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Questões para a Prova de Comunicação e Sociedade - 2015/1 Profs. Ricardo Freitas e Gabriel Neiva 1 - Estabeleça as principais características da Escola de Palo Alto e da Escola de Frankfurt em relação ao campo teórico da comunicação social (em torno de 15 linhas - 5 pontos). A Escola de Palo Alto, um grupo de pesquisadores de diversas áreas do saber (antropologia, matemática, sociologia, linguística, psiquiatria, e outros), revolucionou o modo de ver comunicação na década de 40, que até então era entendida como um processo linear e sequencial, com poucas variáveis (emissor, receptor, código e canal). Para esse grupo, a comunicação seria análoga a uma orquestra, na qual cada músico é continuamente emissor e receptor das mensagens e cada signo é, ao mesmo tempo, um estímulo, uma reação, e um reforçamento de outros estímulos. Definiram-se então os cinco aspectos básicos da comunicação: a impossibilidade de não comunicar; toda comunicação tem dois níveis - conteúdo e relação; pontuação da sequência de eventos; comunicação analógica e digital; interação simétrica e complementar. A Escola de Frankfurt surgiu na década de 20, formada por um grupo de filósofos e cientistas sociais de orientação marxista que, através da chamada Teoria Crítica da Sociedade, buscaram analisar as condições sociopolíticas e econômicas da sociedade visando à transformação da realidade. Dissipando as fronteiras entre informação, consumo, entretenimento e política ocasionados pela mídia, e refletindo sobre seus efeitos nocivos para a formação crítica de uma sociedade, a corrente da Escola de Frankfurt foi responsável pela disseminação de termos como “cultura de massa” e “indústria cultural”. 2 - Escolha uma das questões abaixo e responda (em torno de 15 linhas - 5 pontos): A) No seu ensaio “A cidade”, Robert Park propõe estudar o meio urbano como um “laboratório de pesquisa, de análise, da experiência humana”. Explique de que forma tais experiências foram desenvolvidas pelos seus orientandos e comente se tais estratégias ainda mantêm alguma pertinência atual. Os orientandos de Park desenvolveram essas experiências com ênfase na pesquisa empírica, ou seja, uma pesquisa de sociologia qualitativa que privilegiava o estudo do caso a partir da observação participante, na qual o sociólogo deve se inserir no meio estudado e entrar em contato direto com seu objeto de pesquisa, levantando seus próprios dados em combinação com o processo de construção de suas teorias. Tais estratégias foram utilizadas pelos pesquisadores de Park para compreender parcelas da cidade sem representação, excluídas do contexto da grande cidade. E elas se mantêm pertinentes em contextos semelhantes, pois é muito comum ainda a observação participante em pesquisas sociológicas de grupos sociais segregados do contexto das grandes cidades, como tribos indígenas, guetos, periferias, etc. No entanto, o pesquisador observador não necessariamente - e talvez seja até mais eficaz se não o for – deve ser introduzido no meio estudado como parte dele, como acontecia nas pesquisas de Park. O pesquisador, atualmente, pode observar diretamente o funcionamento de determinado meio sem, no entanto, “fingir” ser um deles, talvez com a ajuda de algum participante autêntico dali servindo como um guia ou um informante.
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