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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Aula Teletransmitida 02 
Aula Online 03: Segurados obrigatórios e facultativos 
Aula Online 04: Dependentes do Segurado
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Conteúdo Programático desta aula
Fontes do direito previdenciário. As relações do direito previdenciário com os demais ramos jurídicos. Regimes previdenciários. Conceito de seguridade social.
2. Beneficiários da previdência social.
3. Resumo Geral. 
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1. FONTES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
1.1 Fonte do Direito é entendido como o local de onde surge o Direito ou como os meios pelos quais se formam as regras jurídicas. A principal fonte do direito previdenciário é a norma jurídica, estabelecida pela Constituição Federal e pelas leis.
A Constituição Federal de 1988 determina em seu artigo 22, XXIII, que compete privativamente à União legislar sobre seguridade social (saúde, assistência social e previdência social- regime geral). O direito previdenciário, ramo do direito público, é regido por normas de direito público de caráter cogente, ou seja, não passiveis de mútuas concessões entre as partes (artigo 59 da Constituição Federal). 
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AS RELAÇÕES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO COM OS DEMAIS RAMOS JURÍDICOS. 
1.2 O direito previdenciário é ramo de direito público, que relaciona-se com vários outros ramos do Direito, notadamente com o direito constitucional, direito tributário, direito administrativo, direito do trabalho, direito civil, direito empresarial, direito penal e direito internacional público.
Em inúmeras passagens da Carta Magna são encontradas previsões relativas à previdência social, por exemplo: Artigo 6º que determina dentre os direitos sociais o direito à saúde, previdência social e assistência aos desamparados; 
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O Artigo 7º estabelece os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, assegurando salário família, licença à gestante, aposentadoria e seguro contra acidente de trabalho; Artigo 22, XXIII, estabelece competência privativa da União para legislar sobre seguridade social, dentre outros. O artigo 193 determina que a ordem social tenha como base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
Há forte conexão entre o direito previdenciário e o direito tributário, tendo em vista o caráter contributivo do sistema previdenciário, cuja a natureza jurídica das contribuições sociais é tributária. Nessa relação aplica-se a lei de custeio- Lei 8.212/91, e subsidiariamente o CTN (Código Tributário Nacional). 
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As prestações previdenciárias são serviços públicos e cabe a uma autarquia federal o seu processamento, concessão e pagamento. Há necessidade de provocação da Administração, em regra, para entrega das prestações previdenciárias. Essa provocação é efetivada via procedimento administrativo, logo em um ambiente de direito administrativo.
Os ramos do direito previdenciário e direito do trabalho estão intimamente ligados, notadamente quanto aos conceitos de empregador(art. 2º da CLT); empregado(art. 3º da CLT); remuneração (art. 457 da CLT); salário-utilidade (art. 458 da CLT); trabalhador doméstico (art. 1º da Lei 5859/72); trabalhador temporário (art. 16 do Decreto 7.384/74); verbas indenizatórias e interrupção e suspensão dos efeitos do contrato de trabalho.
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Surgem pontos de conexão entre o direito civil e o previdenciário como na análise dos conceitos de emancipação, ausência, casamento, união estável, separação, divórcio, dentre outros.
Percebe-se um elo entre o direito previdenciário e o direito empresarial em relação ao conceito de falência e à recuperação de empresas, no tocante à restituição e habilitação de créditos previdenciários e empresas que tiveram suas falências decretada.
O direito penal visa proteger os bens jurídicos mais relevantes, daí por que os tipos penais previdenciários encontram-se inseridos no Código Penal.
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O direito internacional público mantêm estreito o relacionamento com o direito previdenciário, em face da tendência de internacionalização do direito previdenciário, como aquele que diz respeito aos acordos internacionais de previdência social.
REGIMES PREVIDENCIÁRIOS
1.3 O sistema previdenciário brasileiro é composto por três subsistemas, a saber: o regime geral de previdência social (INSS), os regimes jurídicos próprios (previdência do servidor público) e a previdência complementar( previdência privada, aberta e fechada). 
 
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O RGPS é de caráter obrigatório para aqueles que exercem atividade remunerada e facultativo (por força do princípio da universalidade de atendimento) para pessoas que não exercem atividade remunerada ou que não estejam abrangidas por regime próprio de previdência social. O RGPS é regido pelas Leis nº.8.212/91(custeio) e 8.213/91(benefícios).
Os regimes próprios de previdência visam dar cobertura previdenciária aos servidores públicos. A União possui dois regimes próprios de previdência, um dos militares e outros dos servidores civis. Todos os Estados brasileiros já possuem regimes próprios para atender seus servidores; entretanto, nem todos os Municípios têm regime próprios previdenciários. Os servidores de Município que não têm regime próprio estão vinculados ao regime geral de previdência social.
 
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O regime previdenciário complementar ou previdência privada tem suas características determinadas no artigo 202 da Constituição Federal. É regido pelas Leis Complementares nº. 108 e 109, ambas de 2001. As características marcantes são: caráter facultativo, autonomia em relação ao regime geral, funcionamento calcado na constituição de reservas financeiras e caráter contratual privado. Pode ser aberta ou fechada.
CONCEITO DE SEGURIDADE SOCIAL
1.4 Foi implantado no sistema jurídico brasileiro com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que até então adotava o de seguro social. É tratada na Constituição Federal no Título que cuida da Ordem Social. 
 
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A seguridade social vem definida no artigo 194 da Magna Carta e seu objetivo é eliminar as necessidades sociais ou minimizar seus efeitos. O sistema de seguridade social abrange a assistência social, a saúde e a previdência social. 
ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Direcionada àqueles que não conseguem subsistir com seus próprios recursos e do seu núcleo familiar. Tem previsão nos artigos 203 e 204 da Constituição Federal que garantem prestações assistenciais a todos que necessitarem, independentemente de contribuição. Os recursos são do orçamento da seguridade social que estão determinados no artigo 195 da Carta Política. A Lei 8.742/93 – LOAS a regulamenta. 
 
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SAÚDE
A Carta Política reservou os artigos 196 a 200 para o regramento da matéria. É de caráter universal, independentemente de contribuição e seu financiamento é feito com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. A Lei nº 8.080/90 regula o denominado SUS – Sistema único de Saúde.
PREVIDÊNCIA SOCIAL 
A previdência social é disciplinada nos artigos 201 e 202 da Carta Magna. É organizada sob a forma de regime geral de caráter contributivo e de filiação obrigatória. 
 
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Logo, em face do caráter contributivo, só terão direitos às prestações previdenciárias aquelas pessoas que contribuírem para o sistema. As Leis nºs 8.212/91 e 8.213/91 tratam respectivamente sobre o custeio e prestações de cobertura para os riscos e contingências sociais. O Decreto 3.048/99 regulamenta ambas. 
2. BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
2.1 Beneficiários são pessoas que têm direito às prestações
(benefícios e serviços) previdenciárias. É um gênero que comporta duas espécies: segurados (obrigatórios – art. 11 da Lei 8.213/91; e facultativos - art. 13 da Lei 8.213/91) e dependentes (I, II e III, art. 16 da Lei 8.213/91).
 
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2.2 Dependentes para fins previdenciários estão relacionados no art. 16 da Lei 8.213/91. A relação jurídica previdenciária não deve, portanto, ser confundida pela cível no tangente aos direitos entre familiares na condição de ascendentes e descendentes. Por ser tratar de proteção social, há regramento próprio que se distancia da relação de dependência tanto para fins civis como tributários.
A Lei divide os dependentes em classes, sendo que a existência de dependentes da classe superior exclui da percepção do benefício aos dependentes das classes inferiores. Os dependentes da mesma classe concorrem entre si, em igualdade de condições. A regra concessória determina que a qualidade de dependente é verificada no momento da concessão do benefício. 
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A regra de manutenção determina o direito de um dependente acrescer a sua cota a parte de outro que tenha perdido a condição de dependente.
A dependência econômica da classe I é presumida bastando somente comprovar a condição de cônjuge, companheiro ou filho. Quanto às demais classes a dependência econômica deverá ser comprovada, não necessitando contudo, ser uma dependência total. Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, deve ser apresentados, no mínimo, três dos documentos previstos no § 3º do art. 22 do Decreto 3.048/99.
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RESUMO GERAL
Nesta aula vimos a principal fonte do direito previdenciário, que é a norma jurídica, estabelecida pela Constituição Federal e pelas Leis, e ainda é regido por normas de direito público de caráter cogente. Vimos também como o direito previdenciário relaciona-se com vários outros ramos do direito, notadamente com o direito constitucional.
Vimos a coexistência de três regimes previdenciários distintos, caracterizados pelo regime geral de previdência social, os regimes jurídicos próprios e o regime previdenciário complementar. Em evolução, conceituamos a expressão seguridade social em seus aspectos da assistência social, saúde e previdência social, com suas regras específicas.
 
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Por derradeiro, identificamos os destinatários, beneficiários, da previdência social, e tratamos de fazer a divisão entre aqueles denominados segurados obrigatórios e facultativos e ainda como se dá a vinculação previdenciária destes. Estudamos, também, a relação daqueles classificados como dependentes dos segurados previdenciários, assim como suas regras e formas.
 
Elaborado Por Carlos Renato
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