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A cidade antiga trabalho livro III

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A cidade antiga – Livro III – A cidade
O estudo das antigas regras do direito nos leva a percepção de que a família era a única forma de sociedade, porem era acanhada e estreita para necessidades materiais, pois dificilmente era auto suficiente para suprir todas as suas necessidades, inclusive as obrigações morais de nossa natureza.
Era uma sociedade primitiva pequena, e suas ideias de divindade eram pequenas também. Cada família tinha seus deuses e adoravam a eles.
Estavam submetidos a religião doméstica e ela proibia que duas famílias se unissem, porem havia a possibilidade de união para celebração de algum culto comum entre eles. Assim, determinado número de famílias se uniram e formaram um grupo. Em grego era fatria, e em latim, cúria. Essa associação se fez com a ideia religiosa ao se unirem conceberam uma divindade superior a divindade doméstica, sendo um deus comum que velava sobre o grupo. Um altar e dividida por várias pessoas enquanto faziam uma prece.
 	Para eles, nesse, nesse ato religioso a divindade estava presente e recebiam a corta de alimentos e bebidas. O local desse ato respeitava os antepassados, sendo os móveis iguais aos deles.
	Quando a pessoa jura que irá respeitar sua respeitar sua religião, esta iniciado no culto público e se torna cidadão. Acreditavam que se estabelecia uma união que não cessava com a morte. Tornou-se uma pequena sociedade, modelada exatamente com a da família.
	Para fazer parte da fatria era necessário nascer de um casamento legitimo, em uma das família que o compõem. Quando duvidavam a legitimidade de um casamento, ele não era aceito e as carnes eram retiradas do altar.
	Cada fatria tinha um chefe, cuja principal função era comandar os sacrifícios. Tinha também suas assembleias, deliberações e podia promulgar decretos. Havia além de um deus e um culto, uma justiça e um governo 
Houve um agrupamento de fatrias que formou a tribo. Essa tribo também apresentava sua religião e em cada uma havia um altar e uma divindade protetora. O deus da tribo era um homem divinizado.
Essa tribo apresentava características iguais a fatria e todos deveriam obedecer aos decretos lá promulgados. Havia também um tribunal e direito de justiça sobre seus membros. A tribo era para ser uma sociedade independente, como se não houvesse poder social atuando sobre elas.
Um elemento importante da vida intelectual desses povos antigos, foi a descoberta de uma religião que tinha como principal símbolo, o lar. Ela constituiu a família e estabeleceu as primeiras leis. Essa raça teve também outra religião, onde as principais figuras foram Zeus, Hera, Atenas e Juno.
A primeira religião tomava seus deuses da alma humana onde o sentimento da força física e da consciência inspirava o homem a essa ideia de divindade; já a segunda, os deuses da natureza física. Essa, aumentou sua autoridade sobre os homens.
O homem dos primeiros tempos sentia-se fraco perante a natureza, assim sentia um misto de veneração, amor e temor pelo seu poder.
O homem, por não ter ideia de universo, transformou os elementos naturais em deuses e os faziam preces e adorações. Assim, nessa raça, a ideia religiosa se apresenta sob formas muito diversas. Em uma parte, o homem ligou o atributo divino ao que sentia se sagrado em si. Por outra parte, aplicou sua ideia de divindade aos objetos exteriores que contemplava essas duas ordens deram lugar a duas religiões. Elas eram distintas, mas não combatiam entre si.
A religião da natureza foi por muito tempo confusa, por ter grande variedade de deuses. Acreditavam no poder da natureza, então o sol, as nuvens, eram os principais poderes com os quais se podiam fazer deuses.Com isso, ainda na época do estado de família, aparecem as crenças.
Cada família fizera seus deuses e os associaram ao lar, e esses deuses protetores particulares não podiam ser divididos com estranhos.
Quando um divindade de uma família adquiria prestigio, a cidade inteira queria adota-lo e renda culto público para pedir favores. Mas quando a família tornava público seus deuses, ainda reservava o sacerdócio para si. É um vestígio de que o próprio Deus era propriedade da família.
A partir do desenvolvimento dessa religião, a sociedade cresceu. Pouco a pouco, o deus deixou o lar e pensou a ter um templo. Com o levantamento desse templos, nota-se que a sociedade e a inteligência humana cresceram.
Depois da união de diversas fatrias em tribos, várias tribos se associaram, com a condição de que o culto de cada uma fosse respeitado. Quando essa aliança foi formada, a cidade passou a existir. Os ritos e constumes das tribos não mudaram, e cultos e governos comuns foram estabelecidos.
Portanto, família, fatria, tribo e cidade, são sociedades semelhantes entre si, nascidas uma da outra por uma série de federações.
A cidade era uma confederação, então tinha que respeitar a independência religiosa e civil das tribos, das cúrias, das famílias. Ainda era o pai da família que julgava seus familiares.
Após o nascimento da unidade ateniense, todos adotaram um culto comum, e cada cantão conservou seu culto antigo. Politicamente, cada um conservou seus chefes, seus juízes, seus direitos de assembleia, e acima desses governos. Tiveram o governo central da cidade.
Para estabelecer algo que convence a todos. Isso é crença. Ela tem grande influência sobre o homem, e está sujeito a ela e a seus pensamentos. 
O fato de que as primeiras cidades se formaram através do agrupamento de pequenas sociedades, não quer dizer que as demais se formaram pelo mesmo modo. Por exemplo: quando um chefe saia de uma cidade já formada e ia fundar outra, levava um certo número de cidadãos. Junto a eles iam se juntando pessoas de diferentes lugares. Esse chefe nunca deixou de constituir o novo estado a imagem daquele que acabava de deixar; em consequência, dividia o povo em tribos e fatrias.
Para o início de uma nova sociedade, era necessário que um legislador instituísse crenças, que regessem seu modo de vida. 
A cidade de Roma, através de Rômulo, foi um exemplo de formação de cidade. Era necessário fazer um ritual e escolher o local que seria indicado pelas divindades. O nascimento de Roma era celebrado anualmente, pois os cidadãos não poderiam perder a lembrança da cerimonia sagrada de fundação, e em cada uma dessas celebrações havia um sacrifício.
Assim, na concepção dos antigos, a cidade era marcada dentro dos limites sagrados, estendendo-se ao redor do altar. A cidade era o domicilio religioso que recebia deuses e homens; todas as cidades eram construídas para serem eternas, e seu fundador era quem fazia os atos religiosos e era extremamente respeitado, tendo direito ao culto quando morresse.
Nesses tempos antigos, o vínculo da sociedade era o culto, onde havia uma reunião para celebrar os mesmos deuses protetores. O altar da cidade estava fechado dentro de um edifício que os gregos chamavam de “pritaneu”, e os romanos “Templo de Vesta”. Esse altar era o símbolo mais sagrado de uma cidade. O fogo que era acesso sobre o altar deveria permanecer acesso, e se caso um vestal deixasse apagar o fogo, a cidade se achava ameaçada de perder seus deuses, e vingava-se da mesma forma enterrando-a viva.
Qualquer homem que tivesse prestado grandes serviços à cidade, tornava-se um deus para ela; após a morte eles velariam pela cidade e protegeriam o pais. Para uma cidade, ter mortos memoráveis era sinônimo de grande alegria.
Em cada cidade, havia também, um corpo de sacerdotes que não dependia de nenhuma autoridade estrangeira. Os sacerdotes de duas cidades não tinham nenhum vínculo. Além disso, cada cidade apresentava seus próprios livros de preces e orações que eram mantidos em segredos. Desse modo, a religião era absolutamente civil.
Em tempos de guerra, ou em invasão de cidades, os sitiantes procuravam tomar posse das estatuas das divindades, achando que assim fariam uma invasão bem sucedida. Do outro lado, os habitantes procuravam esconder para que a cidade não fosse conquistada.
Essas crenças do povo mais espiritual exerceramuma ação muito forte, e através dela teve origem a maior parte de suas leis, de suas instituições, de suas histórias.
A principal cerimonia do culto da cidade era um banquete onde todos os cidadãos participavam, em honra das divindades protetoras. Acreditava-se que a salvação da cidade dependia de sua realização, e caso não o fizessem, os deuses abandonariam a cidade. Deveriam ir de branco, que era a cor que agregava os deuses.
Nas festas solenes em Roma, grandes mesas eram preparadas nas ruas e todo povo nela tomava lugar. Sacerdotes especiais eram uma religião e seu símbolo era o banquete público 
Sentar ao lado de um cidadão era símbolo de união, assim se houvesse guerra, não deveriam abandonar aquele que sentou ao seu lado no banquete sagrado. O costume os une entrelaçados a presença dos deuses da cidade 
Era de costume dos povos antigos celebrar festas sobre a cidade. Essa festa era feita em procissão, todos com roupas brancas e revestimentos de folhas, cantando preces. Após esse rito, a imolação era realizada. Havia outras festas.
Toda cidade tinha uma festa para cada uma das divindades protetoras, e a principal característica dessa festa era a proibição do trabalho, a obrigação de estar alegre, os cantos e os jogos públicos.
Entre as cerimonias mais importantes da religião da cidade, havia a purificação das faltas cometidas pelos cidadãos contra o culto. A cerimonia era realizada com todos os cidadão reunidos; o magistrado (responsável pela cerimonia) fazia o rito, e a partir disso qualquer erro do culto era reparado e a cidade ficava em paz com seus deuses.
No entanto, esse ato só seria valido se não houvesse nenhum estranho, e que todos os cidadãos estivessem presentes. Para ter essa informação era feito o censo, e quem não se inscrevesse nele, tinha a perda do direito de cidadania. A essa cerimonia assistiam somente os cidadão, então antes do sacrifício cada um devia declarar ao censor o número de pessoas e coisas que dependiam dele. 
Tanto em Roma quanto em Atena, só se administrava justiça na cidade em dias determinados pela região como favoráveis.
As guerras também eram realizadas se os deuses davam sinal favorável. Assim percebe-se que em tempo de paz como em tempo de guerra, a religião intervinha em todos os atos. Ela achava-se presente em toda parte, como se envolvesse o homem. Desse modo, a religião governava a vida humana com autoridade tão absoluta que nada lhe escapava. O estado e a religião estavam tão unidos que era difícil diferencia-los 
Na guerra não havia compaixão a religião comandava a luta e o desejo de matar era grande. Quando o vencedor não exterminava os vencidos, tinha direito de extinguir sua cidade, assim os cultos eram eliminados e os deuses esquecidos. Ou seja, aquela religião seria abandonada.
O vencedor podia usar sua vitória do jeito que quisesse. Uma guerra poderia fazer desaparecer uma cidade, transformando uma região fértil em deserto.
Já para concluir um tratado de paz era necessário um ato religioso. Para isso, cada cidade tinha que tomar seus próprios deuses como testemunhas do juramento. Buscava-se também invocar divindades comuns entre ambas.
Depois disso era frequente o costume de representar por estatuas as divindades das cidades envolvidas dando-se as mãos. Então a guerra e a paz entre duas cidades, era a guerra ou a paz entre duas religiões.
A religião era um conjunto mal relacionado de pequenas crenças e ritos. Para os antigos religião significava ritos, cerimonia, os atos do culto, onde a doutrina não tinha muita importância, mas as práticas eram obrigatórias e imperiosas. A religião era um vínculo material onde homem era escravo.
O homem temia as ações dos deuses domésticos. Se preocupavam em fazer tudo da maneira certa para não enfurecer os deuses. 
Cada família religiosa tinha um livro que continha as formulas que os antepassado usavam e as quais os deuses haviam atendido. Era tido como uma arma contra os deuses. 
Para cada Deus, os atos do sacrificador nos ritos devia ser diferente, bem como a maneira de se vestir e os materiais usados no sacrifício. Portanto cada cidade tinha um livro onde tudo isso era conservado. Eram guardados cuidadosamente para que estranhos não tivessem acesso a eles.
As tradições do passado regiam a atualidade daquela sociedade. Além dos documentos escritos uma tradição oral também se espalhava. 
As instituições políticas de uma cidade, nascia com a própria cidade. Cada membro dele trazia-os consigo, pois estavam na religião de cada homem. Essa religião dizia que cada lar tivesse um sacerdote supremo. O lar doméstico tinha grão-sacerdote, o lar público, chamava-se rei; para os gregos era prítane ou arconte. Quem fosse chamado de uma dessas maneiras era o sacerdote da cidade, e o culto do lar público seria fonte de poder e dignidade.
A principal tarefa do rei é celebrar as cerimonias religiosas, mas para tornar-se rei era necessário a concordância dos deuses. A autoridade do rei estava inerente ao sacerdócio. Eles eram sustentados por suas crenças.
Como a religião se envolvia com o governo, a justiça e a guerra, o sacerdote teve que se tornar magistrado, juiz e chefe militar. Essas regras derivaram das regras do culto, sendo a hereditariedade uma regra constante.
Após a revolução que estabeleceu o regime republicano, o magistrado foi sacerdote e chefe político. Eles representavam a cidade, que era uma associação tanto religiosa quanto política.
Os magistrados eram escolhidos através de sorteio, pois acreditavam que o sorteado seria de vontade dos deuses. Todos magistrado tinha que realizar algum ato sagrado, porque toda autoridade devia ser, de algum modo, religiosa.
A cidade buscava encontrar nos magistrados o mais amado pelos deuses. Não consideravam sua inteligência nem seu caráter, somente se seria apto a desempenhar suas funções sacerdotais. O caráter desses magistrados se assemelha muito pouco aos chefes de estado da sociedade moderna. 
A lei entre os gregos, romanos e hindus era, a princípio, parte da religião. As primeiras leis foram feitas para que se respeitasse as divindades.
Até então as leis apresentavam-se como algo imutável (pois era divina) e venerável, criada pelos fundadores da cidade. Essas leis correspondiam as crenças das gerações antigas, onde somente o filho herdava (inclusive somente os homens da linha paterna). A lei era consequência necessária e direta da crença; era a religião aplicando-se as relações humanas. Conclui-se que o verdadeiro legislador era a crença religiosa que o homem tinha dentro de si. O homem a obedece porque crê nela.
Entre os antigos, para que houvesse direito era necessário que ambas as partes recitassem uma formula. Caso algum deles não recitasse, não haveria direito. Mas para que pudesse haver essa relação de direito era preciso haver uma relação religiosa entre eles, pois o direito nascera da religião e não podia ser concebido fora dela.
Para alguém estar sujeito as leis é necessário ser cidadão. Esse era reconhecido por sua participação no culto da cidade, e desta participação provinham seus direitos políticos e civis.
Havia, nessas sociedades, grande diferença entre cidadãos e estrangeiros. Esse último não tinha direito ao culto, os deuses não o protegiam e as leis da cidade não existiam para ele, essa religião proibiu que se concedesse a eles o direito de cidadania.
A formação da família de estrangeiros não era reconhecida. Além disso para que pudesse exercer o comercio e ter a proteção das leis (entre outras vantagens), era necessário que adotasse um patrono.
Para eles, estado, cidade e pátria representavam um conjunto de divindades locais e crenças que tinham poder sobre as almas. Na pátria encontrava-se seu bem, sua segurança, seu direito, sua fé, seu deus. Então seu castigo mais cruel era privar alguém do solo pátrio, onde nenhuma religião protegeria.
Por exigência da própria religião, cada cidade deveria ser absolutamente independente. Cada uma tinha que ter sua justiça superior, suas festas e calendários próprios; cada cidadetinha sua moeda medidas e pesos próprios. Jamais havia uma união completa de duas cidades, pois o isolamento era a lei da cidade. Cada cidade cuidava de sua autonomia, e ela só poderia ser governada por um homem que fosse cidadão dessa cidade.
A independência absoluta da cidade cessou somente quando as crenças nas quais se baseavam sumiram. Depois que várias revoluções passaram sobre essas antigas sociedades, chegou-se a estabelecer um estado maior, regido por outras regras.
Com o tempo, várias cidades se reuniram em uma espécie de federação mas ainda ali as práticas religiosas tiveram grande importância. As cidades associadas tiveram um lar comum, seus templos, seus deuses e suas cerimonias.
Unidas pela vizinhança e pelas necessidades naturais, celebravam juntas as festas religiosas e faziam nascer um laço de amizade. Percebe-se a crença instituída entre as cidades associadas; o banquete era servido entre eles, acompanhado de hinos, preces e jogos, era a marca e o vínculo dessas associações. Essas confederações tinham pouca ação política.
Os laços religiosos entre colônia e metrópoles conservavam-se muito poderosa até o século quinto antes de nossa era. Quanto aos laços políticos, os antigos ficaram muito tempo sem pensar em estabelece-los.
Essa mesma religião que fundava cidades, moldou também a alma humana: ela deu ao grego e ao romano certa maneira de pensar e agir, e certos hábitos. 
Na vida do romano, a religião tinha grande influência em cada uma de suas ações e todo o seu pertence a religião. A sua cidade é repleto de símbolos religiosos, e Roma tinha mais deuses do que cidadãos; os mortos eram temidos e por isso havia festas em homenagens a eles. 
Costuma-se dizer que a religião romana era uma religião de política.
Foi somente nos tempos de Cícero que começou-se a crer que a religião era útil ao governo, mas a religião já estava morta nas almas.
O ateniense afasta-se do romano e do espartano, mas o medo dos deuses torna-os semelhantes a eles. Sua principal religião é a religião dos antepassados e dos heróis. 
A cidade havia sido fundada como uma religião, assim em uma sociedade estabelecida sob esse princípio, a liberdade individual não podia existir, o cidadão pertencia inteiramente a cidade.
A vida privada não escapava dessa onipotência do estado onipotência do estado. A lei tinha o direito de não aceitar deformidades ou defeitos em seus cidadãos, onde os filhos defeituosos eram assassinados pelos pais.
O estado não admitia que ninguém ficasse indiferente a seus interesses; a educação entre os gregos estava longe de ser livre e o homem devia submeter-se a religião da cidade. Portanto, os antigos não conheciam a liberdade da vida particular, a liberdade educacional, nem a liberdade religiosa.
O estado podia punir sem que houvesse culpa, bastante que seu interesse estivesse relacionado. Nada Garantiria a vida humana quando se tratava do interesse da cidade.
Através da leitura do livro III de “A Cidade Antiga” (Fustel de Coulanges), percebe-se que os gregos e romanos eram bem diferentes de nós. Na sociedade deles, a crença e os ritos eram importantes e extremamente respeitados. Os deuses a quem rendiam culto deviam ser cultuados da melhor maneira; o papel das crenças religiosas era estabelecer regras de convivência onde todos obedeciam e criavam ritos que regiam a organização interna.
O homem ainda temia os deuses da natureza, e a religião encontrava-se presente em qualquer lugar. Por muito tempo a lei foi a religião; ela intervinha até mesmo na relação entre comunidades. A cidadania só era alcançada se o membro participasse do culto, e isso lhe dava direitos.
Houve uma evolução na maneira de organização. Familia, Fatria, tribo, cidade. Mas desde o surgimento da fatria, os costumes não eram perdidos, pois ele apenas estabeleceu uma religião comum. Assim começa a se perceber o crescimento da sociedade.
Dessa passagem de fatrias e tribos para a cidade, aplica-se a separação entre civitas e urbe; era na urbe que estava o fogo sagrado dos civitas. 
O comando do homem em uma família foi outro aspecto relevante. Apenas a linha masculina herdava, e o homem regia a lei na família. O estrangeiro, por sua vez, não apresentava direitos, e para exercer a cidadania da época necessitava de um patrono.
Apesar das leis serem regidas pela religião, a sociedade não apresentava conflitos, e durante muito tempo a criação de leis não foram abordadas, pois nessa sociedade o direito antigo era uma religião, a lei um texto sagrado e a justiça um conjunto de ritos.
O governo chamou-se ora monarquia, ora aristocracia, ora democracia, mas nenhuma dessas revoluções deram ao homem a verdadeira liberdade individual, assim o homem nunca deixou de estar sujeito ao estado

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