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Fundamentos Teóricos da História - Atividade 02

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE
Licenciatura Plena em História
Modalidade EAD
Disciplinas:
Fundamentos Teóricos da História 
(visando obtenção nota da AV2)
Projetos Domínios da História I 
(visando obtenção da nota ÚNICA)
Docente:
	Prof. Dr. Alfredo Oscar Salun
Discentes:
Karine Batista da Silva – RA: 2316101113
Marcelo Alcebiades Lopes – RA: 2316100717
Murilo Henrique da Silva – RA: 2115201155
Patrick Giuliano Taranti – RA: 2515201547
Ricardo Carvalho Silva – RA: 2516100398
Questões referentes a disciplina Fundamentos.
De acordo com o AVA, explique a visão de Paulo e dos cristãos sobre a história. Explique como a mesma, no Renascimento e Iluminismo, se alteraram a percepção do homem, Deus e História.
*** Material de estudo refere-se as aulas 7, 8, 9 e 10 ***
(aula 7) Origens da ciência histórica: gregos e romanos antigos
(aula 8) O cristianismo e seu conceito de história
(aula 9) O Renascimento e as concepções históricas do humanismo
(aula 10) Os iluministas e a história
RESPOSTA: 
Com a introdução da doutrina cristã entre os séculos I ao V, os conceitos de história adquiridos com os historiadores gregos – Heródoto e Tucídides –, onde o ser humano é a causa de sua história, se alteram conforme as crenças cristãs na qual o precursor da história seria uma figura divina, e não o homem.
Com a chegada de Jesus Cristo no século I, este institui um grupo de apóstolos (seguidores) na qual dissemina por onde passa seus seguimentos e ideais religiosos. Segundo seus seguidores, Jesus teria ressuscitado após sua morte e subido aos céus, prometendo voltar para o julgamento final da humanidade. A igreja de Jerusalém, fundada pelos seus apóstolos, começou a espalhar pelas regiões conhecidas os ensinamentos de seu mestre, tendo como destaque o apóstolo Paulo. Os ensinamentos escatológicos foram um marco para os novos cristãos, a ponto de diversas pessoas terem vendido tudo o que tinha, imaginando que Jesus voltaria em seu tempo.
Nesse contexto, os cristãos compreendem a história como um tempo determinado e coordenado por Deus para salvação a da humanidade. Conclui-se, assim, que o homem não será o protagonista da história, mas sim Deus, pois este saberá o destino e o caminho de cada um, sendo todas as coisas creditadas a esse ser divino.
Esse pensamento perdurou por séculos, até a ascensão do Renascimento, que teve grande influência na Europa (principalmente na Itália, na região de Florença) com o objetivo de resgatar a cultura greco-romana, além da ascensão do capitalismo comercial e das classes dominantes.
Com novas ideologias florescendo, essa perspectiva teocêntrica cristã, passa a ser questionada pelos humanistas, na qual viam o homem como o centro do universo, assim, o homem era uma obra divina privilegiada por Deus para construir tal sociedade. Nesse discurso, o humanismo não apresentava uma defesa às classes dominantes ou as mais baixas, todavia, eram a favor da classe burguesa, enaltecendo-a de poder e riqueza nobiliárquica, o que rompeu com os paradigmas cristãos de que somente uma figura divina detinha o poderio da história e do tempo.
Além disso, a história foi importante para o desenvolvimento do pensamento político da época. As obras dos filósofos Maquiavel e Guicciardini, foram fundamentais ao colocar o passado como algo primordial para a construção de novos conceitos políticos, tendo como base, mais uma vez, a necessidade do homem para construir-se o presente.
Nos séculos XVII e XVIII, também conhecidos como século das luzes, predomina-se a doutrina Iluminista, que procede ao Renascimento com novos ideais políticos e sociais, e a ascensão de uma nova classe, a burguesia.
O Iluminismo se destacou, principalmente, na Inglaterra e França e objetivava a crítica aos sistemas políticos e econômicos ligados à monarquia. Os dois lugares, tiveram formas diferenciadas de desenvolver essa doutrina, já que os dois passavam de certa forma, por períodos distintos.
A Inglaterra, em transição econômica da era feudal para a era das máquinas, vivenciou uma intensa guerra civil devido a essas duas vertentes, mais especificamente entre as concepções burguesa e feudal, onde a primeira buscava expandir sua produção de matéria-prima enquanto a segunda mantinha a posse de terra como principal lucro. Para impulsionar seus interesses, a burguesia se junta às camadas mais baixas da sociedade para assim instituir a República, que logo depois se tornaria uma monarquia (sendo o monarca somente um intermediário das aspirações burguesas) e a vinda da Revolução Industrial.
Em contrapartida, na França, diferentes níveis de classes, lutavam para poder exercer um papel político, já que viviam em uma monarquia absolutista – assim como na Inglaterra – e os interesses políticos, sociais e econômicos era único e exclusivamente do monarca, sem a interferência burguesa ou de qualquer outra classe.
Com a insatisfação da população com a forma de governo, inicia-se a Revolução Francesa, tendo como seu primeiro feito, a queda da Bastilha.
Nesse momento, também há muitos filósofos que dão início a uma série de questionamentos a todos esses problemas que estavam sendo vividos em cada um desses lugares. Na Inglaterra, Hume com sua concepção empírica, valorizando toda e qualquer experiência através dos sentidos, rompe com as doutrinas religiosas, promovendo os interesses do homem, principalmente, na progressão econômica, que no caso da Inglaterra, só alcançou seu auge com a Revolução Industrial no século XVII.
Na França, temos como um dos principais filósofos franceses deste período, Voltaire, caracterizado pelas críticas ao sistema político e econômico francês. Voltaire tinha como um de seus principais temas, a liberdade, onde dizia que esta só poderia ser alcançada em relação à quantidade de poder que um indivíduo tinha, ou seja, quanto menor o poder, menor a liberdade e quanto maior o poder, sua também liberdade será maior. A partir dessa reflexão sobre a liberdade, surge o lema francês: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Dessa forma, nem todos iriam ter a mesma liberdade, já que a divisão de poder era de forma desigual na sociedade, se limitando para alguns e para outros, ilimitada.
Conclui-se desse modo que, todos esses processos políticos, econômicos e sociais, vivenciados tanto no Renascimento, quanto no Iluminismo, tiveram como base a sociedade humana para sua realização, assim a história teve seu papel fundamental como formador e estruturador desta, por meio de lutas, revoluções e ideologias para que fosse possível estabilizá-la e definir seu presente.
Na análise específica de Collingwood, quais as inovações realizadas por Heródoto e Tucídides no desenvolvimento da metodologia da História.
*** Livro proposto pelo professor ***
https://drive.google.com/file/d/0B5fVGXFJ1uNCeFhiY2NRZkxtNE0/view?usp=sharing
RESPOSTA:
Primeiramente ficou convencionado pela questão proposta que os trabalhos devem ser exclusivamente pautados no texto de COLLINGWOOD, conforme referenciamento a seguir:
COLLINGWOOD, Robin George. A ideia de história. Tradução Alberto FREIRE. Lisboa (POR): Presença, 1986. (Biblioteca Histórica).
As inovações trazidas por Heródoto e Tucídides, segundo na concepção de Collingwood, é o fato destes imprimirem cientificidade ante a análise dos fatos históricos analisados, pelo menos à época em que existiram com os meios que dispunham, ou seja, determinaram por meio de suas obras que a história pode ser científica, que a história é uma ciência e que diz respeito as ações humanas.
Ambos historiadores deixaram de ser apenas anotadores de narrativas, ou seja, meros compiladores, para então colocar estas (as narrativas) a questionamentos dialéticos, onde desenvolveu-se uma metodologia interrogativa, questionadora, onde o declarado era posto ao crivo interrogatório opinativo, visando extrair a veracidade e validade do declarado, para então determinar o conhecimento realístico da narrativa, excluindo-se dessa forma a contaminação por elementos míticos, lendários ou quaisqueroutros elementos que pudessem alterar a verdade real dos fatos. O criticismo opinativo realizado por Heródoto e Tucídides, foi desenvolvido sob a uma ótica cientifica questionadora ante as narrativas e as provas postas e foi decisivo como elemento metodológico antes as fontes buscadas, que em sua maioria esmagadora em oralizadas e testemunhais.
Outro elemento que componha seus feitos metodológicos era a codificação do conhecimento histórico revelado, ou seja, a transcrição deste sob a forma de escrituração, visando a preservação dos estudos realizados para gerações atuais e futuras.
Porém, contudo, seus métodos eram limitantes em origem, pois suas fontes limitavam-se, por empecilhos tecnológicos da época, isto é, às narrativas basicamente oralizadas e parcos escritos (como cartas de cunho testemunhal). Tal fato limitava os historiadores gregos ao estudo da sua época e passado recente, pois o distante nada mais restaria a não ser as lendas e mitos passados de geração a geração, não sendo possível a verificação da veracidade do narrado. Em outras palavras, devido ao método aplicado e as limitações das fontes disponibilizadas, tornar-se impossível ao historiador determinar o tema de suas pesquisas, restando-lhe apenas estudar o seu cotidiano contemporâneo e passado recente, ou seja, era o tema que acaba por determinar ao historiador o que deveria e era possível de ser estudado.
O desenvolvimento metodológico dos historiadores ora analisados por Collingwood, tornar-se-ia extremamente precário na atualidade e suscetível a falha derradeira e inevitável, porém, tal metodologia aplicada à época demonstrou-se ser uma evolução acerca da historicidade, uma vez que pela primeira vez eventos humanos e seus desdobramentos passaram a ser vislumbrados sob uma ótica científica e histórica e, não mais vistos como elemento a ser deixado ao esquecimento ou renegados ao campo das lendas e mitos. Outro aspecto claramente evidente e que, se tem como essencial para historicidade, é a reprodução dos estudos sob a forma escrita para posteridade, onde dessa forma confere a metodologia aplicada uma notável evolução no campo da história cientifica, pois diante deste feito conferiu a possibilidade de revisão.
Contudo, porém, apesar dos historiadores gregos pretenderem imprimir uma certa cientificidade, por meio das metodologias aplicadas, estas demonstraram-se falhas com o passar dos tempos, pois suas obras pouco permitem revisão científica, uma vez que se baseiam em fatos primários de oralidade, por tanto, não é possível coloca-los a prova ou mesmo reproduzi-los, por tanto acaba por ser suas obras na atualidade um registro bibliográfico da época por seus elementos fáticos.
Diante do exposto até o presente momento, podemos concluir que na visão de Collingwood, os métodos utilizados para imprimir cientificidade por Heródoto e Tucídides, são louváveis e plenos de reconhecimento no campo científico e da história, porém com a evolução da historicidade e seus métodos, estes apresentam-se falhos e precários, por basearem-se exclusivamente no julgamento opinativo do estudioso, mesmo que, sendo concebido por um sistema dialético interrogatório, porém, carecem de elementos fáticos probantes de sua ocorrência, sejam oriundos de fontes primarias ou secundárias.
Temos que as obras de pesquisas históricas, realizadas pelos historiadores gregos, são plenas de reconhecimento pelo seu valor histórico e pela forma sob as quais foram concebidas, pois era a primeira vez que os fatos frutos da concepção atos humanos eram postos a uma análise metodológica sob pretensão de obtenção de cientificidade, visando a busca da verdade real sobre estes, assim como a pretensão da preservação destes para conhecimento de gerações futuras.
Para o desenvolvimento das obras, podemos verificar, segundo a análise realizada por Collingwood, que o método utilizado se pauta das seguintes características até aquele momento ainda não vislumbradas em outras obras quando das pesquisas de concepção, no que refere-se a história: cientificidade (questionamento acerca dos fatos), humanista (questionar sobre feitos humanos em determinado tempo), racional (fundamentação das questões realizadas) e auto reveladora (atribuir ao homem o que é do homem). Destacando-se que no que tange ao Heródoto atribui-se somente a primeira, segunda e quarta característica quanto ao desenvolvimento do seu método.
Questão referente a disciplina Projetos.
A partir do texto de Leopoldo Von Ranke, trace um perfil de Heródoto e Tucídides, assim como os respectivos entendimentos e procedimentos sobre História.
**** Artigo texto proposto pelo professor ****
https://drive.google.com/file/d/0B5fVGXFJ1uNCMldjcFh3MllYTUU/view?usp=sharing
RESPOSTA:
Primeiramente ficou convencionado pela questão proposta que os trabalhos devem ser exclusivamente pautados no texto de VON RANKE, conforme referenciamento a seguir:
VON RANKE, Leopod. Heródoto e Tucídides. História da Historiografia, Ouro Preto: UFOP; UNIRIO; SBTHH, n. 6, p. 252–259, mar. 2011. Disponível em: <https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/236/179>. Acesso em: 7 jun. 2016.
Pretendendo estabelecer de modo coerente e racionalizado a análise efetuada por Leopold Von Ranke, desenvolvemos um Quadro Analítico Comparatório, destacando dessa forma pontos que passamos a julgar importantes para solução da problemática proposta, sendo desse modo vejamos:
	Análise sob a ótica de Von Ranke
	Historiadores analisados
	
	Heródoto
	Tucídides
	O historiador
	Idade
(início da Guerra do Poloponespo)
	53 anos
	40 anos
	
	Local de nascimento
	Cidade litorânea asiática (Helicarnasso)
	Cidade grega de Atenas
	
	Formação
	- Multicultural, basicamente comercial e política.
- Formação complementada por meio de conhecimento vivenciado em viagens pelo mundo conhecido (oriente e ocidente).
	- Monocultural, basicamente de formação militar.
- Formação complementada por meio acadêmico.
	
	Postura do povo grego ante ao...
	Simpatizantes, apesar de considera-lo um forasteiro por conta do local de origem
	- Tido como persona não grata, devido a eventos bélicos o qual falhou quando em comando. 
- Em que pese ainda de ser um grego genuíno.
	
	Religiosidade
	Demostra crença na existência e sua influência no cotidiano humano
	Demostra crença, mas procura afastar esta do cotidiano humano
	Postura adotada
	Frente historiadores que o antecedem
	Demonstra conhece-los, mas visa confrontá-los desmitificando a história, ou seja, defende a laicização da história
	Refuta seu antecessor (Heródoto) considerando que este ainda pauta-se no divino e fontes duvidosas
	
	Ocorrência dos fatos históricos
	Em que pese estes ocorrerem por obra humana, tem ainda que o divino traça o destino destes, interferindo principalmente nos principais eventos históricos.
	- Ocorrem em virtude dos interesses e das paixões dos homens. 
- Abomina a ideia de intervenção divina nos fatos.
	
	Utilidade da história
	Visa apresentar semelhanças e diferenças entre as diversas culturas e sociedades
	Visa ter uso prático, didático e social, deve ser aplicável no momento, não sendo apenas um repertório.
	Sobre a obra
	Público alvo
	Do mundo para os gregos
	Dos gregos para o mundo
	
	Metodologia utilizada no tratamento dos fatos históricos
	Estabelecer os fatos históricos frente as causas que os determinam.
	Rigorismo e imparcialidade no trato dos fatos.
	
	Narrativa
	Romantizada e simplista.
	Analítica.
	
	Delimitação geográfica
	Globalizada
	Regionalizada
	
	Dimensionamento geográfico
	- Situar o espaço nos acontecimentos históricos
	- Situar os acontecimentos históricos no espaço
	
	Proposta de pesquisa
	- Guerras Médicas.
- Abordagem social, antropológica, cotidiana e cultural.
- O cotidiano social.
- Relatar o passado para compressão do presente
	- Guerra de Peloponeso
- Abordagem de feitos bélicos e seus reflexos na sociedade, sobretudo, econômicos e políticos.
- Relatar o presente paracompreensão do futuro
	
	Principais fontes históricas de pesquisa
	- Fontes primárias: de origem imaterial e materiais não-escritas e orais
- Fontes secundárias: fontes escritas
	- Fontes primárias: escritas, basicamente documental
- Fontes secundárias: materiais escritas e orais
	
	Omissões de fatos históricos e fontes
	- Omissões intencionais.
- Principalmente nas questões de religiosidade que encontram-se impregnadas no cotidiano
	- Omissões intencionais.
- Postas em segundo plano visando manter o foco no público alvo de sua obra
	
	Padrão ordenativo temporal
	- Sem padrão definido, ou seja, os eventos não estão dispostos de forma cronológica.
- Há um padrão de justaposição de narrativas
	- Há rigorismo no sequenciamento cronológico dos fatos
	
	Posicionamento ante aos feitos gregos
	Demonstra claramente sua predileção por estes
	Demonstra clara imparcialidade
	Contribuições
	Preocupação da história na sua concepção
	Passa a preocupar-se com as coisas humanas e não mais divinas, mitológicas. Em que pese reconhece-las como influenciadoras.
	O tempo presente (mutável), a história deve preocupar-se com este, o passado já encontra-se distante e não mais alcançável (imutável)
	
	Postura historicista
	- Exploratória.
- Direcionada a sociedade e cultura.
- Busca a laicização da história, sem descartar sua influência.
- Visa conhecer o passado para compreender o presente.
	- Pragmática.
- Didática.
- Direcionada a aspectos da economia, política e sociedade.
- Busca relatar eventos presentes para conhecimento da posteridade.
- Visa conhecer o presente para compreensão de eventos futuros.
	
	Vivencia do fato histórico a ser analisado
	- Deve estar o pesquisador in loco para melhor compreende-lo
- Deve buscar sua essência, origem, sejam eles, os fatos, orais ou materiais não-escritos
	- Deve estar distante do evento, para melhor compreende-lo, porém vivencia-lo
- Deve em sua maioria ser pautados em fatos documentais
	Diante de uma breve explanação no quadro analítico, fica evidente que o historiador Leopold Von Ranke, tido como “pai da história moderna”, demonstra profundo respeito e admiração aos trabalhos de Heródoto e Tucídides, mais deixa transparecer um entusiasmo efusivo frente aos feitos do primeiro (Heródoto), talvez por este identificar-se em essência metodológica com este, talvez seja por este ser o primeiro a afrontar o mitológico como origem histórica.
	Von Ranke, não tem como perfeitas as narrativas de Heródoto, mas ao contrário, reconhece imperfeições, mas ressalta que a concepção de história evoluiu e modificou-se com o passar dos tempos.
	O interlocutor alemão, é enfático quanto as qualidades de cada qual historiador posto à baila, reconhece claramente suas semelhanças e diferenças, enaltecendo cada qual sob determinada ótica. Percebe, Von Ranke, que apesar dos historiadores possuírem uma pátria comum e possuírem idades semelhantes, ambos possuíram formações intelectuais distintas e com objetivos diversos, o que imprimiu uma compreensão do mundo de forma distinta, influenciando de sobremaneira suas obras.
	Destaca também a questão antagônica das fontes históricas primaziadas por ambos, mas que, porém, não foram menos importantes em suas épocas e que, são precursoras da atualidade.
	Visualiza o alemão que, apesar de ambos narrarem sobre feitos bélicos, distanciaram-se quanto ao foco a ser estudado no que se referem a sociedade, espaço geográfico e tempo cronológico. Ressalta ainda que a religiosidade que ambos pretendiam se distanciar, ainda se encontrava presente, porém de forma mais evidente em Heródoto, porém esta fazia-se presente no cotidiano social.
	Uma das maiores diferenças evidenciada na análise é quanto a utilidade da história na visão de Heródoto frente a Tucídides, onde o primeiro, parte do passado para o presente e, o segundo tem esta como algo do presente para o futuro, mas ambos possuem um ponto em comum muito claro, a importância de se reconhecer os fatos históricos para compreensão da sociedade como um todo e como esta se comporta sob a influência destes. Ambos ainda permanecem em uníssimo no que se refere na necessidade de registro da historicidade.
	Observa-se também que as fontes primárias utilizadas se diferem em predileção, conferindo mais importância de uma por sobre as demais.
	Em esta breve análise do texto proposto, pode-se compreender que historiador alemão nos remete a uma reflexão de que para se “fazer” a história não necessariamente há um único caminho a ser trilhado e, que independentemente do método e fontes escolhidas, o historiador sempre acabará por imprimir sua marca pessoal e social, por mais imparcial que este permaneça, pois, a história é construída e visualizada por elementos que as vivenciam em determinada época e período.

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