de sódio e óxido de potássio por fotometria de chama. • NBR NM18/2004 – Cimento Portland - Análise química. Determinação de perda ao fogo. • NBR NM19/2004 – Cimento Portland - Análise química. Determinação de enxofre na forma de sulfeto. • NBR NM20/2009 – Cimento Portland e suas matérias-primas. Análise química - Determinação de dióxido de carbono por gasometria. • NBR NM21/2004 – Cimento Portland - Análise química. Método optativo para a determinação de dióxido de silício, óxido de alumínio, óxido férrico, óxido de cálcio e óxido de magnésio. • NBR NM22/2004 – cimento Portland com adições de materiais pozolânicos - Análise química. Método de arbitragem. • NBR NM23/2001 – Cimento portland e outros materiais em pó. Determinação de massa específica. • NBR NM65/2003 – Cimento portland. Determinação do tempo de pega. • NBR NM76/1998 – Cimento Portland. Determinação da finura pelo método de permeabilidade ao ar (Método de Blaine). DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________6 Agregados: • NBR 7211/2009 – Agregados para concreto. Especificação. • NBR 6467/2008 – Agregados - Determinação do inchamento de agregado miúdo. Método de ensaio. • NBR 7809/2006 – Agregado graúdo - Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro. Método de ensaio. • NBR 7218/87 – Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis. Método de ensaio. • NBR 7221/87 – Agregados - Ensaio de qualidade de agregado miúdo. Método de ensaio. • NBR 7389-1/2009 – Análise petrográfica de agregado para concreto. Parte 1: Agregado miúdo. • NBR 7389-2/2009 – Análise petrográfica de agregado para concreto. Parte 2: Agregado graúdo. • NBR 9917/2009 – Agregados para concreto - Determinação de sais, cloretos e sulfatos solúveis. Método de ensaio. • NBR 9939/87 – Agregados - Determinação do teor de umidade total, por secagem, em agregado graúdo. Método de ensaio. • NBR 9773/87 – Agregado - Reatividade potencial de álcalis em combinações cimento- agregado. Método de ensaio. • NBR 9975/87 – Agregados - Determinação da umidade superficial em agregados miúdos por meio do frasco de Chapman. • NBR 15577-1/2008 – Reatividade álcali-agregado Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas. • NBR 15577-2/2008 – Reatividade álcali-agregado Parte 2: Coleta, preparação e periodicidade de ensaios de amostras de agregados para concreto. • NBR 15577-3/2008 – Reatividade álcali-agregado Parte 3: Análise petrográfica para verificação da potencialidade reativa de agregados em presença de álcalis do concreto. • NBR 15577-4/2009 – Reatividade álcali-agregado Parte 4: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado. • NBR 15577-5/2008 – Reatividade álcali-agregado Parte 5: Determinação da mitigação da expansão em barras de argamassa pelo método acelerado. • NBR 15577-6/2008 – Reatividade álcali-agregado Parte 6: Determinação da expansão em prismas de concreto. • NBR NM 26/2001 – Agregados. Amostragem. (Errata: 2005). • NBR NM 27/2001 – Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório. • NBR NM 30/2001 – Agregado miúdo - Determinação da absorção de água. • NBR NM 45/2006 – Agregados - Determinação da massa unitária e do volume de vazios. • NBR NM 46/2003 – Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 75 micrometro, por lavagem. • NBR NM 49/2001 – Agregado fino - Determinação de impurezas orgânicas. • NBR NM 51/2001 – Agregado graúdo - Ensaio de abrasão "Los Angeles". Método de ensaio. • NBR NM 52/2003 – Agregado miúdo - Determinação de massa específica e massa específica aparente. (Errata: 2006). • NBR NM 53/2003 – Agregado graúdo - Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção de água. (Errata: 2006). • NBR NM 248/2003 – Agregados - Determinação da composição granulométrica. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________7 Aditivos: • NBR 10908/2008 – Aditivos para argamassa e concreto - Ensaios de caracterização. • NBR 11768/1992 – Aditivos para concreto de cimento Portland. Especificação. • NBR 12317/1992 – Verificação de aditivos para concreto. Procedimento. • NM 34/1994 – Aditivos para argamassa e concreto – Ensaios de uniformidade. Adições: • NBR 5752/1992 – Materiais pozolânicos - Determinação de atividade pozolânica com cimento Portland - Índice de atividade pozolânica com cimento. Método de ensaio. • NBR 12651/1992 – Materiais pozolânicos - Determinação de eficiência de materiais pozolânicos em evitar a expansão do concreto devido à reação álcali-agregado. Método de ensaio. • NBR 12653/1992 – Materiais pozolânicos. Especificação. • NBR 13956/1997 – Sílica ativa para uso em cimento Portland, concreto, argamassa e pasta de cimento Portland. Especificação. • NBR 13957/1997 – Sílica ativa para uso em cimento Portland, concreto, argamassa e pasta de cimento Portland. Métodos de ensaio. Água: • NBR 15900-1/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 1: Requisitos. • NBR 15900-2/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 2: Coleta de amostras de ensaios. • NBR 15900-3/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 3: Avaliação preliminar. • NBR 15900-4/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 4: Análisequímica – Determinação de zinco solúvel em água. • NBR 15900-5/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 5: Análise química – Determinação de chumbo solúvel em água. • NBR 15900-6/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 6: Análise química – Determinação de cloreto solúvel em água. • NBR 15900-7/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 7: Análise química – Determinação de sulfato solúvel em água. • NBR 15900-8/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 8: Análise química – Determinação de fosfato solúvel em água. • NBR 15900-9/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 9: Análise química – Determinação de álcalis solúveis em água. • NBR 15900-10/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 10: Análise química – Determinação de nitrato solúvel em água. • NBR 15900-11/2009 – Água para amassamento do concreto. Parte 11: Análise química – Determinação de açúcar solúvel em água. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________8 2.3 Definições importantes, inerentes a dosagem dos concretos estruturais quanto à resistência à compressão • Resistência característica à compressão do concreto (fCK): corresponde a quantia de 5% em uma curva de distribuição normal das resistências à compressão do concreto, ou seja, 95 por cento de todo o concreto produzido deverá apresentar resistência superior ao fCK. Deve-se fixar que o fCK é um parâmetro estatístico que não se pode mensurar diretamente e que pode ser obtido por meio de correlações matemáticas; • Resistência à compressão média do concreto (fCJ): corresponde a resistência média de um concreto a “j” dias de idade, a qual é obtida por meio da realização de ensaios de resistência à compressão simples (NBR 5739) em corpos-de-prova cilíndricos, em lotes formados conforme as orientações da NBR 12655. • Desvio padrão do concreto (sd): corresponde ao parâmetro estatístico de avaliação da dispersão dos valores obtidos nos ensaios de resistência à compressão do concreto, em relação à média aritmética dos mesmos, proveniente das variações nos materiais empregados em sua confecção, no processo de produção e nos ensaios de avaliação do concreto. • Interpretação estatística: Figura 1 – Interpretação estatística da resistência característica à compressão do concreto (fCK). sdff CJCK .65,1−= ⇔ sdff CKCJ .65,1+= Quando se efetua a dosagem de um concreto visando atender a uma determinada resistência à compressão, o objetivo principal é que o concreto atinja determinada resistência média (fCJ), visando garantir estatisticamente a sua resistência característica (fCK). Portanto é de fundamental importância o conhecimento ou a estimativa adequada do desvio padrão (sd). fC (MPa) 50% 5% fC28fCK 1,65. sd DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________9 2.3.1 Determinação do desvio padrão (Sd) • Concretos com desvio padrão conhecido - Concreto elaborado com os mesmos materiais - Mediante equipamentos similares e condições equivalentes Segundo a NBR 12655, pode-se adotar o desvio padrão igual ao obtido com o resultado de no mínimo 20 exemplares (20 pares de corpos de prova) amostrados em amassadas consecutivas em um intervalo igual ou inferior a 30 dias. Determinação do desvio padrão: 1 )( 1 2 − − = ∑ = n ff S n i CCI d onde: fCI = resistência individual de cada exemplar (maior resistência do par de C.P.s); C f = resistência média dos exemplares n = número de exemplares • Concretos com desvio padrão desconhecido Segundo a NBR-12655, quando não se dispõe de tempo e/ou de maneiras para se determinar o desvio padrão, pode-se adotar valores para o mesmo de acordo com os três tipos de condições de preparo do concreto: CONDIÇÃO A (Sd = 4,0 MPa) - Aplicável ao concreto das classes C10 à C80 ( 10 MPa e 80 MPa); - Cimento e agregados medidos em massa; - Água de amassamento medida em massa ou volume, com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos agregados; CONDIÇÃO B (Sd = 5,5 MPa) - Aplicável ao concreto das classes C10 até C20, ( 10 MPa ≤ fCK ≤ 20 MPa) quando: - Cimento medido em massa; - Água de amassamento medida em volume, com dispositivo dosador; - Agregados medidos em volume; - Umidade do agregado miúdo determinada pelo menos três vezes, durante o serviço do mesmo turno de concretagem; - Volume do agregado miúdo corrigido pela sua curva de inchamento. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________10 - Aplicável ao concreto das classes C10 até C25 (10 MPa ≤ fCK ≤ 25 MPa) quando: - Cimento medido em massa; - Água de amassamento medida em volume, com dispositivo dosador; - Agregados medidos em massa combinada com volume *. * no caso de massa combinada com volume, permitido somente para concretos da classe C25, entende-se que o cimento seja sempre medido em massa e que o canteiro deva dispor de meios para medir a umidade da areia e efetuar as correções necessárias, além de balanças com capacidade e precisão aferidas, de modo a permitir a rápida e prática conversão de massa para volume de agregados, sempre que for necessário ou quando o responsável técnico pela obra o exigir. CONDIÇÃO C (Sd = 7,0 MPa) - Aplicável ao concreto das classes C10 à C15 (fCK 10 MPa e 15 MPa); - Cimento medido em massa; - Agregados medidos em volume; - Água medida em volume e corrigida em função da estimativa de umidade dos agregados e da determinação da consistência do concreto segundo a NBR NM 67. Observação: segundo a NBR 12655 : Sd ≥ 2 MPa 2.3.2 Classificação dos concretos para fins estruturais por grupos de resistência A NBR 8953 classifica os concretos para uso em estruturas convencionais, segundo os seguintes grupos de resistência: Tabela 1 – Classificação dos concretos para fins estruturais por grupos de resistência. Fonte: NBR 8953 (ABNT, 2009). Grupo Classe de resistência Resistência característica à compressão – fCK (MPa) I C20 20 C25 25 C30 30 C35 35 C40 40 C45 45 C50 50 II C55 55 C60 60 C70 70 C80 80 Obs.: para concretos do grupo II permite-se, na ausência de Norma Brasileira em vigor, adotar os critérios de projeto estrutural de normais internacionais. Não é permitida a especificação de valores intermediários aos apresentados na tabela 1. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________11 Cabe ainda ressaltar que a NBR 8953, classifica os concretos das classes C10 (fCK = 10 MPa) e C15 (fCK = 15 MPa) como não aplicáveis para fins estruturais, com exceção para concretos previstos em Normas Brasileiras específicas, também não sendo permitidas a especificação de valores intermediários. 2.3.3 Leis da resistência dos concretos plásticos convencionais Os concretos secos são regidos por um teor de umidade ótimo do concreto, ou seja, para um determinado grau de vibração aplicado no adensamento de um concreto existe uma quantidade de água ideal que irá proporcionar a sua máxima compactação, ou seja, a minimização dos espaços vazios, aumentando-se sua resistência como conseqüência. Já os concretos plásticos (aqueles que apresentam abatimento), são regidos pela lei de Abrams: “A resistência à compressão de um concreto é praticamente equivalente a 95% da resistência à compressão da pasta de cimento que o compõe, e é diretamente dependente da sua relação água/cimento em massa”. ( ) caJ J CJ k kf / ,2 ,1 = Equação de Abrams onde:- fCJ : é a resistência à compressão média de um concreto a “ j ” dias de idade; - k1,J e k2,J: são coeficientes que dependem dos materiais empregados, da relação entre os agregados graúdos, do teor de argamassa e idade do concreto; - a/c : é a relação água/cimento, em massa, do concreto. A equação de Abrams, também pode ser escrita da seguinte forma linear, visando à determinação dos coeficientes k1,J e k2,J, por meio de uma regressão através do método dos mínimos quadrados: JJCJ kcakf ,2,1 log./log log −= Outras formas usuais de se escrever a equação de Abrams são: J CJJ k fk ca ,2 ,1 log loglog / − = e J CJ J k f k ca ,2 ,1 log log / = 2.3.4 Fatores que afetam a resistência à compressão do concreto: relação água-cimento; idade; forma, graduação dos agregados e resistência à compressão dos agregados; aderência da pasta de cimento aos agregados; tipo de cimento; DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________12 forma e dimensões dos corpos de prova; velocidade de aplicação da carga de ensaio; duração da carga; consumo de cimento. 2.3.5 Correlação entre a resistência à compressão simples e a resistência à tração na flexão do concreto Em alguns casos, deseja-se dosar o concreto para que esse atenda a uma determinada resistência característica à tração na flexão (fCTM,K), comumente empregada no dimensionamento de pisos industriais e pavimentos de concreto. A NBR 6118 (ABNT, 2003), apresenta a seguinte correlação: 3/2 , .3,0 fckf KCTM = Desta forma, quando não se dispuser de uma correlação prática confiável, pode-se calcular inicialmente a resistência à compressão característica, correspondente a uma dada resistência à tração na flexão característica especificada em um dado projeto. 5,1 ,.33,3 KCTMffck = Deve-se atentar para o nível de confiabilidade estatística para o caso de pavimentos de concreto, o qual é de 80% (NBR 75833) ao invés de 95% especificado para o concreto estrutural. Sendo assim, a correlação entre a resistência média à compressão (de dosagem) do concreto e a respectiva resistência à tração na flexão característica, pode ser escrita: sdff KCTMCJ .84,0.33,3 5,1 , += Onde: fCJ = resistência à compressão média do concreto a “j” dias de idade, em MPa. fCTM,K = resistência à tração na flexão característica do concreto a “j” dias de idade, em MPa; sd = desvio padrão do concreto, em MPa. 2.4 Aspectos essenciais sobre a trabalhabilidade dos concretos convencionais plásticos Para que o concreto possa atender com fidelidade às propriedades para as quais será dosado, em seu estado endurecido, é necessário que este tenha uma trabalhabilidade adequada para que possa ser corretamente homogeneizado, transportado e lançado nas fôrmas que compõem a estrutura da edificação, sem apresentar segregação (separação dos seus constituintes), bem como possuir uma fluidez compatível a sua forma de lançamento. Para tanto, deve-se fixar um abatimento compatível com as características de preparo, transporte e lançamento do concreto. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________13 A NBR 8953 classifica os concretos segundo as seguintes classes de consistência, avaliadas conforme a metodologia da NBR NM 67. Na tabela 2 são apresentados estes valores: Tabela 2 – Classes de consistência dos concretos para fins estruturais. Fonte: NBR 8953 (ABNT, 2009) Classe Abatimento (A) mm Aplicações típicas S10 10 ≤ A < 50 Concreto extrusado, vibro-prensado ou centrifugado S50 50 ≤ A < 100 Alguns tipos de pavimentos de elementos de fundações e de elementos pré-moldados ou pré-fabricados S100 100 ≤ A < 160 Elementos estruturais correntes como lajes, vigas, pilares, tirantes, pisos, com lançamento convencional do concreto S160 160 ≤ A < 220 Elementos estruturais correntes como lajes, vigas, pilares, tirantes, pisos, paredes diafragma, com concreto lançado por bombeamento, estacas escavadas lançadas por meio de caçambas S220 A ≥ 220 Estruturas e elementos estruturais esbeltos ou com alta densidade de armaduras com concreto lançado por bombeamento, lajes com grandes dimensões, elementos pré- moldados ou pré-fabricados de concreto, estacas escavadas lançadas por meio de caçambas. NOTA 1 De comum acordo entre as partes podem ser criadas classes especiais de consistência explicitando a respectiva faixa de variação do abatimento. NOTA 2 Os exemplos desta tabela são ilustrativos e não abrangem todos os tipos de aplicação. De acordo com o relatório elaborado pelo comitê 211 do Instituto Americano do Concreto (ACI), são sugeridos os seguintes abatimentos, em função da forma de lançamento do concreto e das peças a serem confeccionadas: Tabela 3 – Abatimentos sugeridos para diferentes tipos de construção*. Fonte: ACI 211.1 (1991) Tipos de construção Abatimento do tronco de cone (em mm) Máximo+ Mínimo Fundações, paredes e sapatas armadas 75 25 Sapatas não armadas, caixões e paredes de vedação 75 25 Vigas e paredes armadas 100 25 Pilares de edifícios 100 25 Pavimentos e lajes 75 25 Concreto massa 50 25 * Os abatimentos poderão ser aumentados quando da utilização de aditivos químicos, desde que os concretos apresentem a mesma relação água/cimento (ou água/mat. cimentíceos) e não apresentem segregação potencial ou exsudação excessiva. + Os abatimentos podem ser aumentados em 25 mm quando forem empregados métodos, que não a vibração para o adensamento do concreto. Devido à variação inerente a forma e distribuição dos grãos dos agregados, os abatimentos são definidos com uma variação aceitável. A NBR 7212 da ABNT preconiza as seguintes tolerâncias para as diferentes faixas de abatimento dos concretos estruturais: DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________14 Tabela 4 – Tolerâncias permitidas para diferentes abatimentos. Fonte: NBR 7212 (ABNT, 1984)1 Abatimento (mm) Tolerância (mm) De 10 a 90 ± 10 De 100 a 150 ± 20 160 e acima ± 30 De acordo com a NBR 12655, a consistência do concreto plástico deve ser avaliada em todas as amassadas (betonadas ou cargas de caminhões betoneira) de acordo com os procedimentos da NBR NM 67. A medida do abatimento representa para os concretos plásticos, representa uma avaliação quantitativa da fluidez do mesmo. Figura 2 - Abatimento do tronco de cone. A trabalhabilidade não deve ser medida apenas através de um índice quantitativo, o qual se pode por assim dizer, melhor representa a fluidez do concreto do que a coesão entre as partículas dos materiais que o compõe. Desta forma pode-se proceder a uma avaliação qualitativa visual do mesmo. Pode-se empregar o próprio ensaio de abatimento para se avaliar a coesão do concreto. A coesão adequada de um concreto é obtida através de um teor ideal de argamassa do mesmo, ou seja, por meio dos materiais mais finos (através de uma maior superfície específica), os quais deverão envolver adequadamente o(s) agregado(s) graúdo(s), bem como reter a água de amassamento do concreto evitando-se a segregação e minimizando a exsudação. Já a fluidez de um concreto se obtém por meio da relação água/materiais secos, em massa, compatível com o abatimento desejado do concreto. 1 A referida norma encontrava-se em revisão pelo Comitê de Cimento, Concreto e Agregados (CB-18) da Associação Brasileira de Normas Técnicas, quando da confecçãodesta publicação pelo autor. Abatimento em mm Concreto ≥ 3 Haste metálica Dimensões em mm Placa metálica de base Régua Molde DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________15 2.4.1 Equações relacionadas com a trabalhabilidade: Teor de argamassa seca: representa a relação entre a massa de argamassa presente em um traço de concreto e a sua respectiva massa total, sem a consideração dos fluídos (água/aditivos) que o compõe. 100. 1 1 (%) m a + + =α Onde: α(%) é o teor de argamassa seca do concreto, em porcentagem; a é a relação agregado miúdo/cimento em massa seca; m é a relação agregados totais/cimento em massa seca. Teor de argamassa úmida (α’): representa a relação entre a massa de argamassa presente em um traço de concreto e a sua respectiva massa total, considerando-se a água que o compõe. 100. )/(1 )/(1 (%)' cam caa ++ ++ =α Onde: α’(%) é o teor de argamassa úmido do concreto, em porcentagem; a é a relação agregado miúdo/cimento, em massa seca; m é a relação agregados totais/cimento, em massa seca; (a/c) é a relação água/cimento, em massa. Relação água/materiais secos (H% ou A%): representa o teor de umidade do concreto, ou seja, a massa de água em relação à massa de total de concreto seco sem a consideração dos fluídos (água/aditivos) que o compõe. 100. 1 )/((%) m caH + = Onde: H(%) é a relação água/materiais secos (teor de umidade) do concreto, em porcentagem; (a/c) é a relação água/cimento, em massa; m é a relação agregados totais/cimento, em massa seca. Lei de Lyse: “Concretos com um mesmo módulo de finura e um mesmo consumo de água apresentam o mesmo abatimento”. Em termos práticos a lei de Lyse pode ser interpretada da seguinte maneira: Uma mesma relação água/materiais secos para concretos confeccionados com os mesmos materiais, com uma mesma relação entre agregados graúdos em massa seca e um mesmo teor de argamassa seca, leva a um mesmo abatimento (mesma fluidez). )/.( .,4.,3 cakkm AbatAbat += Equação de Lyse DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________16 Onde: m é a relação agregados totais/cimento, em massa seca; k3,Abat. , k4,Abat. são coeficientes que dependem do abatimento (Abat.) desejado, do teor de argamassa, da relação entre agregados graúdos e dos materiais empregados na confecção do concreto; (a/c) é a relação água/cimento, em massa. 2.4.2 Fatores que influenciam a trabalhabilidade Na tabela 5 são apresentados os principais fatores que influenciam na trabalhabilidade do concreto. Tabela 5 – Fatores intrínsecos e extrínsecos que exercem influência na trabalhabilidade do concreto. In te rn o s 1 Consistência teor de argamassa do concreto 2 Fluidez relação água/materiais secos 3 Traço proporção cimento/agregados 4 Granulometria proporção agregados miúdo/graúdo 5 Forma dos grãos angulosa ou arredondada 6 Aditivos hidratação/dispersão das partículas de cimento Ex te rn o s 1 Tipo de mistura manual ou mecânica 2 Tipo de transporte vertical ou horizontal 3 Tipo de lançamento pequena ou grande altura, bombeamento 4 Tipo de adensamento manual ou vibratório, vácuo, centrifugação 5 Dimensões da peça a executar, densidade de armadura, tubulação de bombeamento dimensão máxima característica dos agregados graúdos 2.5 Aspectos inerentes à durabilidade dos concretos convencionais Para se obter um concreto durável, não basta apenas o emprego de materiais que obedeçam as especificações técnicas normativas é preciso controlar as variáveis que influenciam na permeabilidade do concreto, bem como avaliar as condições de agressividade ambientais e de uso nas quais a estrutura estará sujeita. Outro passo primordial é a avaliação e escolha preliminar dos materiais com base na agressividade ambiental (e.g. escolha dos agregados quando da possibilidade de ocorrências de reação álcali-agregado, ver NBR 15577-1). A NBR 12655 apresenta um mínimo de parâmetros a serem respeitados visando à durabilidade dos concretos estruturais, conforme as tabelas abaixo reproduzidas. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________17 No que concerne à dosagem destes concretos deve-se prestar atenção na limitação das relações água/cimento máximas permitidas, as quais visam reduzir a permeabilidade do concreto em função do ambiente no qual este estará inserido. Tabela 6 – Classes de agressividade ambiental. Fonte: NBR 12655 (ABNT, 2006). A NBR 12655 (ABNT, 2006), solicita que ensaios comprobatórios do desempenho da durabilidade da estrutura em função do tipo e nível de agressividade previsto em projeto, definam os parâmetros mínimos a serem atendidos. Todavia, se estes não existirem a referida norma permite que se adotem os requisitos mínimos expressos na tabela 7, dada a grande influência que a relação água/cimento exerce sobre a durabilidade do concreto. Tabela 7 – Requisitos mínimos para o concreto em função da classe de agressividade ambiental. Fonte: NBR 12655 (ABNT, 2006). DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________18 Quando houver condições especiais de exposição (cloretos, concretos com baixa permeabilidade, gelo/degelo, utilização de agentes químicos de degelo sobre o concreto), a NBR 12655 especifica ainda outros requisitos mínimos em relação à máxima relação água/cimento e a mínima resistência característica à compressão do concreto, conforme apresentado na tabela 8. Tabela 8 – Requisitos mínimos para o concreto em função da classe de condições especiais de exposição. Fonte: NBR 12655 (ABNT, 2006). Se houver a possibilidade de exposição do concreto a ser dosado, com soluções contendo sulfatos, além de ser necessário o emprego de cimento resistente a sulfatos, a NBR 12655 também especifica outros requisitos mínimos em relação à máxima relação água/cimento e a mínima resistência característica à compressão do concreto, conforme apresentado na tabela 9. Tabela 9 – Requisitos mínimos para o concreto exposto a soluções contendo sulfatos. Fonte: NBR 12655 (ABNT, 2006). Deve-se lembrar ainda, que não basta um bom projeto estrutural e uma excelente dosagem do concreto, se a execução da estrutura e o controle de qualidade não forem adequados. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________19 2.6 Teores de ar no concreto Teor de ar aprisionado – ννννapr(%): representa o volume de ar que não se consegue expulsar, quando do adensamento pleno de um concreto, em relação ao volume plenamente adensado do concreto, expresso em porcentagem. Este valor pode ser estimado em função da dimensão máxima característica do maior agregado graúdo empregado na confecção do concreto, ou ainda ser avaliado através de ensaios práticos (NBR 9833 e NBR NM 47). Teor de ar incorporado – ννννinc. (%): representa o volume de ar que foi incorporado ao concreto, através do emprego de aditivos incorporadores visando, por exemplo, melhorar alguma propriedade do mesmo (p.ex.: resistência à ação de gelo/degelo) em relação ao volume plenamente adensado do concreto, expresso em porcentagem. Teor de ar total – νννν (%): representa o somatório dos volumes de ar aprisionado e incorporado, em relação ao volume plenamente adensado do concreto, expresso em porcentagem. νννν (%) = ννννapr(%) + ννννinc. (%) = Var,total / Vconcreto, adensadoTabela 10 – Estimativa do teor de ar aprisionado do concreto em função da dimensão máxima do agregado graúdo. Fonte: Rodrigues, 1995. Dimensão máxima do agregado graúdo (mm) 6,3 9,5 12,5 19,0 25,0 32,0 38,0 50,0 76,0 Teor de ar aprisionado estimado - ννννapr.(%) 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 1,0 0,5 0,3 2.7 Consumos de materiais O consumo de um material de um determinado traço de concreto é definido como sendo a quantidade (em massa ou volume) deste material necessária para se produzir um metro cúbico de concreto plenamente adensado (o mais compacto possível). Representação esquemática do concreto: Representação Material Massa Volume Ar ≅ 0 (desprezível) VAR Cimento MCIMENTO VCIMENTO Agregado Miúdo MMIÚDO VMIÚDO Agregado Graúdo A MGRAÚDO A VGRAÚDO A Agregado Graúdo B MGRAÚDO B VGRAÚDO B ÁGUA MÁGUA VÁGUA ADITIVO MADITIVO VADITIVO Obs.: - os materiais cimento e agregados estão representados em massa seca. Figura 4 – Representação esquemática do concreto DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________20 Correlações existentes: C CIMENTO CIMENTO MV γ = ; a MIÚDO MIÚDO M V γ = ; A,P A GRAÚDO A GRAÚDO M V γ = ; B,P B GRAÚDO B GRAÚDO M V γ = ; ÁGUA ÁGUA ÁGUA M V γ = ; ÁGUA ÁGUA ÁGUA M V γ = ; ADITIVO ADITIVO ADITIVO MV γ = 100 V(%).V CONCRETOAR υ = ; CONCRETO CONCRETO CONCRETO V M =γ Onde: γ representa a massa específica do material. Observação: γÁGUA ≈ 1,0 kg/dm³. Muitas vezes o consumo de cimento em massa é o balizador do custo do concreto, pois geralmente o cimento é o material mais caro. Uma vez conhecido o traço unitário em massa seca e o consumo de cimento em massa de um concreto, fica facilitada a determinação dos consumos dos demais materiais componentes do mesmo. Existem basicamente duas maneiras de se determinar o consumo de cimento em massa de um concreto. a) Conhecendo-se o traço unitário em massa seca, o teor de ar total (aprisionado + incorporado) e as massas específicas dos materiais que compõe o concreto. Suponha-se o seguinte traço unitário em massa seca de um determinado concreto: 1 : a : pA : pB : (a/c) : adt Onde: a – representa o traço unitário em massa seca do agregado miúdo; pA – representa o traço unitário em massa seca do agregado graúdo “A”; pB – representa o traço unitário em massa seca do agregado graúdo “B”; (a/c) – representa a relação água/cimento, em massa; (adt) – representa o teor de aditivo em relação ao cimento, em massa. Pode-se inicialmente calcular o volume de concreto plenamente adensado, em dm³, sem ar aprisionado, produzido com 1 kg de cimento, vCONCRETO: .,, )/(1 adtBP B AP A aC CONCRETO adt ca ppaV γγγγγ +++++= Obs.: devem-se empregar as massas específicas (γ) dos materiais (em kg/dm³). DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________21 Em seguida se pode determinar o consumo de cimento (em quilogramas por metro cúbico de concreto plenamente adensado), por meio de uma regra de três simples, ou seja, determinar a massa de cimento necessária para se produzir um metro cúbico (= 1.000 dm³) de concreto plenamente adensado. Para tanto, devemos lembrar que na determinação acima, o volume de concreto está desconsiderando o volume de ar, sendo assim: 1.000 dm³ de concreto = 1000 – 1000.ν(%)/100 = 1000 – 10.ν(%) Cimento (kg) Volume de concreto plenamente adensado (dm³) 1 .,, )/(1 adtBP B AP A aC CONCRETO adt ca ppaV γγγγγ +++++= CTCIMENTO 1.000 – 10.(%) .,, )/(1 (%).101000 adtBP B AP A aC CIMENTO adt ca ppa CT γγγγγ υ +++++ − = Este consumo é conhecido como consumo teórico de cimento. b) Conhecendo-se o traço unitário em massa seca e a massa específica do concreto em estado fresco (determinada de acordo com a NBR 9833). Suponha-se o seguinte traço unitário em massa seca de um determinado concreto: 1 : a : pA : pB : (a/c) : adt onde: a – representa o traço unitário em massa seca do agregado miúdo; pA – representa o traço unitário em massa seca do agregado graúdo “A”; pB – representa o traço unitário em massa seca do agregado graúdo “B”; (a/c) – representa a relação água/cimento, em massa; adt – representa o teor de aditivo em relação ao cimento, em massa. e que este traço apresente uma massa específica em kg/dm³. Sendo: CONCRETO CONCRETO CONCRETO V M =γ , quando VCONCRETO = 1 m³ (1.000 dm³), podemos expressar a massa de concreto como sendo: ])/(1.[ adtcappaCPM BACIMENTOCONCRETO +++++= , sendo assim temos: 1000 ])/(1.[ adtcappaCP BACIMENTO CONCRETO +++++ =γ e portanto: adtcam CP CONCRETOCIMENTO +++ = )/(1 .1000 γ DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________22 Onde: γ – representa a massa específica do concreto em kg/dm³; m – representa o traço unitário em massa seca total de agregados; (a/c) – representa a relação água/cimento, em massa; adt – representa o teor de aditivo em relação ao cimento, em massa. Este consumo é conhecido como consumo prático de cimento. Lei de Molinari: “O consumo de cimento de um concreto é inversamente proporcional a relação agregados/cimento em massa seca”. mkk C ABATABAT ABATCIMENTO . 1000 ,6,5 ., + = Onde: k5,ABAT. e k6,ABAT. – são coeficientes que dependem do abatimento (ABAT.) desejado, da relação entre os agregados graúdos e do teor de argamassa e dos materiais empregados na confecção do concreto; m – representa o traço unitário em massa seca total de agregados; 2.8 Classificação dos concretos para fins estruturais Para fins de classificação a NBR 8953 (ABNT, 2009), classifica os concretos para fins estruturais de acordo com a sua massa específica, classe de resistência e classe de consistência. 2.8.1 Classificação quanto à massa específica - Concreto normal (C): que apresente massa específica seca, determinada de acordo com a NBR 9778, compreendida entre 2000 kg/m³ e 2800 kg/m³; - Concreto leve (CL): que apresente massa específica seca, determinada de acordo com a NBR 9778, abaixo de 2000 kg/m³; - Concreto pesado ou denso (CD): que apresente massa específica seca, determinada de acordo com a NBR 9778, superior a 2800 kg/m³. Com relação à classificação quanto à resistência e a consistência dos concretos destinados a fins estruturais, estas se encontram detalhadas nas tabelas 1 e 2, respectivamente. Exemplos de classificação de concreto para fins estruturais: CL20 S180±30: Concreto leve, com resistência característica à compressão de 20 MPa e abatimento (slump) do tronco de cone de 180±30 mm. C30 S50±10: Concreto normal, com resistência característica à compressão de 50 MPa e abatimento (slump) do tronco de cone de 50±10 mm. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________23 3. MÉTODO DE DOSAGEM DO IPT/EPUSP O método de dosagem de concreto IPT/EPUSP é bastante simples e versátil, tendo ampla aceitação no Brasil. Suas principais características são: - A ênfase na experimentação expedita, com os materiais disponíveis na obra; - A possibilidade de adaptação a outros métodos de dosagem podendo-se optar ou não por adotar distribuições granulométricas impostas para os agregados; - O emprego do Diagrama IPT/EPUSP de Dosagem ou desuas equações. Para muitos produtores de concreto, o Diagrama IPT/EPUSP de Dosagem é uma ferramenta útil não só na etapa preliminar de dosagem, mas também no controle, onde facilita as intervenções no processo de produção do concreto. O método de dosagem dos concretos preconizado pelo IPT/EPUSP – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo / Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – segue a seqüência a seguir em três fases. O trabalho apresentado neste capítulo se baseia neste método. Fase I: Caracterizações dos materiais e definição das propriedades do concreto a serem atendidas no estado fresco: - Estimativa dos parâmetros do traço de concreto, a partir de equações e estudos consagrados, visando um melhor delineamento dos estudos experimentais; - Execução do estudo experimental, compostos por: - Definição da melhor relação entre agregados graúdos (quando da utilização de mais de um), visando reduzir o consumo de cimento; - Definição de um traço normal (piloto), com relação agregados/cimento (mN), em massa seca, geralmente igual a 5 (cinco); - Ajustes das seguintes propriedades para o traço normal: - Consistência, através do teor ideal de argamassa seca incluindo perdas de mistura e transporte (αideal+perdas); - Fluidez para o abatimento desejado, através do teor de umidade do concreto (relação água/materiais secos) – H(%), avaliado indiretamente por meio da relação água/cimento (a/c)N; DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________24 - Execução do traço normal ajustado, visando à moldagem de corpos- de-prova para posterior avaliação da resistência à compressão do concreto as idades desejadas. - Execução de dois outros traços auxiliares, com relações agregados/cimento (m), em massa seca, geralmente afastadas 1,5 (um vírgula cinco) pontos do traço normal. Sendo denominado por traço rico (em cimento) o traço que apresentar a relação agregados/cimento (mR), em massa seca, inferior a do traço normal e por traço pobre (em cimento) o traço que apresentar a relação agregados/cimento (mP), em massa seca, superior a do traço normal. Os traços auxiliares serão executados com o mesmo teor ideal de argamassa seca incluindo perdas (αideal+perdas) e teor de umidade do concreto do traço determinados para o traço normal. Podendo ainda haver a necessidade da confecção dos traços muito rico e/ou muito pobre em função das propriedades desejadas dos concretos a serem dosados (com teores de argamassa ajustados, dada influência do maior ou menor consumo de cimento destes). - Eventuais ajustes da fluidez dos traços auxiliares para o abatimento desejado, e moldagem de corpos-de-prova para posterior avaliação das resistências à compressão do concreto nas idades desejadas. - Estudos de fluidez complementares, para os traços, normal, rico e pobre (ou muito rico/muito pobre*, quando aplicável), para outros abatimentos desejados. (* nestes casos fazem-se necessários ajustes no teor de argamassa) - Avaliação das resistências à compressão dos concretos para os traços rico, normal (piloto) e pobre. Além do(s) traço(s) muito rico ou muito pobre, quando aplicável; Fase II: - Construção do diagrama de dosagem, com as curvas das leis de Abrams, Lyse e Molinari e suas respectivas equações. Fase III: - Dosagem propriamente dita; - Para cada traço de concreto a ser dosado, com o auxílio do diagrama de dosagem e/ou das equações das curvas que o compõem e especificações de projeto/normativas realiza-se: - determinação da relação água/cimento (a/c) do traço, que atenderá a(s) resistência(s) de projeto e os requisitos de durabilidade (NBR 12655); - obtenção da relação agregados/cimento em massa seca (m) do traço, a partir da relação água/cimento e do abatimento desejado; DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________25 - desmembramento da relação agregados/cimento em massa seca (m), nos traços unitários em massa seca de agregados miúdo (a) e graúdo (p ou pA e pB), através do teor ideal de argamassa incluindo perdas (αideal+perdas) e da melhor relação entre agregados graúdos*, determinados experimentalmente na fase I; * quando da utilização de mais de um agregado graúdo - obtenção do consumo de cimento do traço e respectivos consumos dos demais materiais (agregados, água, aditivos, etc.); - cálculos do custo de materiais para um metro cúbico de concreto e para o volume de concreto da obra, para fins orçamentários; - construção de tabelas de traços para centrais dosadoras de concreto (usinas), para diferentes volumes de concreto a serem produzidos e diferentes teores umidade dos agregados, ou, adaptação do traço unitário em massa seca, para massa combinada com volume (cimento em sacos, dimensões padiolas de agregados, água em volume, ajustados em função dos teores de umidade dos materiais), no caso de concreto rodado em obra. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________26 3.1 ROTEIRO PARA A EXECUÇÃO DO MÉTODO DE DOSAGEM IPT/EPUSP 3.1.1 FASE I i.1 – Definição das propriedades do concreto a serem atendidas: - Resistência característica à compressão (fCK); - Resistência característica à tração na flexão (fCTM,K); - Desvio padrão (sd); - Máxima relação água/cimento (a/cMÁX.) permitida em função da durabilidade do concreto; - Verificação do maior tamanho de agregado graúdo possível de ser utilizado em função da geometria das peças a serem concretadas e da tubulação de bombeamento (se aplicável), bem como, se o emprego de mais de um agregado graúdo. ≤ obombeament de tubulação da diâmetro do 4 1 concreto do nominal cobrimento x 1,2 armadura da barras as entre horizontal oespaçament x 0,8 armadura da barras as entre vertical oespaçament x 1,2 laje da espessura da 3 1 fôrma de faces entre dimensão menor da 4 1 ... GraúdoCMD - Abatimento(s) a serem contemplados pelo estudo de dosagem. i.2 Determinação da(s) resistência(s) média(s) à compressão do concreto a(s) idade(s) “j” [resistência(s) de dosagem do concreto a(s) idade(s) “j”’] - Para cada idade “j” que o concreto tiver uma especificação de resistência característica à compressão (fCK) ou característica à tração na flexão (fCK), deve- se calcular o fcj, correspondente. Quando não houver nenhuma especificação quanto a idade, deve se considerar j = 28 dias. sdff CKCJ .65,1+= sdff KCTMCJ .84,0.33,3 5,1 , += Onde: fCJ = resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade de j dias, em MPa; fCK = resistência característica do concreto à compressão à j dias de idade, em MPa; fCTM,K = resistência característica do concreto à tração na flexão à j dias de idade, em MPa; Sd = desvio padrão do concreto, em MPa. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________27 i.3 Estimativa da relação água/cimento Com o(s) valor(es) da(s) resistência(s) média(s) à compressão do concreto a(s) idade(s) “j”, deve(m)-se estimar a(s) respectiva(s) relação(ões) água/cimento, através da equação de Abrams: J2, CJJ1, k log f log k log / − =ca Onde: - a/c : é a relação água/cimento, em massa, do concreto. - fCJ : é a resistência à compressão média de um concreto a “ j ” dias de idade; - k1,J e k2,J: são coeficientes que dependem dos materiais empregados, da relação entre os agregados graúdos, do teor de argamassa e idade do concreto; Os valores de k1,J e k2,J podem ser estimados a partirde outros estudos de dosagem desenvolvidos com os mesmos materiais a serem empregados, ou a partir de aproximações existentes em função do tipo de cimento empregado. Na tabela 11 são apresentados coeficientes propostos, adaptados de estudos de Helene e Andrade(2007), para j = 28 dias: Tabela 11 – Valores dos coeficientes da equação de Abrams, para a estimativa da relação água/cimento do concreto, em função da resistência média à compressão de dosagem aos 28 dias de idade e do tipo de cimento empregado. Fonte: Helene e Andrade (2007). Cimento k1,28 k2,28 log k1,28 log k2,28 Observações: Coeficientes obtidos a partir de estudos desenvolvidos com agregados graúdos de origem granítica com dimensão máxima característica de 25 mm, para abatimentos entre 50mm e 70mm, com emprego de aditivo plastificante normal. CP I 32 149,3826 13,0317 2,1743 1,1150 CP II 32 115,1596 10,8943 2,0613 1,0372 CP II 40 141,0912 11,9591 2,1495 1,0777 CP III 32 151,5305 17,9515 2,1805 1,2541 CP III 40 183,2314 18,6853 2,2630 1,2715 CP IV 32 135,5189 14,0799 2,1320 1,1486 CP V ARI RS 124,7096 8,9536 2,0959 0,9520 CP V ARI 150,5913 10,1789 2,1778 1,0077 DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________28 Também podem ser empregados os coeficientes propostos por Helene e Terzian(1992), conforme a tabela 12: Tabela 12 – Valores dos coeficientes da equação de Abrams, para a estimativa da relação água/cimento do concreto, em função da resistência média à compressão de dosagem, em função do tipo de cimento empregado. Fonte: Helene e Terzian (1992). Cimento 3 dias 7 dias 28 dias 63 dias 91 dias k1,3 k2,3 k1,7 k2,7 k1,28 k2,28 k1,63 k2,63 k1,91 k2,91 CP I 32 79,4 25,9 86,8 14,9 92,8 7,9 95,4 6,8 97,5 5,9 CP II 32 CP II 40 95,3 104,2 111,4 114,5 117,0 CP III 32 87,7 44,6 95,0 19,5 121,2 10,2 123,6 8,2 125,5 6,5 CP IV 32 107,4 49,7 97,4 22,6 99,7 11,4 101,7 8,73 103,4 6,6 CP V ARI 99,2 25,9 108,5 14,9 111,4 7,9 114,5 6,8 117,0 5,9 Outra opção é o emprego dos coeficientes das equações de Abrams, adaptados de Rodrigues (1995), conforme a tabela 13: Tabela 13 – Valores dos coeficientes da equação de Abrams, para a estimativa da relação água/cimento do concreto, em função da resistência média à compressão do cimento empregado aos 28 dias de idade. Fonte: Rodrigues (1995). f Cimento,28 k1,28 k2,28 log k1,28 log k2,28 32 106,447 15,906 2,027 1,202 35 116,197 16,000 2,065 1,204 38 124,677 15,646 2,096 1,194 41 134,983 15,395 2,130 1,187 44 146,376 15,803 2,165 1,199 47 154,434 15,382 2,189 1,187 Se houverem diferentes relações água/cimento estimadas, em função de diferentes idades, deve-se adotar sempre a menor relação. Em seguida deve-se comparar esta relação água/cimento estimada adotada com a máxima relação água/cimento permitida para a durabilidade do concreto, novamente adotando-se a menor das duas relações. Esta relação água/cimento será denominada por (a/c)estimada . i.4 – Estimativa do teor de umidade do concreto (H%) Pode-se realizar uma primeira estimativa do teor de umidade do concreto, com base nos valores apresentados na tabela 14, ou através da equação proposta por Campitelli (1994). DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________29 Tabela 14 – Estimativa do teor de umidade do concreto – HEST(%) em função da dimensão máxima característica do maior agregado graúdo a ser empregado na confecção do concreto e do abatimento desejado, para concretos sem o emprego de aditivos. Baseada em Campitelli (1994). 6,3 9,5 12,5 19 25 32 38 50 76 50 10,0 9,6 9,3 8,9 8,5 8,0 7,6 6,8 5,0 80 10,2 9,9 9,7 9,3 8,8 8,3 7,9 7,1 5,2 100 10,4 10,2 10,0 9,5 9,1 8,6 8,1 7,2 5,4 150 11,1 10,8 10,6 10,1 9,6 9,1 8,6 7,7 5,7 180 11,5 11,2 11,0 10,4 10,0 9,4 8,9 8,0 5,9 210 11,8 11,6 11,3 10,8 10,3 9,7 9,2 8,3 6,1 250 12,4 12,1 11,8 11,3 10,8 10,2 9,7 8,6 6,4 Valores do Teor de Umidade Estimado para o Concreto (HEST.) em %Abat. (mm) Dimensão Máxima Característica do Maior Agregado Graúdo a ser Empregado (mm) Os valores da tabela 14 foram obtidos pela equação proposta por Campitelli(1994), para agregados graúdos com massa específica média igual a 2,75 kg/dm³ (2750 kg/m³). Para agregados graúdos com outras massas específicas, pode-se aplicar diretamente a equação proposta: P . 4419. ).163()148.(783 (%) γ SDMCDMC HEST −+− = Onde: HEST. (%) é o teor de umidade estimado do concreto para se atender ao abatimento desejado; DMC é a dimensão máxima característica do maior agregado graúdo empregado na confecção do concreto, em mm; γP é a massa específica da composição de agregados graúdos, em kg/dm³; S é o abatimento desejado para o concreto, em mm. Caso se deseje trabalhar com aditivos, deve-se verificar no catálogo do fornecedor a redução média de água proporcionada (HRED.%). O teor de umidade estimado do concreto pode então ser obtido pela expressão: − = 100 (%)100 (%).(%) .. . REDADT HHH ESTEST Onde: . . ADT EST H (%) é o teor de umidade estimado do concreto com aditivo(s) para se atender ao abatimento desejado; HEST. (%) é o teor de umidade estimado do concreto sem aditivo(s) para se atender ao abatimento desejado HRED. (%) é o teor de médio de redução de água informado pelo fabricante de aditivos. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________30 i.5 – Estimativa da relação agregados/cimento em massa seca (mest.) Com os valores da relação água/cimento estimada [(a/c)estimada] e o teor de umidade do concreto estimado, com ou sem aditivos, HEST. (%) ou . . ADT EST H , respectivamente, obtém se a estimativa da relação agregados/cimento em massa seca (mest.) por meio das equações: Para concreto sem aditivo(s): 1 (%) )/.(100 . . −= EST H ca m estimadaest Para concreto com aditivo(s) 1 (%) )/.(100 .. . −= ADT estimada est EST H ca m i.6.Planejamento do estudo experimental Em função da estimativa da relação agregados/cimento em massa seca (mest.), inicia-se o planejamento do estudo experimental a ser realizado na fase II. Tabela 15 – Pré-definição dos traços a serem executados no estudo experimental em função da relação agregados/cimento em massa seca estimada(mest.) Relação agregados/cimento em massa seca estimada (mest.) Traços a serem executados Obs.: mest, arred. é a relação agregados/cimento em massa seca estimada, arredondada para o múltiplo de 0,5 mais próximo. No caso do traço muito rico, deve-se arredondar para baixo e no caso do traço muito pobre deve-se arredondar para baixo. Entre 3,5 e 6,5 Rico (m = 3,5) Normal (m = 5,0) Pobre (m = 6,5) Inferior a 3,5 Muito rico (m = mest,arred) Rico (m = 3,5) Normal (m = 5,0) Superior a 6,5 Normal (m = 5,0) Pobre (m = 6,5) Muito Pobre (m = mest,arred) Poderão ainda ser realizadas outras combinações em função de todas as estimativas das relações “m”, provenientes das possíveis combinações de traços a serem dosados (resistência / durabilidade / abatimento). Sendo a mais ampla, a que trabalhe com os traços muito rico, rico, normal, pobre e muito pobre. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________31 Quando não se dispõe de muito conhecimento sobre os materiais a serem empregados na confecção dos concretos, ou de experiência prática, pode-se realizar umaprimeira estimativa do teor de argamassa seca (α), em função do módulo de finura do agregado miúdo a ser utilizado, conforme os valores apresentados na tabela 16, sugeridos por Campitelli (1994). Tabela 16 – Valores de (α) iniciais em função da dimensão máxima característica do maior agregado graúdo e do módulo de finura do agregado miúdo. Fonte: Campitelli (1994). Módulo de finura do agregado miúdo Dimensão máxima característica do maior agregado graúdo empregado na confecção do concreto (mm) 9,5 19 25 38 50 76 102 152 ≤ 2,40 55 50 46 43 37 33 30 27 2,41 a 2,79 57 52 48 45 39 35 31 28 ≥ 2,80 59 54 50 46 41 36 32 29 Estudo Experimental Nesta fase é realizado o estudo experimental. O objetivo desta fase é determinar as características ideais dos concretos a serem dosados, bem como, obter parâmetros para se obter o diagrama de dosagem e as respectivas equações das curvas que o compõe. 1ª. Etapa: Melhor composição entre agregados graúdos Se forem empregados mais de um agregado graúdo na confecção do(s) concreto(s) a ser(em) dosado(s), o primeiro passo é determinar a melhor composição entre estes. Esta melhor relação entre os agregados é realizada através do ensaio de massa unitária em estado compactado (NBR NM 45), para diferentes composições em massa seca, entre os mesmos. Caso contrário passa-se diretamente para a 2ª etapa. Quanto maior a massa unitária em estado compactado, menor o volume de espaços vazios, entre as mesmas, resultando em uma menor demanda de argamassa para preenchê-los e em um menor consumo de cimento por conseqüência. Deve-se iniciar sempre com o máximo teor possível para o agregado de maiores dimensões, pois este, por apresentar menor superfície específica, levará a uma menor demanda de água para uma mesma fluidez do concreto e portanto a um menor consumo de cimento. Na tabela 17 e figura 4 é apresentado um exemplo de estudo. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________32 Tabela 17 – Exemplo de estudo da melhor composição entre dois agregados graúdos. Volume do recipiente (dm³) 15,2 Massa do recipiente (kg) 5,210 Composição entre os agregados (% pA / %pB) Massas de agregados graúdos na mistura (kg) Acréscimos de agregado graúdo tipo A para a obtenção da composição (kg) Massa agregados + recipiente (kg) Massa de agregados (kg) MUC (kg/dm³) Tipo B Tipo A 10 / 90 30 3,333 3,333 28,770 23,560 1,55 20 /80 7,500 4,167 29,074 23,864 1,57 30 / 70 12,857 5,357 29,378 24,168 1,59 40 / 60 20,000 7,143 29,682 24,472 1,61 50 / 50 30,000 10,000 29,530 24,320 1,60 40 / 60 45,000 15,000 29,226 24,016 1,58 y = 66,667x5 - 112,5x4 + 69,167x3 - 19,375x2 + 2,6517x + 1,42 R² = 1 1,54 1,55 1,56 1,57 1,58 1,59 1,60 1,61 1,62 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% M as sa u n it ár ia c o m p ac ta d a d a co m p o si çã o ( kg /d m ³) % Agregado Graúdo do Tipo "A" na composição Composição ideal: %pA = 41 % %pB = 59 % Figura 4 – Exemplo de estudo da melhor composição entre dois agregados graúdos. Ao final desta etapa do estudo experimental, são obtidos os valores dos teores ideais de agregados graúdos do tipo A (%pA) e do tipo B (%pB), em relação a massa total de agregado graúdo. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________33 2ª. Etapa: Determinação do teor ideal de argamassa seca (αideal) Esta etapa tem como objetivo principal a definição do teor de argamassa ideal (teor ótimo de finos), para que o concreto tenha a coesão adequada (ausência de segregação + minimização da exsudação). Deve-se ressaltar que o excesso de argamassa, também é prejudicial, pois além de demandar mais água para um mesmo abatimento (maior teor de finos = maior superfície específica), aumentando os riscos de fissuração, seja por retração térmica ou retração por secagem, entre outros. Utiliza-se o traço normal (m=5) para realizar o estudo de determinação do teor ideal de argamassa. Para se determinar o teor ideal de argamassa, o primeiro passo é montar uma planilha, onde o valor de “m” é fixo e os valores do teor de argamassa (α) são variados, calculando-se as quantidades de insumos (materiais componentes do concreto) necessárias para cada teor de argamassa. Visando evitar ao máximo o desperdício de materiais no estudo experimental e uma vez que ao se aumentar os teores de argamassa, aumentam-se as quantidades de cimento e agregado miúdo, fixa-se a massa de brita. Com isso, pode-se usar um único traço inicial, no qual são realizados acréscimos de finos (cimento e agregado miúdo) e água à betoneira, para cada teor de argamassa seca a ser avaliado. Na tabela 18 é reproduzido um exemplo desta planilha. Outro fator importante é a definição da relação água/cimento inicial do traço. Para tanto, emprega-se o teor de umidade estimado em i.4 para se obter a relação água/cimento inicial para o traço normal. DOSAGEM DO CONCRETO CONVENCIONAL – ENG. CESAR HENRIQUE S. DAHER____________________________34 Tabela 18 – Planilha prática para a avaliação do teor ideal de argamassa em laboratório m 5 0,017163 %pA 35% 359,934 a/c 0,550 Tipo "A" Tipo "B" Total (kg) Acréscimo (g) 35% 6,000 - 6,600 - 8,190 15,210 3,300 - ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 37% 6,19 190 7,552 952 8,190 15,210 3,4045 104,5 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 39% 6,393 203 8,567 1015 8,190 15,210 3,5162 111,7 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 41% 6,61 217 9,651 1084 8,190 15,210 3,6355 119,3 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 43% 6,842 232 10,81 1159 8,190 15,210 3,7631 127,6 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 45% 7,091 249 12,055 1245 8,190 15,210 3,9001 137,0 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 47% 7,358 267 13,392 1337 8,190 15,210 4,0469 146,8 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 49% 7,647 289 14,835 1443 8,190 15,210 4,2059 159,0 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 51% 7,959 312 16,396 1561 8,190 15,210 4,3775 171,6 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 53% 8,298 339 18,09 1694 8,190 15,210 4,5639 186,4 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 55% 8,667 369 19,934 1844 8,190 15,210 4,767 203,0 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 57% 9,070 403 21,949 2015 8,190 15,210 4,9885 221,6 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 58% 9,286 216 23,029 1080 8,190 15,210 5,1073 118,8 ( ) Segregação; ( ) Exsudação; ( ) Superfíci e Rugosa; ( ) Excesso de argamassa ; ( ) Teor adequado 59% 9,512
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