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Sociologia da Educação - Atividade 01

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UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PATRICK GIULIANO TARANTI
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO: ATIVIDADE: QUESTÕES DISSERTATIVAS
SÃO PAULO
2016
UNINOVE – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
PATRICK GIULIANO TARANTI
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO: ATIVIDADE: QUESTÕES DISSERTATIVAS
Trabalho em grupo apresentado a Disciplina de Sociologia da Educação do Curso de Licenciatura Plena em História (modalidade EAD) da Universidade Nove de Julho - UNINOVE, como requisito parcial avaliativo para composição de nota.
Docente: Prof.ª. Ms. Simone Barbanti.
SÃO PAULO
2016�
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO ....................................................................................................
	3
	1. TÓPICO 6: “PENSANDO A SOCIEDADE A PARTIR DO POSITIVISMO” ...
	4
	1.1. Fale sobre o Positivismo e o objeto de estudo das Ciências Sociais na visão de Durkheim. ......................................................................................
	4
	1.2. Qual a função da educação para este pensador? ...................................
	5
	2. TÓPICO 7: “PENSANDO A SOCIEDADE DE MANEIRA PROGRESSISTA” ..............................................................................................
	7
	2.1. O que são os conceitos de infraestrutura e superestrutura em Marx? 
	7
	2.2. Fale sobre a divisão do trabalho e sua influência na estrutura de classes no sistema capitalista. ........................................................................
	7
	3. TÓPICOS 8: “PENSANDO A SOCIEDADE A PARTIR DA TEORIA DA AÇÃO SOCIAL” .................................................................................................
	9
	3.1. Para Weber, quais são os 4 tipos de ações sociais? Explique. ............
	9
	3.2. Qual a relação do espírito do capitalismo com o Protestantismo? ......
	10
	4. TÓPICO 9: “A TEORIA CRÍTICO-REPRODUTIVISTA” ................................
	11
	4.1. Segundo Althusser, o que são os Aparelhos do Estado e os Aparelhos Ideológicos do Estado? .................................................................
	11
	4.2. Por que, para esse autor, a escola é o mais importante AIE? ...............
	12
	4.3. Diga por que, para Bourdieu, a escola reproduz as desigualdades sociais? ..............................................................................................................
	13
	CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................
	15
	REFERENCIAL ...................................................................................................
	16
	
	
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INTRODUÇÃO
	O presente trabalho visa compor práticas de estudos dirigidos propostos pela docente responsável pela cadeira da disciplina de Sociologia da Educação do curso de Licenciatura Plena em História da Universidade Nove de Julho, curso este desenvolvido na modalidade de ensino a distância – EAD.
	Para uma melhor compreensão e visualização das respostas apresentadas ante aos questionamentos pré-elaborados pela educadora, foram os questionamentos desmembrados em capítulos, onde estes fazem referência a cada tópico (conteúdo) proposto em aulas aplicadas e, onde cada questão compõe um subcapítulo.
	Cabe ressaltar que a resolução da atividade foi balizada em lapso temporal decadencial com início em 261600AGO16 e término em 022355SET16.
	Denota-se que a atividade será valorada em uma pontuação mínima em 0 pontos e máxima de 2,5 pontos.
	Fez-se necessário estabelecer e esclarecer que todas as respostas se baseiam e sofrem influência direta do material referenciado, ora imposto quando da disposição dos questionamentos pela docente responsável pela disciplina, portanto, as citações se restringirão tão somente quando de transcrição fiel ao texto, uma vez que as respostas no todo são estritamente baseadas em origem nestes ensinamentos. Sendo dessa forma elaborada a resolução do proposto, cada tópico ao seu início possui a ementa do texto base, apontando para o referenciamento da aula a ser utilizada nas resoluções.
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1. TÓPICO 6: “PENSANDO A SOCIEDADE A PARTIR DO POSITIVISMO”
O objetivo dessa aula é apresentar a educação através da análise durkheimiana, onde os preceitos científicos da Sociologia e do Positivismo fazem-se presentes. Além disso, a aula apresenta sucintamente o objeto e os objetivos da Sociologia elaborados por esse autor.(UNINOVE, 2016c, p.1)
1.1. Fale sobre o Positivismo e o objeto de estudo das Ciências Sociais na visão de Durkheim. 
	Durkheim em seus estudos sofreu fortes influências do positivismo e, sobretudo quando da definição do seu objeto de estudo e na metodologia a ser empregada neste. 
	Essa influência possui como origem as pesquisas realizadas no campo das Ciências Naturais desenvolvidas à sua época contemporânea e, para que fosse possível transpor os conceitos de objeto e método para o campo das Ciências Humanas, traçou-se uma análise sistêmica de modo a determinar que o pesquisador se mantivesse equidistante do objeto de estudos, de modo a não sofrer influências ou ser influenciado por este, sendo para tanto determinante para concepção dos estudos que os fatos sociais deveriam ser tratados como objeto-coisa, ou seja, como algo que possa ser estudado em todas as suas concepções em si e por si, sem interferências e inferências externas.
Objeto de estudo na visão de durkheimiana, portanto, são os fatos sociais, onde estes eram tratados como “coisas”, sendo que para tanto estabeleceu-se como critério, segundo colacionado pela UNINOVE (2016c, p.1), que, “fato social é todo fenômeno que acontece sempre em uma sociedade, que independe da minha vontade individual e que exerce um poder sobre nós. ” 
	Temos ainda, que os fatos sociais, por meio de suas características, são de fácil identificação, permitindo reconhece-los em nossa realidade. São Características dos fatos sociais:
A generalidade;
A exterioridade; e,
A Coercibilidade.
Observa-se claramente a importância dos estudos de Durkheim, pois este conferiu uma cientificidade aos estudos sociais, porém sua tentativa de desenvolve-los a luz do positivismo demonstrou-se falha ao longo do tempo, já que não é possível a manutenção dos estudos enquanto objeto-coisa objetiva, já que o objeto de estudos das ciências humanas é justamente o indivíduo, as relações sociais, os fatos históricos, a interação do homem com a natureza, as construções simbólicas e, em sendo dessa forma, não há como simplesmente ignorar a subjetividade destes mesmo quando objeto de estudo. 
Ao renegar a subjetividade do pesquisador e do objeto, tornar-se-iam falhas as conclusões obtidas, pois a subjetividade nas ciências sociais é algo imprescindível de apreciação e consideração, há sim como se definir padrões semelhantes aos positivistas, mas não como estuda-los simplesmente desprezando as questões subjetivas que exercem influencias sobre estes. Ou seja, a objetividade proposta pelos estudos sociais são justamente a subjetividade de seus objetos.
1.2. Qual a função da educação para este pensador?
	Durkheim percebia a educação como um objeto de seus estudos, ou seja, como um fato social, onde este a define da seguinte maneira: 
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão maduras para a vida social. Tem por objeto suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais dela exigidos tanto pela sociedade política em seu conjunto quanto pelo meio especial ao qual ela está particularmente destinada. (DURKHEIM, 2011, p. 37 apud UNINOVE, 2016c, p. 2)
	Observa-se que a educação enquanto objeto, sofre mudanças de tempo, espaço e sociedade, porém, esta, independente do contexto espacial e geográfico, tem por objetivo a realização de uma função social, em uma compreensão simplista de sua definição, a educação tem por finalidade conferir instrumentos de exercíciode vida normal em sociedade, ela é o instrumento de sociabilização e cultura de uma determinada época e local, em uma determinada sociedade com toda sua complexidade.
	Só é possível nesta visão a compreensão da educação por meio de sua historicidade, sobre tudo, considerando-se o aparato cultural que a envolve, pois, a escola visa criar padrões sociais com base na cultura, “moldando” o ser a semelhança desta e com base nos seus ideais.
	A escola, portanto, nesta linha de raciocínio, passa a ser um instrumento de homogeneização social, cujo objetivo é a disseminação de padrões culturais e sociais tidos como válidos e aceitáveis. Cabe a ela perpetuar os padrões pré-estabelecidos pela sociedade do que vem a ser o homem ideal, subjugando o pessoal em detrimento do coletivo.
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2. TÓPICO 7: “PENSANDO A SOCIEDADE DE MANEIRA PROGRESSISTA”
	“O objetivo dessa aula é demonstrar o papel determinante que o sistema capitalista tem sobre as instituições sociais. Nesse sentido, apresentar os principais conceitos marxistas e como possibilitam explicar a realidade. ” (UNINOVE, 2016d, p.1)
2.1. O que são os conceitos de infraestrutura e superestrutura em Marx? 
	Na concepção marxista a infraestrutura e a superestrutura são divisões estruturais da sociedade e, podemos definir conceitualmente:
Infraestrutura: como sendo o sistema socioeconômico vigente à época ser analisada, estudada, na contemporaneidade este rege-se pelo capitalismo;
Superestrutura: como sendo o conjunto de todas as instituições sociais, onde estas invariavelmente encontram-se subjugadas ao sistema socioeconômico.
Cabem as instituições sociais o papel de doutrinar, ensinar, aos indivíduos o modo de ser e agir, por meio da formação de valores e da moral.
Estado a superestrutura subordinada a infraestrutura, conclui-se que a consciência está condicionada as condições materiais de produção.
2.2. Fale sobre a divisão do trabalho e sua influência na estrutura de classes no sistema capitalista.
	Considerando os ensinamentos da UNINOVE (2016d, p. 1-3), passemos a resolução proposta.
	Temos que a divisão de trabalho na concepção marxista ocorre dentro de um arranjo social, sempre havendo classes dominantes e dominadas, onde estas sempre devem opor-se conflituosamente entre si.
	Segundo Marx, as instituições são criadas e estabelecidas pela classe dominante, de forma que constituam domínio sobre a classe dominada, legitimando dessa forma a estrutura social estabelecida. 
	O indivíduo como ser único nesta concepção não possui qualquer importância em si, o que possui real importância é a classe social em que ele se encontra inserido e como esta se comporta na sociedade. Portanto, o interesse marxista encontra seu fundamento no grupo social, ou seja, na classe à qual pertence o indivíduo e a forma como esta subjuga o indivíduo a vontade e interesses coletivos.
	Os estudos de classes passam a focar nas relações de trabalho, sobretudo na classe dominada, subjugada, onde esta passa a assumir um papel de destaque na sociedade. Onde as relações laborais seriam alteradas com a mudança da infraestrutura, ou seja, quando a divisão social do trabalho fosse modificada de modo a não haver mais a figura da propriedade privada dos meios produtivos, já que as relações de subordinação de classes são sustentadas por um arranjo econômico burguês, ou seja, cujo os meios de produção se dá por meio da propriedade privada, principal motivo da existência dos conflitos sociais de classes.
	Portanto, o capitalismo, por meio da concepção marxista, justifica-se em sua existência tão somente no sistema estrutural social, onde a infraestrutura sustenta-se pela perpetuação da superestrutura, visando a manutenção dos meios de produção privados e, por consequência perpetua as relações laborais de domínio existentes entre as classes. Defende o estudioso que para ruptura desse sistema de subjugação social a alternativa é a mudança da relação de meios de produção, onde por consequência passa a alterar a relação de trabalho e por fim alterando a própria sociedade.
	
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3. TÓPICOS 8: “PENSANDO A SOCIEDADE A PARTIR DA TEORIA DA AÇÃO SOCIAL”
O objetivo é apresentar a teoria weberiana para pensar a sociedade e a escola na contemporaneidade sob o sistema econômico capitalista. Trabalhar os conceitos de burocratização e racionalização como fundamentais ao entendimento das sociedades capitalistas. (UNINOVE, 2016b, p. 1)
3.1. Para Weber, quais são os 4 tipos de ações sociais? Explique.
	Segundo Weber, a sociedade em sua composição depende fundamentalmente do indivíduo, sendo que para existência e caracterização desta são necessários quatro tipos de ações sociais (UNINOVE, 2016b, p. 2), sendo elas:
Tradicional: orientada por costumes;
Afetiva: orientada por estados emocionais, sem levar em conta os resultados;
Racional com relação à valores: crença em um valor, agimos de acordo com nossos princípios sabendo dos riscos da ação, porque é racional; e,
Racional com relação a fins: orientada pelo cálculo racional, estabelecendo objetivo e os meios para seu alcance.
Estas ações sociais quando combinadas de forma relacional interacionistas entre os indivíduos, passam a caracterizar a sociedade como um todo a medida em que estas passam a ser incorporadas pelas instituições sociais constituídas e culturais.
Percebe-se que, ao contrário de Marx, Weber considera que a sociedade tem como foco central de seus estudos no indivíduo e a forma com que este relaciona-se aos demais, levando a constituição de uma sociedade por consequência, assim como as classes sociais e relações laborais existentes que serão dispostas a partir da postura individual conduzindo ao coletivo.
Sendo assim, a análise weberiana de relações de trabalho e sociedade, segundo UNINOVE (2016b, p. 2), define-se na compreensão do 
[...] processo de organização e consolidação do trabalho no mundo capitalista, buscando o espírito do capitalismo. Para tanto, verificou que entre os motivos/características da consolidação da sociedade moderna não estavam presentes o aumento da população ou o acúmulo de riqueza e nem a ganância pelo lucro e, sim, a racionalização em todas as esferas da vida: religiosa, econômica e política.
3.2. Qual a relação do espírito do capitalismo com o Protestantismo?
	Partindo das primícias de que a sociedade se consolida, segundo Weber, na racionalização de motivos religiosos, econômicos e políticos, passemos a consideram o questionamento proposto.
	Weber, debruçando seus estudos sobre as sociedades orientadas cultural-religiosamente pelo protestantismo cristão, pode perceber os elementos justificantes do desenvolvimento, os quais nomeou-os de espírito capitalista a partir da ética protestante.
	Tal ética protestante, praticamente eremita, conduzia os indivíduos que compunham aquela sociedade a desenvolver papéis laborais, por meio de divisões de trabalhos sociais, onde visavam por essência a acumulação e a eficiência, evitando-se o desperdício e o ócio.
	Sob esta ótica, estas sociedades de origem protestantes passaram a experimentar uma evolução econômica crescente, bem como uma melhoria nos níveis sociais, dentre muitos outros fatores evolutivos e transformadores sociais.
	É certo que a motivação religiosa, dentre outras, desempenhou um papel importante no desenvolvimento da sociedade ora estudada, a qual moldou a forma com que as classes sociais se dispuseram, assim como o aspecto motivacional econômico se desenvolveu dentro da sociedade. O aspecto laboral, apesar de denotar o meio de produção privada - capitalista, possui sua motivação principal não subsistindo neste, mas na própria religiosidade, que determina os padrões socioculturais daquela sociedade. 
Observa-se que a educação cultural religiosa se faz marcante e determinante neste padrão social e, ela determinará a forma com a qual a sociedade será conduzida e desenvolvida e como os elementos laborais e econômicos serão concebidos sem que se pretenda excluir outros fatores influenciadores,mas estes últimos terão a sua desenvoltura balizadas pela religiosidade sociocultural, a qual é o aspecto motivador mas presente e marcante.
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4. TÓPICO 9: “A TEORIA CRÍTICO-REPRODUTIVISTA”
O objetivo desse tópico é expor a discussão que ficou conhecida como Teoria da Escola-Reprodutivista, tendo como grandes expoentes dessa corrente, os franceses Louis Althusser e Pierre Bourdieu. Os dois autores vão demonstrar como a escola é a principal instituição que pode propiciar a reprodução da desigualdade social. (UNINOVE, 2016a)
4.1. Segundo Althusser, o que são os Aparelhos do Estado e os Aparelhos Ideológicos do Estado?
	Louis Althusser, influenciado pelos estudos de Karl Marx, desenvolve seus trabalhos acerca da sociedade e sua constituição, pensando o Estado com repressor social, denominando-o como Aparelho de Estado e as demais instituições sociais como Aparelhos Ideológicos do Estado. Sendo assim passemos a conhecer o que vem a ser cada qual:
Aparelho do Estado - AE: este é sempre público, sendo o próprio Estado. Este é composto por aparatos repressivos, tais como pela polícia, tribunais, prisões, governo, administração e exército. Possui seu funcionamento externado por meio da violência posta ao serviço das classes dominantes;
Aparelhos Ideológicos do Estado - AIE: são no geral formados por entidades privadas, já que não são reguladas pelo Estado, contudo seguindo preceitos marxistas estes são estes são determinados pelo Aparelho do Estado. São estes representados por organismos de origem religiosa, familiar, escolar, jurídica, sindical, política, informativa e cultural.
Verifica-se que o AE detém a legitimidade do uso da violência, esta concebida e conferida por meio dos AIE que determinam através de um sistema ideológico a legitimidade da primeira, tal relação dialética visa a sustentação da sociedade como ela se apresenta, contudo, porém, a primeira, AE, não subsiste sem o apoio ideológico traçado pelos AIE.
Tal sistema de raciocínio guarda um misto de verossimilhança entre os pensamentos de Marx, onde as estruturas de concepção social são de linha marxista, sendo o Aparato Estatal correspondente a Infraestrutura e, o Aparato Ideológico Estatal corresponde a Superestrutura, porém tem-se que os AIE são de cunhos puramente ideológico, mas constituem em si um sistema instrumentalizado, repletos de valores morais, cujo objetivo é o controle das massas dominadas, os quais justificam o AE e a perpetuação do sistema social imposto.
4.2. Por que, para esse autor, a escola é o mais importante AIE?
	Tal AIE, o escolar, passou a ser considerado como o mais importante dos Aparelhos Ideológicos, após a Revolução Francesa, quando até então o mais importante era o AIE religioso, tal evento histórico determinou de forma contundente essa valoração, pois era necessário a substituição do AIE para que a burguesia vise a se consolidar no cenário social-político, sendo o AIE escolar o mais importante para o estabelecimento dessa nova classe dominante.
	O AIE Escolar, ou simplesmente, escola, passou a assumir um papel de destaque para o estabelecimento de delineação desta nova configuração socioeconômica. Esta instituição encarregou-se de abarcar a educação social nas crianças de todas as classes desde os primeiros anos de aprendizagem, introduzindo o pensamento ideológico dominante em todos os campos do saber, ou mesmo, de forma pura, por meio da moral, do civismo e filosofia.
	Este Aparelho, dentre ou demais, é o que possui o maior alcance, uma vez que a participação do indivíduo é de cunho obrigatório, assim como a vivência deste é uma das mais acirradas, já que perdura por horas e anos a fio, onde este alcance ocorre no período em que indivíduo está mais vulnerável a assimilação do que lhe é imposto, dividindo-se quase que na totalidade entre o AIE Escolar e Familiar.
	A imposição deste Aparato Ideológico é tão ferrenha e incisiva, que passa a assumir um papel de naturalidade para o indivíduo, tal afirmativa é concebível em sua exposição que, nem mesmo os responsáveis pela disseminação do conhecimento, os professores, percebem ou sequer suspeitam das práticas aplicadas pela classe dominante. Ao contrário, muitos dos professores empenham-se em disseminar a ideologia dominante, acreditando piamente que o que realizam é o único caminho possível e correto.
	Apesar de Althusser declarar-se como marxista, observa que este absorve em muito a linha durkheimiana, uma vez que tem para si que a educação assume um papel fundamental, enquanto Durkheim estabelecia que a educação visava manter o equilíbrio social, para Althusser esta tem por objetivo a busca da ruptura social. 
	A educação e suas práticas são determinadas externamente, baseando-se em aspectos socioeconômicos, aspectos estes que visam justificar a manutenção da classe dominante, ou ainda, a ruptura desta.
	
4.3. Diga por que, para Bourdieu, a escola reproduz as desigualdades sociais?
	Segundo os ensinamentos de Bourdieu, a sociedade encontra-se organizada hierarquicamente e de modo a gerar desigualdades sociais, onde este sistema encontra-se inserido em os núcleos sociais, incluindo-se nestes a escola.
	Tratando a escola como um campo a ser estudado, como um espaço social, percebe Bourdieu, esta como um fator reprodutor social, reproduzindo processos dominantes de uma sociedade hierarquizada, apresentando-se de modo a representar as disposições sociais de classes.
	Um dos fatores determinantes da hierarquização social na escola é o fator de origem familiar, onde indivíduos tendem a serem educados e orientados a permaneceram nas classes originárias, reproduzindo dessa forma, no seio escolar, os mecanismos de dominação social e, por consequência tornando-se um mecanismo de legitimação de domínio social.
	A escola como uma instituição conservadora de estrutura social, não se instrumenta de justiça ou elementos transformadores sociais, somente realiza a instrumentação democrática de modo a reproduzir elementos já estabelecidos cultural e socialmente, corroborando modo a favorecer a manutenção da classe dominante em detrimento da dominada.
	A escola tem por base a transformação de diferenças sociais e diferenças acadêmicas, suavizando dissimuladamente as desigualdades sociais e, legitimando dessa forma a hierarquização social e conferindo a manutenção da classe dominante.
	A escola em sua base estrutural ao tratar a todos de forma igualitária, acaba por segregar a desigualdade. Mas ao contrário, se ela tratar de forma desigual os desiguais de modo a que estes possam tornar-se iguais, irá propor a redução da desigualdade social e por consequência reduzirá a verticalização social para algo semelhante a planificação desta.
	Percebe-se que apesar de Bourdieu declarar que a escola é um instrumento gerador e perpetuador de desigualdades, também nos traz a percepção que esta pode ser justamente o oposto, bastando que para que tal fato ocorra, aja uma reformulação de como esta será utilizada, ou seja, será de cunho conservador ou reformador, cabendo principalmente aos docentes este papel, de como se portarão ente a este fato, serão meros reprodutores da realidade ou serão transformadores desta.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Após a realização dos exercícios propostos na atividade, podemos considerar que os estudos clássicos sociais se faz imprescindível para compreensão da sociedade e sua influência na educação e vice-versa.
	Foi possível assimilar as diversas linhas de raciocínio que norteiam a concepção de sociedade e seus conflitos.
	Observou-se o quão importante são tais ordem de pensamentos para a condução de um ensino-aprendizagem com responsabilidade, sendo este um agente esclarecedor e transformador, os quais visam agregar autonomia responsável ao indivíduo, de forma que este possa constituir um elemento transformador e transformado, por meio de sua autoconstrução e reconstrução.
	Vislumbrou-se a real necessidade da compreensão da escola como elemento primário de alterações sociais e manutenção destas.Assim, como ente modificador social e seu papel para redução de desigualdades socioculturais, conferindo um ambiente democrático, propício para o pleno exercício de cidadania e de diversidade, capaz de imprimir condições de autodeterminação e autonomia individual e coletiva.
	
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REFERENCIAL
 UNINOVE. Conceitos importantes para a sociologia da educação: A teoria crítico-reprodutivista. Disciplina de Sociologia da Educação. São Paulo: UNINOVE, 2016a. v. Aula 09 (14). p. 1–7. Nota: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura em História. Modalidade: EAD. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Prof. Ms. Simone Barbanti. Disponível em: <https://ava.uninove.br/seu/SEUEAD/EAD0001/SEU_EAD0006.php?>. Acesso em: 10 ago. 2016. 
_____. Conceitos importantes para sociologia: Pensando a sociedade a partir da teoria da ação social. Disciplina de Sociologia da Educação. São Paulo: UNINOVE, 2016b. v. Aula 08 (14). p. 1–4. Nota: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura em História. Modalidade: EAD. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Prof. Ms. Simone Barbanti. Disponível em: <https://ava.uninove.br/seu/SEUEAD/EAD0001/SEU_EAD0006.php?>. Acesso em: 10 ago. 2016. 
_____. Conceitos importantes para sociologia: Pensando a sociedade a partir do positivismo. Disciplina de Sociologia da Educação. São Paulo: UNINOVE, 2016c. v. Aula 06 (14). p. 1–3. Nota: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura em História. Modalidade: EAD. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Prof. Ms. Simone Barbanti. Disponível em: <https://ava.uninove.br/seu/SEUEAD/EAD0001/SEU_EAD0006.php?>. Acesso em: 10 ago. 2016. 
_____. Conceitos importantes para sociologia: Pensando a sociedade de maneira progressista. Disciplina de Sociologia da Educação. São Paulo: UNINOVE, 2016d. v. Aula 07 (14). p. 1–3. Nota: Universidade Nove de Julho. Curso de Licenciatura em História. Modalidade: EAD. 2º sem. 2016. Carga Horária da disciplina: 80Hs. Prof. Ms. Simone Barbanti. Disponível em: <https://ava.uninove.br/seu/SEUEAD/EAD0001/SEU_EAD0006.php?>. Acesso em: 10 ago. 2016. 
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