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Questões comentadas prova Neurologia
2. Lactente de dois meses e 15 dias, nascido de parto normal, demorou um pouco a chorar, ficou quatro horas no berçário em observação e, em seguida, foi para junto de sua mãe. Em sua primeira consulta,o pediatra observou que a criançanão olhava a mãe enquanto mamavae não acompanhava com o olhar umobjeto colocado cerca de 30cm de seusolhos. Diante desse quadro, deve-seconsiderar que esse lactente:
(A) está com um possível atraso no seu desenvolvimento, devendo ser melhor avaliado
(B) apresenta problema auditivo e precisa ser encaminhado imediatamente ao otorrinolaringologista
(C) está iniciando um processo autista, por isso não se comunica com as pessoas e o meio ambiente
(D) apresenta uma reação normal para sua idade, pois as crianças começam a enxergar a partir dos três meses
Resposta correta: A
A = 73,99%
B = 0,83%
C = 10,39%
D = 14,80%
Comentários: A visão está presente ao nascimento, no entanto, os aspectos fisiológicos, anatômicos e neurológicos da visão, ainda não se encontram
plenamente desenvolvidos, portanto, ainda imaturos. Parte desse desenvolvimento ocorre de modo acelerado, e justamente nos primeiros meses de vida, quando a criança passa por importantes modificações de comportamento visual, que é influenciado por fatores de maturação neurológica e de experiências ambientais pelo qual a criança passa. Pesquisas têm demonstrado que em relação ao contato de olho com as pessoas, está presente também na grande maioria dos lactentes(97,62%) até os 45 dias de vida. Já em relação à função oculomotora, depende das conexões sinápticas no córtex visual,que vão aumentando rapidamente no lactente, repercutindo em uma maior coordenação dos segmentos visuais,fazendo com que até aos 75 dias a totalidade dos lactentes sadios façam o acompanhamento dos objetos colocados em movimento a uns 30 cm do seus olhos. Se um lactente não cumprir com estas etapas deve ser investigado, está com seu desenvolvimento atrasado, podendo ser por uma questão de lesão neurológica ou comprometimento visual.
	
3. Lactente de um ano e dois meses engatinha e anda com apoio, consegue apanhar objetos, reconhece a mãe, aponta o que quer e imita gestos, como bater palmas e dar tchau. Entretanto, ainda não fala palavra alguma nem mantém jargão (fala com emissão de sons com entonação e sem significado). Esse lactente tem:
(A) desenvolvimento normal para sua idade
(B) autismo, pois já deveria estar falando algumas palavras
(C) possível atraso no desenvolvimento, pois ainda não anda
(D) atraso na aquisição da linguagem, sendo necessária investigação
Resposta correta: D
A = 28,22%
B = 1,75%
C = 2,94%
D = 67,00%
Comentários: Nas principais escalas de avaliação das etapas do desenvolvimento da criança é demonstrado que um lactente pode começar a andar até aos 15 meses sem que isto signifi que um atraso no seu desenvolvimento. Entretanto em relação à linguagem com um ano de idade as crianças já falam alguma palavra e mantêm uma fala com emissões de sons, mesmo que ainda sem signifi cados, com entonação (jargão) tentando se comunicar com as pessoas. Já o autista, além de não falar não tenta se comunicar, não aponta ou imita gestos, a não ser após terapia apropriada.
4.Escolar, sexo masculino, 10 anos, vem à consulta com o pediatra por difi culdades de relacionamento social na família e na escola. Mostra um desempenho escolar errático com alguns bons resultados mesclados com resultados ruins. A família recebe bilhetes da escola, quase diariamente, com queixas de que o paciente atrapalha o andamento da aula com piadas, conversas ou discussões. Segundo a mãe, o filho é bastante inteligente, mas vem deteriorando o seu desempenho ao longo dos anos com piora acentuada nas últimas séries do ensino fundamental. Não consegue se concentrar nos trabalhos e termina as tarefas muito rápido, com uma qualidade baixa. Frequentemente, perde o material necessário para fazer as lições de casa. De acordo com a família, isso sempre aconteceu, mas nos últimos anos os sintomas têm fi cado mais signifi cativos. Com base nessa história, o diagnóstico mais provável é:
(A) distimia
(B) distúrbio de conduta
(C) transtorno de humor bipolar
(D) transtorno oposicional desafi ador
(E) transtorno do défi cit de atenção e hiperatividade
Resposta correta: E
A = 1,77%
B = 2,02%
C = 0,17%
D = 6,82%
E = 89,22%
Comentário: A condição fundamental para que seja feito o diagnóstico de TDAH é que os sintomas devem estar presentes em todas as áreas de atuação da criança, escola, casa e grupo social, o que acontece nesse paciente. Além disso o desempenho errático na escola fala a favor desse desempenho ser causado pela flutuação da atenção durante os períodos de escola. A piora do desempenho está relacionado com o aumento de demanda e a desorganização do paciente para dar conta disso apesar das boas habilidades cognitivas.
5. Lactente, sexo feminino, 2 anos, é levada à emergência com história de febre há 24 horas e crise convulsiva tônico-clônica generalizada, há mais ou menos 20 minutos, de curta duração (cinco minutos). Exame físico: febril, com exame neurológico normal. História clínica pregressa e atual sem dados dignos de nota. Com base nessas informações, a conduta indicada é:
(A) solicitar EEG e parecer do neuropediatra
(B) diagnosticar a etiologia infecciosa, observar a paciente e orientar a família
(C) realizar punção lombar e iniciar anticonvulsivante (fenobarbital) por via oral
(D) realizar punção lombar e iniciar antimicrobiano (ceftriaxone) por via venosa
(E) solicitar tomografi a computadorizada de crânio (urgente) e parecer do neuropediatra
Resposta correta: B
A = 1,1%
B = 93,77%
C = 0,25%
D = 4,55%
E = 0,34%
Comentário: Convulsão febril simples é a convulsão que ocorre acompanhada de febre em crianças de 6 até 60 meses, sem doença atual ou passada do SNC. Ocorre em 2 – 5 % de todas as crianças o que a coloca como o evento convulsivo mais frequente até os 5 anos de vida (60 meses). A crise convulsiva deve ser tônico- -clônica generalizada, de curta duração (< 15 minutos) e sem recorrência em 24 horas. O diagnostico da convulsão febril simples é eminentemente clínico, dispensando na quase totalidade das vezes recursos laboratoriais para a confi rmação diagnóstica. No entanto, se qualquer um dos critérios para o diagnóstico NÃO for cumprido isso indicará a presença de convulsão febril complexa requerendo obrigatoriamente esclarecimento diagnóstico com a utilização laboratorial adequada em especial a punção lombar. A punção lombar também deve ser realizada em todo paciente com sinais de irritação meníngea ou mesmo quando a história for sugestiva da presença de infecção do SNC. Para os pacientes com idade entre 6 e12 meses a realização da punção lombar deverá ser considerada, no primeiro episódio convulsivo, nos casos em que a cobertura vacinal para Haemophilus infl uenzae type b (Hib) ou Streptococcus pneumoniae não estiver em dia ou ainda quando a cobertura vacinal não puder ser determinada. A punção lombar também deve ser considerada para os pacientes em pré-tratamento com antibiótico.
Critérios diagnósticos da crise convulsiva febril simples:
§ idade entre 6 e 60 meses
§ ausência de doença atual ou passada do SNC
§ crise tonico clonica generalizada
§ de curta duração ( inferior a 15 minutos)
§ episódio único não recorrente no mesmo quadro febril
§ ausência de sequelas neurológicas pós crise
§ convulsão ocorrendo nas primeiras 24 horas do quadro febril.
6. Lactente de 16 meses é levado à consulta e a mãe que se queixa de ele não estar falando nenhuma palavra. De acordo com ela, os demais marcos do desenvolvimento estão adequados. Não refere nenhuma intercorrência, além de resfriado comum e otite média aguda. Os índices de peso/ idade, altura/idade e peso/altura estão no percentil 50. Exame físico: nenhuma alteração. A conduta correta neste caso é:
(A) orientar a mãe, já que é normal que a criança não fale nessa idade
(B) investigar a audição e orientar amãe a procurar tratamento fonoaudiológico
(C) orientar a mãe para estimular a fala através da socialização com outras crianças
(D) pensar em transtorno do espectro autista e encaminhar para avaliação fonoaudiológica
(E) investigar a audição, pensar em transtorno do espectro autista e iniciar tratamento fonoaudiológico
Resposta correta: E
A = 16,55%
B = 33,30%
C = 20,55%
D = 2,43%
E = 27,17%
Comentário: Um dos sinais de alerta para pensar em Transtorno do Espectro Autista é a criança não dizer nenhuma palavra aos 16 meses. A conduta no caso é pensar em TEA, investigar audição para descartar outros problemas que poderiam estar confundindo o diagnóstico e iniciar de imediato o tratamento fonoaudiologico.
7. Escolar de 12 anos é levado para consulta devido a baixo aproveitamento escolar. Segundo a mãe, o paciente é bastante inteligente, mas vem deteriorando o seu desempenho ao longo dos anos com piora acentuada nas últimas séries do ensino fundamental. Não consegue se concentrar nos trabalhos, termina muito rápido e de forma incompleta os mesmos e evita envolver-se em atividades que requeiram muita concentração. Em casa, o relato dos pais é que é um menino agradável e de fácil convivência, o mesmo acontecendo no seu grupo social. Com base neste quadro clínico, a conduta em relação ao diagnóstico e tratamento é:
(A) TDAH / tratamento com metilfenidato
(B) TDAH / tratamento com antidepressivo tricíclico
(C) Difi culdade Específi ca de Aprendizado / solicitar avaliação psicopedagógica
(D) TDAH com Transtorno Oposicional Desafiador / encaminhar para tratamento psicológico
(E) Difi culdade Específi ca de Aprendizado e TDAH associado / tratamento com antidepressivo tricíclico
Resposta correta: C
A = 26,00%
B = 7,59%
C = 60,56%
D = 3,02%
E = 2,82%
Comentário: As difi culdades específicas de aprendizado podem se tornar mais evidentes nas últimas séries do ensino fundamental onde a demanda da escola é muito grande. O fato do menino apresentar essas difi culdades não caracterizam um TDAH, pois tanto em casa como no grupo social não existe o aparecimento dos sintomas, condição fundamental para que seja feito o diagnóstico. No caso de TDAH os sintomas devem estar presentes em todas as áreas de atuação da criança: escola, casa e grupo social.

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