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FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS ESUDA CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ALINE LÚCIA SILVA DOS SANTOS CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTO-PADRÃO: Uma Revisão da Bibliografia Existente. RECIFE-PE 2017 ALINE LÚCIA SILVA DOS SANTOS CUSTOS CONTROLÁVEIS E CUSTO-PADRÃO: Uma Revisão da Bibliografia Existente. Artigo apresentado a Faculdade de Ciências Humanas Esuda como requisito parcial para obtenção referente à nota AV 2 de Análise de Custos. Professor: Célio Oliveira, Doutor. RECIFE-PE 2017 RESUMO: Esse artigo refere-se aos custos controláveis e do custo-padrão em relação ao controle de gestão. Apresenta as definições dos elementos que fazem parte desses custos. Apresenta também alguns tópicos de funcionalidades do sistema de controle. Enuncia os tipos de custos padrão e seus objetivos, assim também, como a comparação é importante para demonstrar se o resultado condiz com o esperado. Também menciona sobre a análise de variação para possíveis tomadas de decisões. Conclui que o gerenciamento desses custos trata-se de um instrumento de controle que auxilia a gestão e trona-se fator decisivo de sobrevivência das empresas do ramo. Palavras-chave: Controle; Sistema; Custo. ABSTRACT: This article discusses the controllable costs and the standard cost in relation to management control. Displays the definitions of the elements that are part of these costs. It also presents some topics of control system functionalities. It outlines the standard cost types and their goals, as well as how the comparison is important to demonstrate if the result matches what was expected. It also mentions the analysis of variation for possible decision making. It concludes that the management of these costs is an instrument of control that assists the management and is the decisive factor for the survival of the companies in the industry. Key-words: Control; System; Cost SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5 2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 6 2.1. Custos Controláveis ............................................................................. 6 2.1.1. Controle ................................................................................................ 6 2.1.2. Produção, Sistema e Controle ........................................................... 7 2.1.3. Custos Por Produto em Relação a Custos por Departamento ........ 8 2.1.4 Custos Por Responsabilidade ............................................................ 9 2.1.5 Parâmetro de Conferência ................................................................ 10 2.1.6 Estimativas de Custos ..................................................................... 10 3. CUSTO-PADRÃO ........................................................................................ 11 3.1. Objetivo dos Custos-Padrão .............................................................. 12 3.1.2 Tipos de Custos-Padrão ................................................................... 12 3.1.2.1 Custo-Padrão Ideal ........................................................................ 12 3.1.2.2 Custo-Padrão Estimado e Corrente .............................................. 13 3.1.3 Custo-Padrão Versus Custo Real ................................................... 14 3.1.4 Variação (Análise) ............................................................................ 15 4. CONCLUSÃO .............................................................................................. 16 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 17 5 1. INTRODUÇÃO O escopo deste artigo é apresentar as finalidades de custos controláveis e custo-padrão conceituando-o e fundamentando seus principais aspectos, funcionalidade, além de destacar o sistema e controle como principal instrumento para atingir os ajustes de melhoria sobre as operações. De acordo com George (1997), afirma que a contabilidade de custos, é um elemento que possui o maior banco de dados existentes dentro de qualquer organização e que a partir desses dados a contabilidade conseguirá em união com os utilizadores das informações e os administradores, traçar relatórios que venham favorecer o controle. Atualmente as empresas buscam cada vez mais confiabilidade nas informações e também instrumentos que tragam conhecimento sobre seus processos operacionais, utilizando de elementos de controle para correção e também auxiliá-la nas tomadas de decisões. Para Adriano e Rubens (2004) entendem que o gerenciamento de custo existe por dois fatores cruciais que é o controle das operações e a determinação do dividendo. 6 2. REFERENCIAL TEÓRICO Neste artigo é apresentado uma breve abordagem de custos controláveis e custo padrão, suas funcionalidades entre outros aspectos fundamentais da contabilidade de custos como grande ferramenta de controle. 2.1.CUSTOS CONTROLÁVEIS São custos que podem ser dominados e são esperáveis; precisam de controle repetidamente e de um condutor responsável. Para Galloro e Associados (1992, p. 20):Definem custos controláveis como: Os itens de custo que podem ser controlados por alguém dentro de sua escala hierárquica. Esses custos podem ser previstos, realizados e organizados pelo responsável daquela unidade, que poderá vir a ser cobrado por desvios apurados. Na percepção de Oscar (2012, p. 20), "custos controláveis são custos que podem ser controlados por uma pessoa na organização. A pessoa responsável poderá ser cobrada por eventuais desvios não esperados". “A distinção entre custos controláveis e não controláveis é básica para o estabelecimento do sistema de Custos pela Responsabilidade. Diz-se que todos os custos da empresa são controláveis em algum nível gerencial”, constatou George Leone (2000, p.63). 2.1.1.CONTROLE Tem a finalidade de assegurar um bom desempenho, através da fiscalização, monitoramento e gestão, dominando de maneira que os planos sejam alcançados através das atividades averiguadas, podendo através desse monitoramento corrigir as ações se necessário. Para Martins (2010, p.305) “Afinal, Controlar significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção”. Ainda sobre a ótica do autor Martins (2010,p. 305), a firma que: "Esse mesmo conceito é o aplicável a qualquer setor ou atividade de uma empresa. Pode-se dizer que a empresa tem o Controle dos seus Custos e Despesas quando conhece os que estão sendo incorridos, verifica se estão dentro do que era esperado, analisa as divergências e toma medidas para correção de tais desvios". 7 No âmbito do controle contábil segundo Attie (1985, p.61) "Controle Contábeis compreendem o plano de organização e todos os métodos e procedimentos relacionados com a salvaguarda do patrimônio da prioridade dos registros contábeis". Em administração para Fayol (1981, p.139) o controletem a finalidade: "assinalar as faltas e os erros a fim de que se possa repará-los e evitar sua repetição". O controle de custo em uma instituição desenvolve-se no mesmo sentido, são avaliadas as ocorrências nas atividades, verificando se está convergente com o previsto, caso esteja incompatível com o esperado é realizado o ajuste para que haja a melhoria. 2.1.2.PRODUÇÃO, SISTEMA E CONTROLE. Faz-se necessário conhecer os problemas que sucede dentro da instituição, para implantação do procedimento de Custos; podendo causar desconforto em relação aos colaboradores de produção. Segundo Martins (1998, p. 324) A implantação de Sistemas de Custos costuma ter um problema de reação do pessoal da produção, mesmo quando o Sistema não está voltado precipuamente para a função de Controle; imagina-se então quando se destina também a cumprir essa finalidade. Para Martins (1998, p.324) "Funcionários da Produção, que antes nunca estiveram obrigados a dar pormenores rotineiramente do que ocorre em suas seções, passam a ver o Sistema de Custos como uma forma de a direção da empresa espioná-los e controlá-los". Deve, isso sim, ser bem analisado, para que consiga atingir o objetivo por meio de implantação gradual, educação do pessoal, sua conscientização da necessidade do Sistema, e para que se consiga reduzir ao mínimo esses tipos de reações. (MARTINS, 1998, p.324). Corroborando com a pesquisa o autor, Attie (2000, p.119) explica que: Uma empresa necessita constituir, para si, sistemas que lhe garantam conhecer os atos e eventos ocorridos em cada um dos seus segmentos. Os efeitos ocorridos através da realização de cada ato devem ser escriturados e levados, em tempo hábil, ao conhecimento dos administradores. 8 Na visão de George (1997, p. 241): Quando alguém fala em controle, deve estar pensando numa tentativa de alcançar, em princípio, um empate entre objetivos e metas preestabelecidas e os resultados conseguidos. A igualdade e os desvios entre objetivos e resultados devem ser bem administrado. Planejamento e Controle são duas ações conjuntas. 2.1.3..CUSTOS.POR.PRODUTO.EM.RELAÇÃO.A.CUSTOS.POR DEPARTAMENTO Custo por departamento trata-se de controlar os custos por cada departamento, sendo utilizado em amplos segmentos, tem-se, por exemplo: Departamento de confecção de corte e costura, hospitalar entre outros. O Departamento pode ser estabelecido de acordo com a natureza e classificação relacionada a cada atividade, como: Departamento de Materiais, Compras, Corte e Acabamento. Segundo Adriano e Rubens, (2004, p. 129).As vantagens de departamentalização poderiam ser expressas sob dois aspectos principais: melhoria dos controles internos e redução dos problemas decorrentes do rateio dos custos indiretos. O custo por departamento é o modo como se excuta o rateio de forma mais categórica ao método produtivo, de cada processo produtivo. A apuração dos custos acondicionado em todos os setores, de fato, corresponde ao esforço ou cooperação dado pelo departamento à produção da organização (IUDÍCIBUS, 2008). "Dentro de cada Departamento é que poderia ser feita uma análise por Produto ou por Atividade". (MARTINS, 2010. p.307). Segundo Adriano e Rubens (2004. p. 128): Embora, geralmente, cada departamento corresponda a um centro de custo (onde são acumulados os gatos incorridos para a posterior transferência aos produtos ou a outros centros de custos), em algumas ocasiões, um departamento pode ser subdividido em diversos centros de custos. Para George (1997, p. 62) "Qualquer que seja o modelo empregado para a determinação dos custos dos produtos, será extremamente necessário que o contador de custos conheça muito bem o ambiente operacional onde vai atuar". Segundo George (1997, p. 113), afirma que: "A departamentalização se destina a separar as atividades de uma empresa de acordo coma natureza de cada um delas, procurando maior eficiência nas operações". 9 Custos por produto pode ser verificado, conforme citado por MARTINS (1998, P. 325) "Por exemplo, Dentro do Departamento de Fundição poder-se-ia verificar o comportamento de vários Custos por Produtos, como consumo de materiais, utilização de horas de mão-de-obra direta, tempo de fabricação total etc.". 2.1.4 CUSTOS POR RESPONSABILIDADE Segundo Martins (1998, p. 327): Custeio por Responsabilidade é, portanto, a separação dos Custos incorridos pelos diferentes níveis de responsabilidades. Não é uma outra maneira de se custearem produtos, mas uma forma de, dentro do Sistema de Custos, proceder-se a uma divisão deles não em função de produtos, mas de Departamentos, e, dentro destes, com sua divisão em Controláveis pelo Chefe e Não Controláveis por ele. Na visão de George (1997, p. 240), afirma que: O Sistema de Custeamento pela Responsabilidade pratica basicamente a determinação dos custos e das despesas separadamente por centros (departamentos, seções e setores), a sua contabilização e a preparação de uma série de relatórios articulados. É um sistema contábil implantado para que as despesas e os custos possam ser controlados pelos responsáveis por esses centros, que são as pessoas que têm a função de administrar suas operações. O autor George (1997, p. 239), afirma ainda que: Como o próprio nome indica, os custos e as despesas são separadas pela "responsabilidade". A Contabilidade, através de seu método lógico e confiável de registro das operações e transações, identifica as despesas e os custos a cada centro de responsabilidade que é dirigido por uma pessoa. Esse responsável tem duas atribuições: alcançar as metas físicas preestabelecidas e consumir a menor quantidade de recursos. O sistema de Custeamento pela Responsabilidade define o consumo real dos recursos, compara-o com o que foi previsto para acontecer, destaca e analisa os desvios, investigando suas causas e, em alguns casos, se estiver ao alcance do Contador sugerindo as medidas de correção. A empresa é subdividida em Centros de Responsabilidade (departamento, divisões, seções, setores e unidades). De acordo com Adriano e Rubens (2004. p. 128): O departamento seria a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, porque sempre há ou deveria haver um responsável para cada departamento. A existência de um responsável pelo departamento e pelas decisões tomadas permite a aplicação da contabilidade de custos por responsabilidades. 10 2.1.5 PARÂMETRO DE CONFERÊNCIA Para saber se o processo ocorreu dentro do esperado é necessário realizar comparações entre o que de fato aconteceu e o que teria que ocorrer. (MARTINS, 1998). Segundo George (1997, p. 241): A série de relatórios contábeis preparada sob ótica do Custeamento pela Responsabilidade traz em seu bojo, como uma de suas partes mais importantes, os números do passado e do presente, os quais são comparados com os dados planejados e os desvios são calculados e analisados para que se possa corrigir defeitos. Os custos são determinados principalmente para atender às necessidades de controle e gestão. Estes sendo bem estruturados proporcionarão ao administrador os meios de conferência entre o que está sendo feito e os padrões pré-estabelecidos e, portanto conduzirá na tomada de decisões de aprimoramento. 2.1.6 ESTIMATIVAS DE CUSTOS Os custos estimados é uma excelente basede conferência, realizando- se através de custos médios passados, tendo um controle gerencial dos custos de cada produto (Diretos e Indiretos) fabricado pela empresa. Segundo Adriano e Rubens (2004, p. 170), definem que: Custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos anteriores, ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras, porém sem muito questionamento sobre quantidades (matérias/mão-de-obra) aplicadas nos períodos anteriores e respectivos custos. Em geral, é empregado para cálculo de taxas de aplicação dos custos indiretos e fabricação, podendo ser estendido aos custos diretos. De acordo com Martins (1998, p. 331) “uma boa base de comparação é o uso de Custos Estimados, que são melhorias introduzidas nos custos médios passados em função de determinadas expectativas quanto ao futuro.” Segundo Martins (1998, p. 330), define que: Custos Estimados seriam melhorias técnicas introduzidas nos custos médios passados, em função de determinadas expectativas quanto a prováveis alterações de alguns custos, de modificações no volume de produção, de mudanças na qualidade de materiais ou próprio produto, introduções de tecnologia diferentes. 11 3..CUSTO-PADRÃO “O custo-padrão diferencia-se do estimado em razão de apresentar maior rigor técnico e busca de eficiência em sua estimativa. (ADRIANO E RUBENS,2004, p. 170).” Ainda na visão de Adriano e Rubens (2004, p. 171) conceituam custo- padrão como: Custo-padrão: estabelecido com mais critério, representa o que determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência do uso do material direto, da mão de obra, dos equipamentos, de abastecimento do mercador fornecedor e da demanda do mercado consumidos. Pode ser ideal – quando obtido com base em estudos científicos, desprezando ineficiências e apresentando, portanto, poucas chances de ser alcançados – ou corrente - quando considera as características normais do processo e do produto (incluindo qualidade de matérias, ineficiências, paradas e etc.), que representam a meta a ser alcançada em determinado período. Corroborando com a pesquisa o autor, Viceconti (2010, p.195) afirma que: Custo–padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume desta. Segundo Martins (2010, p. 315) “A mais eficaz de se planejar e controlar custos é a partir da institucionalização do Custo-padrão, que tanto pode ser usado como o Custeio por Absorção como com o Variável.” “O sistema de custos-padrão não tem utilidade se dor implantado solitariamente. Ele só fornece informações preciosas se estiver acoplado a outro sistema de custeamento com base em custos reais.” (GEORGE, 1997, p. 286). Para George (1997, p. 286): O custo-padrão é útil quando funciona em conjunto com qualquer sistema ou técnica, que usa custos históricos: sistemas com base na filosofia do custo por absorção ou com base no conceito de custos diretos e variáveis técnicas como custeamento pela Unidades de Esforços de Produção, dependendo dos tipos de recursos analisadas, o custeamento baseado em atividades. Na visão de Adriano e Rubens (2004, p. 171) “A aplicação do sistema de custeio-padrão permite analisar as variações ocorridas entre o custo real e o padrão. Obviamente, a variação será favorável quando o real for menor que o padrão e desfavorável quando o real for superior ao padrão”. 12 3.1.OBJETIVO DOS CUSTOS-PADRÃO Segundo George (1997, p. 285): O objetivo principal dos custos-padrão é estabelecer uma medida planejada que será usada para compará-los com os custos reais ou históricos (aqueles que aconteceram e foram registrados pela Contabilidade) com a finalidade de revelar desvios que serão analisados e corrigidos, mantendo assim, o desempenho operacional dentro dos rumos previamente estabelecidos. Para Adriano e Rubens (2004, p. 171) Afirmam que: O principal objetivo da utilização do sistema de custeio-padrão consiste no controle dos custos, realizado com base em metas prefixadas para condições normais de trabalho. Empregando custos-padrão, é possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de erros, que permitam a melhoria do desempenho. De acordo com Martins (2010, p. 3016): Seu grande objetivo, portanto, é o de ficar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. E isso nos leva à conclusão de que Custo-padrão não é uma outra forma, método ou critério de contabilização de custos( como Absorção e Variável), mas sim uma técnica auxiliar. Segundo (Dutra, 1992, p. 166): O método do custo padrão tem como função principal fornecer suporte para o controle de custos da empresa, proporcionando um padrão de comportamento para os custos. “O custo padrão é a determinação antecipada dos componentes do produto, em quantidade e valor, apoiada na utilização de dados de várias fontes, com validade para determinado espaço de tempo”. 3.1.2 TIPOS DE CUSTOS-PADRÃO Existem três tipos de Custo-padrão, ideal, estimado e corrente, cada um tem a sua atribuição e servem como base para o registro da produção antes da definição do custo real. 3.1.2.1 CUSTO-PADRÃO IDEAL Para Viceconti (2010, p.195): O Custo –Padrão Ideal é um custo determinado mais científica possível pela Engenharia de Produção da empresa, dentro de condições idéias de qualidade dos materiais, de eficiência da mão- de- obra e com uma meta de longo prazo da empresa. Entretanto, a curto prazo, por existirem na prática deficiências no uso e na qualidade dos insumos, apresenta muita dificuldade de ser alcançado. O uso do Custo-padrão ideal é extremamente restrito, já que serviria apenas para comparações realizadas no máximo uma vez ao ano, por exemplo, para se ter 13 uma idéia de quanto se evoluiu com relação a anos anteriores. (MARTINS, 2010, p. 315). “(O Custo-padrão Ideal tende a ser, por outro lado, extremamente teórico.)” (MARTINS, 2010.p. 316). Custo-padrão ideal, o custo-padrão determinado da forma mais científica possível pela engenharia de produção da instituição, dentro das condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão-de-obra, com mínimo de perda de todos os insumos envolvidos CREPALDI (2004). 3.1.2.2 CUSTO-PADRÃO ESTIMADO E CORRENTE Custo-padrão estimado, aquele determinado simplesmente através de uma projeção, para o futuro, de uma média dos custos avaliado no passado, sem qualquer preocupação de se analisar se ocorrem ineficiências na produção. CREPALDI (2004). Segundo Martins (2010, p. 316). Existem diferenças entre custo estimado e corrente, sendo assim ele afirma que: No que se diferencia então o Custo-padrão Corrente do Custo Estimado? Talvez a forma mais simples de se responder seja dizendo que o Padrão Corrente é o custo que deveria ser, enquanto o Estimado é o que deverá ser. [...] O Custo-padrão Corrente é mais elaborado; exige que determinado estudos sejam feitos, enquanto o Estimado parte da hipótese de que a média do passado é um número válido e apenas introduz algumas modificações esperadas, tais como volume de atividade, mudança de equipamentos etc. [...] O CustoPadrão Corrente é mais “científico”, no sentido de que faz a união entre aspectos teóricos e práticos da produção, enquanto o Custo Estimado só levaria em conta os práticos, podendo por isso nunca apontar defeitos ou ineficiências que seriam sanados com aquele. Para Viceconti (2010, p.195): O Custo-Padrão Estimado é aquele determinado simplesmente através de uma projeção, para o futuro, de uma média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se ocorreram ineficiências na produção (por exemplo, se o nível de desperdício dos materiais poderia ser diminuído, se a produtividade da mão-de-obra poderia ser melhorada, se os preços pagos pelos insumos poderiam ser menores, etc.). Custo-padrão corrente, o que está situado entre o ideal e o estimado, para ser determinado é necessário a realização de estudos para avaliação da eficiência da produção, leva em consideração as deficiências que reconhecidamente existem, mas que não podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a curto e médio prazo CREPALDI (2004). 14 Segundo de Viceconti (2010, p.196): O Custo-Padrão Corrente situa-se entre o Ideal e o Estimado. Ao contrário deste último, para fixar o Corrente, a empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por outro lado, ao contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que reconhecidamente existem mais que não podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a curto e médio prazos, tais como às relativas a materiais comprados de terceiros, inexistência de mão-de-obra especializada e outras similares. Este tipo de Custo-Padrão pode ser considerado como um objetivo de curto e médio prazo da empresa e é o mais adequado para fins de controle. 3.1.3CUSTO-PADRÃO VERSUS CUSTO REAL “É custo efetivo incorrido pela empresa num determinado período de produção.” (VICECONTI, 2010, p. 196). Segundo Martins (2010, p. 317) Afirma que: Há realmente, alguns pontos de simplificação, como por exemplo, a contabilização dos estoques por valores já fixados. Sem necessidade de apuração do Custo Real para seu registro, o que facilita e agiliza a elaboração dos relatórios mensais; permitem à empresa fazer fechamento de Custos trimestralmente, por exemplo, sem eliminar os balancetes e balanços mensais. De acordo com Viceconti (2010, p.196): Caso o Custo Real seja superior ao Custo-Padrão, a variação (diferença) aí ocorrida será considerada Desfavorável, uma vez que o custo efetivo foi maior que o estabelecido como meta para a empresa. Se o correr o contrário, ou seja Custo Real inferior ao Custo-Padrão, a variação será considerada com o Favorável, uma vez que a empresa apresentou custo menor do que o estabelecido como meta. O Custo- padrão não elimina o Real, nem diminui sua tarefa; aliás, a implantação do Padrão só pode ser bem sucedida onde já existia um bom Custo Real (quer Absorção, quer Variável ou qualquer combinação entre eles. (MARTINS, 2010, p. 317) As variações entre o padrão e o real, abrangem a matéria-prima, mão- de-obra direta e custos indiretos de fabricação. Segundo Ludícibus e Marion (2000) ressaltam, entretanto que, “[...] a empresa ou baseia seu sistema de apuração em custos reais ou em custos padrão, conquanto naquele sempre se integrem previsões, pelo menos no que se refere aos gastos gerais de fabricação, e neste se harmonizem as formas de se apurarem as variações com os custos reais. (IUDÍCIBUS; MARION, 2000, p. 215). Na visão de Martins (2010, p. 317), ainda afirma que: As pessoas responsáveis pela análise das diferenças entre Padrão e Real, conscientes de que aquela é passível de ser obtido, estarão provavelmente interessados na averiguação das divergências e sua eliminação. Pela, uma 15 diferença de 12% é algo de importante a ser analisado e pesquisado. Entretanto, se as mesmas pessoas sentirem que o Padrão é absurdo para as circunstâncias atuais, uma divergência de 80% será igual a outra de 50% e não haverá grande estímulo para solução; “ a variação é inevitável, não adianta muito correr atrás dela” poderá ser o pensamento reinante. 3.1.4 VARIAÇÃO (ANÁLISE) Segundo John (1962, p. 41) afirma que: Uma variação pode ser definida como diferença entre custos reais e padrões. O processo de análise das variações rege a subdivisão da variação total de tal maneira que a administração possa determinar responsabilidades por desempenhos abaixo do padrão. Na visão de Viceconti (2010, p.202), define que: A análise das razões das diferenças entre Custo Real e o Padrão é a parte mais importante do uso do Custeio Padrão para fins de Controle. [...] esta comparação é que vai permitir à empresa controlar os seus custos e detectar eventuais ineficiências na produção. De acordo com Adriano e Rubens (2004, p. 173), “As análises de variações costumam ser decompostas em variação de preço ou taxa e variação de quantidade ou eficiência.” Corroborando com a pesquisa o autor George (1997, p. 294), estabelece que: Uma vez que o custo-padrão do material é constituído de das partes, quantidade e preço, assim também serão as variações entre custo real do material e seu custo-padrão: duas variações: a variação de quantidade (ou de eficiência) e a variação de preço. Para John (1962, p. 41), afirma que: A decisão de até que ponto ir na análise das variações deve ser baseada no uso que a administração fará delas para a sua informação. A análise da variação deve ser estendida até o ponto em que os dados são úteis para a administração efetuar decisões. 16 4. CONCLUSÃO Pode-se concluir que a gestão de custos é um instrumento crucial para a tomada de decisão das empresas. Isso fica claro, ao observar-se o processo de definição e objetivos que cada elemento de custos controláveis e custo- padrão trazem para controle da organização; os custos controláveis devem ser gerenciados com a maior atenção, visto que estes custos são alvo de definição de metas de produtividade e tem um responsável pelo centro de custo, que deve ser analisado e gerenciado de forma monitorada, verificando se precisará melhorar o processo e também se condiz com o que foi proposto. O custo- padrão baseia-se no controle de custo realizado com base em objetivos prefixados para condições comuns de trabalho, lidando com esse custo é viável também descobrir desvios do esperado com o que é esperado, ao verificar os fatores que causaram os deslizes é tomado soluções para correção que propiciem o melhoramento de execução. 17 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. São Paulo: Atlas, 1985. ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2000. CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2004. DEARDEN, John. Análise de custos e orçamento nas empresas. New Jersey: PRENTICE-HALL INC, 1962. DUTRA, RG. Custos Uma Abordagem Prática. 3. Ed. São Paulo, SP: Atlas. 1992. FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. 9.ed. São Paulo: Atlas, 1981. GALLORO & ASSOCIADOS AUDITORES INDEPENDENTES. Introdução à contabilidade de custos. In: CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO (org.). Curso sobre contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1992. GUIMARÃES NETO, Oscar. Análise de Custos .ed. rev. Curitiba: IESD Brasil S. A, 2012. IUDÍCIBUS, Sergio de. Contabilidade Gerencial. 6. ed. 11 reimpr. São Paulo: Atlas, 2008. IUDICIBUS, Sérgio de; MARION, Carlos Marion.Curso de Contabilidade para não contadores. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000. LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1997. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos - Planejamento, Implantação e Controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MARTINS, Eliseu, Contabilidade de Custo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARTINS, Eliseu, Contabilidade de Custo. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez, Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo/Paulo Eduardo V. Viceconti, Silvério das Neves. 9. Ed. São Paulo: Frase Editora,2010.
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