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1/7 Nome: Patrick Giuliano Taranti Nº matrícula: 11711GEO232 Disciplina: História do Pensamento Geográfico Turma: ☐ Noturno ☐ Diurno Prof. Dra Rita de Cássia Martins de Souza Referências Bibliográficas BERDOULAY, Vincent. A Abordagem Contextual. Revista Espaço & Cultura, v. 16, p. 47–56, jul./dez. 2003, Rio de Janeiro: UERJ. Nota: publicado originalmente como The Contextual Approach, em Geography, Ideology and Social Concern, organizado por D.R. Stoddart. London: Blackwell, 1981. Tradução: Márcia TRIGUEIRO. Disponível em: <http://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/7763/5611>. Acesso em: 10 abr. 2017. O estudo desenvolvido, nas palavras de Berdoulay [...] DESTINA-SE A CONTRIBUIR PARA A ELABORAÇÃO DE UMA ABORDAGEM CONTEXTUAL À HISTÓRIA DA GEOGRAFIA. INICIALMENTE, ENFATIZA-SE A IMPORTÂNCIA DE SE CONSIDERAR O CONTEXTO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO. DEPOIS, É EXAMINADA, À LUZ DE HISTORIOGRAFIA DA CIÊNCIA, A DIFICULDADE DE ESTABELECER COMO O CONTEXTO INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO DA GEOGRAFIA, PARA QUE, FINALMENTE, A NATUREZA DE UMA ABORDAGEM CONTEXTUAL SEJA DELINEADA EM SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. (p.47) O autor declara que “A história da geografia é um repositório de idéias sobre a relação entre homem e natureza. Ela é um relato do homem tentando compreender seu mundo. Em outras palavras, reflete amplamente o conhecimento da consciência humana” (p.47, grifo do tradutor), assim portanto definindo o que vem a ser a historiografia geográfica. Segundo o geógrafo e historiador Berdoulay (p.47) é compreensível que possivelmente aja contaminação ideológica na história geográfica, sobretudo pelo fato de que existe a possibilidade de que esta sujeitou-se a variadas interpretações e que estas são conflitantes entre si. Fator este que desperta nos geógrafos uma vontade mais aguerrida pela busca da compreensão do contexto atual no que tange ao campo de desenvolvimento das ideias e instituições geográficas, porém, é perceptível a névoa que paira por sobre a questão do uso de uma metodologia, uma vez que esta ainda não ficou esclarecida e, portanto, como abordar tal tema que perturba o espírito do geógrafo. Uma vez definindo e superado o que vem a ser a história da geografia, assim efetuada considerações em relação às contaminações desta; Berdoulay tece análises acerca do pensamento metodológico científico à luz da história geográfica. Donde destacam-se alguns pontos relacionados aos pensamentos científicos que eram 2/7 as bases dos estudos geográficos desenvolvidos ao longo da história da geografia. Berdoulay (p.47) parafraseando Agassi (1963)1 e Hahn (1965)2 trata de forma sucinta e clara a polêmica difundida do fato de que um geógrafo pode influenciar ou se influenciar por outro, sobre tudo, dos risco que esta afirmação acarreta, devido a ênfase posta na evolução linear das ideias, pois baseia-se em suposições que filósofos e historiador criticaram devido a tendenciosidade positivista. Assevera ainda Berdoulay, “[...] essas suposições continuam bastante difundidas entre o público em geral e [pasmem] entre os cientistas”. Essas suposições envolvem a crença em um desenvolvimento contínuo da ciência, pela acumulação de fatos, de descobertas e de conhecimento científico. A tarefa, então, é traçar a progressiva vitória da verdade sobre o erro, ou das ‘boas’ idéias sobre as ‘más’, e da emergência inevitável de idéias científicas verdadeiras a partir de fatos. [...] O erro é visto como algo maléfico, que atrapalha o desenvolvimento da ciência, consequentemente, pouca atenção é dada a contextos históricos ou ambiências intelectuais, de vez que o foco está assentado na evolução interna de cada ciência. Essas posições ingenuamente positivistas estão, não obstante, presentes entre os geógrafos. (p.47) Tais questões abordadas dentro pensamento científico metódico positivista, foram amplamente exploradas pelo autor, inclusive, lançando mão de exemplos que abarcam cada fase deste, ou seja, faz menções ao determinismo, possibilismo e método regional. Sobretudo no que se refere a sua fragilidade científica ante ao estudo da geografia. (p.47-48) No que tange ao pensamento metodológico neo-positivista, que era o sustentáculo da escola pragmática, o autor também enfático quando traça considerações relacionada este, sobretudo no que tange a similitude e verossimilhança de fragilidade deste assim como o pensamento antecessor. Neste sentido Berdoulay declara que Este tipo de abordagem continuou sendo difundido entre os profissionais de geografia, como é frequentemente evidenciado nos parágrafos introdutórios de artigos escritos por autores que estiveram associados com a ‘revolução quantitativa’. (p.48) Observa-se que Berdoulay (p.47-48) apresenta um desenvolvimento ordenado lógico e linear do desenvolvimento do pensamento científico metodológico, onde após explanar considerações acerca do positivismo e neo-positivismo, onde seguindo esta linha de raciocínio aporta no pensamento materialista histórico e dialético marxista, seguindo ao convencionalismo. A exemplo: “O trabalho de V. A. Anuchim3 (1977) foi prejudicado por uma abordagem semelhante. Ele mostra a marcha do conceito materialista (correto) de geografia, sobre os conceitos ----------------- 1 AGASSI, J. Towards na historiography of science. History and Theory, Cambridge, v.2, p. 1-117, 1963. 2 HAHN, R. Reflections on the history of Science. Journal of the history of philosophy, New York, v.3, p. 235-42, 1965. 3/7 idealistas [positivistas e neo-positivistas] (logo, errados) da disciplina.” (p.48, destaque nosso) Acerca do convencionalismo, Berdoulay (p.48) informa que em uma “certa perspectiva decorre do fato de abordagem similar ter sido utilizada na história da ciência e de suas fraquezas terem sido demonstradas”, comentando ainda a respeito do desenvolvimento desta o fato de que esta guarda uma semelhança com o positivismo anteriormente abordado, porém, foram introduzidos, nesta linha de pensamento metodológico científico, “críticas dos pressupostos positivistas, [...] ela teve o mérito de rejeitar a idéia de que algumas tendências são cientificamente superiores a outras, e a crença empirista de que as teorias científicas emergem exclusivamente de fatos.” Observa-se que “para o historiador da ciência, a ênfase repousava ainda no contínuo desenvolvimento das idéias, mas todas as correntes científicas do passado eram consideradas dignas de investigação”. (p.48) Berdoulay (p. 48-49) enfatiza que em que pese a sofisticação das perspectivas da história da ciência, estas persistiam ignorando as questões de descontinuidade na “evolução das ideias, a inteiração entre as várias correntes ou tradições científicas, as reais condições da pesquisa no passado [...], e os fatores de mudança que não eram ‘internos’ à ciência”. Após percorrer sobre a historiografia do pensamento científico o autor conclui que há a necessidade de se definir uma metodologia adequada à geografia. E, que é possível retirar da historiografia da ciência lições de grande utilidade. (p.49) Ao analisar as tendências Berdoulay (p.49) expõem que é necessária uma abordagem Zeitgeist, onde é “determinante a maneira de como os cientistas e intelectuais veem e lidam com o mundo”. O Autor ainda esclarece que o Zeitgeist se demonstra muito superficial quanto ao seu emprego. Observa-se que o autor elabora um breve debate quanto ao desenvolvimento e emprego dos pensamentos científicos abordados, correlacionando-os, expondo a questão de suas abordagens, sejam de visão de influênciasde fatores de cunho “interno”, seja “externo” ao desenvolvimento das metodologias aplicadas aos estudos propostos. (p.50-51) Após traçadas as considerações acerca do pensamento científico metodológico no linear temporal historiográfico, o autor adentra a questão da Abordagem Contextual no campo da ----------------- 3 ANUCHIN, V. A. Theoretical problems of geografy, Ohio: Columbus, 1977. Translation of teoreticheskie problemy geografii, 1960. 4/7 Geografia.(p.51-53) Segundo Berdoulay (p.51-52), a abordagem contextual possui dois pressupostos fundamentais que a sustentam. Sendo, o primeiro é que os sistemas de pensamento estão sempre em mudanças, bem como existe a continuidade das ideias. Já o segundo não existe divisões radicais entre os fatores de mudanças, sejam eles internos ou externos, onde estes recebem apoios históricos e filosóficos. Cabe ressaltar que a abordagem contextual não deve ser considerada uma tendência geográfica. Destaca-se que “são necessários a identificação e o estudo aprofundado das principais questões que envolvem a sociedade”. Deve-se, ainda, o pesquisador, atentar-se ao fato de que as tendências geográficas têm alguma base sociológica [e], é importante não adotar um conceito de ‘comunidade científica’ tão estreito como o encontrado frequentemente na sociologia da ciência. [...] É imperativo colocar maior ênfase em ideologias do que em instituições. Conclui o autor que abordagem [contextual] consiste menos em examinar a possível ‘influência’ de uma idéia do que em verificar as razões que estão por trás da ‘demanda’ ou ‘uso’ dessa idéia. A abordagem contextual, quase sem formalização como se encontra, serve como uma moldura abrangente para analisar a conjunção da lógica interna e do conteúdo da ciência com o contexto no qual o cientista está situado. Desatando os elos que unem a mudança no pensamento geográfico ao seu contexto, estaremos na melhor posição para avaliar, e aprender com, as contribuições criativas de indivíduos notáveis. (p.52-53) Comentários • Localização na Biblioteca Digital Particular “Patrick Giuliano Taranti” o Chamada / Tombo: TD-002.141 Considerações acerca do estudo apresentado por Berdoulay Podemos extrair da obra ora posta a análise que, nenhuma abordagem, teoria ou conceito, vislumbrados em separado, ou seja, isoladamente, possui a capacidade de explicar a realidade. Deve-se, portanto, o geógrafo, aparelhar-se de uma gama conceitual, isto é, de um sistema de conceitos, categorias e variáveis, de modo a poder abordar a problemática, contudo, deve o pesquisador revisar a produção teórica a cada passo do processo. Por consequência, deve a produção teórica ser vista, analisada e reanalisada, arguida com criticidade e bases argumentativas, em dialogia com própria disciplina e de forma interacionista e interdisciplinar com os demais campos do conhecimento, assim como da própria vivência contextual vivenciada pelo autor. 5/7 Os debates de ideias em conjunto com aspectos da realidade em expostos a diferentes momentos históricos corroboram para os esforços de teorização, dessa forma, principiando nestes critérios, é que Berdoulay expõe a Abordagem Contextual, visando as trajetórias epistemológicas para os estudos postos. <<<<<>>>>> Sobre o texto de Berdoulay a considerar Observa-se que o texto é uma tradução de parte de uma obra maior que, originalmente foi publicada em inglês, durante o último quarto do século XX, ou seja, vinte e dois anos antes da publicação da tradução efetuada por Márcia Trigueiro. Ressalta-se que a tradução foi realizada e publicada em data anterior a vigência e obrigatoriedade do uso do Acordo Ortográfico dos países lusófonos, do qual o Brasil é signatário, destacando-se que o uso da nova ortografia foi facultado a partir do ano de 2009 e obrigatório após 01 de janeiro de 2016, fator este determinante no tocante a grafia de algumas palavras contidas no texto traduzido. A obra principal, trabalho foi organizado por David Ross Stoddart, é uma coletânea de assuntos tratados e apresentados em conferência realizada (a ser conhecida ainda) e, foi publicada por duas editoras de língua inglesa no ano de 1981, sendo a editora americana Barnes & Noble (Totowa, N.J)1, a inglesa Basil Blackwell (Oxford, Oxfordshire), esta última destacada pelo próprio Berdoulay, contudo, observamos que a obra referenciada por Trigueiro, quando da tradução, traz a localidade de publicação como sendo Londres, divergindo da referenciada pelo autor. Temos para nós, até o presente momento, uma vez que à necessidade de confirmação dos dados divergentes, que a referida tradutora possivelmente veio a confundiu-se entre o local de publicação para com o local de impressão, sendo que estes em muitas das vezes são diversos entre si, denota-se que a editora permanece a mesma nas referências de Trigueiro e Berdoulay, conforme o referenciamento efetuado pelo próprio Vincent Berdoulay – “[OS-62] BERDOULAY V. (1981). ‘The contextual approach’, in Geography, ideology, and social concern, D.R. Stoddart (dir.), Oxford, Basil Blackwell, pp. 8-16.”2 e o apresentado no presente fichamento. OBSERVAÇÃO: Para usos futuros do presente artigo fichado, elaborar nota de rodapé explicativa, de modo a constar tal divergência, expondo o referenciamento utilizado pelo ------------------------- 1 Vide <http://www.worldcat.org/title/geography-ideology-and-social-concern/oclc/7752782> (acessado em 15 abr. 2017). 2 In: Vincent Berdoulay: Chapitres d'ouvrages. n.p. Pau (FRA), 2012-2017. Disponível em: <http://berdoulay.perso.univ-pau.fr/chapitres_livres.php>. Acessado em: 12 abr. 2017. 6/7 autor do estudo, possibilitando a quem possa interessar, a buscar efetiva da fonte originária do texto científico, isto é, da obra primária objeto da tradução. <<<<<>>>>> Sobre o Autor Vincent Berdoulay, geógrafo e historiador, é Membro do Laboratório de Sociedade, Ambiente Território e integrante do Centro de Pesquisas Científicas da Universidade do Pau, localizada na França (Université de Pau et des Pays de l’Adour - UPPA), possui uma vasta produção científica, abordando diferentes aspectos da geografia humana. Os principais temas que envolvem suas publicações são: sobre a questão do sujeito, da ecologia urbana, do desenvolvimento sustentável, da cultura, geopolítica, dentre outros, todas elaboradas a partir da perspectiva da Escola Possibilista dos estudos geográficos, teoria esta, fundada por Paul Vidal de La Blache. Informações mais detalhadas sobre o autor disponíveis em <http://berdoulay.perso.univ- pau.fr/>, encontra-se somente em língua francesa. <<<<<>>>>> Principais obras do autor As principais obras do autor podem ser conhecidas por meio do referenciamento da biografia disponibilizada pelo próprio no seguinte endereço eletrônico: <http://berdoulay.perso.univ- pau.fr/> <<<<<>>>>> Para amplitude e compreensão do artigo, ora fichado Se faz necessário destacar a questão das bases metodológicas das (e) escolas geográficas clássicas para melhor compreensão e contextualização do assunto abordado. Base do pensamento metodológico Escola Geográfica Principais características Alguns dos Representantes Positivista Tradicional Determinista ambiental O espaço geográfico estruturou-se a partir das relações que se dão entre o homem e a natureza, comandadas pela última. As características intrínsecas do meio natural são responsáveis pelos diferentes formas e níveis de organização das sociedades. As condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidadede progredir. • Friedrich Ratzel Possibilista O espaço geográfico estruturou-se a partir das relações que ocorrem entre o homem e a natureza, onde a natureza sofre a ação do homem. A natureza é considerada como fornecedora de possibilidade para se quiser o homem poderá modificá-la a seu favor. • Paul Vidal de La Blache Concepção regional (Método Regional) Estudos das diferenciações das áreas. Os espaços eram divididos em classes de área, nas quais os elementos mais homogêneos determinariam cada classe, e assim as descontinuidades destes trariam as divisões das áreas. • Richard Hartshorne • Alfred Hettner 7/7 Focalizando assim o estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto de geografia. Neo- positivista Pragmática (Quantitativa ou Teorética ou Nova geografia) Utilizou-se da situação de pobreza e miséria existente nos países subdesenvolvidos para legitimar o expansionismo das industrias Norte- americanas e europeias no mundo subdesenvolvido, quando afirmava que a pobreza e o subdesenvolvimento era um estágio superável a partir de adoção de políticas de planejamento do espaço a partir do uso de estudos com base em métodos matemático-estatísticos, que ao serem analisados serviriam para orientar a ações do homem sobre a natureza, em regiões (países) que fossem economicamente viável para o estado capitalista. • David Harvey Materialismo Histórico e Dialética Marxista Crítica / Radical (ou marxista) O espaço geográfico é visto como a própria sociedade (especializada), fruto da reprodução do modo capitalista de produção. Critica o empirismo exacerbado da Geografia Tradicional e todas as outras decorrências da fundamentação positivista, o apego as velhas teorias, e criticava ainda, dentre muitas coisas colocadas pelas correntes anteriores, a despolitização ideológica do discurso geográfico, que afastava do âmbito dessa disciplina a discussão das questões sociais. Luta pela conscientização da população e defesa do saber como instrumento de mudança da realidade das classes menos favorecidas. • Élisée Reclus • Caio Prado Júnior • Gueorgui Plekhanov • Yves Lacoste • Milton Santos Tabela elaborada com base no conteúdo disponibilizado no conteúdo disponibilizado em meio digital nos portais: - Wikipédia <https://www.wikipedia.org/>; e, - Academia.edu <http://www.academia.edu/9102144/ASSUNTO_PRINCÍPIOS_GEOGRÁFICOS> <<<<<>>>>> Esclarecimentos secundários No texto o autor faz menciona por diversas vezes o termo de origem alemã “Zeitgeist”, por não ser um termo comumentemente utilizado em literaturas de origens lusófonas, se faz imprescindível conhecer a presente expressão visando a correta leitura e compreensão do conteúdo transmitido, sendo assim temos: - Segundo dicionário on-line Dicionário Infopédia o termo zeitgeist corresponde em língua portuguesa ao termo “espírito da época”1 - Segundo a enciclopédia livre digital Wikipédia o “Zeitgeist significa, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa certa época, ou as características genéricas de um determinado período de tempo.”2 ------------------ 1 ZEITGEIST. Dicionário Infopédia de Alemão/Português [em linha]. Porto (POR): Porto, 2003-2017. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/dicionarios/alemao-portugues/Zeitgeist>. Acessado em 11 abr. 2017. 2 ZEITGEIST. Wikipédia: a enciclopédia livre. São Francisco/CA: Los Angeles/CA (EUA): Fundação Wikimedia, 2001-2017. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Zeitgeist>. Acessado em 11 abr. 2017.
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